Agora começou a desconstrução da reputação política daqueles que votaram pela condenação do mensalão.
E não se enganem, seria mesma coisa se tivessem condenado. Os juízes do STF puseram a mão no fogo político, agora não esperem sair sem queimaduras. Ainda sou da opinião que o STF deveria ter se preservado nesse julgamento, jogado para datas longe das eleições e não permitido o jogo de marketing político midiático, agora aguenta.
Ou seja, melhor seria se o STF tivesse se omitido e deixado que os crimes prescrevessem, como queria o PT.
Poderia ser feito uma investigação e julgamentos simbólicos, com sigilo quanto aos papéis e "culpa" de todos os envolvidos. O julgamento apenas diria se houve ou não o tal "mensalão" (SIC), e, se confirmado, isso serviria como uma lição para o país dali por diante, como para os envolvidos que, embora não fossem punidos pela lei (como correto em caso de prescrição), seriam levados à reflexão sobre o que fizeram, como prejudicaram o país, e como poderiam ter sido pegos. E mesmo com sigilo sobre os papéis exatos e "condenações" ou não, todos sofreriam alguma condenação do público, o que não deixaria de ser uma pena, uma vez que agora precisariam provar que realmente merecem a confiança do povo para que pudessem conseguir novalmente algum cargo público.
Da forma como foi feito, com a pressão da população para saciar a sede de vingança produzida pela mídia golpista, todos saíram perdendo. Aqueles culpados fraudulentamente, a credibilidade do sistema corrompido pelas pressões midiáticas e de setores retrógrados da socidade, credibilidade da mídia -- que agora "aprende" que pode manipular o poder inescrupulosamente e sem enfrentar oposição -- e, por fim, a população geral. O Brasil tem manchada por mentiras a memória daquele que foi o primeiro governo que realmente se importou com seu povo.