Justiça? Ah, pára com isso, Famado. Justiça em rasgar o ventre de uma grávida?
Fala sério...
Sim!!! Não é a minha ou a sua justiça, mas e dEle! Segundo os Seus critérios. Mas volto a dizer. isso é periférico. O importante é a mensagem central da bíblia.
Esse argumento não parece soar como aquele ditado que diz "Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço"?
Deus dita uma moral que deve ser seguida pelos homens, mas ele mesmo adota a sua própria moral, na maioria das vezes, contrária àquela. Por exemplo, quando diz "Não matarás" e, ele próprio, ordena o extermínio de todo um povo.
Veja que matar em legítima defesa é justificável em se tratando de seres humanos, mas quando o assunto diz respeito a um deus onipotente a coisa muda de figura. Mas ainda quando esse mesmo deus se propõe a ditar, e não só isso mas também a dar exemplo, de como se deve proceder para se atingir um nível de moral elevada.
Um outro ponto que também sempre gosto de analisar nesse argumento é que os crentes sempre procuram associar o deus em que creem à idéia de perfeição e beleza. Dessa feita, argumentam que a belaza observada na natureza é, por si só, evidência da existência e perfeição divinas.
Todavia, quando o assunto diz respeito a moral, o mesmo raciocínio não se aplica e vemos deus praticando os mais terríveis atos, sem que isso gere nos crentes o menor sinal de surpresa. Ora, se nossos sentidos e sentimentos são suficientes como parâmetro para aferição da presença divina na criação, por que não são quando se trata de julgar o que é ou não justo?