Autor Tópico: Fim da ocupação na USP  (Lida 27518 vezes)

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Offline Wolfischer

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Re:Fim da ocupação na USP
« Resposta #250 Online: 01 de Dezembro de 2011, 22:52:27 »
Nota pública sobre os estudantes da USP e a reação das autoridades

30/11/2011 - 11h22

  “É preciso solidarizar-se com as ovelhas rebeldes”.
                           Fernando Pessoa

 

A ASSOCIAÇÃO JUIZES PARA A DEMOCRACIA - AJD, entidade não governamental e sem fins corporativos, que tem por finalidade trabalhar pelo império dos valores próprios do Estado Democrático de Direito e pela promoção e defesa dos princípios da democracia pluralista, bem como pela emancipação dos movimentos sociais, sente-se na obrigação de desvelar a sua preocupação com os eventos ocorridos recentemente na USP, especialmente em face da constatação de que é cada vez mais frequente no país o abuso da judicialização de questões eminentemente políticas, o que está acarretando um indevido controle reacionário e repressivo dos movimentos sociais reivindicatórios.

Com efeito, quando movimentos sociais escolhem métodos de visibilização de sua luta reivindicatória, como a ocupação de espaços simbólicos de poder, visam estabelecer uma situação concreta que lhes permita participar do diálogo político, com o evidente objetivo de buscar o aprimoramento da ordem jurídica e não a sua negação, até porque, se assim fosse, não fariam reivindicações, mas, sim, revoluções.

Entretanto, segmentos da sociedade, que ostentam parcela do poder institucional ou econômico, com fundamento em uma pretensa defesa da legalidade, estão fazendo uso, indevidamente, de mecanismos judciais, desviando-os de sua função, simplesmente para fazer calar os seus interlocutores e, assim, frustrar o diálogo democrático.

Aliás, a percepção desse desvio já chegou ao Judiciário trabalhista no que se refere aos “interditos proibitórios” em caso de “piquetes” e “greves”, bem como no Judiciário Civil, como ocorreu, recentemente, em ação possessória promovida pela UNICAMP, em Campinas, contra a ocupação da reitoria por estudantes, quando um juiz, demonstrando perfeita percepção da indevida tentativa de judicialização da política, afirmou que “a ocupação de prédios públicos é, tradicionalmente, uma forma de protesto político, especialmente para o movimento estudantil, caracterizando-se, pois, como decorrência do direito à livre manifestação do pensamento (artigo 5º, IV, da Constituição Federal) e do direito à reunião e associação (incisos XVI e XVII do artigo 5º)”, que “não se trata propriamente da figura do esbulho do Código Civil, pois não visa à futura aquisição da propriedade, ou à obtenção de qualquer outro proveito econômico” e que não se pode considerar os eventuais “transtornos” causados ao serviço público nesses casos, pois “se assim não fosse, pouca utilidade teria como forma de pressão”.[1]

Ora, se é a política que constrói o direito, este, uma vez construído, não pode transformar-se em obstáculo à evolução da racionalidade humana proporcionada pela ação política.

É por isso que a AJD sente-se na obrigação de externar a sua indignação diante da opção reacionária de autoridades acadêmicas pela indevida judicialização de questões eminentemente políticas, que deveriam ser enfrentadas, sobretudo no âmbito universitário, sob a égide de princípios democráticos e sob o arnês da tolerância e da disposição para o diálogo, não pela adoção nada democrática de posturas determinadas por uma lógica irracional, fundada na intolerância de modelos punitivos moralizadores, no uso da força e de expedientes “disciplinadores” para subjugar os movimentos estudantis reivindicatórios e no predomínio das razões de autoridade sobre as razões de direito, causando inevitáveis sequelas para o aprendizado democrático.

Não é verdade que ninguém está acima da lei, como afirmam os legalistas e pseudodemocratas: estão, sim, acima da lei, todas as pessoas que vivem no cimo preponderante das normas e princípios constitucionais e que, por isso, rompendo com o estereótipo da alienação, e alimentados de esperança, insistem em colocar o seu ousio e a sua juventude a serviço da alteridade, da democracia e do império dos direitos fundamentais.

Decididamente, é preciso mesmo solidarizar-se com as ovelhas rebeldes, pois, como ensina o educador Paulo Freire, em sua pedagogia do oprimido, a educação não pode atuar como instrumento de opressão, o ensino e a aprendizagem são dialógicos por natureza e não há caminhos para a transformação: a transformação é o caminho.
 


