Autor Tópico: Uruguai a um passo da descriminalização do aborto após voto de deputados  (Lida 16223 vezes)

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Offline Barata Tenno

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Re:Uruguai a um passo da descriminalização do aborto após voto de deputados
« Resposta #200 Online: 22 de Outubro de 2012, 16:00:01 »
Segundo eu pesquisei aqui:

• The risk of abortion complications is minimal: Fewer than 0.3% of abortion patients experience a complication that requires hospitalization

• The risk of death associated with abortion increases with the length of pregnancy, from one death for every one million abortions at or before eight weeks to one per 29,000 at 16–20 weeks—and one per 11,000 at 21 or more weeks.

In the United States, the maternal death rate was 21 maternal deaths per 100,000 live births in 2010


É mais seguro abortar que ter o filho.

Isso é relativo aos abortos legais, não?

Você pode citar a fonte?

Sim, legais. Isso acaba com o argumento de que aborto legal é fisicamente insuportável que que em face disso a mulher não tem escolha.

http://www.guttmacher.org/pubs/fb_induced_abortion.html

http://en.wikipedia.org/wiki/Maternal_death


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Offline JohnnyRivers

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Re:Uruguai a um passo da descriminalização do aborto após voto de deputados
« Resposta #201 Online: 22 de Outubro de 2012, 16:12:42 »
Até onde eu vi por cima, em nenhum dos países que legalizou considerou a figura paterna relevante na tomada de decisão do aborto. Não espero que o Brasil adote posição diferente desta em caso de liberação.

Mas me persiste outra dúvida:

Cenário  :arrow: Adolescentes que engravidou e mora com os pais e estão sob suas tutelas.

Pergunta: Os país podem "obrigar" a filha a abortar apenas por status social (evitar comentários na vizinhança, roda de amigos, igreja, etc.)? Isso é comum? A legalização interferiria nisto?

« Última modificação: 22 de Outubro de 2012, 16:15:07 por JohnnyRivers »
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Offline Price

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Re:Uruguai a um passo da descriminalização do aborto após voto de deputados
« Resposta #202 Online: 22 de Outubro de 2012, 16:13:20 »
Citação de: Price
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Não possuo conhecimentos para fazer afirmações sobre o psicológico, mas concordo com você quando diz que é bastante difícil filho fruto de estupro ser tão indesejável quanto filho fruto de consenso. Não excluo a possibilidade, no entanto.

Em tempo, hipotetizo que isso seja também uma questão cultural, ie, há culturas em que o estrupo é mais aceitável. Obviamente não a nossa.
O problema persiste, em escala diferente.
O problema persiste, em escala diferente.

Não estou mais seguindo a linha de raciocínio. Podia clarificar?
Independentemente da conjuntura social onde ocorre, o estupro continua um problema. A menos que exista um local onde ele não é crime.

Citação de: Price
Citação de: Edu
Mas há um método sem falha: histerectomias. Decorre daí que toda gravidez indesejada, estrupo ou não, veio de uma escolha da mulher em não realizar essa cirurgia, logo ela possuia alternativa, logo o aborto não seria justificável. NOTA: não defendo que todas as mulheres façam histerectomia para não ter filhos de estrupos, é apenas um contra-argumento.
Não sei em qual lógica - ou de quem - isso é válido, pois na geral é uma falácia.

Ora, na lógica de que o aborto de uma gestação indesejável fruto de aborto é justificável pois não houve alternativa. Eu estou contra-argumentando que a mulher teve alternativa (a de fazer ou não histerectomia). Ela escolheu não usar esse método anticoncepcional e, segundo aquela lógica, não deveria poder abortar. Eu poderia até ampliar este argumento para envolver DIUs - ela escolheu não usar e portanto teve alternativa.

Vide:
Citação de: Price
Citação de: Edu
De qualquer forma, acho que entendi o que você diz, deixe me parafraseá-la só para ter certeza: qualquer casal que se proponha a fazer sexo sempre terá que levar em consideração a possibilidade de uma gravidez, e por isso não pode abortar quando essa possibilidade se concretiza (por mais indesejável que ela seja). Em compensação, no caso de estupro, não há essa escolha, e portanto, para evitar um filho indesejável, pode abortar a gravidez. É isso?
É
Isso é falácia pura, beira o absurdo. O fruto do estupro é evitável, porém o estupro não é. No crime, o que deve ser evitado é o ato e não sua consequência.

