Coreia do Norte tinha até hoje um estado totalitário, que agora se convertirá em algo como uma ditadura dinástica (afinal, quem vai assumir será o filho do ditador).
Começou com uma revolução nacionalista, mas nos tempos da guerra fria se aliou à China enquanto Coreia do Sul foi o foco da resistência ao regime socialista revolucionário que foi instalado. Como EUA gastaram alguns bilhões para defender esse território, já tradicionalmente um posto comercial importante desde o final do século XIX, afinal o país se dividiu nos atuais Sul e Norte.
O Sul se industrializou mais ainda, hoje são líderes em vários segmentos, desde produção de navios mercantes e equipamentos bélicos, até equipamentos agropecuários; o Norte mergulhou na ditadura para defender seu território, mais ainda com a queda do regime russo. Embora exista certa geração industrial, ela é completamente dependente da China, e o combate do regime afastou tanto a iniciativa privada como as lideranças que poderiam dar uma guinada cultural, então o espiral gira para abaixo, incentivando a doideira da ditadura enquanto a fuga de cérebros continua.
China poderia dar um basta no teatro, mas não quer, para não perder um aliado, então fica nesse impasse; se incentiva muito as loucuras, perde o controle; se os reprime, perde um aliado. Então oscila entre protegê-los e censurá-los.
O atual e real estado da Coréia do Norte é um enigma, porque não há embaixadas (sérias) e não há repórteres que se animem a documentar o que se passa, mas tudo indica que o regime terá um reviravolta, ninguém sabe ainda se para melhor ou pior.