Offline Geotecton

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Re:Fim da ocupação na USP
« Resposta #252 Online: 01 de Dezembro de 2011, 23:44:41 »
Citar
[...]
Aliás, a percepção desse desvio já chegou ao Judiciário trabalhista no que se refere aos “interditos proibitórios” em caso de “piquetes” e “greves”, bem como no Judiciário Civil, como ocorreu, recentemente, em ação possessória promovida pela UNICAMP, em Campinas, contra a ocupação da reitoria por estudantes, quando um juiz, demonstrando perfeita percepção da indevida tentativa de judicialização da política, afirmou que “a ocupação de prédios públicos é, tradicionalmente, uma forma de protesto político, especialmente para o movimento estudantil, caracterizando-se, pois, como decorrência do direito à livre manifestação do pensamento (artigo 5º, IV, da Constituição Federal) e do direito à reunião e associação (incisos XVI e XVII do artigo 5º)”, que “não se trata propriamente da figura do esbulho do Código Civil, pois não visa à futura aquisição da propriedade, ou à obtenção de qualquer outro proveito econômico” e que não se pode considerar os eventuais “transtornos” causados ao serviço público nesses casos, pois “se assim não fosse, pouca utilidade teria como forma de pressão”.[1]

Claro, claro.

Assim é, porque não "arde no c..." deste juiz. Eu queria saber qual seria o julgamento dele se a ação viesse a "arder no c..." deste indivíduo.


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Ora, se é a política que constrói o direito, este, uma vez construído, não pode transformar-se em obstáculo à evolução da racionalidade humana proporcionada pela ação política.

Mera ideologia travestida de retórica jurídica.


Citar
[...]
Decididamente, é preciso mesmo solidarizar-se com as ovelhas rebeldes, pois, como ensina o educador Paulo Freire, em sua pedagogia do oprimido, a educação não pode atuar como instrumento de opressão, o ensino e a aprendizagem são dialógicos por natureza e não há caminhos para a transformação: a transformação é o caminho.

Pronto.

Acabamos de "descobrir" a ideologia do autor do ensaio.
« Última modificação: 02 de Dezembro de 2011, 09:30:42 por Geotecton »
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Offline Barata Tenno

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Re:Fim da ocupação na USP
« Resposta #253 Online: 02 de Dezembro de 2011, 01:02:05 »
Beleza, ta marcado, na próxima eles podem invadir os gabinetes dos juizes.
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Offline Osler

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Re:Fim da ocupação na USP
« Resposta #254 Online: 02 de Dezembro de 2011, 02:58:18 »
Imagino que não, mas perguntei sobre "madame que nunca precisou trabalhar um único dia na vida e filhinho de papai brincando de ser comunista"
Essa também me intrigou, você está se referindo a quem(s)?
“Como as massas são inconstantes, presas de desejos rebeldes, apaixonadas e sem temor pelas conseqüências, é preciso incutir-lhes medo para que se mantenham em ordem. Por isso, os antigos fizeram muito bem ao inventar os deuses e a crença no castigo depois da morte”. – Políbio

Offline _tiago

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Re:Fim da ocupação na USP
« Resposta #255 Online: 02 de Dezembro de 2011, 09:22:07 »
Nota pública sobre os estudantes da USP e a reação das autoridades

30/11/2011 - 11h22

  “É preciso solidarizar-se com as ovelhas rebeldes”.
                           Fernando Pessoa

 

A ASSOCIAÇÃO JUIZES PARA A DEMOCRACIA - AJD, entidade não governamental e sem fins corporativos, que tem por finalidade trabalhar pelo império dos valores próprios do Estado Democrático de Direito e pela promoção e defesa dos princípios da democracia pluralista, bem como pela emancipação dos movimentos sociais, sente-se na obrigação de desvelar a sua preocupação com os eventos ocorridos recentemente na USP, especialmente em face da constatação de que é cada vez mais frequente no país o abuso da judicialização de questões eminentemente políticas, o que está acarretando um indevido controle reacionário e repressivo dos movimentos sociais reivindicatórios.

Eu parei de ler aqui.
Invadir um prédio e somente sair se aceitas as suas imposições é uma questão eminentemente política por quê? Ao que parece, dizer bravatas políticas sobre abaixo a repressão, abaixo a PM, a PM é o braço da direita, transforma qualquer assunto em questão política.

Offline _tiago

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Re:Fim da ocupação na USP
« Resposta #256 Online: 02 de Dezembro de 2011, 09:23:44 »
Um Ad Homen que me ocorreu,
Deve ser um bando de juízes idealistas, românticos, talvez afeitos ao comunismo; mas não um grupo representativo da classe.

