O que a ciência não pode validar, também não pode invalidar.
Exatamente. Ninguém pode usar a ciência para validar fantasias, porque são...fantasias, criações da mente. Não se pode medir ou provar essas coisas. Estamos de inteiro acordo. Afirmações como experiências transcendentais, mediúnicas ou qualquer outra sobrenatural, nunca vão passar de experiências fantásticas e fantasiosas porque não podem ser submetidas para sua comprovação. Não se pode afirmar que são verdadeiras, porque também não podem ser invalidadas por testes controlados.
O que não é assunto da ciência não tem porquê ser submetido aos seus métodos.
Porque não? Se alguém afirma com todas as letras que existe um mega-ser criador de tudo, é preciso que se saiba como e porquê existe? Onde está a evidência de tal fato tão importante que mudaria todo o entendimento científico que se alcançou até hoje?
Daí que filosofia, misticismo, espiritualidade, etc, desde que não contradigam as descobertas científicas, podem sim, conviver com o pensamento científico, tanto quanto o pensamento lógico pode conviver com o pensamento poético.
A filosofia ao contrário do misticismo e seus derivados religiosos, só faz uso de argumentos racionais e lógicos, portanto eu retiraria ela da sua abordagem.
A religião, os mitos e crendices, não fazem uso da razão para chegar às suas conclusões, elas misturam fantasia com experiências mundanas. O exemplo do nosso amigo forista Israel que através de uma experiência pessoal chegou a conclusão de que existe um ser criador de tudo mostra muito bem isso. Ontem está a racionalidade do argumento? Onde está a lógica da conclusão? E te dou quantos exemplos você pedir. Uma serpente que fala, um homem que nasce sem concepção, mágicas curativas, experiências extra corporais, deuses da mais variada gama e personalidades, etc. Qualquer que seja a experiência mística que você me dê como exemplo, ela vai contradizer a ciência, pela sua falta de razão e falta de conclusão lógica.
Se temos dificuldade de aceitar isso é porque somos materialistas, não admitimos nada além da matéria, fazemos com isso, uso particular da ciência, mas não podemos impor isso aos outros, porque ciência não é religião, temos que admitir a ausência de evidência não é evidência de ausência, também nesse caso.
De outra forma, nos tornamos dogmáticos, usando uma ferramenta que não tem esse fim.
Eu tenho dificuldade em aceitar coisas fantasiosas, místicas, religiosas, porque além de não oferecem qualquer evidência de suas alegações extraordinárias, não tem base racional para suas alegações, não fazem uso da razão para chegar às suas conclusões.