Enquete

O PT representa um risco para o Brasil?

Não. O PT é apenas um partido como qualquer outro e não representa nenhum risco adicional.
Sim, mais que outros partidos, pois a mistura de ideologia com corrupção fazem com que toda e qualquer ato excuso seja justificado com dupli-pensar.
Sim, como outros partidos. A política brasileira chafurda de cabo a rabo.
Não, o PT é ainda o mais ético e é a força que está mudando o país.

Autor Tópico: O PT representa um risco ao país?  (Lida 246738 vezes)

0 Membros e 1 Visitante estão vendo este tópico.

Offline AlienígenA

  • Nível 34
  • *
  • Mensagens: 2.800
Re:O PT representa um risco ao país?
« Resposta #4675 Online: 19 de Março de 2016, 12:50:23 »
Esse ministro da justiça está me causando arrepios.

Offline Diegojaf

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 24.204
  • Sexo: Masculino
  • Bu...
Re:O PT representa um risco ao país?
« Resposta #4676 Online: 19 de Março de 2016, 13:22:41 »
Esse ministro da justiça está me causando arrepios.

Um delegado da PF tem que ser muito burro pra se submeter a um ministro que já está com a saída preparada para tão breve.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline AlienígenA

  • Nível 34
  • *
  • Mensagens: 2.800
Re:O PT representa um risco ao país?
« Resposta #4677 Online: 19 de Março de 2016, 13:31:42 »
Esse ministro da justiça está me causando arrepios.

Um delegado da PF tem que ser muito burro pra se submeter a um ministro que já está com a saída preparada para tão breve.

E se nesse meio tempo, como ameaçou, ele trocar delegados? Não pode fazer um tremendo estrago apenas trocando peças?

Offline Diegojaf

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 24.204
  • Sexo: Masculino
  • Bu...
Re:O PT representa um risco ao país?
« Resposta #4678 Online: 19 de Março de 2016, 14:05:30 »
Esse ministro da justiça está me causando arrepios.

Um delegado da PF tem que ser muito burro pra se submeter a um ministro que já está com a saída preparada para tão breve.

E se nesse meio tempo, como ameaçou, ele trocar delegados? Não pode fazer um tremendo estrago apenas trocando peças?

Vai chover Mandado de Segurança contra qualquer desmando dele. Transferência de delegado tem que ser motivada. Eu espero que delegados de carreira, com décadas de serviço não baixem a cabeça pra um pau mandado de corruPTos.
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline JJ

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 15.747
  • Sexo: Masculino
Re:O PT representa um risco ao país?
« Resposta #4679 Online: 19 de Março de 2016, 16:12:18 »
Ministro da Justiça diz que trocará equipe da PF em caso de vazamento

Diego Padgurschi - 18.mar.2016/Folhapress


AnteriorPróxima
LEANDRO COLON
DE BRASÍLIA

19/03/2016  02h00


O novo ministro da Justiça, Eugênio Aragão, 56, manda um recado à Polícia Federal: vai trocar a equipe inteira de uma investigação em caso de vazamento de informações.

"Cheirou vazamento de investigação por um agente nosso, a equipe será trocada, toda. Não preciso ter prova. A Polícia Federal está sob nossa supervisão", afirmou o ministro, em entrevista à Folha nesta sexta (18), em seu gabinete no ministério, um dia depois de tomar posse no governo.

Ele nega ter a intenção de influenciar na Operação Lava Jato, da qual a PF é parte central. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sempre criticou o antecessor de Aragão, o hoje advogado-geral da União José Eduardo Cardozo, por não "controlar a Polícia Federal".

O ministro classificou de "extorsão" o método com que as delações premiadas são negociadas na Lava Jato, e minimizou as declarações do ex-presidente Lula, em uma escuta telefônica, afirmando que ele deveria ter "pulso firme" no ministério.

*

Folha - Fala-se muito de sua ligação com petistas e que foi escolhido para influenciar na Lava Jato. O sr. vai atuar para barrar a investigação?

Eugênio Aragão - Não, de jeito nenhum. Não tenho essa prerrogativa, essa competência.

Mas poderia mexer na equipe da Polícia Federal....

Eles têm de me dar motivos. Não posso simplesmente dizer "não gosto desse daí" porque está sendo muito eficiente. Eles têm de ultrapassar a linha vermelha, terem comportamento que não seja profissional. Venho do Ministério Público e sei quão caro é a independência funcional. Não que eles (polícia) tenham independência funcional, a polícia é um órgão hierárquico, muito diferente do Ministério Público. Mas não posso mexer com a atividade fim da polícia. Seu planejamento só me interessa na medida que tenho que me preparar para seu impacto político.

A presidente Dilma fez algum pedido especial ao senhor?

Não. Ela me conhece e sabe quais são minhas posições. Só pediu apoio dentro do ministério. Um dos problemas estratégicos é a questão do vazamento de informações, que alguns dizem que são seletivos. Não podemos tolerar seletividade. Há uma politização do procedimento judicial, seja por parte do juiz, seja por parte dos agentes públicos em torno.

O sr. identificou abusos na Lava Jato em relação à PF?

É difícil divisar no Paraná [onde ocorre a investigação] quem é quem. O próprio uso da delação premiada tem pressupostos. No Direito alemão, a colaboração tem de ser voluntária. Se houver dúvida sobre essa voluntariedade, não vale. Na medida em que decretamos prisão preventiva ou temporária em relação a suspeitos para que venham a delatar, essa voluntariedade pode ser colocada em dúvida. Porque estamos em situação muito próxima de extorsão. Não quero nem falar em tortura. Mas no mínimo é extorsão de declaração. Se a gente tolera que o grandalhão vai para cadeia enquanto não resolve abrir a boca, então o pequeno pode ir para o pau de arara.

E o vazamento de delação, preocupa?

Aí nós temos uma atitude criminosa, porque quem vaza a delação está querendo criar algum tipo de ambiente.

Mas esse vazamento pode vir da própria polícia...