Offline Geotecton

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Re:Fim da ocupação na USP
« Resposta #257 Online: 02 de Dezembro de 2011, 09:35:14 »
Um Ad Homen que me ocorreu,
Deve ser um bando de juízes idealistas, românticos, talvez afeitos ao comunismo; mas não um grupo representativo da classe.

Pode não ser representativo este grupo, mas as suas decisões poderm afetar profundamente a sociedade. Este é o problema.
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Offline _tiago

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Re:Fim da ocupação na USP
« Resposta #258 Online: 02 de Dezembro de 2011, 10:25:57 »
Um Ad Homen que me ocorreu,
Deve ser um bando de juízes idealistas, românticos, talvez afeitos ao comunismo; mas não um grupo representativo da classe.

Pode não ser representativo este grupo, mas as suas decisões poderm afetar profundamente a sociedade. Este é o problema.

A opinião política deles pode não concordar com a nossa, mas isso não faz deles maus juízes. :P

Offline _Juca_

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Re:Fim da ocupação na USP
« Resposta #259 Online: 02 de Dezembro de 2011, 10:35:21 »
Um Ad Homen que me ocorreu,
Deve ser um bando de juízes idealistas, românticos, talvez afeitos ao comunismo; mas não um grupo representativo da classe.

Pode não ser representativo este grupo, mas as suas decisões poderm afetar profundamente a sociedade. Este é o problema.

A opinião política deles pode não concordar com a nossa, mas isso não faz deles maus juízes. :P

E me pareceu ser nesse sentido a posição dos juízes...

Offline _tiago

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Re:Fim da ocupação na USP
« Resposta #260 Online: 02 de Dezembro de 2011, 10:59:18 »
Não sei se você percebeu, meu caro, mas eles expressaram uma opinião e mais nada.

Offline Barata Tenno

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Re:Fim da ocupação na USP
« Resposta #261 Online: 02 de Dezembro de 2011, 11:45:11 »
Imagino que não, mas perguntei sobre "madame que nunca precisou trabalhar um único dia na vida e filhinho de papai brincando de ser comunista"
Essa também me intrigou, você está se referindo a quem(s)?
Pensei na Marta.
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Offline Geotecton

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Re:Fim da ocupação na USP
« Resposta #262 Online: 02 de Dezembro de 2011, 11:59:45 »
Um Ad Homen que me ocorreu,
Deve ser um bando de juízes idealistas, românticos, talvez afeitos ao comunismo; mas não um grupo representativo da classe.

Pode não ser representativo este grupo, mas as suas decisões poderm afetar profundamente a sociedade. Este é o problema.

A opinião política deles pode não concordar com a nossa, mas isso não faz deles maus juízes. :P

Não mesmo?

De uma lida sobre "direito alternativo" e depois me responda se há algum risco institucional.
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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Fim da ocupação na USP
« Resposta #263 Online: 02 de Dezembro de 2011, 19:20:28 »
Imagino que não, mas perguntei sobre "madame que nunca precisou trabalhar um único dia na vida e filhinho de papai brincando de ser comunista"
Essa também me intrigou, você está se referindo a quem(s)?

Veja na internet quem são os dirigentes "pobrinhos" que se fazem de "trabaiadô" nesses partidos da esquerda, qualquer partido.


Offline _tiago

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Re:Fim da ocupação na USP
« Resposta #264 Online: 02 de Dezembro de 2011, 22:20:04 »
Não mesmo?
De uma lida sobre "direito alternativo" e depois me responda se há algum risco institucional.

Esses aí em cima são adeptos?

Offline Geotecton

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Re:Fim da ocupação na USP
« Resposta #265 Online: 03 de Dezembro de 2011, 00:02:15 »
Não mesmo?
De uma lida sobre "direito alternativo" e depois me responda se há algum risco institucional.

Esses aí em cima são adeptos?

Pelo que eu apurei, alguns são.
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Offline _tiago

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Re:Fim da ocupação na USP
« Resposta #266 Online: 03 de Dezembro de 2011, 09:20:29 »
E qual o maior problema do direito alternativo?

Offline SnowRaptor

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Re:Fim da ocupação na USP
« Resposta #267 Online: 03 de Dezembro de 2011, 09:25:23 »
Se for parecido com medicina alternativa, é que não é nem direito nem alternativa.
Elton Carvalho

Antes de me apresentar sua teoria científica revolucionária, clique AQUI

“Na fase inicial do processo [...] o cientista trabalha através da
imaginação, assim como o artista. Somente depois, quando testes
críticos e experimentação entram em jogo, é que a ciência diverge da
arte.”

