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O PT representa um risco para o Brasil?

Não. O PT é apenas um partido como qualquer outro e não representa nenhum risco adicional.
Sim, mais que outros partidos, pois a mistura de ideologia com corrupção fazem com que toda e qualquer ato excuso seja justificado com dupli-pensar.
Sim, como outros partidos. A política brasileira chafurda de cabo a rabo.
Não, o PT é ainda o mais ético e é a força que está mudando o país.

Autor Tópico: O PT representa um risco ao país?  (Lida 246756 vezes)

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Offline Hugo

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Re:O PT representa um risco ao país?
« Resposta #5125 Online: 03 de Agosto de 2017, 19:14:12 »
É interessante notar como a "opinião" dos esquerdistas são facilmente manipuladas. Quem conversa com os esquerdistas há de nota um padrão de respostas prontas, e que se relacionam de maneira crônica com o que saí de notícia em alguns veículos de esquerda. Ainda hoje encontrei algumas centenas de comentários como os do Hugo, culpabilizando os manifestantes na Venezuela, e traçando uma analogia imprópria (como sempre) com os seus rivais do outro lado do espectro político. Talvez isso seja resultado da falta de variedade de fontes para os esquerdistas, mas é certo que qualquer um que venha a reproduzir esses discursos idiotas dessas fontes de """informação""", tal como o Hugo fez, não pode se considerar como um ser auto-crítico, e não me guio por mera birra ideológica ao dizer isso, já que há muitas fontes boas de informação alternativas, esquerdistas, e verdadeiramente independentes, pois eu próprio as acesso.

Claro, posto isso, é bom ressaltar o fato de que há uma polarização entre os esquerdistas, e que nessa distinção, podemos identificar os dois tipos de esquerda: Uma esquerda reacionária, e outra mais progressista, liberal, e que faz oposição à primeira, e este é o caso na Venezuela em que muitos dissidentes chavistas, universitários (que devem ter o perfil liberal de esquerda), e parte dos partidos de oposição, são tratados como "golpista" e direitistas, mesmo sendo de esquerda.

Citação de:  Rui Falcão, presidente nacional do PT
Temos a convicção que o povo venezuelano saberá encontrar, por meios próprios, a solução para os seus conflitos. Exigimos que o Ministério de Relações Exteriores, em vez, de “jogar combustível” no conflito, busque soluções responsáveis tanto no âmbito do Mercosul quanto da OEA.
Fonte

lembra o discurso de alguém aqui?

É sério que vocês se acham os "criticos", "livres pensadores", "imparciais", "sem lado definido"...?????

Que têm a capacidade de pensar sem influência de ninguém, de nenhum bloqueiro, político, jornalista...???

Vocês acreditam mesmo nisso?

Poderia passar horas e horas postando links de sites que é um ctrl-c ctrl-v feito por muitos aqui.

Parem de atacar os que pensam diferente de vocês como se fossem manipulados, inocentes, ignorantes, vendidos, fanáticos... Nada disso ajuda no debate e isso é feito quando se perde os argumentos.

Sou minoria aqui mas não acuso ninguém (se fiz, peço desculpas) de manipulado, burro, e vendido por um pão e mortadela.

Ataque as ideias e posições. Ataquem a ideologia e as convicções. Subam o nível... e não baixem, pois isso foi a causa de muitos aqui se debandarem.

Se vocês querem continuar lendo coisas que apenas lhes agradam, sem contraponto, sem discussão, sem o contraditório... abram uma igreja. Aliás existe uma que pode cair bem: http://templodahumanidade.org.br/a-religiao-da-humanidade/a-igreja-positivista-do-brasil/

"O medo de coisas invisíveis é a semente natural daquilo que todo mundo, em seu íntimo, chama de religião". (Thomas Hobbes, Leviatã)

Offline Hugo

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Re:O PT representa um risco ao país?
« Resposta #5126 Online: 03 de Agosto de 2017, 19:21:53 »
É simples: nós temos que falar um discurso editado pelo nosso chefe maior e multiplicá-lo, pois queremos chegar ao poder e nos perpetuarmos para sempre (amém), implantando um governo bolivariano, marxista e vermelho. Tomaremos todas as propriedades privadas e acabaremos com as classes, restando apenas uma.

Desejamos também implantar o pensamento único e a ditadura do proletariado.

A Rússia será nossa maior aliada e Cuba nosso grande irmão. Mudaremos a bandeira e tiraremos o amarelo pelo vermelho.

Pronto, falei...
Você fala como se isso fosse só uma questão ideológica, quando, na verdade, se trata de uma busca criminosa pelo poder através da corrupção e do aparelhamento do estado, como o que o PT conseguiu fazer por um certo tempo aqui e tal qual como o Chavismo fez na Venezuela.

Não, meu caro Hugo, não se trata de uma mera questão ideológica. A Venezuela está prestes a entrar numa guerra civíl e o povo de lá será massacrado pelos milicos chavistas, como já está acontecendo. Ficar dizendo que é o povo venezuelano quem deve resolver seus problemas lá é ser conivente com os crimes do proto-ditador fascista do Maduro, ainda mais quando vindo do próprio PT que ajudou a financiar esse regime maldito.

Você tem ideia de quantas pessoas apoiam esse governo maldito? É que você só vê notícias truncadas aqui.

Vá se informar melhor. Lhe digo que desde de 1999 a Venezuela teve 19 eleições e esse governo maldito ganhou 18. Quem sabe isso não seja uma dica para você pesquisar melhor?

Parecido com o nosso em que o PT ganhou as últimas 4 eleições presidenciais. Coincidência?


"France Presse

27/09/2010 12h18 - Atualizado em 27/09/2010 12h18
Venezuela: as 14 eleições da era Chávez

France Presse

CARACAS, 27 Set 2010 (AFP) -A Venezuela celebrou neste domingo a décima-quarta eleição desde que Hugo Chávez ganhou pela primeira vez o pleito presidencial, em 1998.

- 06/12/1998: Eleições presidenciais. Com 56,2% dos votos, Hugo Chávez se torna presidente da Venezuela para o período 1998-2003.

- 25/04/1999: 87,75% dos venezuelanos aprovou a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte para redigir uma nova Constituição que substitua o texto de 1961.

- 25/07/1999: Os venezuelanos elegem seus representantes na Assembleia Nacional Constituinte. A coalizão governista obtém 92% dos 131 assentos.

- 15/12/1999: Com uma participação de 46% e 71% dos votos, os venezuelanos aprovam a nova Constituição Bolivariana.

- 30/07/2000: Conhecidas como as "mega-eleições", foram convocadas para legitimar os novos poderes definidos na nova Constituição. Com 59% dos votos, Chávez ganha as eleições presidenciais para o período 2000-2006. O chavismo também controla a maioria da Assembleia Nacional (Parlamento), os governos estaduais e os municípios.

- 15/08/2004: Referendo revogatório contra Chávez. Com 69,92% de participação, ele vence com 59,10% dos votos e se mantém no poder.

- 31/10/2004: Eleições regionais. Com participação de 35%, os candidatos governistas ganham 20 dos 22 governos estaduais mais o distrito capital.

- 07/08/2005: Com participação menor a 29,4%, o governo arrasa nas eleições municipais.

- 04/12/2005: Eleições parlamentares. Com 24,17% de participação (a mais baixa desde 2000), o chavismo e seus aliados conseguem os 167 assentos da Assembleia Nacional (Parlamento). A oposição decidiu não apresentar candidaturas para boicotar o pleito, que foi validado mesmo assim.

- 03/12/2006: Eleições presidenciais. Com 75% de participação, Chávez ganha com 62,84% dos votos para o período 2006-2013.