Estou falando de polícia, Ministério Público, do juiz, e eventualmente do advogado. Mas o advogado tem uma vantagem: não é agente público. Mas os agentes públicos têm código disciplinar. O Estado não pode agir como malandro. A minha grande preocupação é com a qualidade ética desses agentes. Se vaza, é coisa clandestina. Se vaza, esse agente está querendo atribuir um efeito a esses atos públicos, que são essas delações.

Mas poderia o ministério punir algum agente que vazou?

A primeira atitude que tomo é: cheirou vazamento de investigação por um agente nosso, a equipe será trocada, toda. Cheirou. Eu não preciso ter prova. A PF está sob nossa supervisão. Se eu tiver um cheiro de vazamento, eu troco a equipe. Agora, quero também que, se a equipe disser "não fomos nós", que me traga claros elementos de quem vazou porque aí vou ter de conversar com quem de direito. Não é razoável, com o país num momento de quase conflagração, que os agentes aproveitem esse momento delicado para colocar gasolina na fogueira.

A sociedade não tem direito de saber o que ocorreu? Não há interesse público?

Há um conflito entre o interesse público pela informação e a presunção de inocência. Quando se trata de colocar lado a lado esses dois valores, prefiro a presunção de inocência.

O diretor-geral da PF, Leandro Daiello, fica ou será trocado?

Não conversamos sobre isso ainda. Eu preciso, e isso ele vai me fazer, de um levantamento da situação lá. Quero evidentemente na PF pessoas que tenham alguma liderança interna. Essas instituições que têm competências autárquicas, e são independentes na sua atuação, precisam ser dirigidas por lideranças.

Mas a permanência dele então não é algo garantido?

A permanência de ninguém neste ministério, a não ser do doutor Marivaldo Pereira (secretário-executivo), está garantida. E, claro, não se pode mexer na estrutura aqui ligada à Olimpíada.

O presidente Lula disse numa gravação que o sr. deveria ter "pulso firme", ser "homem". Não parece que o sr. está vindo como pau mandado do Lula?

Não, isso é uma conversa privada dele. As pessoas entre quatro paredes falam o que querem. Fico até me perguntando qual o interesse público numa fofoca dessa. Isso para mim se chama fofoca. Não me afeta.

Qual sua ligação com o PT?

Advoguei com o Sigmaringa Seixas [ex-deputado] nos idos de 1983, 84. É uma ligação de família e amizade, de muito tempo. Tenho amizade,com o José Genoino [ex-presidente do PT, condenado no mensalão, hoje com pena extinta]. É uma pessoa de bem e correta, que por várias razões da vida entrou nesse processo do mensalão, mas segue de absoluta retidão. Tenho amizade com gente de outros partidos. Considero-me amigo do deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), promotor de Justiça.

Noticiou-se recentemente que o sr. é adepto do Santo Daime...

Eu fui. Uma vez que você é, você é. Mas eu não uso mais. Fui praticante, sócio da União do Vegetal, que é uma instituição séria, que há dois anos recebeu homenagem, pelos seus 50 anos, da Câmara dos Deputados.

Fiz parte da diretoria deste centro, que na sua liturgia faz uso da ayahuasca (chá), mas seu uso passou pelo ministério, foi autorizado. Nós na União do Vegetal não usamos outro tipo de bebida, as pessoas não usam álcool.

Não estou frequentando há mais de dez anos, por falta de tempo, e porque me casei, minha mulher é católica, não quer saber disso. Hoje pratico o catolicismo.


http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/03/1751763-ministro-da-justica-diz-que-trocara-equipe-da-pf-em-caso-de-vazamento.shtml



---------------------------------------------------



O cara disse que basta cheirar vazamento que ele trocará toda a equipe da PF,   isto me parece uma clara forma de intimidação e tentativa de controlar a PF.




Offline Johnny Cash

  • Nível 40
  • *
  • Mensagens: 4.936
Re:O PT representa um risco ao país?
« Resposta #4680 Online: 21 de Março de 2016, 11:33:07 »

O cara disse que basta cheirar vazamento que ele trocará toda a equipe da PF,   isto me parece uma clara forma de intimidação e tentativa de controlar a PF.


E é claramente uma ameaça, talvez até mesmo ilegal.

O cara responsabiliza e pune a equipe por um vazamento, caso essa equipe não aponte que o responsável verdadeiro veio de fora.


Bizarramente miliciano o comportamento do cara.

Offline Geotecton

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 28.345
  • Sexo: Masculino
Re:O PT representa um risco ao país?
« Resposta #4681 Online: 21 de Março de 2016, 11:40:36 »
[...]
Bizarramente miliciano o comportamento do cara.

É apenas mais um 'soldado-marionete-militonto'.

E talvez esteja ganhando algo "extra".
Foto USGS

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re:O PT representa um risco ao país?
« Resposta #4682 Online: 21 de Março de 2016, 13:23:42 »
Relacionado ao levantado naquelas análises de que a "mãos sujas" não limpou completamente as coisas, é de se temer o risco desse "efeito" começar mesmo antes da limpeza da lava a jato terminar. Melam com a operação e se apressam para aumentar ao máximo as barreiras para investigar e punir a corrupção criar mecanismos para evitar exageros de justiça, preservando a democracia, e o direito do cidadão, desde o direito ao seu sigilo pessoal, da presunção de inocência, ao direito de ter seu voto democrático respeitado, para sempre impedindo que as elites tirem do poder aqueles que ousaram fazer mais pelo povo pobre do que jamais foi feito em toda história da humanidade e do Brasil.

Skorpios

  • Visitante
Re:O PT representa um risco ao país?
« Resposta #4683 Online: 23 de Março de 2016, 09:20:33 »
Esse povo é perigoso...

Citar
Brasil será incendiado por greves e ocupações se houver impeachment, diz Boulos

Coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e da Frente Povo sem Medo, que congrega organizações ligadas aos movimentos sociais, Guilherme Boulos, diz que ‘não haverá um dia de paz do Brasil’

São Paulo – O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e da Frente Povo sem Medo, que congrega organizações ligadas aos movimentos sociais, Guilherme Boulos disse nesta terça-feira que se o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff for efetivado e for decretada a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Brasil será “incendiado por greves, ocupações e mobilizações”. “Não haverá um dia de paz do Brasil”, disse.