Citação de: Price
Citação de: Edu
É apenas uma extensão do teu raciocínio. Se o critério é utilidade, há de se aplicá-lo universalmente.

O critério é a utilidade reduzida por causa da deficiência. Se aplica somente a quem é deficiente.

E por quê este tratamento especial com deficientes físicos? Ser menos útil à sociedade por deficiência física é um problema, mas ser menos útil por qualquer outro motivo reconhecível ou predizível pré-parto, não. É assim?
Por que não existe outro motívo reconhecível como a deficiência que foi alegada no meu comentário inicial, ainda mais considerando o grau de invalidez causado.
Se você aceitar algumas colocações minhas...
A única e verdadeira razão de eu fazer este comentário em resposta é deixar absolutamente claro que NÃO ACEITO "colocações" suas nem de quem quer que seja.

Offline Price

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Re:Uruguai a um passo da descriminalização do aborto após voto de deputados
« Resposta #203 Online: 22 de Outubro de 2012, 16:17:21 »
"Pressão para fazer sexo" pode ser resistida.

Pode, inclusive o organismo tem uma maneira natural de resistir à gravidez nos casos de estupros "de verdade".

Interessante. Como?

O cara que derrubou momentaneamente o eleitorado do Romney quem disse. Republicanos sacam destas coisas... http://www.guardian.co.uk/science/the-h-word/2012/aug/20/legitimate-rape-medieval-medical-concept

HAHAHA. De fato, conclusão medieval a desse sujeito.
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Offline Edu

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Re:Uruguai a um passo da descriminalização do aborto após voto de deputados
« Resposta #204 Online: 22 de Outubro de 2012, 16:47:05 »
Citação de: Price
Independentemente da conjuntura social onde ocorre, o estupro continua um problema. A menos que exista um local onde ele não é crime.

Concordo, no entanto isso nunca foi o foco da discussão (que é no aborto). Isso tudo era para entender os motivos pelos quais o o aborto seria liberado em caso de estupro na tua visão, e não em outros casos. De qualquer forma, você já respondeu isso em outra parte, então não vejo porque continuarmos discutindo este ponto.

Citação de: Price
Isso é falácia pura, beira o absurdo. O fruto do estupro é evitável, porém o estupro não é. No crime, o que deve ser evitado é o ato e não sua consequência.

Claro que beira o absurdo, mas isso foi proposital. Você defende o aborto em caso de estrupo pois a mulher não teve alternativa de usar métodos contracepcionais ou de prevenir a gravidez de algum jeito, ao passo que o proibe caso ela tenha sido fruto de sexo consensual, pois neste caso teria prevenção. Pois bem, eu estou aqui argumentando que ela teve alternativa de usar contracepção no caso do estrupo. Portanto, segue-se a lógica que não deveria ser permitido o aborto nestes casos.

Citação de: Price
Por que não existe outro motívo reconhecível como a deficiência que foi alegada no meu comentário inicial, ainda mais considerando o grau de invalidez causado.

OK, mas a pergunta persiste. E se for descoberto que outro fator, qualquer que seja, causa tanta invalidez quanto deficiência física? Aí pode abortar? Você pode não trabalhar com suposições, mas isso não significa que essa pergunta não mereça ser respondida.

Citação de: Barata Tenno
É mais seguro abortar que ter o filho.

Um pequno caveat: eu não cheguei a ver como eles conseguiram estes números, mas antes de comparar as duas coisas, tem que ter certeza que as duas populações são comparáveis.

Por exemplo: pode ser que as mulheres que abortam são significativamente mais jovens e saudáveis que as que tem filhos, e portanto, morrem menos. Em outras palavras, pode ser que o aborto seja mais perigoso, mas como quem aborta é mais saudável, morre menos. Em epidemiologia (estudo das causas das doenças), isso é conhecido como confounding by indication ou selection bias.

Offline Laura

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Re:Uruguai a um passo da descriminalização do aborto após voto de deputados
« Resposta #205 Online: 22 de Outubro de 2012, 16:55:02 »
Que responsabilidade existe em abortar?  Concordei em não usar camisinha e agora não vou arcar com os custos?
Perto de ter que criar um filho, quase nenhuma. Mas havendo a possibilidade de aborto, caso o homem não saiba da gravidez ou por qualquer outra motivo não participe da decisão, a responsabilidade da tomada dessa decisão recai apenas sobre a mulher. É ela quem lidará sozinha com as possíveis consequências, como alguma lesão (caso raro em abortos legais, mas possível) e a síndrome pós-aborto, por exemplo, que embora ainda não seja uma unanimidade entre a comunidade médica, não é uma hipótese descartada. É uma questão muito íntima e pode afetar cada indivíduo de forma distinta. De qualquer forma, escolhendo ter ou não ter o filho, não vejo com a mulher não seria responsabilizada, sendo que teria que arcar com as consequências de sua escolha em ambos os casos.