- 02/12/2007: Referendo sobre a proposta de reforma constitucional. O projeto obtém 50,7% dos votos a favor e 51,05% contra. Chávez perde uma eleição pela primeira vez.

- 23/11/2008: Eleições regionais. Quase 17 milhões de venezuelanos elegerão 603 cargos de governadores, prefeitos, deputados estaduais e vereadores metropolitanos.

- 15/2/2010: Aprovação, em um referendo, de uma emenda à Constituição que permite a reeleição indefinida para todos os cargos de eleição popular, incluindo o de presidente.

- 26/09/2010: Eleições legislativas. O chavismo vence, mas não alcança dois terços dos assentos, o que obrigará Chávez a negociar as leis mais importantes e as nomeações de alguns dos mais altos funcionários do Estado com a oposição."
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:O PT representa um risco ao país?
« Resposta #5127 Online: 03 de Agosto de 2017, 19:32:53 »
A bandeira será esta aqui:



Não adianta chorar, coxinhas. Lula vai vencer como Maduro venceu. Vocês vão ter que aceitar a democracia dessa vez, não vai ter mais isso de vice golpista. Junto com a restauração da democracia na Venezuela vamos continuar democratizando e socializando tudo, acabando com essa nefesta onda de fascismo privatista neoliberal que cada vez mais toma conta da América Latina, trazendo pobreza e sofrimento a todo o povo pobre. Lula já alertou: se não tivesse iniciativa privada, não haveria corrupção. Vamos acabar com a corrupção para valer dessa vez!



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Offline Euler1707

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Re:O PT representa um risco ao país?
« Resposta #5128 Online: 03 de Agosto de 2017, 20:03:40 »
É simples: nós temos que falar um discurso editado pelo nosso chefe maior e multiplicá-lo, pois queremos chegar ao poder e nos perpetuarmos para sempre (amém), implantando um governo bolivariano, marxista e vermelho. Tomaremos todas as propriedades privadas e acabaremos com as classes, restando apenas uma.

Desejamos também implantar o pensamento único e a ditadura do proletariado.

A Rússia será nossa maior aliada e Cuba nosso grande irmão. Mudaremos a bandeira e tiraremos o amarelo pelo vermelho.

Pronto, falei...
Você fala como se isso fosse só uma questão ideológica, quando, na verdade, se trata de uma busca criminosa pelo poder através da corrupção e do aparelhamento do estado, como o que o PT conseguiu fazer por um certo tempo aqui e tal qual como o Chavismo fez na Venezuela.

Não, meu caro Hugo, não se trata de uma mera questão ideológica. A Venezuela está prestes a entrar numa guerra civíl e o povo de lá será massacrado pelos milicos chavistas, como já está acontecendo. Ficar dizendo que é o povo venezuelano quem deve resolver seus problemas lá é ser conivente com os crimes do proto-ditador fascista do Maduro, ainda mais quando vindo do próprio PT que ajudou a financiar esse regime maldito.

Você tem ideia de quantas pessoas apoiam esse governo maldito? É que você só vê notícias truncadas aqui.

Vá se informar melhor. Lhe digo que desde de 1999 a Venezuela teve 19 eleições e esse governo maldito ganhou 18. Quem sabe isso não seja uma dica para você pesquisar melhor?

Parecido com o nosso em que o PT ganhou as últimas 4 eleições presidenciais. Coincidência?


"France Presse

27/09/2010 12h18 - Atualizado em 27/09/2010 12h18
Venezuela: as 14 eleições da era Chávez

France Presse

CARACAS, 27 Set 2010 (AFP) -A Venezuela celebrou neste domingo a décima-quarta eleição desde que Hugo Chávez ganhou pela primeira vez o pleito presidencial, em 1998.

- 06/12/1998: Eleições presidenciais. Com 56,2% dos votos, Hugo Chávez se torna presidente da Venezuela para o período 1998-2003.

- 25/04/1999: 87,75% dos venezuelanos aprovou a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte para redigir uma nova Constituição que substitua o texto de 1961.

- 25/07/1999: Os venezuelanos elegem seus representantes na Assembleia Nacional Constituinte. A coalizão governista obtém 92% dos 131 assentos.

- 15/12/1999: Com uma participação de 46% e 71% dos votos, os venezuelanos aprovam a nova Constituição Bolivariana.

- 30/07/2000: Conhecidas como as "mega-eleições", foram convocadas para legitimar os novos poderes definidos na nova Constituição. Com 59% dos votos, Chávez ganha as eleições presidenciais para o período 2000-2006. O chavismo também controla a maioria da Assembleia Nacional (Parlamento), os governos estaduais e os municípios.

- 15/08/2004: Referendo revogatório contra Chávez. Com 69,92% de participação, ele vence com 59,10% dos votos e se mantém no poder.

- 31/10/2004: Eleições regionais. Com participação de 35%, os candidatos governistas ganham 20 dos 22 governos estaduais mais o distrito capital.

- 07/08/2005: Com participação menor a 29,4%, o governo arrasa nas eleições municipais.

- 04/12/2005: Eleições parlamentares. Com 24,17% de participação (a mais baixa desde 2000), o chavismo e seus aliados conseguem os 167 assentos da Assembleia Nacional (Parlamento). A oposição decidiu não apresentar candidaturas para boicotar o pleito, que foi validado mesmo assim.

- 03/12/2006: Eleições presidenciais. Com 75% de participação, Chávez ganha com 62,84% dos votos para o período 2006-2013.

- 02/12/2007: Referendo sobre a proposta de reforma constitucional. O projeto obtém 50,7% dos votos a favor e 51,05% contra. Chávez perde uma eleição pela primeira vez.

- 23/11/2008: Eleições regionais. Quase 17 milhões de venezuelanos elegerão 603 cargos de governadores, prefeitos, deputados estaduais e vereadores metropolitanos.

- 15/2/2010: Aprovação, em um referendo, de uma emenda à Constituição que permite a reeleição indefinida para todos os cargos de eleição popular, incluindo o de presidente.

- 26/09/2010: Eleições legislativas. O chavismo vence, mas não alcança dois terços dos assentos, o que obrigará Chávez a negociar as leis mais importantes e as nomeações de alguns dos mais altos funcionários do Estado com a oposição."
Coincidência? Não, populismo.
Não me importa o que aconteceu a dez, vinte, cem ano atrás, isso não muda a realidade atual da Venezuela. É fácil pegar uma parcela da população que te apoia e transformá-la no "todo mundo me apoia", mas isso não vai mudar a cabeça do resto da população que passa fome e vê o aumento da violência. Se não consegues ver o problema no teu raciocínio torpe, o problema já não meu, mas é certo que o governo Maduro já perdeu o apoio popular há muito tempo.

Offline Geotecton

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Re:O PT representa um risco ao país?
« Resposta #5129 Online: 03 de Agosto de 2017, 20:08:24 »
É interessante notar como a "opinião" dos esquerdistas são facilmente manipuladas. Quem conversa com os esquerdistas há de nota um padrão de respostas prontas, e que se relacionam de maneira crônica com o que saí de notícia em alguns veículos de esquerda. Ainda hoje encontrei algumas centenas de comentários como os do Hugo, culpabilizando os manifestantes na Venezuela, e traçando uma analogia imprópria (como sempre) com os seus rivais do outro lado do espectro político. Talvez isso seja resultado da falta de variedade de fontes para os esquerdistas, mas é certo que qualquer um que venha a reproduzir esses discursos idiotas dessas fontes de """informação""", tal como o Hugo fez, não pode se considerar como um ser auto-crítico, e não me guio por mera birra ideológica ao dizer isso, já que há muitas fontes boas de informação alternativas, esquerdistas, e verdadeiramente independentes, pois eu próprio as acesso.

