Todos os governos têm podres, mas o livro "Privataria Tucana" é uma fraude e não deve ser levado em conta. Não passa de propaganda anti-Serra e é tão confiável quanto os dossiês que o PT compra de vez em quando para tentar derrubar alguém.
Todos os documentos apresentados no livros são fraudulentos?
O livro:
-Insinua ligações entre empresas ou pessoas só porque têm escritórios no mesmo prédio (e gasta páginas postando fotos desses prédios para dar a impressão de que apresentou evidências...)
-Enche linguiça por várias páginas falando de criminosos famosos, como o juiz Lalau ou Maluf, embora não tenham nada a ver com o assunto, e depois fala das pessoas a quem deseja incriminar, de forma a criar um vínculo fictício na cabeça do leitor.
-Insinua ligações entre empresas ou pessoas só porque são clientes de uma mesma empresa (e insinua que essas empresas sejam piratas, embora tenham, em alguns casos, mais de 75 anos, com filiais em todo o mundo).
-Insinua que houve fraude só porque há envolvimento com empresas nas Ilhas Cayman, como se todas fossem dedicadas à lavagem de dinheiro. São pelo menos 700 mil empresas nas ilhas, inclusive Petrobras e Banco do Brasil, o que não tem nada de ilegal. Entretanto, omite que o dinheiro do mensalão do PT chegou a Duda Mendonça através do Caribe.
-Apresenta como fraude transações completamente normais e previstas por lei, naturalmente contando com a ignorância do leitor.
-Acusa um brasileiro de ter aberto empresas no exterior, omitindo o fato de que o cara nasceu e vive no exterior, e insinuando que o fez com o dinheiro das privatizações.
-Tenta iludir o leitor ao apresentar uma dívida, que está sendo paga regularmente, como sonegação.
-Apresenta denúncias (melhor dizendo, calúnias) como 'constantes no relatório da CPI', insinuando que, por estarem registradas nas atas, foram aceitas ou comprovadas.
-Apresenta as calúnias, mas omite a defesa dos caluniados e a a conclusão dos processos a favor dos caluniados.
-Apresenta opiniões e juízos de valor pessoais sobre as privatizações, de forma a demonizá-las na cabeça dos leitores.
-Serra comprou um terreno de sua prima-irmã. Por causa disto, o marido dela, Gregório Preciado, é mostrado no livro como "sócio" ou "primo" de Serra.
-Mente descaradamente, confiando em que os otários não vão checar as informações (e que, ainda por cima, gostariam de que fosse verdade...).
Apenas a revista Carta Capital recebeu um exemplar do livro quando foi lançado, publicando logo uma matéria endossando a besteirada. Entretanto, o resto da mídia foi logo acusada de boicote ou censura por não falar sobre o livro - que não tinham recebido!
As pessoas já estão tão condicionadas a demonizar FHC, Serra e as privatizações que acreditam automaticamente em qualquer mentira sobre eles e rejeitam qualquer evidência em contrário, principalmente se vierem de revistas como a Veja, que elas também foram condicionadas a ridicularizar sem ler.
Suponho que também haja o fator psicológico de se sentir o portador de uma informação "que eles não querem que a gente saiba". O mesmo fenômeno que leva tantos otários a retransmitir falsas denúncias sobre gatinhos bonsai, carros que ficaram embaixo d'água sendo vendidos como novos, substâncias inexistentes que estariam presentes no refrigerante X (o nome muda a cada vez) etc.
http://blogs.estadao.com.br/marcos-guterman/%E2%80%9Ca-privataria-tucana%E2%80%9D-nao-existe-mais-bobo-no-marketing/http://oglobo.globo.com/pais/noblat/post.asp?cod_post=423561&ch=nhttp://www.pannunzio.com.br/archives/9508