Autor Tópico: O que tem de tão ofensivo no vídeo sobre Maomé?  (Lida 41860 vezes)

0 Membros e 1 Visitante estão vendo este tópico.

Offline Geotecton

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 28.345
  • Sexo: Masculino
Re:O que tem de tão ofensivo no vídeo sobre Maomé?
« Resposta #375 Online: 04 de Outubro de 2012, 22:24:39 »
Ser "intolerante com a intolerância" e etc é a única coisa razoável de se fazer, o contrário é simplesmente suicídio mesmo.

O problema é que não faz mais sentido dirigir isso generalizadamente aos muçulmanos/ao islã do que uma mensagem similar contra "a violência cometida pelos homens contra as mulheres", ou a "criminalidade dos afrodescendentes".

Mas a violência de um sexo contra outro e de membros de uma certa "raça" tem algum similar em termos de base ideológica e doutrinária como aquela que é provida pelo livro-texto do Islã?
Foto USGS

Offline _tiago

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 6.343
Re:O que tem de tão ofensivo no vídeo sobre Maomé?
« Resposta #376 Online: 04 de Outubro de 2012, 22:41:48 »
O problema é que não faz mais sentido dirigir isso generalizadamente aos muçulmanos/ao islã do que uma mensagem similar contra "a violência cometida pelos homens contra as mulheres", ou a "criminalidade dos afrodescendentes".
Achei isso confuso, poderia explicar melhor?

A ideia da mensagem do Pat Condell é principalmente um foda-se, e de preferência, que fiquem nos seus países - seus hipócritas de merda... :P
Ninguém vai se utilizar de violência contra eles, só não dá pra tolher qualquer liberdade de expressão por conta do melindre duma meia dúzia de radicais.

Offline Luiz Souto

  • Nível 33
  • *
  • Mensagens: 2.356
  • Sexo: Masculino
  • Magia é 90% atitude
Re:O que tem de tão ofensivo no vídeo sobre Maomé?
« Resposta #377 Online: 04 de Outubro de 2012, 23:46:32 »
Eu não li todos os posts do tópico , por isso talvez algumas das minhas colocações já tenham sido feitas anteriormente.
Mas de algumas intervenções seguem um padrão já visto em outros tópicos que pode ser resumido assim:
- o extremismo terrorista muçulmano é decorrẽncia direta da religião muçulmana ser essencialmente violenta e intolerante.

Este argumento , que está presente em diversas intervenções na mídia e na internet , é ao mesmo tempo falso e mistificador.
Falso porque não consegue explicar o fato de ser o extremismo muçulmano , enquanto ator político de peso , um fenõmeno recente , surgido no último quartel do século XX.
Mistificador porque , além de não dar conta da causa do fenõmeno , impede a avaliação das reais alternativas para combatê-lo.
Como definição usarei o termo "extremista muçulmano" para significar um ator político que pauta suas ações pela interpretação do Alcorão e "extremista cristão" o que se pauta pela Bíblia.

Para aqueles que concordam com o argumento acima , da causalidade Islamismo - extremismo/terrorismo faço algumas perguntas:

O Alcorão é um texto sagrado do qual se pode obter uma visão de mundo intolerante , fanática , sexista e proselitista? Sim , tanto e no mesmo grau que a Bíblia. Mas não há nenhuma ação realizada pelos extremistas muçulmanos que também não encontre um embasamento seja neste ou naquele versículo da Bíblia para uso de extremistas cristãos.
Por que então extremistas cristãos não são vistos tentando impor sua visão teocrática de mundo com atos violentos ( ou , pelo menos , não ao nível de importância dos muçulmanos)?

