Essa "lógica" de que os moderados tem que "fazer algo" para aparecer mais que os extremistas (ou sei lá o que, resolver todos os problemas causados pelos últimos?) vale também para "negros", "brasileiros", "ateus", ou só nesse caso?
Em momento algum foi dito que os moderados devem "aparecer mais" do que os extremistas, e sim que devem demonstrar o seu repúdio ou apoio aos ataques. As condições variam como os casos.
Quem daqui fez algo contra a corrupção no Brasil? E o que planeja fazer, além de votar silenciosamente em nulo, branco, ou em alguém que acha que não será conivente com a corrupção?
Além de votar em quem possívelmente não será criminoso, pode-se contribuir denunciando crimes praticados pelo poder público, mobilizando passeatas e não sendo corrupto.
E quem daqui fez algo para compensar a chacina de Columbine, conduzida por ateus? E pelos comunistas, ateus?
Não estou enquadrado em nenhuma situação que me assemelhe a quem deve compensar a chacina. Enquando indivíduo e pessoa física repudio a chacina e sou contra a promoção e existência das mesmas.
E os negros e mulatos, o que pensam em fazer quanto aos negros e mulatos criminosos? Depois não podem reclamar do racismo, hein.
Novamente, essa generalização não tem sentido algum. Outros foristas já discorreram sobre.
Talvez o pior caso: as pessoas que tinham o sobrenome "Hitler" vivem na surdina, até mudaram o nome, e tentam não ser rastreadas, continuar vivendo como se nada tivesse acontecido na história da Alemanha e do mundo entre 1933 e 1945. Elas, mais do que todos os alemães, deveriam fazer algo para compensar pelo nazismo.
Se foram nazistas, se agiram a favor do partido, e se podiam reverter sua situação, sim, deveriam.
Essa "lógica" de que os moderados tem que "fazer algo" para aparecer mais que os extremistas (ou sei lá o que, resolver todos os problemas causados pelos últimos?) vale também para "negros", "brasileiros", "ateus", ou só nesse caso?
Concordo. É como a "lógica" que diz que os moradores dos morros cariocas são a favor dos traficantes, pois não se insurgem contra eles.
Nada foi dito sobre insurgimento. Se os moradores das favelas veem o tráfico de drogas, homens armados e corrupção de menores em seu bairro e nada falam, são automaticamente coniventes com o crime. Ainda mais quando são obrigados a se relacionar com a organização criminosa.
Note que não é necessário qualquer ação além de um posicionamento, e desse posicionamento, uma atitude que o justifique. Porém, ser contra e não fazer algo, se possível, para solucionar o problema não diferenciará claramente o moderado do decidido.
Não há uma linha divisória muito nítida entre moderados e radicais. Acho que uma boa parcela dos assim chamados "moderados", nos países árabes principalmente, seriam algo como "52% moderados, 48% radicais", não podendo ser garotos-propaganda no que se refere a tratamento humano às mulheres, homossexuais, criminosos, ou de liberdade religiosa.
Se você não tem fontes confiáveis, não vejo motivo de especular, porém, mesmo se minoria, os moderados podem fazer sua voz aparecer pacificamente se não estiverem sob ameaça, via internet, por exemplo. Caso oprimidos, automaticamamente a opinião pública notará que a opressão é a causa do silêncio, ou até mesmo da violência, como notado na Primavera Árabe.
É dificílimo para os moderados conseguirem fazer algo mais chamativo do que os atentados de 11 de setembro de 2001. O que poderia ser?.
Novamente, a questão não é baseada nesses critérios. A questao da expressão não ronda acerca de atos públicos de grande aparição. Os atos dos moderados não têm de ser maiores do que os dos extremistas para que tenham repercussão.
O que fizerem além de viver suas vidas sem prejudicar aos outros tende a passer praticamente despercebido, ou ser visto com desconfiança.
Não sei por quem será visto por desconfiança, certamente por quem se importa com o que não é necessariamente seu interesse.
Enquanto que se um bando de pró-terroristas semi-analfabetos fizerem uma única passeata com placas escrito pelo único entre eles que sabe escrever em inglês clamando por decapitações de infiéis, suas imagens serão reproduzidas freneticamente, e é essa a imagem distorcida que fica.
Depende de fontes, interpretação, ponto de vista, acontecimentos políticos, caráter da manifestação, motivo da manifestação, e muitos outros.
O que você faria de diferente se fosse muçulmana, como faria para condenar os extremistas?
Quem condena não é o povo, e sim a justiça. Ao povo cabe a mobilização para que a justiça atente-se ao caso e solucione a situação.