Claro, posto isso, é bom ressaltar o fato de que há uma polarização entre os esquerdistas, e que nessa distinção, podemos identificar os dois tipos de esquerda: Uma esquerda reacionária, e outra mais progressista, liberal, e que faz oposição à primeira, e este é o caso na Venezuela em que muitos dissidentes chavistas, universitários (que devem ter o perfil liberal de esquerda), e parte dos partidos de oposição, são tratados como "golpista" e direitistas, mesmo sendo de esquerda.

Citação de:  Rui Falcão, presidente nacional do PT
Temos a convicção que o povo venezuelano saberá encontrar, por meios próprios, a solução para os seus conflitos. Exigimos que o Ministério de Relações Exteriores, em vez, de “jogar combustível” no conflito, busque soluções responsáveis tanto no âmbito do Mercosul quanto da OEA.
Fonte

lembra o discurso de alguém aqui?

É sério que vocês se acham os "criticos", "livres pensadores", "imparciais", "sem lado definido"...?????

Que têm a capacidade de pensar sem influência de ninguém, de nenhum bloqueiro, político, jornalista...???

Vocês acreditam mesmo nisso?

Poderia passar horas e horas postando links de sites que é um ctrl-c ctrl-v feito por muitos aqui.

Parem de atacar os que pensam diferente de vocês como se fossem manipulados, inocentes, ignorantes, vendidos, fanáticos... Nada disso ajuda no debate e isso é feito quando se perde os argumentos.

Sou minoria aqui mas não acuso ninguém (se fiz, peço desculpas) de manipulado, burro, e vendido por um pão e mortadela.

Ataque as ideias e posições. Ataquem a ideologia e as convicções. Subam o nível... e não baixem, pois isso foi a causa de muitos aqui se debandarem.

Se vocês querem continuar lendo coisas que apenas lhes agradam, sem contraponto, sem discussão, sem o contraditório... abram uma igreja. Aliás existe uma que pode cair bem: http://templodahumanidade.org.br/a-religiao-da-humanidade/a-igreja-positivista-do-brasil/

Assim que você deixar de frequentar a sua...
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Offline Euler1707

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Re:O PT representa um risco ao país?
« Resposta #5130 Online: 03 de Agosto de 2017, 20:22:15 »
Citar
É sério que vocês se acham os "criticos", "livres pensadores", "imparciais", "sem lado definido"...?????
Imparcial não, mas muito mais crítico do que muitos religiosos que acham admirável "manter-se fiéis a seus princípios", eu certamente sou, porque não tenho nenhum  problema em admitir que estou errado, e caso venham me provar isso, mudarei de opinião, mas que isso seja inconveniente ao meu discurso e me transforme em hipócrita. Quantos petistas você vê fazendo isso?

Citar
Que têm a capacidade de pensar sem influência de ninguém, de nenhum bloqueiro, político, jornalista...???

Vocês acreditam mesmo nisso?
Isso é impossível, é por isso que a primeira que a gente deve questionar são nossas fontes de informação.

Citar
Poderia passar horas e horas postando links de sites que é um ctrl-c ctrl-v feito por muitos aqui.
Ao menos pomos o link de onde tiramos nossos textos...

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Parem de atacar os que pensam diferente de vocês como se fossem manipulados, inocentes, ignorantes, vendidos, fanáticos... Nada disso ajuda no debate e isso é feito quando se perde os argumentos.
Se você se sente atacado, podes me denunciar à moderação. O que deixo claro aqui é que não quero fazer um ataque a sua pessoa, essa não é minha intenção, e caso eu faça ou venha a fazer, talvez seja porque eu tenha perdido a paciência e a razão, então me resta pedir desculpas pela grosseria.
 
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Sou minoria aqui mas não acuso ninguém (se fiz, peço desculpas) de manipulado, burro, e vendido por um pão e mortadela.
Que eu me lembre, essa foi a primeira coisa que você fez quando voltou. Até mandou um forista ler um livro sem dar um bom motivo para isso.
 
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Ataque as ideias e posições. Ataquem a ideologia e as convicções. Subam o nível... e não baixem, pois isso foi a causa de muitos aqui se debandarem.
O que fazer quando um indivíduo ficar repetindo uma mentira, mesmo depois de mostrado à ele que ele estava errado?

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Se vocês querem continuar lendo coisas que apenas lhes agradam, sem contraponto, sem discussão, sem o contraditório... abram uma igreja. Aliás existe uma que pode cair bem: http://templodahumanidade.org.br/a-religiao-da-humanidade/a-igreja-positivista-do-brasil/
Talvez até façamos um partido assim, e quando nosso líder for julgado e condenado por um crime de corrupção, diremos que isso se trata de perseguição política.
 :wink:

Offline Gigaview

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Re:O PT representa um risco ao país?
« Resposta #5131 Online: 03 de Agosto de 2017, 21:22:48 »
É interessante notar como a "opinião" dos esquerdistas são facilmente manipuladas. Quem conversa com os esquerdistas há de nota um padrão de respostas prontas, e que se relacionam de maneira crônica com o que saí de notícia em alguns veículos de esquerda. Ainda hoje encontrei algumas centenas de comentários como os do Hugo, culpabilizando os manifestantes na Venezuela, e traçando uma analogia imprópria (como sempre) com os seus rivais do outro lado do espectro político. Talvez isso seja resultado da falta de variedade de fontes para os esquerdistas, mas é certo que qualquer um que venha a reproduzir esses discursos idiotas dessas fontes de """informação""", tal como o Hugo fez, não pode se considerar como um ser auto-crítico, e não me guio por mera birra ideológica ao dizer isso, já que há muitas fontes boas de informação alternativas, esquerdistas, e verdadeiramente independentes, pois eu próprio as acesso.

Claro, posto isso, é bom ressaltar o fato de que há uma polarização entre os esquerdistas, e que nessa distinção, podemos identificar os dois tipos de esquerda: Uma esquerda reacionária, e outra mais progressista, liberal, e que faz oposição à primeira, e este é o caso na Venezuela em que muitos dissidentes chavistas, universitários (que devem ter o perfil liberal de esquerda), e parte dos partidos de oposição, são tratados como "golpista" e direitistas, mesmo sendo de esquerda.

Citação de:  Rui Falcão, presidente nacional do PT
Temos a convicção que o povo venezuelano saberá encontrar, por meios próprios, a solução para os seus conflitos. Exigimos que o Ministério de Relações Exteriores, em vez, de “jogar combustível” no conflito, busque soluções responsáveis tanto no âmbito do Mercosul quanto da OEA.
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lembra o discurso de alguém aqui?

É simples: nós temos que falar um discurso editado pelo nosso chefe maior e multiplicá-lo, pois queremos chegar ao poder e nos perpetuarmos para sempre (amém), implantando um governo bolivariano, marxista e vermelho. Tomaremos todas as propriedades privadas e acabaremos com as classes, restando apenas uma.

Desejamos também implantar o pensamento único e a ditadura do proletariado.

A Rússia será nossa maior aliada e Cuba nosso grande irmão. Mudaremos a bandeira e tiraremos o amarelo pelo vermelho.

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Offline Gaúcho

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Re:O PT representa um risco ao país?
« Resposta #5132 Online: 04 de Agosto de 2017, 09:54:34 »
É simples: nós temos que falar um discurso editado pelo nosso chefe maior e multiplicá-lo, pois queremos chegar ao poder e nos perpetuarmos para sempre (amém), implantando um governo bolivariano, marxista e vermelho. Tomaremos todas as propriedades privadas e acabaremos com as classes, restando apenas uma.