“Podem querer derrubar o governo, podem prender arbitrariamente o Lula ou quem quer que seja, podem querer criminalizar os movimentos populares, mas achar que vão fazer isso e depois vai reinar o silêncio e a paz de cemitério é uma ilusão de quem não conhece a história de movimento popular neste País. Não será assim”, disse.

“Há setores do mercado que acham que vão tirar Dilma e vão fazer as “reformas estruturais” que se precisa para a sociedade brasileira. O escambau. Este País vai ser incendiado por greves, por ocupações, mobilizações, travamentos. Se forem até as últimas consequências nisso não vai haver um dia de paz no Brasil”, completou.

As declarações foram feitas durante entrevista coletiva concedida por ele e outros coordenadores da Frente Povo Sem Medo, para anunciar atos marcados para a próxima quinta-feira, 24, em diversas cidades brasileiras “em defesa da democracia e de uma saída pela esquerda”. A mobilização conta com apoio de artistas, juristas, economistas e intelectuais.

Em São Paulo, os organizadores esperam reunir 50 mil pessoas no Largo da Batata, na zona oeste da capital, a partir das 17 horas. Os manifestantes marcharão cerca de seis quilômetros até a sede da Rede Globo, na zona sul da cidade. No Rio de Janeiro serão realizados dois atos, um pela manhã na Praia Vermelha e outro, à tarde, na Cinelândia. Na capital federal a concentração será em frente ao Brasília Shopping a partir das 16 horas. Estão confirmadas manifestações também em Curitiba, Fortaleza, Recife e Uberlândia.

Segundo Boulos, as mobilizações têm objetivo de marcar posição de entidades de esquerda, ligadas aos movimentos populares, que são críticas ao governo federal mas a favor da legalidade das ações das polícias, Ministério Público e Justiça.

“O espírito dessa mobilização é dizer que estamos extremamente preocupados com esta ofensiva antidemocrática e golpista no Brasil, mas que ao mesmo tempo não nos identificamos com a política deste governo. Entendemos que as políticas assumidas pelo governo Dilma são indefensáveis. Defender a democracia não significa defender este governo”, disse.

Além dos questionamentos em relação ao governo, o manifesto de convocação dos atos faz duras críticas à atuação do juiz Sérgio Moro, que conduz as investigações em primeira instância da operação Lava Jato – que tem como pano de fundo a condução coercitiva e eminência da prisão de Lula – e da mídia.

“Não é de hoje que o Estado brasileiro é seletivo. A adoção da Justiça de exceção é regra desde sempre nas periferias urbanas, contra pobres e negros. Direito de defesa aqui nunca existiu”, diz o texto. Segundo Boulos, a TV Globo foi escolhida como alvo por ser é um símbolo da ação das “forças conservadoras e golpistas”.

Skorpios

  • Visitante
Re:O PT representa um risco ao país?
« Resposta #4684 Online: 23 de Março de 2016, 09:25:07 »
Boa análise

Citar
O bolchevismo tardio

O PT trata os adversários como inimigos do povo e traidores da pátria e vê no crescimento da oposição uma conspiração golpista

A matriz ideológica da esquerda brasileira é uma mistura de anarquismo, marxismo e positivismo. Leandro Konder, no livro A derrota da dialética, explica que a chegada das ideias de Marx ao Brasil se deu logo após a comuna de Paris de 1871. Contra elas reagiram as elites políticas escravocratas do Império, mas muitos estudantes receberam essas ideias com entusiasmo. Os principais intelectuais do país, porém, não se empolgaram com as teses marxistas.

Tobias Barreto considerava Marx um reformista ingênuo. Clóvis Bevilacqua via a desigualdade como o resultado do progresso. Machado de Assis o ignorou. O grande ideólogo da proclamação da República seria Benjamin Constant, líder positivista ortodoxo, que lecionava na Escola Militar da Praia Vermelha. Somente em 1900, onze anos depois, o professor italiano Antônio Piccariolo (1868-1957) criou o centro socialista paulistano. Era formado por anarco-sindicalistas, sindicalistas-revolucionários, reformistas e socialdemocratas.

Como hoje, o socialismo era algo distante da realidade brasileira. Após a Revolução Russa de 1917, no rastro da I Guerra Mundial, as ideias socialistas voltaram a ter eco no Brasil, sob forte influência do Partido Bolchevique, liderado por Vladimir Lênin. Pouco depois, em 1922, sindicalistas de origem anarquista, liderados pelo jornalista Astrojildo Pereira (RJ) e o contador Cristiano Cordeiro (PE), fundaram o Partido Comunista do Brasil (PCB). Alguns anos depois, Astrojildo converteu ao comunismo o líder tenentista Luiz Carlos Prestes.

A adesão de Prestes completou a simbiose entre as ideias anarquistas, marxistas e positivistas, que depois influenciou o comportamento de toda a esquerda brasileira. Houve uma espécie de fusão da visão bolchevique, cuja política considerava a luta de classes como parte de uma guerra civil mundial, com o golpismo dos militares brasileiros de formação positivista. Seu ponto alto foi a tentativa dos comunistas de tomada do poder pelas armas em 1935. Como os militares tutelaram a República de 1889 a 1985 — com destaque para a Revolução de 1930 e o golpe militar de 1964 –, a concepção de “revolução social pelo alto” adotada por comunistas e militares nacionalistas era a outra face da moeda de uma concepção de modernização do país por uma “via prussiana”. Durante 100 anos da história republicana, o golpismo provocou graves crises políticas.

O golpe
O melhor cenário para examinar essa questão é a crise do governo João Goulart (PTB), em 1964, depois de uma sucessão de tentativas de golpe de Estado por parte da direita militar e setores conservadores. O programa de reformas do governo defendia a nacionalização das empresas estrangeiras e a reforma agrária, mas não reunia apoio efetivo no Congresso. A esquerda, porém, queria que Jango fizesse as reformas “na lei ou na marra”. Além disso, havia o problema da sucessão de Jango, na qual os candidatos mais fortes eram o ex-presidente Juscelino Kubitscheck (PSD) e o então governador da antiga Guanabara, Carlos Lacerda (UDN).