O islamismo surge no século VII DC , a colonização do mundo árabe se inicia na passagem do séc XVIII para o XIX , marcada pela invasão napoleônica no Egito. Por todo o século XIX e metade do séc XX a maioria dos países árabes atuais está sob domínio colonial de potências ocidentais. Não sob domínio imperialista , indireto , através de elites nacionais independentes mas com autonomia restrita, mas sob domínio direto das metrópoles através de dirigentes ocidentais e funcionários nativos.
Por que o extremismo religioso muçulmano não foi um ator político relevante na resistência ao domínio colonial , exercido sobre os crentes por infiéis?

A maioria dos países árabes colonizados conquista a independẽncia durante o séc.XX através de movimentos anticolonialistas de orientação secular e dão origem a Estados governados por partidos não confessionais.
Por que , novamente , o extremismo muçulmano foi um ator irrelevante na independẽncia das colônias árabes?

A partir dos meados da década de 70 do século passado o extremismo muçulmano torna-se progressivamente mais importante no mundo árabe , ou seja , seu peso político torna-se cada vez maior ao atrair mais adeptos e a passar a realizar ações e intervenções. O ponto de inflexão é a Revolução Islâmica do Irã em 1979 mas no decorrer da década de 80 partidos e organizações confessionais muçulmanas ( aí incluidas moderadas e extremistas) crescem de importãncia no mundo árabe , estando as mais visíveis - porque mais violentas - nas principais áreas do conflito árabe-israelense (em especial Líbano e Palestina).
Por que o extremismo muçulmano só se torna expressivo nos últimos 35 anos?
E por que que ele tem sua maior relevãncia nos países árabes ( onde estão 20% dos muçulmanos) mas não na África subsaariana e no sub continente indiano e na Àsia?

Se não queres que riam de teus argumentos , porque usas argumentos risíveis ?

A liberdade só para os que apóiam o governo,só para os membros de um partido (por mais numeroso que este seja) não é liberdade em absoluto.A liberdade é sempre e exclusivamente liberdade para quem pensa de maneira diferente. - Rosa Luxemburgo

Conheça a seção em português do Marxists Internet Archive

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re:O que tem de tão ofensivo no vídeo sobre Maomé?
« Resposta #378 Online: 04 de Outubro de 2012, 23:59:43 »
O problema é que não faz mais sentido dirigir isso generalizadamente aos muçulmanos/ao islã do que uma mensagem similar contra "a violência cometida pelos homens contra as mulheres", ou a "criminalidade dos afrodescendentes".
Achei isso confuso, poderia explicar melhor?

A ideia da mensagem do Pat Condell é principalmente um foda-se, e de preferência, que fiquem nos seus países - seus hipócritas de merda... :P
Ninguém vai se utilizar de violência contra eles, só não dá pra tolher qualquer liberdade de expressão por conta do melindre duma meia dúzia de radicais.


"os muçulmanos são terroristas"

"os homens são estupradores"

"os negros são bandidos"

São generalizações que deviam ser evitadas.

E dizer coisas como "agora chega, já demos chance demais, não vamos mais respeitar nem tolerar os negros, que não conhecem o significado dessas palavras", é algo no mínimo muito mal fraseado para o que quer que intencione dizer de realmente defensável.

Offline Fernando Silva

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 7.503
Re:O que tem de tão ofensivo no vídeo sobre Maomé?
« Resposta #379 Online: 05 de Outubro de 2012, 06:44:03 »
O Alcorão é um texto sagrado do qual se pode obter uma visão de mundo intolerante , fanática , sexista e proselitista? Sim , tanto e no mesmo grau que a Bíblia. Mas não há nenhuma ação realizada pelos extremistas muçulmanos que também não encontre um embasamento seja neste ou naquele versículo da Bíblia para uso de extremistas cristãos.
A diferença é que a civilização ocidental já está no século XXI e os extremistas têm menos apoio da sociedade, enquanto que o Oriente Médio ainda está na Idade Média e as pessoas, ainda que moderadas, se calam diante dos extremistas, ou por medo ou porque, no fundo, concordam com eles.