Informações sobre a Síndrome pós-aborto.
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_p%C3%B3s-aborto

Muito melhor criar campanhas de educação e diminuir esses numero que simplesmente desistir e aceitar o aborto porque custa caro.

Sou totalmente a favor de criar (ainda mais) campanhas educacionais acerca da sexualidade e reprodução humanas. É a educação e não a ilegalidade que pode reduzir o número de abortos. Só que não se trata de desistir, e sim de pensar em outras soluções enquanto só a tentativa de educação não dá conta do recado, como já fizeram outros países que, com o passar dos anos, obtiveram diversos benefícios, incluindo a redução do número de abortos realizados.

Dados sobre a legalização do aborto em Portugal, que ocorreu em 2007.
http://www.litci.org/pt/option=com_content&view=article&id=2281

Dados sobre o aborto na França, legalizado desde 1975. No início houve um aumento no número de abortos realizados, mas com o passar do tempo esse número diminuiu. As clínicas clandestinas existiram em número significativo até 1995 e foram totalmente extintas em 2003.
http://www.doctissimo.fr/html/sante/mag_2000/mag1215/dossier/sa_3400_ivg_niv2.htm

Quarenta anos depois de ter a primeira clínica de aborto, ainda existem protestos na Holanda. Detalhe interessante: a Holanda, sendo um dos primeiros países a optar pela legalização é hoje um dos países com o menor número de procedimentos realizados do mundo.
http://archief.rnw.nl/portugues/article/40-anos-de-clinica-de-aborto-e-ainda-ha-protestos

Guttmacher Institute, tem várias informações e dados sobre o tema.
http://www.guttmacher.org/

Offline Price

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Re:Uruguai a um passo da descriminalização do aborto após voto de deputados
« Resposta #206 Online: 22 de Outubro de 2012, 17:02:08 »
Citação de: Price
Isso é falácia pura, beira o absurdo. O fruto do estupro é evitável, porém o estupro não é. No crime, o que deve ser evitado é o ato e não sua consequência.

Claro que beira o absurdo, mas isso foi proposital. Você defende o aborto em caso de estrupo pois a mulher não teve alternativa de usar métodos contracepcionais ou de prevenir a gravidez de algum jeito, ao passo que o proibe caso ela tenha sido fruto de sexo consensual, pois neste caso teria prevenção. Pois bem, eu estou aqui argumentando que ela teve alternativa de usar contracepção no caso do estrupo. Portanto, segue-se a lógica que não deveria ser permitido o aborto nestes casos.
Não, a lógica não segue porque ela não está presente. A mulher utiliza métodos contraceptivos visando segurança em uma relação consensual, e não em uma forçada, de modo que quando o estupro ocorrer, a prevenção vai ser tão ocasional quanto o próprio ato. Novamente, não há sentido em culpar a vítima pelo crime.


Citação de: Price
Por que não existe outro motívo reconhecível como a deficiência que foi alegada no meu comentário inicial, ainda mais considerando o grau de invalidez causado.

OK, mas a pergunta persiste. E se for descoberto que outro fator, qualquer que seja, causa tanta invalidez quanto deficiência física? Aí pode abortar? Você pode não trabalhar com suposições, mas isso não significa que essa pergunta não mereça ser respondida.
Não vou divagar para chegar a uma conclusão dispensável. Do mesmo modo que poderia surgir algo que tornasse seres "normais" tão ineficientes quanto deficientes físicos, também poderia surgir o oposto, algo que tornasse os deficientes tão ou mais eficientes que os "normais", o que faria a milha alegação inválida.
Por este e outros motivos não especulo e me abstenho aos fatos atuais.
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Offline Edu

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Re:Uruguai a um passo da descriminalização do aborto após voto de deputados
« Resposta #207 Online: 22 de Outubro de 2012, 17:43:41 »
Citação de: Price
Citação de: Edu
Claro que beira o absurdo, mas isso foi proposital. Você defende o aborto em caso de estrupo pois a mulher não teve alternativa de usar métodos contracepcionais ou de prevenir a gravidez de algum jeito, ao passo que o proibe caso ela tenha sido fruto de sexo consensual, pois neste caso teria prevenção. Pois bem, eu estou aqui argumentando que ela teve alternativa de usar contracepção no caso do estrupo. Portanto, segue-se a lógica que não deveria ser permitido o aborto nestes casos.
Não, a lógica não segue porque ela não está presente. A mulher utiliza métodos contraceptivos visando segurança em uma relação consensual, e não em uma forçada, de modo que quando o estupro ocorrer, a prevenção vai ser tão ocasional quanto o próprio ato. Novamente, não há sentido em culpar a vítima pelo crime.