A esquerda nacionalista atacava a “política de conciliação” de Jango e defendia a candidatura do ex-governador gaúcho Leonel Brizola (PTB). O líder comunista Luiz Carlos Prestes, porém, já articulava a reeleição de Jango. Pela Constituição, nenhum dos dois poderia ser candidato. Como o mundo vivia o auge da guerra fria, a radicalização política no Brasil era quase inexorável, com os Estados Unidos incentivando a tomada de poder pelos militares. Foi nesse contexto que houve o golpe de 1964.

A destituição de Jango provocou um racha na esquerda, porque não houve resistência armada ao golpe, por decisão de Jango e de Prestes. Liderada por Carlos Marighella, parcela expressiva resolveu partir para a luta armada, com apoio de Cuba e da China. Prestes e o PCB, com apoio da antiga União Soviética, defendiam uma frente ampla contra o regime militar e a luta pela redemocratização do país por meios pacíficos.

De modo geral, o “bolchevismo” adotava três ideias-força: a implantação do socialismo a partir do Estado, a inevitabilidade da “guerra civil” para a manutenção do poder e a necessidade de neutralizar a reação das potências imperialistas. Essa visão pautou o comportamento da esquerda no Brasil, principalmente dos setores que optaram pela luta armada contra o regime militar, alguns dos quais nunca fizeram autocrítica do seu fracasso.

A presidente Dilma Rousseff e o presidente do PT, Rui Falcão, são remanescentes da guerrilha urbana. A ideia de renúncia ao poder não passa por suas cabeças. Diante da crise econômica, política e ética, a postura da esquerda governista cada vez mais reflete uma espécie de “bolchevismo tardio”. Aposta no Estado para controlar o país, sua economia e a sociedade. Usa de todos os meios para se manter no governo e considera um retrocesso a alternância de poder. Adota a retórica nacionalista para tratar os adversários como inimigos do povo e traidores da pátria. Vê o crescimento da oposição como suposta conspiração golpista articulada pelos Estados Unidos. Viola as regras do Estado democrático de direito ao mesmo tempo que pretende usufruir de suas prerrogativas e garantias.


Offline Lorentz

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 10.735
  • Sexo: Masculino
Re:O PT representa um risco ao país?
« Resposta #4685 Online: 23 de Março de 2016, 09:59:04 »
Citar
http://www.oantagonista.com/posts/o-carater-petista

O caráter petista

Brasil 23.03.16 07:42
A coluna de Sonia Racy, no Estadão, lembra que cinco juristas pediram, em 2001, o impeachment de Fernando Henrique Cardoso.

“Um deles, Goffredo da Silva Telles, morreu em 2009.

Os outros - Celso Bandeira de Mello, Dalmo Dallari, Fábio Comparato e Paulo Bonavides - estavam ontem no Planalto, no evento contra o impeachment de Dilma”.

Uma gente de caráter.
"Amy, technology isn't intrinsically good or bad. It's all in how you use it, like the death ray." - Professor Hubert J. Farnsworth

Offline Jurubeba

  • Nível 31
  • *
  • Mensagens: 2.071
  • Sexo: Masculino
  • CHAMEM OS ANARQUISTAS!!!
Re:O PT representa um risco ao país?
« Resposta #4686 Online: 23 de Março de 2016, 10:08:10 »
Boa análise

Citar
O bolchevismo tardio

O PT trata os adversários como inimigos do povo e traidores da pátria e vê no crescimento da oposição uma conspiração golpista

A matriz ideológica da esquerda brasileira é uma mistura de anarquismo, marxismo e positivismo. Leandro Konder, no livro A derrota da dialética, explica que a chegada das ideias de Marx ao Brasil se deu logo após a comuna de Paris de 1871. Contra elas reagiram as elites políticas escravocratas do Império, mas muitos estudantes receberam essas ideias com entusiasmo. Os principais intelectuais do país, porém, não se empolgaram com as teses marxistas.

Tobias Barreto considerava Marx um reformista ingênuo. Clóvis Bevilacqua via a desigualdade como o resultado do progresso. Machado de Assis o ignorou. O grande ideólogo da proclamação da República seria Benjamin Constant, líder positivista ortodoxo, que lecionava na Escola Militar da Praia Vermelha. Somente em 1900, onze anos depois, o professor italiano Antônio Piccariolo (1868-1957) criou o centro socialista paulistano. Era formado por anarco-sindicalistas, sindicalistas-revolucionários, reformistas e socialdemocratas.

Como hoje, o socialismo era algo distante da realidade brasileira. Após a Revolução Russa de 1917, no rastro da I Guerra Mundial, as ideias socialistas voltaram a ter eco no Brasil, sob forte influência do Partido Bolchevique, liderado por Vladimir Lênin. Pouco depois, em 1922, sindicalistas de origem anarquista, liderados pelo jornalista Astrojildo Pereira (RJ) e o contador Cristiano Cordeiro (PE), fundaram o Partido Comunista do Brasil (PCB). Alguns anos depois, Astrojildo converteu ao comunismo o líder tenentista Luiz Carlos Prestes.

A adesão de Prestes completou a simbiose entre as ideias anarquistas, marxistas e positivistas, que depois influenciou o comportamento de toda a esquerda brasileira. Houve uma espécie de fusão da visão bolchevique, cuja política considerava a luta de classes como parte de uma guerra civil mundial, com o golpismo dos militares brasileiros de formação positivista. Seu ponto alto foi a tentativa dos comunistas de tomada do poder pelas armas em 1935. Como os militares tutelaram a República de 1889 a 1985 — com destaque para a Revolução de 1930 e o golpe militar de 1964 –, a concepção de “revolução social pelo alto” adotada por comunistas e militares nacionalistas era a outra face da moeda de uma concepção de modernização do país por uma “via prussiana”. Durante 100 anos da história republicana, o golpismo provocou graves crises políticas.