Desejamos também implantar o pensamento único e a ditadura do proletariado.

A Rússia será nossa maior aliada e Cuba nosso grande irmão. Mudaremos a bandeira e tiraremos o amarelo pelo vermelho.

Pronto, falei...
Você fala como se isso fosse só uma questão ideológica, quando, na verdade, se trata de uma busca criminosa pelo poder através da corrupção e do aparelhamento do estado, como o que o PT conseguiu fazer por um certo tempo aqui e tal qual como o Chavismo fez na Venezuela.

Não, meu caro Hugo, não se trata de uma mera questão ideológica. A Venezuela está prestes a entrar numa guerra civíl e o povo de lá será massacrado pelos milicos chavistas, como já está acontecendo. Ficar dizendo que é o povo venezuelano quem deve resolver seus problemas lá é ser conivente com os crimes do proto-ditador fascista do Maduro, ainda mais quando vindo do próprio PT que ajudou a financiar esse regime maldito.

Você tem ideia de quantas pessoas apoiam esse governo maldito? É que você só vê notícias truncadas aqui.

Vá se informar melhor. Lhe digo que desde de 1999 a Venezuela teve 19 eleições e esse governo maldito ganhou 18. Quem sabe isso não seja uma dica para você pesquisar melhor?

Parecido com o nosso em que o PT ganhou as últimas 4 eleições presidenciais. Coincidência?


"France Presse

27/09/2010 12h18 - Atualizado em 27/09/2010 12h18
Venezuela: as 14 eleições da era Chávez

France Presse

CARACAS, 27 Set 2010 (AFP) -A Venezuela celebrou neste domingo a décima-quarta eleição desde que Hugo Chávez ganhou pela primeira vez o pleito presidencial, em 1998.

- 06/12/1998: Eleições presidenciais. Com 56,2% dos votos, Hugo Chávez se torna presidente da Venezuela para o período 1998-2003.

- 25/04/1999: 87,75% dos venezuelanos aprovou a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte para redigir uma nova Constituição que substitua o texto de 1961.

- 25/07/1999: Os venezuelanos elegem seus representantes na Assembleia Nacional Constituinte. A coalizão governista obtém 92% dos 131 assentos.

- 15/12/1999: Com uma participação de 46% e 71% dos votos, os venezuelanos aprovam a nova Constituição Bolivariana.

- 30/07/2000: Conhecidas como as "mega-eleições", foram convocadas para legitimar os novos poderes definidos na nova Constituição. Com 59% dos votos, Chávez ganha as eleições presidenciais para o período 2000-2006. O chavismo também controla a maioria da Assembleia Nacional (Parlamento), os governos estaduais e os municípios.

- 15/08/2004: Referendo revogatório contra Chávez. Com 69,92% de participação, ele vence com 59,10% dos votos e se mantém no poder.

- 31/10/2004: Eleições regionais. Com participação de 35%, os candidatos governistas ganham 20 dos 22 governos estaduais mais o distrito capital.

- 07/08/2005: Com participação menor a 29,4%, o governo arrasa nas eleições municipais.

- 04/12/2005: Eleições parlamentares. Com 24,17% de participação (a mais baixa desde 2000), o chavismo e seus aliados conseguem os 167 assentos da Assembleia Nacional (Parlamento). A oposição decidiu não apresentar candidaturas para boicotar o pleito, que foi validado mesmo assim.

- 03/12/2006: Eleições presidenciais. Com 75% de participação, Chávez ganha com 62,84% dos votos para o período 2006-2013.

- 02/12/2007: Referendo sobre a proposta de reforma constitucional. O projeto obtém 50,7% dos votos a favor e 51,05% contra. Chávez perde uma eleição pela primeira vez.

- 23/11/2008: Eleições regionais. Quase 17 milhões de venezuelanos elegerão 603 cargos de governadores, prefeitos, deputados estaduais e vereadores metropolitanos.

- 15/2/2010: Aprovação, em um referendo, de uma emenda à Constituição que permite a reeleição indefinida para todos os cargos de eleição popular, incluindo o de presidente.

- 26/09/2010: Eleições legislativas. O chavismo vence, mas não alcança dois terços dos assentos, o que obrigará Chávez a negociar as leis mais importantes e as nomeações de alguns dos mais altos funcionários do Estado com a oposição."


E antes do Chávez ganhar a primeira eleição, a Venezuela era o país mais rico da América Latina. Tá aí o resultado do socialismo.
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline Lorentz

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Re:O PT representa um risco ao país?
« Resposta #5133 Online: 04 de Agosto de 2017, 10:05:41 »
O mal dos extremo-esquerdistas é confundir democracia com populismo ou mesmo com vontade da maioria. A piores ditaduras do mundo foram erguidas pela vontade da maioria, através de ações populistas que aos poucos foram solapando as instituições.

A democracia é anti-democrática quando se trata de passar por cima de leis que reduzem a própria democracia. São dispositivos de segurança para garantir o bom funcionamento dela.

Portanto, Hugo, não importa o que a maioria quis ou em quem ela votou na Venezuela. Se a oposição tem sido perseguida e enfraquecida, se a leis foram desrespeitadas, se as votações foram fraudadas e impossibilitadas de se auditar, não importa mais quem recebeu mais voto ou o que a população quis, pois não há mais solidez no sistema.
"Amy, technology isn't intrinsically good or bad. It's all in how you use it, like the death ray." - Professor Hubert J. Farnsworth

Offline Buckaroo Banzai

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Re:O PT representa um risco ao país?
« Resposta #5134 Online: 04 de Agosto de 2017, 10:41:55 »
Acho que a pauta número 1 de uma reforma política (eleitoral?) seria mudarmos para o sistema de votos por preferência, em vez de maioria absoluta.

Offline Lorentz

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Re:O PT representa um risco ao país?
« Resposta #5135 Online: 04 de Agosto de 2017, 11:18:11 »
Acho que a pauta número 1 de uma reforma política (eleitoral?) seria mudarmos para o sistema de votos por preferência, em vez de maioria absoluta.


Isso acabaria com a situação de eu ser obrigado a votar no Bolsonaro para não acabarmos num segundo turno entre Marina e Lula?
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:O PT representa um risco ao país?
« Resposta #5136 Online: 04 de Agosto de 2017, 11:27:56 »
Acho que sim, em tese você poderia votar algo como

1 - Alckmin
2 - João Amoedo
3 - Cristovam Buarque
4 - Eymael
5 - Levy Fidelix
6 - Bolsonaro
7 - presidente do PSOL
8 - presidente do PCO
9 - presidente do PSTU
10 - Marina
11 - Lula


Publiquei quadrinhos explicativos no tópico A democracia pode ser melhorada?


Queria saber de algum nerd matemático se a partir dos dados de intenção de voto e rejeição poderia se prever grosseiramente os resultados desse sistema.

Citar
De acordo com levantamento realizado pelo Instituto Paraná Pesquisas divulgado neste sábado (29), 55,8% dos eleitores não votariam em Lula. [...] Assim como Lula, Bolsonaro também tem rejeição alta, de 53,9%. A rejeição do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) é ainda maior, de 54,1% e a de Ciro Gomes (PDT) de 50,2%. Os demais possíveis candidatos têm rejeições menores, abaixo dos 50%: Marina Silva (46,3%), Joaquim Barbosa (42,3%) e João Doria (42,2%).

http://noticias.r7.com/brasil/lula-tem-maior-rejeicao-entre-possiveis-candidatos-a-presidencia-29072017

Acho que deve se aproximar de uma vitória do de menor rejeição.