Offline Pasteur

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 6.305
  • Sexo: Masculino
Re:O que tem de tão ofensivo no vídeo sobre Maomé?
« Resposta #380 Online: 05 de Outubro de 2012, 08:38:52 »
O Alcorão é um texto sagrado do qual se pode obter uma visão de mundo intolerante , fanática , sexista e proselitista? Sim , tanto e no mesmo grau que a Bíblia. Mas não há nenhuma ação realizada pelos extremistas muçulmanos que também não encontre um embasamento seja neste ou naquele versículo da Bíblia para uso de extremistas cristãos.
Por que então extremistas cristãos não são vistos tentando impor sua visão teocrática de mundo com atos violentos ( ou , pelo menos , não ao nível de importância dos muçulmanos)?

Os extremistas muçulmanos não estão tentando impor sua visão teocrática de mundo com atos violentos, eles são meros instrumentos de guerra, instrumentos usados por líderes com outros interesses que não religiosos.

Por que o extremismo religioso muçulmano não foi um ator político relevante na resistência ao domínio colonial , exercido sobre os crentes por infiéis?

Porque é uma arma pouco eficiente e com poucos adeptos.

A maioria dos países árabes colonizados conquista a independẽncia durante o séc.XX através de movimentos anticolonialistas de orientação secular e dão origem a Estados governados por partidos não confessionais.
Por que , novamente , o extremismo muçulmano foi um ator irrelevante na independẽncia das colônias árabes?
 
Idem resposta anterior

Por que o extremismo muçulmano só se torna expressivo nos últimos 35 anos?
E por que que ele tem sua maior relevãncia nos países árabes ( onde estão 20% dos muçulmanos) mas não na África subsaariana e no sub continente indiano e na Àsia?

São instrumentos usados também na Ásia e África, mas os palestinos as usam mais porque tem poucas armas a disposição.

« Última modificação: 05 de Outubro de 2012, 10:38:58 por pasteur »

Offline Pasteur

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 6.305
  • Sexo: Masculino
Re:O que tem de tão ofensivo no vídeo sobre Maomé?
« Resposta #381 Online: 05 de Outubro de 2012, 08:42:43 »
O Alcorão é um texto sagrado do qual se pode obter uma visão de mundo intolerante , fanática , sexista e proselitista? Sim , tanto e no mesmo grau que a Bíblia. Mas não há nenhuma ação realizada pelos extremistas muçulmanos que também não encontre um embasamento seja neste ou naquele versículo da Bíblia para uso de extremistas cristãos.
A diferença é que a civilização ocidental já está no século XXI e os extremistas têm menos apoio da sociedade, enquanto que o Oriente Médio ainda está na Idade Média e as pessoas, ainda que moderadas, se calam diante dos extremistas, ou por medo ou porque, no fundo, concordam com eles.

Fernando, considero estas frases como caricatas, porque há poucos dados reais nelas. Mas reconheço que é fácil ter essa imagem caricata.
« Última modificação: 05 de Outubro de 2012, 10:12:31 por pasteur »

Offline Diegojaf

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 24.204
  • Sexo: Masculino
  • Bu...
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re:O que tem de tão ofensivo no vídeo sobre Maomé?
« Resposta #383 Online: 05 de Outubro de 2012, 11:16:50 »
Ser "intolerante com a intolerância" e etc é a única coisa razoável de se fazer, o contrário é simplesmente suicídio mesmo.

O problema é que não faz mais sentido dirigir isso generalizadamente aos muçulmanos/ao islã do que uma mensagem similar contra "a violência cometida pelos homens contra as mulheres", ou a "criminalidade dos afrodescendentes".

Mas a violência de um sexo contra outro e de membros de uma certa "raça" tem algum similar em termos de base ideológica e doutrinária como aquela que é provida pelo livro-texto do Islã?

Não, mas não vejo por que essa diferença validaria a generalização.