O golpe
O melhor cenário para examinar essa questão é a crise do governo João Goulart (PTB), em 1964, depois de uma sucessão de tentativas de golpe de Estado por parte da direita militar e setores conservadores. O programa de reformas do governo defendia a nacionalização das empresas estrangeiras e a reforma agrária, mas não reunia apoio efetivo no Congresso. A esquerda, porém, queria que Jango fizesse as reformas “na lei ou na marra”. Além disso, havia o problema da sucessão de Jango, na qual os candidatos mais fortes eram o ex-presidente Juscelino Kubitscheck (PSD) e o então governador da antiga Guanabara, Carlos Lacerda (UDN).

A esquerda nacionalista atacava a “política de conciliação” de Jango e defendia a candidatura do ex-governador gaúcho Leonel Brizola (PTB). O líder comunista Luiz Carlos Prestes, porém, já articulava a reeleição de Jango. Pela Constituição, nenhum dos dois poderia ser candidato. Como o mundo vivia o auge da guerra fria, a radicalização política no Brasil era quase inexorável, com os Estados Unidos incentivando a tomada de poder pelos militares. Foi nesse contexto que houve o golpe de 1964.

A destituição de Jango provocou um racha na esquerda, porque não houve resistência armada ao golpe, por decisão de Jango e de Prestes. Liderada por Carlos Marighella, parcela expressiva resolveu partir para a luta armada, com apoio de Cuba e da China. Prestes e o PCB, com apoio da antiga União Soviética, defendiam uma frente ampla contra o regime militar e a luta pela redemocratização do país por meios pacíficos.

De modo geral, o “bolchevismo” adotava três ideias-força: a implantação do socialismo a partir do Estado, a inevitabilidade da “guerra civil” para a manutenção do poder e a necessidade de neutralizar a reação das potências imperialistas. Essa visão pautou o comportamento da esquerda no Brasil, principalmente dos setores que optaram pela luta armada contra o regime militar, alguns dos quais nunca fizeram autocrítica do seu fracasso.

A presidente Dilma Rousseff e o presidente do PT, Rui Falcão, são remanescentes da guerrilha urbana. A ideia de renúncia ao poder não passa por suas cabeças. Diante da crise econômica, política e ética, a postura da esquerda governista cada vez mais reflete uma espécie de “bolchevismo tardio”. Aposta no Estado para controlar o país, sua economia e a sociedade. Usa de todos os meios para se manter no governo e considera um retrocesso a alternância de poder. Adota a retórica nacionalista para tratar os adversários como inimigos do povo e traidores da pátria. Vê o crescimento da oposição como suposta conspiração golpista articulada pelos Estados Unidos. Viola as regras do Estado democrático de direito ao mesmo tempo que pretende usufruir de suas prerrogativas e garantias.
Desde sempre eu falo que o PT e os radicais do PSOL e cia são bolcheviques. As táticas e a estrutura (incluindo práticas similares às da extinta KGB) decisória, além dos absurdos vistos todo dia, não deixam dúvida de que, mais que marxistas, são leninlistas e (pior ainda) stalinistas.

Salve-se quem poder! A onda de "acidentes" e "mortes misteriosas" começou.

Saudações

Offline _Juca_

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 12.923
  • Sexo: Masculino
  • Quem vê cara, não vê coração, fígado, estômago...
Re:O PT representa um risco ao país?
« Resposta #4687 Online: 23 de Março de 2016, 11:27:49 »
Boa análise

Citar
O bolchevismo tardio

O PT trata os adversários como inimigos do povo e traidores da pátria e vê no crescimento da oposição uma conspiração golpista

A matriz ideológica da esquerda brasileira é uma mistura de anarquismo, marxismo e positivismo. Leandro Konder, no livro A derrota da dialética, explica que a chegada das ideias de Marx ao Brasil se deu logo após a comuna de Paris de 1871. Contra elas reagiram as elites políticas escravocratas do Império, mas muitos estudantes receberam essas ideias com entusiasmo. Os principais intelectuais do país, porém, não se empolgaram com as teses marxistas.

Tobias Barreto considerava Marx um reformista ingênuo. Clóvis Bevilacqua via a desigualdade como o resultado do progresso. Machado de Assis o ignorou. O grande ideólogo da proclamação da República seria Benjamin Constant, líder positivista ortodoxo, que lecionava na Escola Militar da Praia Vermelha. Somente em 1900, onze anos depois, o professor italiano Antônio Piccariolo (1868-1957) criou o centro socialista paulistano. Era formado por anarco-sindicalistas, sindicalistas-revolucionários, reformistas e socialdemocratas.

Como hoje, o socialismo era algo distante da realidade brasileira. Após a Revolução Russa de 1917, no rastro da I Guerra Mundial, as ideias socialistas voltaram a ter eco no Brasil, sob forte influência do Partido Bolchevique, liderado por Vladimir Lênin. Pouco depois, em 1922, sindicalistas de origem anarquista, liderados pelo jornalista Astrojildo Pereira (RJ) e o contador Cristiano Cordeiro (PE), fundaram o Partido Comunista do Brasil (PCB). Alguns anos depois, Astrojildo converteu ao comunismo o líder tenentista Luiz Carlos Prestes.

A adesão de Prestes completou a simbiose entre as ideias anarquistas, marxistas e positivistas, que depois influenciou o comportamento de toda a esquerda brasileira. Houve uma espécie de fusão da visão bolchevique, cuja política considerava a luta de classes como parte de uma guerra civil mundial, com o golpismo dos militares brasileiros de formação positivista. Seu ponto alto foi a tentativa dos comunistas de tomada do poder pelas armas em 1935. Como os militares tutelaram a República de 1889 a 1985 — com destaque para a Revolução de 1930 e o golpe militar de 1964 –, a concepção de “revolução social pelo alto” adotada por comunistas e militares nacionalistas era a outra face da moeda de uma concepção de modernização do país por uma “via prussiana”. Durante 100 anos da história republicana, o golpismo provocou graves crises políticas.