Temo que esse modelo de votação seja considerado racista, sexista, fascista, culturalmente apropriativo aqui, de modo inconstitucional.

Offline Hugo

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Re:O PT representa um risco ao país?
« Resposta #5137 Online: 07 de Agosto de 2017, 21:20:23 »
É simples: nós temos que falar um discurso editado pelo nosso chefe maior e multiplicá-lo, pois queremos chegar ao poder e nos perpetuarmos para sempre (amém), implantando um governo bolivariano, marxista e vermelho. Tomaremos todas as propriedades privadas e acabaremos com as classes, restando apenas uma.

Desejamos também implantar o pensamento único e a ditadura do proletariado.

A Rússia será nossa maior aliada e Cuba nosso grande irmão. Mudaremos a bandeira e tiraremos o amarelo pelo vermelho.

Pronto, falei...
Você fala como se isso fosse só uma questão ideológica, quando, na verdade, se trata de uma busca criminosa pelo poder através da corrupção e do aparelhamento do estado, como o que o PT conseguiu fazer por um certo tempo aqui e tal qual como o Chavismo fez na Venezuela.

Não, meu caro Hugo, não se trata de uma mera questão ideológica. A Venezuela está prestes a entrar numa guerra civíl e o povo de lá será massacrado pelos milicos chavistas, como já está acontecendo. Ficar dizendo que é o povo venezuelano quem deve resolver seus problemas lá é ser conivente com os crimes do proto-ditador fascista do Maduro, ainda mais quando vindo do próprio PT que ajudou a financiar esse regime maldito.

Você tem ideia de quantas pessoas apoiam esse governo maldito? É que você só vê notícias truncadas aqui.

Vá se informar melhor. Lhe digo que desde de 1999 a Venezuela teve 19 eleições e esse governo maldito ganhou 18. Quem sabe isso não seja uma dica para você pesquisar melhor?

Parecido com o nosso em que o PT ganhou as últimas 4 eleições presidenciais. Coincidência?


"France Presse

27/09/2010 12h18 - Atualizado em 27/09/2010 12h18
Venezuela: as 14 eleições da era Chávez

France Presse

CARACAS, 27 Set 2010 (AFP) -A Venezuela celebrou neste domingo a décima-quarta eleição desde que Hugo Chávez ganhou pela primeira vez o pleito presidencial, em 1998.

- 06/12/1998: Eleições presidenciais. Com 56,2% dos votos, Hugo Chávez se torna presidente da Venezuela para o período 1998-2003.

- 25/04/1999: 87,75% dos venezuelanos aprovou a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte para redigir uma nova Constituição que substitua o texto de 1961.

- 25/07/1999: Os venezuelanos elegem seus representantes na Assembleia Nacional Constituinte. A coalizão governista obtém 92% dos 131 assentos.

- 15/12/1999: Com uma participação de 46% e 71% dos votos, os venezuelanos aprovam a nova Constituição Bolivariana.

- 30/07/2000: Conhecidas como as "mega-eleições", foram convocadas para legitimar os novos poderes definidos na nova Constituição. Com 59% dos votos, Chávez ganha as eleições presidenciais para o período 2000-2006. O chavismo também controla a maioria da Assembleia Nacional (Parlamento), os governos estaduais e os municípios.

- 15/08/2004: Referendo revogatório contra Chávez. Com 69,92% de participação, ele vence com 59,10% dos votos e se mantém no poder.

- 31/10/2004: Eleições regionais. Com participação de 35%, os candidatos governistas ganham 20 dos 22 governos estaduais mais o distrito capital.

- 07/08/2005: Com participação menor a 29,4%, o governo arrasa nas eleições municipais.

- 04/12/2005: Eleições parlamentares. Com 24,17% de participação (a mais baixa desde 2000), o chavismo e seus aliados conseguem os 167 assentos da Assembleia Nacional (Parlamento). A oposição decidiu não apresentar candidaturas para boicotar o pleito, que foi validado mesmo assim.

- 03/12/2006: Eleições presidenciais. Com 75% de participação, Chávez ganha com 62,84% dos votos para o período 2006-2013.

- 02/12/2007: Referendo sobre a proposta de reforma constitucional. O projeto obtém 50,7% dos votos a favor e 51,05% contra. Chávez perde uma eleição pela primeira vez.

- 23/11/2008: Eleições regionais. Quase 17 milhões de venezuelanos elegerão 603 cargos de governadores, prefeitos, deputados estaduais e vereadores metropolitanos.

- 15/2/2010: Aprovação, em um referendo, de uma emenda à Constituição que permite a reeleição indefinida para todos os cargos de eleição popular, incluindo o de presidente.

- 26/09/2010: Eleições legislativas. O chavismo vence, mas não alcança dois terços dos assentos, o que obrigará Chávez a negociar as leis mais importantes e as nomeações de alguns dos mais altos funcionários do Estado com a oposição."


E antes do Chávez ganhar a primeira eleição, a Venezuela era o país mais rico da América Latina. Tá aí o resultado do socialismo.

Rico para quem,cara pálida? Para todos?

"País menos desigual da América do Sul, Venezuela é cenário de forte confrontação política" (2012)

http://operamundi.uol.com.br/conteudo/reportagens/23736/pais+menos+desigual+da+america+do+sul+venezuela+e+cenario+de+forte+confrontacao+politica.shtml

"O medo de coisas invisíveis é a semente natural daquilo que todo mundo, em seu íntimo, chama de religião". (Thomas Hobbes, Leviatã)

Offline Gaúcho

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Re:O PT representa um risco ao país?
« Resposta #5138 Online: 07 de Agosto de 2017, 21:55:15 »
85% da população tá passando fome. Realmente é bem igual. Todo mundo na merda.

Novamente, dois anos antes do Chavez assumir, Venezuela era o país mais rico da America Latina. Parabéns aos envolvidos.
« Última modificação: 07 de Agosto de 2017, 22:05:07 por Gaúcho »
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline -Huxley-

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Re:O PT representa um risco ao país?
« Resposta #5139 Online: 07 de Agosto de 2017, 22:06:24 »
Chile, Argentina e Uruguai já eram mais ricos do que a Venezuela antes de Chavez assumir. Mas Maduro teve a proeza de fazer o PIB venezuelano contrair quase inacreditáveis 23% apenas em 2016... E com inflação anual de 830%. Os dados são do Banco Central da Venezuela:

http://www.dnoticias.pt/mundo/pib-venezuelano-caiu-23-em-2016-e-a-inflacao-atingiu-830-ED731710

Offline Geotecton

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Re:O PT representa um risco ao país?
« Resposta #5140 Online: 08 de Agosto de 2017, 01:15:43 »
É simples: nós temos que falar um discurso editado pelo nosso chefe maior e multiplicá-lo, pois queremos chegar ao poder e nos perpetuarmos para sempre (amém), implantando um governo bolivariano, marxista e vermelho. Tomaremos todas as propriedades privadas e acabaremos com as classes, restando apenas uma.

Desejamos também implantar o pensamento único e a ditadura do proletariado.

A Rússia será nossa maior aliada e Cuba nosso grande irmão. Mudaremos a bandeira e tiraremos o amarelo pelo vermelho.

Pronto, falei...
Você fala como se isso fosse só uma questão ideológica, quando, na verdade, se trata de uma busca criminosa pelo poder através da corrupção e do aparelhamento do estado, como o que o PT conseguiu fazer por um certo tempo aqui e tal qual como o Chavismo fez na Venezuela.