Offline Pasteur

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 6.305
  • Sexo: Masculino

Offline Diegojaf

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 24.204
  • Sexo: Masculino
  • Bu...
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Pasteur

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 6.305
  • Sexo: Masculino
Re:O que tem de tão ofensivo no vídeo sobre Maomé?
« Resposta #386 Online: 05 de Outubro de 2012, 12:06:17 »

Outro tão bom quanto é este: http://www.cracked.com/article_18911_5-ridiculous-things-you-probably-believe-about-islam.html

Muito bom mesmo. Até eu que tenho mais contato com a turma de lá, mas não sei de toda realidade, percebí que tenho pequenas imagens caricatas.

Offline JohnnyRivers

  • Nível 31
  • *
  • Mensagens: 1.928
  • Sexo: Masculino
  • Are we saved by the words of bastard saints?
Re:O que tem de tão ofensivo no vídeo sobre Maomé?
« Resposta #387 Online: 05 de Outubro de 2012, 12:30:15 »
Na minha cabeça, eu imagino uma receita assim:

1 - Há uma religião, baseada numa crença doutrinária e com regras a serem seguidas;
2 - Há uma pessoa com elevado poder de liderança, que consegue expressar fortes argumentos (validos ou nao) e saiba falar em publica;
4 - Há mais pessoas que apoiam este líder e querem compartilhar seus ideais, formando um grupo de líderes;
3 - Há interesses políticos e/ou socias visualizado pelo grupo de líderes.
4 - Há a vontade deste povo ser superior aos demais, inclundo a maioria (que sofre com a falta de educação).

Daí, este grupo de líderes elevam a moral destas pessoas com coisas praticas e do dia-a-dia, convencendo elas de que são superiores aos demais povos. Não demora a este povo seguir estes lideres, que facilitaram suas vidas. Em seguida, as regras são ampliadas e o grupo de seguidores contém alguns agradecidos ao extremo às vantagens e as sensações de serem supoeriores obtidas deste grupo de líderes, fazendo-os fanáticos. No caso do islamismo, da até para fazer de os fanaticos acreditarem que vai ter 100 virgens esperando depois que se explodirem porque afinal, a religião da brecha para esta crença.

O minha opinião ficou confusa, pq to com pressa e deu meu horario de almoço agora.. :biglol: :biglol:
"Que homem é um homem que não torna o mundo melhor?"

"What do we need? Where do we go when we get where we don't know?
  Why should we doubt the virgin white of fallen snow when faith's our shelter from the cold?"
- Skid Row

Offline _tiago

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 6.343
Re:O que tem de tão ofensivo no vídeo sobre Maomé?
« Resposta #388 Online: 05 de Outubro de 2012, 17:35:21 »
"os muçulmanos são terroristas"

"os homens são estupradores"

"os negros são bandidos"

São generalizações que deviam ser evitadas.

E dizer coisas como "agora chega, já demos chance demais, não vamos mais respeitar nem tolerar os negros, que não conhecem o significado dessas palavras", é algo no mínimo muito mal fraseado para o que quer que intencione dizer de realmente defensável.
É Buck, algumas inferências suas aqui não são realmente o que eu queria dizer, muito menos a ideia que defendi do vídeo, e ali existem diversas.
Quando eu digo que não é devido se importar com o mimimi dos protestos muçulmanos (situação beeeemmmm específica, completamente diferente de dizer: todos os muçulmanos são terroristas) pois continua-se por aqui dizendo o que se quer, afinal, há de se prezar mais a liberdade de expressão e a integridade de quem disse, a depender do caso concreto, obviamente, mas, você, entende que é apenas generalização e vem com exemplos esdrúxulos em nada pertinentes ao que eu quis dizer... Que se pode fazer! :)

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re:O que tem de tão ofensivo no vídeo sobre Maomé?
« Resposta #389 Online: 06 de Outubro de 2012, 10:45:07 »
No post inicial você apenas colocou o vídeo; não dá para adivinhar o que você "quis dizer" com ele. Não me lembro dos subseqüentes, e nem me passou pela cabeça nem mesmo tentar discernir o que você tenha querido dizer daquilo que o Pat Condell diz no vídeo. Apenas acho o vídeo uma merda, e foi sobre isso que comentei, apenas, não fiz inferências do que qualquer um além do Condell "quisesse dizer".