De forma alguma estou culpando a vítima pelo crime. Só que ele aconteceu e agora ela está grávida. Ela não podia evitar o crime (tampouco é culpada por ele), mas podia evitar a gravidez (e não, no método que citei, a prevenção não é ocasional). Enfim, o ponto ao qual eu quero chegar aqui é que o critério "ter ou não alternativa" para justificar o aborto no caso do estrupo e proibí-lo quando é consensual é um critério ruim, no sentido em que pode ser usado para defender a proibição do aborto em casos de estrupo.

Citação de: Price
Citação de: Edu
OK, mas a pergunta persiste. E se for descoberto que outro fator, qualquer que seja, causa tanta invalidez quanto deficiência física? Aí pode abortar? Você pode não trabalhar com suposições, mas isso não significa que essa pergunta não mereça ser respondida.
Não vou divagar para chegar a uma conclusão dispensável. Do mesmo modo que poderia surgir algo que tornasse seres "normais" tão ineficientes quanto deficientes físicos, também poderia surgir o oposto, algo que tornasse os deficientes tão ou mais eficientes que os "normais", o que faria a milha alegação inválida.
Por este e outros motivos não especulo e me abstenho aos fatos atuais.

Bom, tudo bem. Prefiro pensar que você seguirá essa tua lógica da utilidade quando os fatos mudarem, mas não te perguntarei mais sobre "e se"s.

De qualquer forma, este critério "utilidade" fica aí para julgarmos se é justo. Não teria o embrião/feto direito à vida, por mais inválida que ela fosse?

Offline Pasteur

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Re:Uruguai a um passo da descriminalização do aborto após voto de deputados
« Resposta #208 Online: 22 de Outubro de 2012, 18:06:03 »
Como disse acima, se é pra responsabilizar o homem por transar sem camisinha, que também se responsabiliza a mulher, que tomou a mesma decisão. Proibe-se o aborto e vamos todos nos responsabilizar por nossos atos. Decisões iguais, responsabilidades iguais. Não quer ter filho? Use camisinha, seja homem ou seja mulher.

Engravidou e quer tirar numa clinica de fundo de quintal, a vida é sua, a responsabilidade é sua, o risco é seu.

Barata, você tem que ver o que ocorre na prática: bebês jogados no lixo, mulheres morrendo em clínicas de fundo de quintal. Você tem duas opções: ou legaliza e melhora a situação ou deixa como está.

Hoje temos bandidos matando pessoas e bandidos morrendo fugindo da polícia, vamos liberar o homicidio para que os bandidos não morrem mais fugindo da polícia. Ou legalizamos o homicídio ou deixamos como esta?

Tem certeza de que são só duas opções?

Barata, já deu pra perceber que você está comparando um aborto de um embrião com um assassinato. A natureza é uma das maiores assassinas de "bebês", pois mais da metade dos ovulos fecundados são descartados. Um verdadeiro "infanticídio".

Offline Barata Tenno

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Re:Uruguai a um passo da descriminalização do aborto após voto de deputados
« Resposta #209 Online: 22 de Outubro de 2012, 18:14:26 »
Como disse acima, se é pra responsabilizar o homem por transar sem camisinha, que também se responsabiliza a mulher, que tomou a mesma decisão. Proibe-se o aborto e vamos todos nos responsabilizar por nossos atos. Decisões iguais, responsabilidades iguais. Não quer ter filho? Use camisinha, seja homem ou seja mulher.

Engravidou e quer tirar numa clinica de fundo de quintal, a vida é sua, a responsabilidade é sua, o risco é seu.

Barata, você tem que ver o que ocorre na prática: bebês jogados no lixo, mulheres morrendo em clínicas de fundo de quintal. Você tem duas opções: ou legaliza e melhora a situação ou deixa como está.

Hoje temos bandidos matando pessoas e bandidos morrendo fugindo da polícia, vamos liberar o homicidio para que os bandidos não morrem mais fugindo da polícia. Ou legalizamos o homicídio ou deixamos como esta?