-- François Jacob, 1997

Offline _tiago

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Re:Fim da ocupação na USP
« Resposta #268 Online: 03 de Dezembro de 2011, 09:34:36 »
Citar
Textos sobre o assunto

1. “O que se deseja é que o Direito e os juristas em geral (pensadores, professores, Juízes de Direito, Promotores de Justiça, Advogados, etc.), passem por um processo de humanização, baixando ao nível das ruas, das fábricas, das favelas, dos cortiços, das prisões, das quilométricas filas da Previdência social, caminhando com os que sofrem o peso da opressão tantas vezes legitimada por um Direito que se apresenta como neutro e justo para ocultar a violência institucionalizada. Essa mudança de atitude trará o Direito e os juristas para o meio do povo: o povo que clama por saúde, por escola, pelo fim da tortura nas delegacias de polícia, pelo fim da impunidade dos criminosos do “colarinho branco”, por terra para plantar, por moradia, por alimento acessível, pela proteção da criança e do adolescente contra qualquer forma de negligência, de opressão, de violência e crueldade, por garantia de emprego e segurança social, ...”. por Miguel Alves Lima

2. O Direito reclama pluralidade de pessoas. É relação intersubjetiva. Conhecida a imagem de Robison Crusoé; enquanto sozinho na ilha deserta, não podia reclamar nada de ninguém e ninguém dele exigia coisa alguma. Com a chegada de Sexta-Feira, tudo mudou. Formou-se vínculo entre ambos. Surgiu o Direito.
O Judiciário, visto como Poder, não se subordina ao Executivo ou ao Legislativo. Não é servil, no sentido de aplicar a lei, como alguém que cumpre uma ordem (nesse caso, não seria Poder). Impõe-se-lhe interpretar a lei conforme o Direito. Adotar posição crítica, tomando como parâmetro os princípios e a realidade social. A lei, tantas vezes, se desatualiza, para não dizer carente de eficácia, desde a sua edição.
O juiz é o grande crítico da lei; seu compromisso é com o Direito! Não pode ater-se ao positivismo ortodoxo.
Direito Alternativo

3. III - DIREITO ALTERNATIVO E SUA APLICAÇÃO
"O Juiz precisa tomar consciência de seu papel político; integrante de poder. Impõe-se-lhe visão crítica. A lei é meio. O fim é o Direito. Reclama-se do magistrado, quando o necessário é ajustar a lei ao Direito".
Direito Alternativo Por Rodrigo Klippel.

Da wiki


Não reescreve o direito como a medicina alternativa reedita a medicina. É só um direito mais humano, mais romantico e idealista. E por isso perguntei qual o maior problema dessa vertente que respeita as leias, mas considera que os praticantes do direito "entrem mais em contato com o povo".
« Última modificação: 03 de Dezembro de 2011, 09:38:24 por _tiago »

Offline SnowRaptor

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Re:Fim da ocupação na USP
« Resposta #269 Online: 03 de Dezembro de 2011, 09:42:29 »
Blé. Caí de pára-quedas e vou voltar ao trabalho.
Elton Carvalho

Antes de me apresentar sua teoria científica revolucionária, clique AQUI

“Na fase inicial do processo [...] o cientista trabalha através da
imaginação, assim como o artista. Somente depois, quando testes
críticos e experimentação entram em jogo, é que a ciência diverge da
arte.”

-- François Jacob, 1997

Offline _tiago

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Re:Fim da ocupação na USP
« Resposta #270 Online: 03 de Dezembro de 2011, 10:25:07 »
 :lol:

Offline Geotecton

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Re:Fim da ocupação na USP
« Resposta #271 Online: 03 de Dezembro de 2011, 13:19:53 »
[...]
Não reescreve o direito como a medicina alternativa reedita a medicina. É só um direito mais humano, mais romantico e idealista. E por isso perguntei qual o maior problema dessa vertente que respeita as leias, mas considera que os praticantes do direito "entrem mais em contato com o povo".

O viés do "direito alternativo" é o de procurar favorecer as camadas sociais mais "humildes", "mais vulneráveis, "mais desorganizadas", dando-lhe prioridade sobre as questões que envolvam direitos individuais, incluindo o de propriedade. Ou seja, "sacralizam" os "direitos" de alguns indivíduos em detrimento de outros, mais abastados, mais "favorecidos pela sorte".
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Offline Fabrício

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Re:Fim da ocupação na USP
« Resposta #272 Online: 03 de Dezembro de 2011, 15:53:50 »
[...]
Não reescreve o direito como a medicina alternativa reedita a medicina. É só um direito mais humano, mais romantico e idealista. E por isso perguntei qual o maior problema dessa vertente que respeita as leias, mas considera que os praticantes do direito "entrem mais em contato com o povo".