Não, meu caro Hugo, não se trata de uma mera questão ideológica. A Venezuela está prestes a entrar numa guerra civíl e o povo de lá será massacrado pelos milicos chavistas, como já está acontecendo. Ficar dizendo que é o povo venezuelano quem deve resolver seus problemas lá é ser conivente com os crimes do proto-ditador fascista do Maduro, ainda mais quando vindo do próprio PT que ajudou a financiar esse regime maldito.

Você tem ideia de quantas pessoas apoiam esse governo maldito? É que você só vê notícias truncadas aqui.

Vá se informar melhor. Lhe digo que desde de 1999 a Venezuela teve 19 eleições e esse governo maldito ganhou 18. Quem sabe isso não seja uma dica para você pesquisar melhor?

Parecido com o nosso em que o PT ganhou as últimas 4 eleições presidenciais. Coincidência?


"France Presse

27/09/2010 12h18 - Atualizado em 27/09/2010 12h18
Venezuela: as 14 eleições da era Chávez

France Presse

CARACAS, 27 Set 2010 (AFP) -A Venezuela celebrou neste domingo a décima-quarta eleição desde que Hugo Chávez ganhou pela primeira vez o pleito presidencial, em 1998.

- 06/12/1998: Eleições presidenciais. Com 56,2% dos votos, Hugo Chávez se torna presidente da Venezuela para o período 1998-2003.

- 25/04/1999: 87,75% dos venezuelanos aprovou a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte para redigir uma nova Constituição que substitua o texto de 1961.

- 25/07/1999: Os venezuelanos elegem seus representantes na Assembleia Nacional Constituinte. A coalizão governista obtém 92% dos 131 assentos.

- 15/12/1999: Com uma participação de 46% e 71% dos votos, os venezuelanos aprovam a nova Constituição Bolivariana.

- 30/07/2000: Conhecidas como as "mega-eleições", foram convocadas para legitimar os novos poderes definidos na nova Constituição. Com 59% dos votos, Chávez ganha as eleições presidenciais para o período 2000-2006. O chavismo também controla a maioria da Assembleia Nacional (Parlamento), os governos estaduais e os municípios.

- 15/08/2004: Referendo revogatório contra Chávez. Com 69,92% de participação, ele vence com 59,10% dos votos e se mantém no poder.

- 31/10/2004: Eleições regionais. Com participação de 35%, os candidatos governistas ganham 20 dos 22 governos estaduais mais o distrito capital.

- 07/08/2005: Com participação menor a 29,4%, o governo arrasa nas eleições municipais.

- 04/12/2005: Eleições parlamentares. Com 24,17% de participação (a mais baixa desde 2000), o chavismo e seus aliados conseguem os 167 assentos da Assembleia Nacional (Parlamento). A oposição decidiu não apresentar candidaturas para boicotar o pleito, que foi validado mesmo assim.

- 03/12/2006: Eleições presidenciais. Com 75% de participação, Chávez ganha com 62,84% dos votos para o período 2006-2013.

- 02/12/2007: Referendo sobre a proposta de reforma constitucional. O projeto obtém 50,7% dos votos a favor e 51,05% contra. Chávez perde uma eleição pela primeira vez.

- 23/11/2008: Eleições regionais. Quase 17 milhões de venezuelanos elegerão 603 cargos de governadores, prefeitos, deputados estaduais e vereadores metropolitanos.

- 15/2/2010: Aprovação, em um referendo, de uma emenda à Constituição que permite a reeleição indefinida para todos os cargos de eleição popular, incluindo o de presidente.

- 26/09/2010: Eleições legislativas. O chavismo vence, mas não alcança dois terços dos assentos, o que obrigará Chávez a negociar as leis mais importantes e as nomeações de alguns dos mais altos funcionários do Estado com a oposição."


E antes do Chávez ganhar a primeira eleição, a Venezuela era o país mais rico da América Latina. Tá aí o resultado do socialismo.

Rico para quem,cara pálida? Para todos?

"País menos desigual da América do Sul, Venezuela é cenário de forte confrontação política" (2012)

http://operamundi.uol.com.br/conteudo/reportagens/23736/pais+menos+desigual+da+america+do+sul+venezuela+e+cenario+de+forte+confrontacao+politica.shtml

De fato, a Venezuela é hoje o país menos desigual da América Latina.

Mais de 80% da população deve estar péssima financeiramente e com uma inflação anualizada que passa fácil dos 600%, este ano o "nível de igualdade deve chegar próximo dos 90%".

Quase todos no inferno.

A fonte já é auto-explicativa.

Foto USGS


Offline Hugo

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Re:O PT representa um risco ao país?
« Resposta #5142 Online: 09 de Agosto de 2017, 23:00:47 »
85% da população tá passando fome. Realmente é bem igual. Todo mundo na merda.

Novamente, dois anos antes do Chavez assumir, Venezuela era o país mais rico da America Latina. Parabéns aos envolvidos.

"Antes do “cruel e ditatorial” governo bolivariano, a Venezuela, o país com a maior reserva de óleo do mundo, tinha 70% de sua população abaixo da linha da pobreza e 40% do seu povo na pobreza extrema. Isso diz tudo sobre os governos anteriores.

Antes do governo de Chávez, em 1998, 21% da população estavam subnutridos. É isso mesmo. No país que, como Celso Furtado escreveu em 1974, tinha tudo para se tornar a primeira nação latino-americana realmente desenvolvida, 1 em cada 5 habitantes passava fome. Essa era a Venezuela dos Capriles, dos López e da “oposição democrática”.

(...)

Desse modo, a Venezuela chegava ao fim do século XX com uma contradição gritante e insustentável: apesar das grandes riquezas derivadas da exportação de petróleo, o país convivia com problemas sociais muito graves.

Em 1989, no contexto de uma crise econômica, manifestações populares se multiplicaram por todo o país.

Uma delas, o “Caracazo”, foi duramente reprimida pelo Estado, cujas forças mataram indiscriminadamente entre 1000 e 3000 pessoas. Em muitas ocasiões, as manifestações estudantis foram também reprimidas, tendo sido ordenado o fechamento da Universidade Central da Venezuela, que durou três anos, em 1968.

Durante vários meses, as favelas de Caracas foram cercadas por forças militares e submetidas a toque de recolher.

Entretanto, isso não comoveu muito a “comunidade internacional”, que hoje chora as cerca de 100 vítimas dos embates nas ruas da Venezuela.

Afinal, eram apenas pobres e excluídos sendo submetidos a um regular massacre na América Latina. Em todo caso, já estava claro, na época, que o modelo econômico, social e político plasmado no Pacto de Punto Fijo tinha atingido seu limite.

Pois bem, a eleição de Hugo Chávez, em 1998, se insere justamente no colapso do Pacto de Punto Fijo: para uma população desprovida de sistemas públicos includentes (saúde, educação, moradia, etc.), a plataforma política de Chávez surgiu como proposta sem precedentes na história do país, o que explica, em grande parte, a sua popularidade nas camadas historicamente excluídas do povo venezuelano.

Embora o chavismo não tenha alterado, de forma significativa, a estrutura produtiva da Venezuela, que permaneceu estreitamente dependente das exportações do petróleo, Chávez implodiu as arcaicas estruturas sociais e políticas da Venezuela, bem como a política externa de alinhamento automático aos EUA.

A desigualdade, medida pelo índice de Gini, foi reduzida em 54%. A pobreza despencou de 70,8%, em 1996, para 21%, em 2010, e a extrema pobreza caiu de 40%, em 1996, para 7,3%, em 2010.

O chavismo implantou as chamadas misiones, projetos sociais diversificados e amplos que beneficiam cerca de 20 milhões de pessoas, e passou a criar um verdadeiro Estado de Bem Estar Social na Venezuela. Hoje, 2,1 milhões de idosos recebem pensão ou aposentadoria, ou seja, 66% da população da chamada terceira idade.