Tem certeza de que são só duas opções?

Barata, já deu pra perceber que você está comparando um aborto de um embrião com um assassinato. A natureza é uma das maiores assassinas de "bebês", pois mais da metade dos ovulos fecundados são descartados. Um verdadeiro "infanticídio".

E a natureza também é a maior assassina de pessoas, e?
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Offline Pasteur

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Re:Uruguai a um passo da descriminalização do aborto após voto de deputados
« Resposta #210 Online: 22 de Outubro de 2012, 18:32:28 »
Como disse acima, se é pra responsabilizar o homem por transar sem camisinha, que também se responsabiliza a mulher, que tomou a mesma decisão. Proibe-se o aborto e vamos todos nos responsabilizar por nossos atos. Decisões iguais, responsabilidades iguais. Não quer ter filho? Use camisinha, seja homem ou seja mulher.

Engravidou e quer tirar numa clinica de fundo de quintal, a vida é sua, a responsabilidade é sua, o risco é seu.

Barata, você tem que ver o que ocorre na prática: bebês jogados no lixo, mulheres morrendo em clínicas de fundo de quintal. Você tem duas opções: ou legaliza e melhora a situação ou deixa como está.

Hoje temos bandidos matando pessoas e bandidos morrendo fugindo da polícia, vamos liberar o homicidio para que os bandidos não morrem mais fugindo da polícia. Ou legalizamos o homicídio ou deixamos como esta?

Tem certeza de que são só duas opções?

Barata, já deu pra perceber que você está comparando um aborto de um embrião com um assassinato. A natureza é uma das maiores assassinas de "bebês", pois mais da metade dos ovulos fecundados são descartados. Um verdadeiro "infanticídio".

E a natureza também é a maior assassina de pessoas, e?

Você está dizendo que a natureza não nos dá vida eterna? É, isso é verdade, a natureza é uma grande bandida, maldita. Ela matou ou matará a todos.

Ok. Reconheço que a discussão neste caminho não tem nada a ver. Mas comparar aborto de um amontoado de células com assassinatos, não dá!

Offline Barata Tenno

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Re:Uruguai a um passo da descriminalização do aborto após voto de deputados
« Resposta #211 Online: 22 de Outubro de 2012, 18:59:35 »
Como disse acima, se é pra responsabilizar o homem por transar sem camisinha, que também se responsabiliza a mulher, que tomou a mesma decisão. Proibe-se o aborto e vamos todos nos responsabilizar por nossos atos. Decisões iguais, responsabilidades iguais. Não quer ter filho? Use camisinha, seja homem ou seja mulher.

Engravidou e quer tirar numa clinica de fundo de quintal, a vida é sua, a responsabilidade é sua, o risco é seu.

Barata, você tem que ver o que ocorre na prática: bebês jogados no lixo, mulheres morrendo em clínicas de fundo de quintal. Você tem duas opções: ou legaliza e melhora a situação ou deixa como está.

Hoje temos bandidos matando pessoas e bandidos morrendo fugindo da polícia, vamos liberar o homicidio para que os bandidos não morrem mais fugindo da polícia. Ou legalizamos o homicídio ou deixamos como esta?

Tem certeza de que são só duas opções?

Barata, já deu pra perceber que você está comparando um aborto de um embrião com um assassinato. A natureza é uma das maiores assassinas de "bebês", pois mais da metade dos ovulos fecundados são descartados. Um verdadeiro "infanticídio".

E a natureza também é a maior assassina de pessoas, e?

Você está dizendo que a natureza não nos dá vida eterna? É, isso é verdade, a natureza é uma grande bandida, maldita. Ela matou ou matará a todos.

Ok. Reconheço que a discussão neste caminho não tem nada a ver. Mas comparar aborto de um amontoado de células com assassinatos, não dá!

Em ambos os casos vidas humanas são perdidas pela conveniencia de outros, seja para ganhar um troco no pra gastar no fim de semana ou para ter um fim de semana sem um bebe chorando.


Voce não ve um embrião como uma vida humana, mas muitas pessoas veem e sua opinião não é melhor embasasa que a deles.
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Offline Fabi

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Re:Uruguai a um passo da descriminalização do aborto após voto de deputados
« Resposta #212 Online: 22 de Outubro de 2012, 19:34:38 »
O sexo sem camisinha é uma escolha dos dois, não só do homem. Se ele quiser ter o filho não pode obrigar a mulher a manter a gravidez, o corpo é dela e a escolha é dela. Se ela quiser ter o filho, não pode obrigar o homem a pagar, o dinheiro é dele, a escolha é dele.