O viés do "direito alternativo" é o de procurar favorecer as camadas sociais mais "humildes", "mais vulneráveis, "mais desorganizadas", dando-lhe prioridade sobre as questões que envolvam direitos individuais, incluindo o de propriedade. Ou
seja, "sacralizam" os "direitos" de alguns indivíduos em detrimento de outros, mais abastados, mais "favorecidos pela sorte".

Esse tal direito alternativo me parece bem perigoso....
"Deus prefere os ateus"

Offline _tiago

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Re:Fim da ocupação na USP
« Resposta #273 Online: 03 de Dezembro de 2011, 17:50:25 »
[...]
Não reescreve o direito como a medicina alternativa reedita a medicina. É só um direito mais humano, mais romantico e idealista. E por isso perguntei qual o maior problema dessa vertente que respeita as leias, mas considera que os praticantes do direito "entrem mais em contato com o povo".

O viés do "direito alternativo" é o de procurar favorecer as camadas sociais mais "humildes", "mais vulneráveis, "mais desorganizadas", dando-lhe prioridade sobre as questões que envolvam direitos individuais, incluindo o de propriedade. Ou seja, "sacralizam" os "direitos" de alguns indivíduos em detrimento de outros, mais abastados, mais "favorecidos pela sorte".

Geo,

Quando te perguntei dos juízes foi por que, pra mim, você incorria num erro ao criticá-los profissionalmente desconhecendo o trabalho deles e baseando-se simplesmente numa declaração deles que destoa da nossa. Eu e você consideramos os eventos na USP uma palhaçada, os juízes, pelos motivos deles, não... E só. Eles não podem ser maus profissionais por isso.

Mais,

Não mesmo?
De uma lida sobre "direito alternativo" e depois me responda se há algum risco institucional.

Esses aí em cima são adeptos?

Pelo que eu apurei, alguns são.

Você ergueu esse "direito alternativo", que me pareceu ser um espantalho, apurado por você sabe-se lá onde, que eu sequer sabia que existia e nem pretendo entrar no mérito.

Enfim,
A minha idéia original era dizer que não podemos criticar uma pessoa, qualquer profissional que seja, tomando por base a diferença de crença política entre nós e eles.

Offline Geotecton

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Re:Fim da ocupação na USP
« Resposta #274 Online: 03 de Dezembro de 2011, 20:29:26 »
[...]
Não reescreve o direito como a medicina alternativa reedita a medicina. É só um direito mais humano, mais romantico e idealista. E por isso perguntei qual o maior problema dessa vertente que respeita as leias, mas considera que os praticantes do direito "entrem mais em contato com o povo".
O viés do "direito alternativo" é o de procurar favorecer as camadas sociais mais "humildes", "mais vulneráveis, "mais desorganizadas", dando-lhe prioridade sobre as questões que envolvam direitos individuais, incluindo o de propriedade. Ou seja, "sacralizam" os "direitos" de alguns indivíduos em detrimento de outros, mais abastados, mais "favorecidos pela sorte".
Geo,

Quando te perguntei dos juízes foi por que, pra mim, você incorria num erro ao criticá-los profissionalmente desconhecendo o trabalho deles e baseando-se simplesmente numa declaração deles que destoa da nossa. Eu e você consideramos os eventos na USP uma palhaçada, os juízes, pelos motivos deles, não... E só. Eles não podem ser maus profissionais por isso.

Eu os critico porque eles fazem uma "interpretação" totalmente ideológica das leis, fugindo, com muita frequencia, do 'espírito' delas. São pessoas com clara tendencia esquerdistas, apóstatas da tradição jurídica brasileira, e que procuram fomentar lutas de classe, principalmente nos embates na esfera da justiça do trabalho.

 
Mais,

Não mesmo?
De uma lida sobre "direito alternativo" e depois me responda se há algum risco institucional.
Esses aí em cima são adeptos?
Pelo que eu apurei, alguns são.
Você ergueu esse "direito alternativo", que me pareceu ser um espantalho, apurado por você sabe-se lá onde, que eu sequer sabia que existia e nem pretendo entrar no mérito.

Não foi um espantalho. A maneira que eles "pensam" o direito é que explica e justifica a declaração de apoio dada aos atos dos "estudantes" da USP.


Enfim,

A minha idéia original era dizer que não podemos criticar uma pessoa, qualquer profissional que seja, tomando por base a diferença de crença política entre nós e eles.

Claro que podemos, se a ideologia norteia a atuação profissional dela.
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