Acho que se quer dizer algo substancialmente diferente dele, o melhor é dizer mesmo pelas próprias palavras. Especialmente se o vídeo em questão, naquilo que for razoável, for também óbvio, e fora isso, for uma completa idiotice, tentar justificar intolerância na maior cara de pau. Senão fica uma coisa meio, "eu concordo com Hitler quando ele diz que a família é importante", mas através de um vídeo que defende muito mais da visão dele do que isso.

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re:O que tem de tão ofensivo no vídeo sobre Maomé?
« Resposta #390 Online: 06 de Outubro de 2012, 11:03:49 »
Curioso esse fato. Imagino que a maioria das pessoas que gostou do vídeo do Condell, interpretam uma "intolerância e desrespeito bonzinhos" do que ele disse. Não agressões (como a sofrida por imigrantes muçulmanos por racistas), apenas uma minoria deve ter entendido assim. Ou assim espero. Ao mesmo tempo talvez a maior parte desses deve ser relutante em aceitar que é possível que os muçulmanos tenham interpretações "light" do corão, citando empolgados qualquer texto de algum cristão, judeu ou ateu com títulos como "o mito do islã pacífico: refutado com uma simples leitura do corão".

Offline _tiago

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 6.343
Re:O que tem de tão ofensivo no vídeo sobre Maomé?
« Resposta #391 Online: 06 de Outubro de 2012, 12:28:28 »
No post inicial você apenas colocou o vídeo; não dá para adivinhar o que você "quis dizer" com ele. Não me lembro dos subseqüentes, e nem me passou pela cabeça nem mesmo tentar discernir o que você tenha querido dizer daquilo que o Pat Condell diz no vídeo. Apenas acho o vídeo uma merda, e foi sobre isso que comentei, apenas, não fiz inferências do que qualquer um além do Condell "quisesse dizer".

Acho que se quer dizer algo substancialmente diferente dele, o melhor é dizer mesmo pelas próprias palavras. Especialmente se o vídeo em questão, naquilo que for razoável, for também óbvio, e fora isso, for uma completa idiotice, tentar justificar intolerância na maior cara de pau. Senão fica uma coisa meio, "eu concordo com Hitler quando ele diz que a família é importante", mas através de um vídeo que defende muito mais da visão dele do que isso.
Curioso esse fato. Imagino que a maioria das pessoas que gostou do vídeo do Condell, interpretam uma "intolerância e desrespeito bonzinhos" do que ele disse. Não agressões (como a sofrida por imigrantes muçulmanos por racistas), apenas uma minoria deve ter entendido assim. Ou assim espero. Ao mesmo tempo talvez a maior parte desses deve ser relutante em aceitar que é possível que os muçulmanos tenham interpretações "light" do corão, citando empolgados qualquer texto de algum cristão, judeu ou ateu com títulos como "o mito do islã pacífico: refutado com uma simples leitura do corão".

Putz! Se eu escrevo algo que penso e você não consegue concluir que aquilo é algo que eu penso... Aí complica. :)

Offline Fabi

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 6.801
  • Sexo: Feminino
  • que foi?
Re:O que tem de tão ofensivo no vídeo sobre Maomé?
« Resposta #392 Online: 06 de Outubro de 2012, 23:30:23 »
Fabi, em sua opinião qual é a porcentagem dos 1,5 bi de muçulmanos que são terroristas ou apoiam o terror?
Não tenho ideia.
Difficulter reciduntur vitia quae nobiscum creverunt.