É simples assim, a maioria das mulheres consegue evitar a gravidez quando querem. E se quer um pai presente e que ajude, escolham melhor os parceiros, da pra pilantra e depois pagam de coitadas...

Se a religião dela é contra aborto, tome pílula, o corpo é dela, se ela escolhe se mata um feto ou não tem que tem a responsabilidade de se proteger caso não deseje um aborto.  A mulher tem a faca e o queijo na mão, o cara não quer usar camisinha e ela é contra o aborto? Feche as pernas. Engravidou mesmo assim? Se fodeu filha, você tinha uma opção e fez a escolha errada.
Só no país das maravilhas que o seu pensamento funciona, porque na realidade ele traz implicações perigosas.

O homem é sim responsável por uma gravidez, e tem que ser obrigado a cumprir a responsabilidade. E eu já disse, não é porque o aborto pode ser legalizado que ideias malucas devem vir de carona.

Vide resposta acima. Se o homem sabia do risco e isso acarreta na responsabilidade pela criança, a mulher também sabia do risco, então o aborto deve ser proibido e ela também deve aceitar a responsabilidade pela criança. Se ela é dona do corpo dela e tem todo o poder sobre ele  e não quer abortar, então ela devia exercer esse poder e rejeitar o sexo sem camisinha. Aceitou o sexo sem camisinha e o aborto é permitido mas não quer fazer? Ela teve duas oportunidades de escolha, agora assuma suas escolhas sozinha.
Não, você está usando o aborto como suporte para uma ideia maluca. O homem na prática já tem menos responsabilidade que a mulher, não é ele que vai parir o filho, e nem amamentar etc... O mínimo que pode fazer é dar dinheiro.

E só esse fato dele ter menos responsabilidade(vide o que eu disse acima) é que ele não pode decidir sobre o aborto. O corpo não é dele. Mas quando ele praticou o ato sexual sabia que podia engravidar alguém então... é responsável. E tem que ser mesmo como o pasteur falou.
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“Deus me dê a serenidadecapacidade para aceitar as coisas que não posso mudar, a coragem para mudar o que posso, e a sabedoria para saber a diferença” (Desconhecido)

Offline Fabi

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Re:Uruguai a um passo da descriminalização do aborto após voto de deputados
« Resposta #213 Online: 22 de Outubro de 2012, 19:38:29 »
Voce não ve um embrião como uma vida humana, mas muitas pessoas veem e sua opinião não é melhor embasasa que a deles.
Pelo critério do cromossomo? É que (me desculpe mas) é o critério mais tosco que eu já vi na minha vida. Só alguém* que perdeu completamente o contato com a biologia pode pensar num critério desses.

O SNC determina quando a vida humana termina, por que o SNC não pode determinar quando a vida humana começa?

*E fico pensando alguém assim palpitando sobre a morte, nem teríamos transplante de órgãos.
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Offline Gaúcho

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Re:Uruguai a um passo da descriminalização do aborto após voto de deputados
« Resposta #214 Online: 22 de Outubro de 2012, 19:58:22 »
Engraçado que, para o Barata, critérios baseados em conhecimento de biologia são tão arbitrários como "eu acho que a vida começa na fecundação, mas não tenho nenhum motivo especial pra isso, apenas acho que soa bem".
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Re:Uruguai a um passo da descriminalização do aborto após voto de deputados
« Resposta #215 Online: 22 de Outubro de 2012, 20:28:31 »
Voce não ve um embrião como uma vida humana, mas muitas pessoas veem e sua opinião não é melhor embasasa que a deles.
Pelo critério do cromossomo? É que (me desculpe mas) é o critério mais tosco que eu já vi na minha vida. Só alguém* que perdeu completamente o contato com a biologia pode pensar num critério desses.

O SNC determina quando a vida humana termina, por que o SNC não pode determinar quando a vida humana começa?

*E fico pensando alguém assim palpitando sobre a morte, nem teríamos transplante de órgãos.

O SNC não determina nada. Quem o faz são os humanos adultos especialistas, sob critérios biomédicos é verdade, mas que ainda assim são arbitrários.
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Offline Barata Tenno

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Re:Uruguai a um passo da descriminalização do aborto após voto de deputados
« Resposta #216 Online: 22 de Outubro de 2012, 21:13:58 »
Gaúcho, me aponte os estudos onde constam os critérios que determinam o ponto inicial da vida humana.
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Offline Geotecton

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Re:Uruguai a um passo da descriminalização do aborto após voto de deputados
« Resposta #217 Online: 22 de Outubro de 2012, 21:34:41 »
Gaúcho, me aponte os estudos onde constam os critérios que determinam o ponto inicial da vida humana.