Na Venezuela pós-chavismo, a desnutrição é de apenas 5%, e a desnutrição infantil 2,9%.

Após o chavismo, a Venezuela tornou-se o segundo país da América Latina (o primeiro é Cuba) e o quinto no mundo com maior proporção de estudantes universitários.

Em relação à saúde pública, é preciso ressaltar que a mortalidade infantil diminuiu de 25 por mil, em 1990, para apenas 13 por 1000, em 2010.

Atualmente, 96% da população já tem acesso à água potável. Em 1998, havia 18 médicos por 10.000 habitantes, atualmente são 58.

(...)

Esses amplos e inegáveis avanços sociais fizeram daquele nosso país irmão um modelo de cumprimento dos Objetivos do Milênio da ONU.

(...)


Mas o principal mérito do chavismo foi ter implodido o conservador e excludente modelo político venezuelano, baseado no Pacto de Punto Fijo.

Com Chávez, assim como com Lula, Morales, Rafael Correa e outros, aqueles que não tinham voz e vez passaram a se fazer ouvir e a se fazer cidadãos. Passaram a comer, a se educar, a morar. Deixaram de ser invisíveis, miseráveis anônimos, e passaram a ser sujeitos da história.
"

http://altamiroborges.blogspot.com.br/2017/08/para-entender-venezuela.html



"O medo de coisas invisíveis é a semente natural daquilo que todo mundo, em seu íntimo, chama de religião". (Thomas Hobbes, Leviatã)

Offline Hugo

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Re:O PT representa um risco ao país?
« Resposta #5143 Online: 09 de Agosto de 2017, 23:14:18 »

De fato, a Venezuela é hoje o país menos desigual da América Latina.

Mais de 80% da população deve estar péssima financeiramente e com uma inflação anualizada que passa fácil dos 600%, este ano o "nível de igualdade deve chegar próximo dos 90%".

Quase todos no inferno.

A fonte já é auto-explicativa.







"A situação da Venezuela atual é muito próxima da existente no período 2002-2003.

Com a morte de Chávez, em 2013, a oposição radicalizada da Venezuela, considerou que poderia derrotar facilmente o sucessor na revolução bolivariana.

Entretanto, a vitória de Maduro sobre Capriles, ainda que por pequena margem, frustrou as expectativas da oposição.

Pouco tempo depois, os setores mais radicalizados da oposição venezuelana, liderados por Leopoldo López, iniciaram o processo denominado de “la salida”, que consiste na utilização de manifestações violentas de rua, com a formação de barricadas, as chamadas “guarimbas”, incêndio de edifícios públicos e até mesmo de atos terroristas com o intuito de derrubar o governo eleito.

Trata-se de uma estratégia que teve êxito na chamada “revolução colorida da Ucrânia”, diretamente financiada e estimulada pelos EUA.

Essas manifestações, muito concentradas nos bairros do leste de Caracas e algumas outras poucas municipalidades dominadas pela classe média e pelas classes afluentes da Venezuela são amplificadas por uma mídia nacional e internacional comprometida com os interesses conservadores.

De um modo geral, as informações sobre as manifestações são produzidas com o auxílio das agências de inteligência e propaganda norte-americanas, que as repassam às agências internacionais de notícias, como a Reuters. A partir daí, elas se disseminam para o mundo inteiro, gerando uma percepção falaciosa do processo político venezuelano.

Entre 2013 e 2016, esse processo político radicalizado pela oposição de direita acabou provocando a morte de pelos menos 46 pessoas, a maioria chavistas ou de pessoas sem afiliação política, bem como danos milionários a equipamentos públicos.

Tais “guarimbas” foram e são financiadas desde o exterior. Com efeito, há uma conexão clara da direita venezuelana, particularmente dos setores ligados a Leopoldo López, com a extrema direita da Colômbia, principalmente com Álvaro Uribe e seus grupos de extermínio.

São essas conexões e os reiterados atos de violência que levaram à prisão de López e Antonio Ledezma na Venezuela.

Caracterizá-los como presos políticos que tivessem cometido “crimes de consciência”, como faz a imprensa brasileira, é desconhecer a realidade de uma direita que não tem, de fato, qualquer compromisso com a democracia e os direitos humanos e que aposta sistematicamente na violência como arma política preferencial.

Concomitantemente, foi iniciado um processo econômico que visa produzir carestia, desabastecimento e inflação, tal com o ocorreu, por exemplo, no Chile de Allende ou mesmo na própria Venezuela dos anos 2002 e 2003.

De fato, a este respeito é necessário que a crise econômica da Venezuela tem dois aspectos claros: um natural e outro artificial.


O natural, por assim dizer, tange ao fato óbvio de que a economia venezuelana, apesar dos esforços de chavismo para diversificá-la, ainda é muito dependente das exportações do petróleo e tem agricultura e indústria débeis.

A arrecadação tributária da Venezuela é muito baixa, apenas 13,5% do PIB, bem abaixo da brasileira, por exemplo, que está em cerca de 35% do PIB. Assim, o gasto público depende estreitamente da renda petroleira. Com a grande queda dos preços dessa commodity a partir de 2012, a economia da Venezuela passou enfrentar dificuldades reais graves, particularmente problemas cambiais.

Entretanto, há também aspectos artificialmente induzidos na crise econômica venezuelana. Há uma guerra econômica em curso.

Entre os instrumentos utilizados dessa guerra econômica estão: 1) o desabastecimento programado de bens essenciais; 2) a inflação induzida; 3) o boicote a bens de primeira necessidade; 4) o embargo comercial disfarçado; e 5) o bloqueio financeiro internacional.

O desabastecimento é produzido pela especulação cambial e pelo boicote político. O governo fornece aos importadores e comerciantes dólares cotados, pelo câmbio oficial, a apenas 10 bolívares. Entretanto, no câmbio negro, o dólar chega a ser cotado a milhares de bolívares. Na semana passada, cegou a 16 mil bolívares por dólar.

O que acontece é que muitos importadores simplesmente não importam o que deveriam. Fazem os contratos, mas importam apenas uma fração e depositam dólares no exterior. Além disso, boa parte (cerca de 35%) dos alimentos comprados são contrabandeados para o exterior, principalmente para a Colômbia, onde são vendidos com muito lucro. Outra parte é vendida no mercado interno, mas a preços excessivos, gerando carestia e inflação.

Ressalte-se que as importações de alimentos na Venezuela totalizaram US$ 7,7 bilhões em 2014, sendo que em 2004 elas foram de apenas US$ 2,1 bilhões. Ou seja, nesse período elas cresceram 259%. E, no caso de medicamentos importados, em 2014 as importações foram de US$ 2, 4 bilhões, enquanto que, em 2004, elas somaram apenas 608 milhões. Um aumento de 309%.

Portanto, a falta de alimentos, medicamentos, kits de higiene, peças sobressalentes para transporte e outros produtos, bem como as longas filas, não podem ser explicadas porque o setor privado não conseguiu receber uma quantidade suficiente de dinheiro para as importações. Esse dinheiro foi simplesmente desviado. Dessa forma, os depósitos em dólares de empresas venezuelanas no exterior cresceram 233% em apenas cinco anos.

Outro fator da guerra econômica tange à inflação induzida pela especulação. Em 2016, a economista venezuelana Pasqualina Curcio estimou, com base nas reservas e na liquidez monetária, que taxa real de câmbio deveria ser de 84 bolívares por dólar. No entanto, no câmbio negro o dólar já chegava a 1.212 bolívares por dólar. Essa discrepância dilatada e sem base real alimenta um índice inflacionário inteiramente especulativo.