O golpe
O melhor cenário para examinar essa questão é a crise do governo João Goulart (PTB), em 1964, depois de uma sucessão de tentativas de golpe de Estado por parte da direita militar e setores conservadores. O programa de reformas do governo defendia a nacionalização das empresas estrangeiras e a reforma agrária, mas não reunia apoio efetivo no Congresso. A esquerda, porém, queria que Jango fizesse as reformas “na lei ou na marra”. Além disso, havia o problema da sucessão de Jango, na qual os candidatos mais fortes eram o ex-presidente Juscelino Kubitscheck (PSD) e o então governador da antiga Guanabara, Carlos Lacerda (UDN).

A esquerda nacionalista atacava a “política de conciliação” de Jango e defendia a candidatura do ex-governador gaúcho Leonel Brizola (PTB). O líder comunista Luiz Carlos Prestes, porém, já articulava a reeleição de Jango. Pela Constituição, nenhum dos dois poderia ser candidato. Como o mundo vivia o auge da guerra fria, a radicalização política no Brasil era quase inexorável, com os Estados Unidos incentivando a tomada de poder pelos militares. Foi nesse contexto que houve o golpe de 1964.

A destituição de Jango provocou um racha na esquerda, porque não houve resistência armada ao golpe, por decisão de Jango e de Prestes. Liderada por Carlos Marighella, parcela expressiva resolveu partir para a luta armada, com apoio de Cuba e da China. Prestes e o PCB, com apoio da antiga União Soviética, defendiam uma frente ampla contra o regime militar e a luta pela redemocratização do país por meios pacíficos.

De modo geral, o “bolchevismo” adotava três ideias-força: a implantação do socialismo a partir do Estado, a inevitabilidade da “guerra civil” para a manutenção do poder e a necessidade de neutralizar a reação das potências imperialistas. Essa visão pautou o comportamento da esquerda no Brasil, principalmente dos setores que optaram pela luta armada contra o regime militar, alguns dos quais nunca fizeram autocrítica do seu fracasso.

A presidente Dilma Rousseff e o presidente do PT, Rui Falcão, são remanescentes da guerrilha urbana. A ideia de renúncia ao poder não passa por suas cabeças. Diante da crise econômica, política e ética, a postura da esquerda governista cada vez mais reflete uma espécie de “bolchevismo tardio”. Aposta no Estado para controlar o país, sua economia e a sociedade. Usa de todos os meios para se manter no governo e considera um retrocesso a alternância de poder. Adota a retórica nacionalista para tratar os adversários como inimigos do povo e traidores da pátria. Vê o crescimento da oposição como suposta conspiração golpista articulada pelos Estados Unidos. Viola as regras do Estado democrático de direito ao mesmo tempo que pretende usufruir de suas prerrogativas e garantias.
Desde sempre eu falo que o PT e os radicais do PSOL e cia são bolcheviques. As táticas e a estrutura (incluindo práticas similares às da extinta KGB) decisória, além dos absurdos vistos todo dia, não deixam dúvida de que, mais que marxistas, são leninlistas e (pior ainda) stalinistas.

Salve-se quem poder! A onda de "acidentes" e "mortes misteriosas" começou.

Saudações

Eu já não vejo a hora do PT e o governo acabarem de vez pra essas maluquices que você pensa perderem seu combustível. A paranóia tem que voltar ao seu devido lugar urgentemente.

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re:O PT representa um risco ao país?
« Resposta #4688 Online: 23 de Março de 2016, 13:48:06 »
Ontem foi assassinado um advogado que calhava de ser opositor do PT. Mas não dá para saber se tem relação com isso.

http://www.guarulhosweb.com.br/noticia.php?nr=153286&t=Suplente+de+vereador+e+advogado+e+assassinado+em+Guarulhos

Citar
[...] O advogado criminalista Leandro Balcone, suplente de vereador, um dos principais líderes da oposição ao governo PT em Guarulhos,
acaba de ser assassinado no escritório de advocacia, na rua Marajó, no Centro. Segundo o GuarulhosWeb apurou, ele teria sido
alvejado com tiros. Foram encontradas 13 cápsulas na cena do crime. [...]

Offline Gaúcho

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 15.288
  • Sexo: Masculino
  • República Rio-Grandense
Re:O PT representa um risco ao país?
« Resposta #4689 Online: 23 de Março de 2016, 13:55:44 »
Ele que denunciou o uso de ambulâncias para levar os "manifestantes" da CUT na "manifestação" do dia 18.
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline Lorentz

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 10.735
  • Sexo: Masculino
Re:O PT representa um risco ao país?
« Resposta #4690 Online: 23 de Março de 2016, 13:57:02 »
13 cápsulas. Não precisa dizer mais nada.
"Amy, technology isn't intrinsically good or bad. It's all in how you use it, like the death ray." - Professor Hubert J. Farnsworth

Offline Geotecton

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 28.345
  • Sexo: Masculino
Re:O PT representa um risco ao país?
« Resposta #4691 Online: 23 de Março de 2016, 14:25:22 »
Boa análise

Citar
O bolchevismo tardio

O PT trata os adversários como inimigos do povo e traidores da pátria e vê no crescimento da oposição uma conspiração golpista

A matriz ideológica da esquerda brasileira é uma mistura de anarquismo, marxismo e positivismo. Leandro Konder, no livro A derrota da dialética, explica que a chegada das ideias de Marx ao Brasil se deu logo após a comuna de Paris de 1871. Contra elas reagiram as elites políticas escravocratas do Império, mas muitos estudantes receberam essas ideias com entusiasmo. Os principais intelectuais do país, porém, não se empolgaram com as teses marxistas.

Tobias Barreto considerava Marx um reformista ingênuo. Clóvis Bevilacqua via a desigualdade como o resultado do progresso. Machado de Assis o ignorou. O grande ideólogo da proclamação da República seria Benjamin Constant, líder positivista ortodoxo, que lecionava na Escola Militar da Praia Vermelha. Somente em 1900, onze anos depois, o professor italiano Antônio Piccariolo (1868-1957) criou o centro socialista paulistano. Era formado por anarco-sindicalistas, sindicalistas-revolucionários, reformistas e socialdemocratas.

