Eu, realmente, nunca fui informado sobre quando ciência passou a ser alguma coisa como um tipo de esporte para ser "praticada". Sendo assim, ainda fico com o problema de definir o que seria atleta profissional, amador, de fim de semana, um gordão muito roliço tentando fazer cooper... nesse cotejo. Não deve importar... "São todos atletas ou esportistas". Atletas, ou esportistas?... Se o sujeito fizer um movimento rápido com um braço, "já é esportista". Qual seria o equivalente aqui, de ciência? Atletismo, ou esportismo? (Ou "prática"?) Um "atleta científico"? Um "esportista científico"? Talvez só um "praticante"? Um cara que só limpa os tubos de ensaio num laboratório (com um 'degree', provavelmente...) já é um "praticante de ciência"... portanto, dignamente e com toda a honra... um cientista!
Muito interessantes as manobras "sutis" de fuga das claras definições, estabelecidas historicamente, que tantos conceitos têm. Eu entendo que cientista é aquele que faz (não "pratica") ciência e ciência é uma coisa muito abrupta e clara, não deixa dúvida do que se trata quando é feita/acontece: sempre aniquila, de forma arrazadora, alguma crença precedente, deixa menos espaço para crentes esconderem os objetos imaginários de suas crenças. Esse é, basicamente, o "trabalho" (se assim interpretado) do cientista: um exterminador de crenças. Tudo o que é pré-científico é crente (pensamento). É uma antítese clara que só mentes crentes conseguem a façanha de não ver. E discutir com crentes... já sei bem a qual fim sempre leva. Não sei em que medida "praticar ciência" culminaria em realizações científicas diretamente imputáveis ao "praticante", mas sei que, para *fazer* ciência, é preciso pensar cientificamente, porque não é algo que se realiza em laboratório, mas na mente. É algo que se realiza descrendo.
Também, a alegação do "contexto social" para arguir, não pelas negações de si mesmos que os indivíduos discrepantes têm que fazer e através das quais têm que viver, mas para, antes, encabrestá-los no contexto social, é falaciosa. Declarações pessoais não são fatos de inclinações pessoais. Além disso, mesmo nesses contextos, encontram-se exemplos de corajosos negadores autodeclarados a evidenciar que contexto histórico-social não é irremediavelmente encabrestante. Einstein também já foi (e ainda é!) usado como um "exemplo clássico" de "cientista crente", do tipo bem carolinha mesmo.
Para o tópico, "arumento", não sei o que é. Tentei encontrar tal palavra; não achei. Não sei se isso provaria existência de algum deus. *Argumentos*, esses sim, sei que não provam coisa alguma. Para provar existência de algo, são necessárias evidências físicas.
O post de abertura é algo inconcebível. Só quero frisar que o universo não se verifica ordenado lógica e matematicamente. É algo que se verifica, simplesmente. Tenta-se (e nem são pensadores científicos que empreendem tal bogagem) uma ordenação nesses moldes que seja compatível com o universo observado. Nunca deu certo. O universo sempre se mostra incompatível com os ordenamentos lógico-matemáticos, não passando, esses, de aproximações que, pragmaticamente, podem ser utilizadas com proveito em tecnologias. Para a beleza matemática de teóricos, não vai além do minueto filosófico. Se discordar, tente realizar projetos com matemática pura e veja se consegue ir suficientemente adiante sem aparato físico auxiliar.
Edição: para corrigir a palavra "arraSadora" escrita errada no segundo parágrafo e a palavra "boBagem" no último. Ou não há mais erros ou falho em observá-los além de cometê-los ou os desconheço. Minhas desculpas em todos os casos.