Critérios consensuais e unânimes.
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Offline Geotecton

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Re:Uruguai a um passo da descriminalização do aborto após voto de deputados
« Resposta #218 Online: 22 de Outubro de 2012, 21:43:16 »
[...]
O homem é sim responsável por uma gravidez, e tem que ser obrigado a cumprir a responsabilidade.
[...]

Sem dúvida. Mas e se ele quiser que a mulher faça o aborto e ela se recusa. Como é que fica?

Porquê ele deve ter alguma obrigação posterior? Ou ele não tem direito nenhum em decidir apenas deve ficar esperando a "benção" da mulher?

Repare que não estou defendendo a "não responsabilidade" dele.


E eu já disse, não é porque o aborto pode ser legalizado que ideias malucas devem vir de carona.

Há muita gente que acha o próprio aborto (ou a sua legalização) uma ideia maluca.
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Offline DDV

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Re:Uruguai a um passo da descriminalização do aborto após voto de deputados
« Resposta #219 Online: 22 de Outubro de 2012, 22:02:49 »
Como disse acima, se é pra responsabilizar o homem por transar sem camisinha, que também se responsabiliza a mulher, que tomou a mesma decisão. Proibe-se o aborto e vamos todos nos responsabilizar por nossos atos. Decisões iguais, responsabilidades iguais. Não quer ter filho? Use camisinha, seja homem ou seja mulher.

Engravidou e quer tirar numa clinica de fundo de quintal, a vida é sua, a responsabilidade é sua, o risco é seu.

Barata, você tem que ver o que ocorre na prática: bebês jogados no lixo, mulheres morrendo em clínicas de fundo de quintal. Você tem duas opções: ou legaliza e melhora a situação ou deixa como está.

Ou pune melhor quem pratica o aborto (gestante e médicos). Nem precisa mudar a lei, basta aplicar corretamente a atual.

Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

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Offline Dr. Manhattan

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Re:Uruguai a um passo da descriminalização do aborto após voto de deputados
« Resposta #220 Online: 22 de Outubro de 2012, 22:29:34 »
[...]
O homem é sim responsável por uma gravidez, e tem que ser obrigado a cumprir a responsabilidade.
[...]

Sem dúvida. Mas e se ele quiser que a mulher faça o aborto e ela se recusa. Como é que fica?

Porquê ele deve ter alguma obrigação posterior? Ou ele não tem direito nenhum em decidir apenas deve ficar esperando a "benção" da mulher?

Repare que não estou defendendo a "não responsabilidade" dele.


Perdi um pouco o fio da meada da discussão, mas reitero que em minha opinião, SE o aborto for legalizado e SE a gravidez não for acidental, não haveria porque o pai ser obrigado a assumir a responsabilidade por um filho indesejado. Note que na verdade isso se aplicaria a (acho) uma pequena minoria dos casos: quando fosse comprovado que o homem foi ludibriado pela mulher, que alegara falsamente ter usado um método contraceptivo. Nas outras circunstâncias ele deveria assumir a responsabilidade, caso ela deseje continuar com a gravidez. De qualquer forma, creio que na prática seria sempre muito difícil se provar que a mulher agiu de fato de má fé.
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Offline Price

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Re:Uruguai a um passo da descriminalização do aborto após voto de deputados
« Resposta #221 Online: 22 de Outubro de 2012, 23:23:59 »
Citação de: Price
Citação de: Edu
Claro que beira o absurdo, mas isso foi proposital. Você defende o aborto em caso de estrupo pois a mulher não teve alternativa de usar métodos contracepcionais ou de prevenir a gravidez de algum jeito, ao passo que o proibe caso ela tenha sido fruto de sexo consensual, pois neste caso teria prevenção. Pois bem, eu estou aqui argumentando que ela teve alternativa de usar contracepção no caso do estrupo. Portanto, segue-se a lógica que não deveria ser permitido o aborto nestes casos.
Não, a lógica não segue porque ela não está presente. A mulher utiliza métodos contraceptivos visando segurança em uma relação consensual, e não em uma forçada, de modo que quando o estupro ocorrer, a prevenção vai ser tão ocasional quanto o próprio ato. Novamente, não há sentido em culpar a vítima pelo crime.