Como hoje, o socialismo era algo distante da realidade brasileira. Após a Revolução Russa de 1917, no rastro da I Guerra Mundial, as ideias socialistas voltaram a ter eco no Brasil, sob forte influência do Partido Bolchevique, liderado por Vladimir Lênin. Pouco depois, em 1922, sindicalistas de origem anarquista, liderados pelo jornalista Astrojildo Pereira (RJ) e o contador Cristiano Cordeiro (PE), fundaram o Partido Comunista do Brasil (PCB). Alguns anos depois, Astrojildo converteu ao comunismo o líder tenentista Luiz Carlos Prestes.

A adesão de Prestes completou a simbiose entre as ideias anarquistas, marxistas e positivistas, que depois influenciou o comportamento de toda a esquerda brasileira. Houve uma espécie de fusão da visão bolchevique, cuja política considerava a luta de classes como parte de uma guerra civil mundial, com o golpismo dos militares brasileiros de formação positivista. Seu ponto alto foi a tentativa dos comunistas de tomada do poder pelas armas em 1935. Como os militares tutelaram a República de 1889 a 1985 — com destaque para a Revolução de 1930 e o golpe militar de 1964 –, a concepção de “revolução social pelo alto” adotada por comunistas e militares nacionalistas era a outra face da moeda de uma concepção de modernização do país por uma “via prussiana”. Durante 100 anos da história republicana, o golpismo provocou graves crises políticas.

O golpe
O melhor cenário para examinar essa questão é a crise do governo João Goulart (PTB), em 1964, depois de uma sucessão de tentativas de golpe de Estado por parte da direita militar e setores conservadores. O programa de reformas do governo defendia a nacionalização das empresas estrangeiras e a reforma agrária, mas não reunia apoio efetivo no Congresso. A esquerda, porém, queria que Jango fizesse as reformas “na lei ou na marra”. Além disso, havia o problema da sucessão de Jango, na qual os candidatos mais fortes eram o ex-presidente Juscelino Kubitscheck (PSD) e o então governador da antiga Guanabara, Carlos Lacerda (UDN).

A esquerda nacionalista atacava a “política de conciliação” de Jango e defendia a candidatura do ex-governador gaúcho Leonel Brizola (PTB). O líder comunista Luiz Carlos Prestes, porém, já articulava a reeleição de Jango. Pela Constituição, nenhum dos dois poderia ser candidato. Como o mundo vivia o auge da guerra fria, a radicalização política no Brasil era quase inexorável, com os Estados Unidos incentivando a tomada de poder pelos militares. Foi nesse contexto que houve o golpe de 1964.

A destituição de Jango provocou um racha na esquerda, porque não houve resistência armada ao golpe, por decisão de Jango e de Prestes. Liderada por Carlos Marighella, parcela expressiva resolveu partir para a luta armada, com apoio de Cuba e da China. Prestes e o PCB, com apoio da antiga União Soviética, defendiam uma frente ampla contra o regime militar e a luta pela redemocratização do país por meios pacíficos.

De modo geral, o “bolchevismo” adotava três ideias-força: a implantação do socialismo a partir do Estado, a inevitabilidade da “guerra civil” para a manutenção do poder e a necessidade de neutralizar a reação das potências imperialistas. Essa visão pautou o comportamento da esquerda no Brasil, principalmente dos setores que optaram pela luta armada contra o regime militar, alguns dos quais nunca fizeram autocrítica do seu fracasso.

A presidente Dilma Rousseff e o presidente do PT, Rui Falcão, são remanescentes da guerrilha urbana. A ideia de renúncia ao poder não passa por suas cabeças. Diante da crise econômica, política e ética, a postura da esquerda governista cada vez mais reflete uma espécie de “bolchevismo tardio”. Aposta no Estado para controlar o país, sua economia e a sociedade. Usa de todos os meios para se manter no governo e considera um retrocesso a alternância de poder. Adota a retórica nacionalista para tratar os adversários como inimigos do povo e traidores da pátria. Vê o crescimento da oposição como suposta conspiração golpista articulada pelos Estados Unidos. Viola as regras do Estado democrático de direito ao mesmo tempo que pretende usufruir de suas prerrogativas e garantias.
Desde sempre eu falo que o PT e os radicais do PSOL e cia são bolcheviques. As táticas e a estrutura (incluindo práticas similares às da extinta KGB) decisória, além dos absurdos vistos todo dia, não deixam dúvida de que, mais que marxistas, são leninlistas e (pior ainda) stalinistas.

Salve-se quem poder! A onda de "acidentes" e "mortes misteriosas" começou.

Saudações

Eu já não vejo a hora do PT e o governo acabarem de vez pra essas maluquices que você pensa perderem seu combustível. A paranóia tem que voltar ao seu devido lugar urgentemente.

Você não acha que é normal este tipo de reação de 'autopreservação' do PT e de seus próceres?
« Última modificação: 04 de Janeiro de 2019, 21:27:12 por Geotecton »
Foto USGS

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re:O PT representa um risco ao país?
« Resposta #4692 Online: 23 de Março de 2016, 14:56:26 »
13 cápsulas. Não precisa dizer mais nada.

Acaba sendo relativamente conveniente esse número do partido. Se o PSDB fosse ter o mesmo estilo de assinatura em assassinatos, não só ia ser mais caro, mas provavelmente aumentavam os riscos de falhar por ter que demorar algo mais e praticamente quadruplicar o ruído alarmante à população.

Ao mesmo tempo, 13 é ainda baixo o bastante para poder ser ainda coincidência, mas alto o suficiente para talvez não ser.

Skorpios

  • Visitante
Re:O PT representa um risco ao país?
« Resposta #4693 Online: 23 de Março de 2016, 15:31:27 »
13 cápsulas. Não precisa dizer mais nada.

Acaba sendo relativamente conveniente esse número do partido. Se o PSDB fosse ter o mesmo estilo de assinatura em assassinatos, não só ia ser mais caro, mas provavelmente aumentavam os riscos de falhar por ter que demorar algo mais e praticamente quadruplicar o ruído alarmante à população.