“Deus me dê a serenidadecapacidade para aceitar as coisas que não posso mudar, a coragem para mudar o que posso, e a sabedoria para saber a diferença” (Desconhecido)

Offline Fabi

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 6.801
  • Sexo: Feminino
  • que foi?
Re:O que tem de tão ofensivo no vídeo sobre Maomé?
« Resposta #393 Online: 06 de Outubro de 2012, 23:59:45 »
Fernando, considero estas frases como caricatas, porque há poucos dados reais nelas. Mas reconheço que é fácil ter essa imagem caricata.
Você tem razão. Alguns países islâmicos vivem como se estivessem há 2 mil anos, eu li sobre a situação do Afeganistão. As pessoas se reúnem pra ver gente sendo apedrejada, isso é tão romano da época do coliseu, onde as pessoas eram atiradas aos leões.
Difficulter reciduntur vitia quae nobiscum creverunt.

“Deus me dê a serenidadecapacidade para aceitar as coisas que não posso mudar, a coragem para mudar o que posso, e a sabedoria para saber a diferença” (Desconhecido)

Offline Pasteur

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 6.305
  • Sexo: Masculino
Re:O que tem de tão ofensivo no vídeo sobre Maomé?
« Resposta #394 Online: 07 de Outubro de 2012, 03:16:40 »
O Alcorão é um texto sagrado do qual se pode obter uma visão de mundo intolerante , fanática , sexista e proselitista? Sim , tanto e no mesmo grau que a Bíblia. Mas não há nenhuma ação realizada pelos extremistas muçulmanos que também não encontre um embasamento seja neste ou naquele versículo da Bíblia para uso de extremistas cristãos.
A diferença é que a civilização ocidental já está no século XXI e os extremistas têm menos apoio da sociedade, enquanto que o Oriente Médio ainda está na Idade Média e as pessoas, ainda que moderadas, se calam diante dos extremistas, ou por medo ou porque, no fundo, concordam com eles.

Fernando, considero estas frases como caricatas, porque há poucos dados reais nelas. Mas reconheço que é fácil ter essa imagem caricata.
Você tem razão. Alguns países islâmicos vivem como se estivessem há 2 mil anos, eu li sobre a situação do Afeganistão. As pessoas se reúnem pra ver gente sendo apedrejada, isso é tão romano da época do coliseu, onde as pessoas eram atiradas aos leões.

Não Fabi, você está enganada, o Afeganistão não fica no Oriente Médio e eles vivem como viviam há 4 mil anos em tribos com altas taxas de analfabetismo onde a maioria do país, um dos mais inóspitos do planeta, vive sem energia elétrica e muitos não sabem quem é Osama bin Laden e nem o que são as torres gêmeas. Se você quiser saber mais sobre a realidade do Afeganistão aí está 14 minutos de um audio esclarecedor, vale a pena:

http://cbn.globoradio.globo.com/programas/cbn-total/2011/09/09/AFEGANISTAO-AINDA-VIVE-EM-SOCIEDADE-TRIBAL-COMO-QUANDO-SURGIU-HA-QUATRO-MIL-ANOS.htm

A frase "as pessoas se reúnem pra ver gente sendo apedrejada" significa o quê? Caricatura. Quem lê pensa o quê? Que no Afeganistão é lei apedrejar pessoas e em qualquer canto do país é normal as pessoas se reunirem pra ver gente sendo apedrejada. Mas, como eu disse anteriormente, é fácil ter uma imagem caricata. Você, por exemplo, disse que não tem idéia da porcentagem de muçulmanos terroristas, ou seja, terreno fértil para imagens caricatas vistos em vários posts seus, como aquela do gato crucificado.

http://oglobo.globo.com/mundo/presidente-do-afeganistao-condena-morte-por-apedrejamento-de-casal-ilicito-executada-pelo-taliba-2964175

Offline Fabi

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 6.801
  • Sexo: Feminino
  • que foi?
Re:O que tem de tão ofensivo no vídeo sobre Maomé?
« Resposta #395 Online: 09 de Outubro de 2012, 22:59:42 »
Significa que apedrejam pessoas ué, e ainda assistem como se fosse num circo. E o que que tem o Afeganistão não estar no oriente médio? É o único país que, por causa da invasão norte americana, a gente tem acesso ao que os extremistas islâmicos fazem/fizeram com o país (que era muito bom antes do taleban).

