Então quando um boyzinho se diverte matando moradores de rua,
O quão comum é isso? Falam como se estivesse acontecendo todas as madrugadas. Os playboyzinhos de balada em balada, vão atropelando/incendiando mendigos por diversão entre uma e outra.
Eu dei um exemplo, mas olhe bem
De 1980 a 2010, foram assassinadas no país perto de 91 mil mulheres no Brasil, 43,5 mil só na última década. O número de mortes nesses 30 anos passou de 1.353 para 4.297, o que representa um aumento de 217,6% – ....http://www.agenciapatriciagalvao.org.br/option=com_content&view=article&id=1975
Sou ruim pra burro em matemática, mas essa porcentagem me parece errrada, ainda mais no texto do link, que complementa, "mais do que triplicando" -- mais do que triplicando seria algo mais do que 300%, não mais do que 200%, que seria algo mais do que o dobro.
De qualquer forma minha questão foi só quanto a colocação que parecia sugerir uma espécie de moda especificamente de se matar mendigos, e esses números não dizem nada sobre isso, estão falando aí de mulheres assassinadas -- o que não se dá necessariamente por "fascismo", ou mesmo misoginia, tal como mortes de homens não podem ser imediatamente atribuídos à misandria (ou fascismo). O aumento do número pode em boa parte ser explicado por aumento populacional em geral, então o número proporcional desses assassinatos poderia até ter diminuído apesar do aumento absoluto. Pode também ter aumentado, mas novamente, só o fato da vítima ser mulher não diz que isso se deve a ódio às mulheres e/ou fascismo.
Pegue as estatísticas de mortes por acidentes em que os motoristas estão alcoolizados, então não é um casinho aqui outro acolá... E isto são estatísticas oficiais, longe das reais, o que também acontece com crimes contra moradores de rua, que só viram notícias se chocar alguém, etc.
OK, não estou dizendo que não acontece crime nenhum e vivemos em "San Angeles" do filme "demolidor", não precisa me dizer que há mortes em acidentes de trânsito, latrocínio e o que for, e que os números não triviais. Apenas não dá para então "enfiar" aí que qualquer outro tipo de crime que se queira como se fosse parte significativa, como "e então quando um casalzinho decide que não quer mais o filho, o joga pela janela do prédio como se fosse lixo", e com isso sugerir que o país é aflito por um crescente ódio dos pais aos próprios filhos. (Ou filhas, que foi o caso em questão, o que poderia então ser usado para sugerir misoginia, e dizer que somos como a Índia e a China, "que abortam seletivamente meninas por ódio").
No caso dos homossexuais, as estatísticas aumentaram, no sentido do preconceito, pois cada dia mais estão se revelando à sociedade, isso traz um lado bom também, pois vai se tornando corriqueiro e a indignação das pessoas vai dando lugar à convivência.
Bem, você está dizendo, mas não dá dado algum. Aumentaram quanto? Desde quando? Porque a impressão que eu tenho é justamente a oposta, que foi só crescendo a aceitação. Passa a impressão de que cinqüenta anos atrás não tinha "parada gay" só na avenida Paulista, mas era um evento que parava toda a cidade, e, foram sendo mortos cada vez mais gays, e os que sobraram agora enchem apenas uma avenida, e/ou que a parada foi tolhida e restrita à uma avenidinha sem importância por homofobia institucionalizada.