De forma alguma estou culpando a vítima pelo crime. Só que ele aconteceu e agora ela está grávida. Ela não podia evitar o crime (tampouco é culpada por ele), mas podia evitar a gravidez (e não, no método que citei, a prevenção não é ocasional). Enfim, o ponto ao qual eu quero chegar aqui é que o critério "ter ou não alternativa" para justificar o aborto no caso do estrupo e proibí-lo quando é consensual é um critério ruim, no sentido em que pode ser usado para defender a proibição do aborto em casos de estrupo.
Não, não pode, e não é critério ruim porque mulher nenhuma vai utilizar um método contraceptivo visando se proteger de uma gravidez fruto de aborto. A tentativa de inverter esse pensamento continua absurda.

De qualquer forma, este critério "utilidade" fica aí para julgarmos se é justo. Não teria o embrião/feto direito à vida, por mais inválida que ela fosse?
Não ligo para os fetos, para mim o aborto, quando enquadrado nas condições que citei, é válido.
Se você aceitar algumas colocações minhas...
A única e verdadeira razão de eu fazer este comentário em resposta é deixar absolutamente claro que NÃO ACEITO "colocações" suas nem de quem quer que seja.

Offline _Juca_

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Re:Uruguai a um passo da descriminalização do aborto após voto de deputados
« Resposta #222 Online: 23 de Outubro de 2012, 10:06:54 »
Como disse acima, se é pra responsabilizar o homem por transar sem camisinha, que também se responsabiliza a mulher, que tomou a mesma decisão. Proibe-se o aborto e vamos todos nos responsabilizar por nossos atos. Decisões iguais, responsabilidades iguais. Não quer ter filho? Use camisinha, seja homem ou seja mulher.

Engravidou e quer tirar numa clinica de fundo de quintal, a vida é sua, a responsabilidade é sua, o risco é seu.

Barata, você tem que ver o que ocorre na prática: bebês jogados no lixo, mulheres morrendo em clínicas de fundo de quintal. Você tem duas opções: ou legaliza e melhora a situação ou deixa como está.

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Nada como aplicar a força para resolver os problemas sociais, né?  ::)

Offline Barata Tenno

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Re:Uruguai a um passo da descriminalização do aborto após voto de deputados
« Resposta #223 Online: 23 de Outubro de 2012, 12:35:27 »
Como disse acima, se é pra responsabilizar o homem por transar sem camisinha, que também se responsabiliza a mulher, que tomou a mesma decisão. Proibe-se o aborto e vamos todos nos responsabilizar por nossos atos. Decisões iguais, responsabilidades iguais. Não quer ter filho? Use camisinha, seja homem ou seja mulher.

Engravidou e quer tirar numa clinica de fundo de quintal, a vida é sua, a responsabilidade é sua, o risco é seu.

Barata, você tem que ver o que ocorre na prática: bebês jogados no lixo, mulheres morrendo em clínicas de fundo de quintal. Você tem duas opções: ou legaliza e melhora a situação ou deixa como está.

Ou pune melhor quem pratica o aborto (gestante e médicos). Nem precisa mudar a lei, basta aplicar corretamente a atual.



Nada como aplicar a força para resolver os problemas sociais, né?  ::)

Eu acho que melhorando a educação se resolve o problema, fato que mulheres mais educadas e bem de vida tem mais controle sobre seu corpo e mais voz ativa na relação.
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Offline Geotecton

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Re:Uruguai a um passo da descriminalização do aborto após voto de deputados
« Resposta #224 Online: 23 de Outubro de 2012, 13:36:17 »
Como disse acima, se é pra responsabilizar o homem por transar sem camisinha, que também se responsabiliza a mulher, que tomou a mesma decisão. Proibe-se o aborto e vamos todos nos responsabilizar por nossos atos. Decisões iguais, responsabilidades iguais. Não quer ter filho? Use camisinha, seja homem ou seja mulher.

Engravidou e quer tirar numa clinica de fundo de quintal, a vida é sua, a responsabilidade é sua, o risco é seu.
Barata, você tem que ver o que ocorre na prática: bebês jogados no lixo, mulheres morrendo em clínicas de fundo de quintal. Você tem duas opções: ou legaliza e melhora a situação ou deixa como está.
Ou pune melhor quem pratica o aborto (gestante e médicos). Nem precisa mudar a lei, basta aplicar corretamente a atual.
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Acho que você quis dizer "aplicar a lei", não é mesmo?
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