E se as pessoas tem uma imagem caricata é culpa dos islâmicos que deixam os extremistas sujarem o nome do Islã, que ameaçam (os extremista, espero, vai que daqui a pouco o pasteur vai começar a dizer que são os islâmicos moderados) de morte quem faz uma caricatura de maomé.
Difficulter reciduntur vitia quae nobiscum creverunt.

“Deus me dê a serenidadecapacidade para aceitar as coisas que não posso mudar, a coragem para mudar o que posso, e a sabedoria para saber a diferença” (Desconhecido)

Offline Fabi

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 6.801
  • Sexo: Feminino
  • que foi?
Re:O que tem de tão ofensivo no vídeo sobre Maomé?
« Resposta #396 Online: 09 de Outubro de 2012, 23:08:43 »
Penas bárbaras às mulheres em sociedades machistas

A iraniana Sakineh Mohamadi Ashtiani, de 43 anos, está no corredor da morte. Nos Emirados Árabes Unidos, uma brasileira de 14 anos foi condenada a seis meses de prisão. As também iranianas Mariam Ghorbanzadeh, 25, e Azar Bagheri, 19, viram a morte soprar baixinho no pé do ouvido, mas conseguiram escapar. Sakineh não deve ter a mesma sorte - a qualquer momento, ela pode ser apedrejada até a morte, enforcada ou morta a tiros pelo governo de Mahmoud Ahmadinejad. O futuro da brasileira, por sua vez, é incerto. A menor é acusada de fazer "sexo consensual" com um paquistanês de 28 anos e ter combinado um encontro com ele por meio de mensagens de texto consideradas "eróticas".

Os recentes casos de penas bárbaras contra mulheres do Islã reacendem uma questão polêmica: a independência e a dignidade do sexo feminino dentro da religião muçulmana. Segundo dados da agência de inteligência americana (a CIA), 55 nações têm maioria religiosa muçulmana. Nos países em que a Sharia - lei que dita as regras do islamismo - é seguida com rigor, as tradições são veementemente contrárias à liberdade da mulher. Elas se veem, então, constantemente vigiadas por maridos, filhos, vizinhos e pela polícia. "Milícias armadas patrulhavam o comportamento das mulheres nas ruas. Um vestígio de maquiagem e eles vinham, implacáveis", contou Azar Nafisi, autora de Lendo Lolita em Teerã, em entrevista a VEJA.

Mas tudo isso é apenas uma pequena agulha em um palheiro emaranhado de interpretações radicais no qual vive a religião muçulmana. O resultado do fanatismo religioso desses povos é grave e termina quase sempre em uma série de atos bárbaros, como se pode conferir abaixo:

Sudão – Em dezembro de 2001, Abok Alfa Akok, de 18 anos, foi acusada de adultério pelo marido. A jovem cristã estava grávida, não falava árabe e defendeu-se dizendo que havia sido estuprada. Apesar de a Sharia não se aplicar a mulheres não-muçulmanas e sem provas concretas, Abok foi condenada a 75 chibatadas.

Iêmen – Aos 13 anos, Elham Assim sangrou até a morte alguns dias após seu casamento. A garota muçulmana teria sido amarrada e forçada a manter relações sexuais com o marido, de 23 anos. O enlace da garota foi combinado por seu irmão, que pretendia se casar com a irmã do noivo e evitar o pagamento do dote.

Bangladesh – Em outubro de 2008, Aisha Duhulowa, de 13 anos, foi condenada à morte por apedrejamento acusada de fornicação depois de ter sido violentada por uma gangue. Conforme as leis locais, as menores estupradas são punidas com castigos físicos simplesmente por terem participado de um ato sexual. Enquanto era apedrejada, Aisha chorava e gritava por misericórdia. Quando seus familiares tentaram intervir, a milícia islâmica abriu fogo, matando um bebê.

