Essa "lógica" de que os moderados tem que "fazer algo" para aparecer mais que os extremistas (ou sei lá o que, resolver todos os problemas causados pelos últimos?) vale também para "negros", "brasileiros", "ateus", ou só nesse caso?
Em momento algum foi dito que os moderados devem "aparecer mais" do que os extremistas, e sim que devem demonstrar o seu repúdio ou apoio aos ataques. As condições variam como os casos.
Por favor esclareça como eles "deveriam" manifestar o repúdio mais do que já o façam.
E quem daqui fez algo para compensar a chacina de Columbine, conduzida por ateus? E pelos comunistas, ateus?
Não estou enquadrado em nenhuma situação que me assemelhe a quem deve compensar a chacina. Enquando indivíduo e pessoa física repudio a chacina e sou contra a promoção e existência das mesmas.
Ok, um muçulmano qualquer deve fazer mais do que isso quanto a atentados terroristas perpetrados por outras pessoas, também muçulmanas? Por que?
Se a pessoa não se enxerga mais como muçulmana, mas for de ascendência árabe, e os atentados também tiverem sido perpetrados por pessoas de ascendência árabe, a coisa muda em algo de fitura? Por que?
Essa "lógica" de que os moderados tem que "fazer algo" para aparecer mais que os extremistas (ou sei lá o que, resolver todos os problemas causados pelos últimos?) vale também para "negros", "brasileiros", "ateus", ou só nesse caso?
Concordo. É como a "lógica" que diz que os moradores dos morros cariocas são a favor dos traficantes, pois não se insurgem contra eles.
Nada foi dito sobre insurgimento. Se os moradores das favelas veem o tráfico de drogas, homens armados e corrupção de menores em seu bairro e nada falam, são automaticamente coniventes com o crime. Ainda mais quando são obrigados a se relacionar com a organização criminosa.
Note que não é necessário qualquer ação além de um posicionamento, e desse posicionamento, uma atitude que o justifique. Porém, ser contra e não fazer algo, se possível, para solucionar o problema não diferenciará claramente o moderado do decidido.
Essa definição das coisas me parece convenientemente colocar quem pode fora da favela, sem estar sob a mesma ameaça, como alguém que não tem responsabilidade alguma sobre algo que igualmente sabe estar ocorrendo, enquanto que mantém o favelado como comparsa automático.
Talvez o cara de fora só seja responsável se tiver alguma vez sido favelado, para haver a associação?
Não há uma linha divisória muito nítida entre moderados e radicais. Acho que uma boa parcela dos assim chamados "moderados", nos países árabes principalmente, seriam algo como "52% moderados, 48% radicais", não podendo ser garotos-propaganda no que se refere a tratamento humano às mulheres, homossexuais, criminosos, ou de liberdade religiosa.
Se você não tem fontes confiáveis, não vejo motivo de especular, porém, mesmo se minoria, os moderados podem fazer sua voz aparecer pacificamente se não estiverem sob ameaça, via internet, por exemplo. Caso oprimidos, automaticamamente a opinião pública notará que a opressão é a causa do silêncio, ou até mesmo da violência, como notado na Primavera Árabe.
OK, então repito, o que "deveriam" fazer além do que já fazem? E que grau de "não estar sob ameaça" seria suficiente para eles já poderem estar se "manifestando"?
(Manifestações que não mudarão absolutamente em nada a ocorrência de novos atentatos, diga-se de passagem; seria algo apenas que teriam a obrigação de fazer "para inglês ver" e assim dar um motivo a menos para justificar seu preconceito étnico, isso é, supondo que acreditassem em tal manifestação).
É dificílimo para os moderados conseguirem fazer algo mais chamativo do que os atentados de 11 de setembro de 2001. O que poderia ser?.
Novamente, a questão não é baseada nesses critérios. A questao da expressão não ronda acerca de atos públicos de grande aparição. Os atos dos moderados não têm de ser maiores do que os dos extremistas para que tenham repercussão.
Bem, não é o que pareciam sugerir com "o problema é até onde vai os atos dos "moderados" e o quanto que eles não acabam influenciando os extremistas. E o fato d
o número de moderados ser maior não muda o fato de que são os extremistas que possuem uma voz (bem) mais alta...", seguido da explicação "quem cala, consente".
O que parece estar sendo dito é que se você/um grupo de pessoas não pode ter uma voz mais alta do que aquela de alguém sob um mesmo rótulo, então automaticamente consente com ela, e o grupo assim deve ser pré-julgado.
O que fizerem além de viver suas vidas sem prejudicar aos outros tende a passer praticamente despercebido, ou ser visto com desconfiança.
Não sei por quem será visto por desconfiança, certamente por quem se importa com o que não é necessariamente seu interesse.
Essa frase ficou bem confusa.
Acredito que aqui mesmo nesse fórum você poderá encontrar colocações no sentido de que os muçulmanos ditos moderados (ou progressivos) apenas posam como tal, é uma farsa, na verdade apóiam os terroristas.
Enquanto que se um bando de pró-terroristas semi-analfabetos fizerem uma única passeata com placas escrito pelo único entre eles que sabe escrever em inglês clamando por decapitações de infiéis, suas imagens serão reproduzidas freneticamente, e é essa a imagem distorcida que fica.
Depende de fontes, interpretação, ponto de vista, acontecimentos políticos, caráter da manifestação, motivo da manifestação, e muitos outros.
O que isso ao menos quer dizer?
O que de fato acontece é o que eu disse: acontece um atentado ou uma passeata de radicais, então isso não só é naturalmente mais marcante, como será "reproduzido" mais e mais vezes, nesse caso em particular, especialmente por vozes de direita/conservadores. O tema de discussão é muçulmanos? Então tasque-se uma foto ou do ataque de 11 de setembro de 2001, onze anos depois, ou de uma passeata ocorrida em um lugar, uma vez, de um bando de radicais, com todas as placas escritas por uma só pessoa, ou ainda, uma foto de uma mesma garota ensangüentada que foi estuprada por muçulmanos sucessivas vezes, nos EUA, na Suécia, na Inglaterra. Ou ainda, de um casamento, e diga que as menininhas de cinco anos que carregam os anéis são as noivas dos caras de vinte anos que estão ao lado delas.
O que você faria de diferente se fosse muçulmana, como faria para condenar os extremistas?
Quem condena não é o povo, e sim a justiça. Ao povo cabe a mobilização para que a justiça atente-se ao caso e solucione a situação.
Isso é apenas "condenação" no sentido estritamente legal/criminal. O termo pode ser usado no sentido "social" sem sugerir um ato fora-da-lei. Mas você sabe disso.