Ao mesmo tempo, 13 é ainda baixo o bastante para poder ser ainda coincidência, mas alto o suficiente para talvez não ser.

Usaria só calibre 45. :twisted:


Offline Gaúcho

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 15.288
  • Sexo: Masculino
  • República Rio-Grandense
Re:O PT representa um risco ao país?
« Resposta #4695 Online: 23 de Março de 2016, 18:33:29 »
Citar
É GOLPE... DE DILMA

Ronaldo Caiado denunciou em seu twitter que Dilma Rousseff planeja decretar "Estado de Defesa".

Trata-se de medida excepcional que restringe os direitos de reunião, sigilo de correspondência, de comunicações telegráficas e telefônicas.

É golpe!

http://www.oantagonista.com/posts/e-golpe-de-dilma



Deixando claro que não faço ideia do quanto esse cara pode ser levado a sério ou a veracidade do que ele diz.
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline Arcanjo Lúcifer

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 22.730
  • Sexo: Masculino
Re:O PT representa um risco ao país?
« Resposta #4696 Online: 23 de Março de 2016, 18:44:43 »
A louca não conseguiu nem manter os aliados, se tentar uma coisa dessas vai tomar um pé na bunda ainda mais rápido.

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re:O PT representa um risco ao país?
« Resposta #4697 Online: 23 de Março de 2016, 19:45:25 »
Citar
É GOLPE... DE DILMA

Ronaldo Caiado denunciou em seu twitter que Dilma Rousseff planeja decretar "Estado de Defesa".

Trata-se de medida excepcional que restringe os direitos de reunião, sigilo de correspondência, de comunicações telegráficas e telefônicas.

É golpe!

http://www.oantagonista.com/posts/e-golpe-de-dilma



Deixando claro que não faço ideia do quanto esse cara pode ser levado a sério ou a veracidade do que ele diz.



Citação de: artigo 136


"O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.

§ 1º - O decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de sua duração, especificará as áreas a serem abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei, as medidas coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes:

I - restrições aos direitos de:

a) reunião, ainda que exercida no seio das associações;

b) sigilo de correspondência;

c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;

II - ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de calamidade pública, respondendo a União pelos danos e custos decorrentes.

§ 2º - O tempo de duração do estado de defesa não será superior a trinta dias, podendo ser prorrogado uma vez, por igual período, se persistirem as razões que justificaram a sua decretação.

§ 3º - Na vigência do estado de defesa:

I - a prisão por crime contra o Estado, determinada pelo executor da medida, será por este comunicada imediatamente ao juiz competente, que a relaxará, se não for legal, facultado ao preso requerer exame de corpo de delito à autoridade policial;

II - a comunicação será acompanhada de declaração, pela autoridade, do estado físico e mental do detido no momento de sua autuação;

III - a prisão ou detenção de qualquer pessoa não poderá ser superior a dez dias, salvo quando autorizada pelo Poder Judiciário;

IV - é vedada a incomunicabilidade do preso.

§ 4º - Decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o Presidente da República, dentro de vinte e quatro horas, submeterá o ato com a respectiva justificação ao Congresso Nacional, que decidirá por maioria absoluta.

§ 5º - Se o Congresso Nacional estiver em recesso, será convocado extraordinariamente, no prazo de cinco dias.

§ 6º - O Congresso Nacional apreciará o decreto dentro de dez dias contados de seu recebimento, devendo continuar funcionando enquanto vigorar o estado de defesa.

§ 7º - Rejeitado o decreto, cessa imediatamente o estado de defesa."



Offline Geotecton

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 28.345
  • Sexo: Masculino
Re:O PT representa um risco ao país?
« Resposta #4698 Online: 24 de Março de 2016, 00:53:34 »
O tempo é o 'senhor da razão'

Voces realmente veem alguma possibilidade de melhora no quadro de políticos no horizonte dos próximos 10 anos?

Se a resposta for "sim!" então eu digo "Meus parabéns pelo otimismo".

Se a resposta for "não!" então eu digo "Bem vindo ao clube dos incrédulos. Escolha um lugar e ajeite-se, porque a espera será muito longa".

So se junta muito brasileiro se tiver trio eletrico e cerveja.

Se um dia colocarem uma bomba em algum congresso petista, acho que 95% da corrupção do país acaba na hora.
Porque? O PT representa 95% dos politicos brasileiros?

Não. É porque eles representam hoje a esmagadora maioria dos interesses escusos junto ao Estado brasileiro.

[...]
Sinceramente, acredito que o Lula é um cara honesto
[...]

Sem dúvida. E com O maiúsculo ("Onesto").

Pessoal, supondo que a Dilma não esteja disposta a "arregar" para o fisiologismo radical e os corruptos do PT e aliados, o que ela deve fazer?

Acho que ela terá que se metamorfosear em uma mistura de Bismarck com Maquiavel para dar conta desse pepino.  :?

Ela não tem o que fazer pois quem governa é a "base aliada". Sim aquela mesma merda que alguns foristas aqui acharam de maneira ilusória que iria efetivamente fazer um verdadeiro "governo de coalizão", sob responsabilidade direta do ex-presidente.

A situação está ruim.

E vai piorar muito.


e também adora desmanchar ilusões e mitos:

Vejo o PT como a maior diferença no espectro político no Brasil e o melhor partido do ponto de vista ético, ainda que não seja imune ( Palloci que o diga), a essas mazelas. Ademais é o partido em que a grande mídia ( mais Folha e Veja, menos Globo e Estadão) mira como oposição partidária, como o "grande mal" a ser batido, já que os partidos que apoiam ( PSDB, PFL) estão em decadência eleitoral.
Foto USGS

Offline Arcanjo Lúcifer

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 22.730
  • Sexo: Masculino
Re:O PT representa um risco ao país?
« Resposta #4699 Online: 24 de Março de 2016, 03:12:12 »
Eu disse em 2011 que uma bomba era a melhor solução contra a corja, se  me dessem mais atenção não estaríamos no fundo do poço hoje. :lol:

 

Do NOT follow this link or you will be banned from the site!