Somália – Em uma das principais praças da cidade, 50 homens apedrejaram até a morte a muçulmana Aisho Ibrahim Dhuhulow, em 2008. Acusada de adultério, ela foi enterrada até o pescoço, e foi impedida de proteger o rosto. Segundo noticiou a imprensa à época, Aisho teria confessado o crime e pedido para ser julgada de acordo com as leis da Sharia.

Nigéria – Em 2002, Safiya Hussaini, de 33 anos, foi condenada por adultério à morte por apedrejamento. A pena, no entanto, foi postergada até que sua filha de um ano não precisasse mais do leite materno. Safiya, então, apelou da decisão. O juiz, no entanto, recusou todas as provas apresentadas pela defesa e foi taxativo: “A sociedade foi prejudicada pelo ato. É perigoso que isso ensine outras mulheres a fazer o mesmo.” Safiya acabou mesmo apedrejada.

Emirados Árabes Unidos – A solteira Kartini binti Karim, cidadã da Indonésia, trabalhava como empregada doméstica quando sua gravidez foi descoberta, em 2000. Ela e um indiano foram condenados por fornicação, mas o homem fugiu antes que pudesse ser preso. Kartini foi julgada sem o direito a um tradutor, advogado ou a entrar em contato com a embaixada de seu país. Depois de ser sentenciada à pena de morte por apedrejamento, a Indonésia conseguiu apelar. A pena foi reduzida para um ano de prisão e posterior deportação.

Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/penas-barbaras-as-mulheres-em-sociedades-machistas
« Última modificação: 09 de Outubro de 2012, 23:18:23 por Fabi »
Difficulter reciduntur vitia quae nobiscum creverunt.

“Deus me dê a serenidadecapacidade para aceitar as coisas que não posso mudar, a coragem para mudar o que posso, e a sabedoria para saber a diferença” (Desconhecido)

Offline Pasteur

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 6.305
  • Sexo: Masculino
Re:O que tem de tão ofensivo no vídeo sobre Maomé?
« Resposta #397 Online: 09 de Outubro de 2012, 23:49:02 »
Fabi, te aconselho a visitar a Turquia ou o Líbano pra desfazer essa imagem carregada que você tem dos muçulmanos, você vai se surpreender e gostar do passeio. Mas mesmo que você queira ir pro Afeganistão, vai perceber que não são todos iguais, só que lá pra sua segurança é melhor andar de burca.  :hihi:

Offline Fabi

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 6.801
  • Sexo: Feminino
  • que foi?
Re:O que tem de tão ofensivo no vídeo sobre Maomé?
« Resposta #398 Online: 10 de Outubro de 2012, 01:32:41 »
O dia que as mulheres islâmicas não usarem mais véu (ou que isso seja algo esporádico como as crentes que não cortam cabelo) aí talvez eu desfaça essa imagem carregada.
Difficulter reciduntur vitia quae nobiscum creverunt.

“Deus me dê a serenidadecapacidade para aceitar as coisas que não posso mudar, a coragem para mudar o que posso, e a sabedoria para saber a diferença” (Desconhecido)

Offline Fernando Silva

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 7.503
Re:O que tem de tão ofensivo no vídeo sobre Maomé?
« Resposta #399 Online: 10 de Outubro de 2012, 06:41:05 »
Fabi, te aconselho a visitar a Turquia ou o Líbano pra desfazer essa imagem carregada que você tem dos muçulmanos, você vai se surpreender e gostar do passeio. Mas mesmo que você queira ir pro Afeganistão, vai perceber que não são todos iguais, só que lá pra sua segurança é melhor andar de burca.  :hihi:
A Turquia e o Líbano são algumas das exceções ou são a regra?

 

Do NOT follow this link or you will be banned from the site!