Além de tudo isso, Venezuela sofre, desde 2013, com uma espécie de bloqueio financeiro não oficial. Ele consiste em tornar cada vez mais difícil e caro para a República e, especialmente, PDVSA, o acesso ao crédito no mercado internacional e em obstaculizar as transações financeiras.

Nesta área, as armas são invisíveis: tratam-se principalmente da publicação de níveis elevados de índice de risco país e do retardamento das transações financeiras costumeiras. Observe-se que, mesmo com a crise, a Venezuela vem cumprindo estritamente as suas obrigações financeiras, de modo que tais obstáculos não têm base racional e real.

No entanto, o fato concreto é que essa guerra econômica vem ajudando a radicalizar ainda mais o processo político venezuelano.

Nos últimos 4 meses, morreram mais de 100 pessoas nos conflitos de ruas. Houve linchamentos de chavistas, inclusive de um que foi queimado vivo, atentados terroristas, incêndios de prédios públicos, inclusive de uma maternidade. Houve também, é claro, a morte de manifestantes da oposição pelas forças de segurança. A violência se generalizou.

Ao mesmo tempo, o impasse institucional entre o Poder Executivo e a Asamblea Nacional, dominada pela oposição congregada na MUD, agravou-se, sem quaisquer iniciativas de ambos os lados para um diálogo sério e construtivo.

Assim sendo, a Venezuela de hoje está à beira de uma guerra civil de proporções calamitosas e consequências imprevisíveis.

Ante tal impasse, o governo chavista optou pela convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte, prontamente rejeitada pela oposição.

A oposição logo alegou que a convocação era inconstitucional e que visava perpetuar o poder de Maduro.

Bom, em primeiro lugar, tal convocação não é inconstitucional. A convocação da Assembleia Constituinte pelo presidente da república está prevista clara e explicitamente no artigo 348 da Constituição da Venezuela.

Em segundo lugar, a Assembleia Constituinte não substitui a Asamblea Nacional (o parlamento unicameral da Venezuela), como foi afirmado falsamente, a qual continuará a funcionar e a cumprir suas funções legislativas.

Em terceiro lugar, a convocação de assembleias constituintes é um mecanismo frequentemente usado em países democráticos como solução pacífica para impasses políticos e institucionais como o que acomete a Venezuela atual.

Em quarto lugar, a convocação teve apoio expressivo da população. O número de votantes para a assembleia (mais de 8 milhões) foi superior aos votos que teriam sido obtidos pelo plebiscito informal que a oposição convocou uma semana antes contra a assembleia ( cerca de 7,2 milhões de votos).

Observe-se que esse plebiscito é que foi, sim, inteiramente ilegal. Não fosse o clima de violência criado pela oposição, as barricadas que impediram o acesso aos centros de votação e o boicote ostensivo das empresas de transporte, que fizeram locaute no dia da votação, a participação eleitoral poderia ter sido bem superior.

Em quinto lugar, os objetivos estratégicos da Assembleia Constituinte são bem mais amplos do que o suposto desejo de perpetuar Maduro no poder.

A Assembleia visa essencialmente constitucionalizar as misiones sociais, bem como estabelecer as bases jurídicas e institucionais de uma economia pós-petroleira. A preocupação fundamental é impedir retrocessos sociais, como os que ocorrem atualmente no Brasil, e criar mecanismos econômicos que levem a Venezuela a ampliar a base produtiva de sua economia, de modo a superar definitivamente a sua dependência dos hidrocarbonetos.

Há de se enfatizar, além disso, que o texto que sairá dessa Assembleia só terá valor jurídico se for aprovado pela população em referendo.

Tal constatação minimiza a crítica da oposição de que o sistema de votação estabelecido para a Assembleia Constituinte criava um “jogo de cartas marcadas”.

Na realidade, dos 545 membros da Assembleia, dois terços (364) foram eleitos em base territorial, e um terço (181) com base em setores organizados da sociedade civil, como estudantes, agricultores, sindicatos de trabalhadores, organizações empresariais, representantes das comunidades indígenas, etc.

Embora se possa argumentar que tal sistema gera uma distorção na proporcionalidade do voto, é necessário se entender que tal distorção é menor do que a distorção na proporcionalidade que se verifica em muitos países democráticos que adotam o voto distrital.

No Reino Unido, por exemplo, o Partido Liberal tem sido frequentemente prejudicado, pois o percentual de cadeiras que recebe é sempre inferior ao seu percentual de votos. O partido foi sub-representado em todas as eleições para a Câmara dos Comuns no pós-1945: com uma média de 12,4% dos votos, obteve uma média de 1,9% das cadeiras. A diferença mais acentuada ocorreu em 1983, quando recebeu 25,4% dos votos e elegeu apenas 3,5% dos representantes.

Entretanto, as distorções também se dão entre os partidos principais. Por exemplo, nessas ultimas eleições britânicas, os conservadores tiveram apenas 2,4% a mais de votos entre os eleitores que o Partido Trabalhista (42,4% x 40,0%). Contudo, conseguiram eleger 55 representantes a mais que os trabalhistas (317×262). Pela proporcionalidade do voto, tal diferença deveria ter resultado em apenas 15 cadeiras a mais.

Na França moderna, nas duas eleições em que um partido obteve mais de 50% de cadeiras, ele o fez por intermédio de maiorias manufaturadas por distorções: em 1968, os gaullistas (atual RPR) receberam 38% dos votos e 60% das cadeiras; em 1981, o Partido Socialista, com 37% dos votos, ficou com 57% das cadeiras.

Assim sendo, caracterizar a convocação da Assembleia Constituinte como um “golpe” ou uma “ruptura da ordem democrática” é algo de evidente má-fé. Pode-se não concordar com tal convocação, mas não se pode denominá-la de “golpe”. Golpe foi que aconteceu no Brasil.

A alternativa à Assembleia Constituinte parece ser uma guerra civil aberta. Ao menos, a Assembleia Constituinte cria uma oportunidade para que se estabeleça um diálogo que supere o atual impasse político e institucional daquele país.

Lamentável, em todo esse processo, é a posição do governo golpista e sem voto do Brasil. Desde que assumiu ilegitimamente o poder, esse governo fez da suspensão da Venezuela do Mercosul e da derrubada do governo chavista a sua diretriz principal em política externa, atuando como braço auxiliar dos EUA no subcontinente.

Ao fazê-lo, o governo golpista apequenou o Brasil e retirou qualquer possibilidade do nosso país atuar como mediador de conflitos na região, como vinha fazendo nos governos do PT.

O empenho do Brasil contra a Venezuela foi de tal ordem que a suspendeu duas vezes do Mercosul. Com efeito, antes da última decisão de utilizar a cláusula democrática do Protocolo de Ushuaia, a Venezuela já estava suspensa, na prática, do Mercosul desde dezembro do ano passado, sob a escusa, sem embasamento jurídico, de que o país não havia internalizado todas as normas do bloco, situação que se verifica em todos os Estados Partes.

Assim, a decisão de utilizar a cláusula democrática representa mera peça propagandística contra o governo legitimamente eleito da Venezuela.

Além de empenhado nos retrocessos socais e políticos internos, o governo do Brasil está empenhado também em forçar retrocessos na região.

Nosso principal produto de exportação é hoje o golpe.

* Marcelo Zero é sociólogo, especialista em Relações Internacionais e membro do Grupo de Reflexão sobre Relações Internacionais (GR-RI)."
"O medo de coisas invisíveis é a semente natural daquilo que todo mundo, em seu íntimo, chama de religião". (Thomas Hobbes, Leviatã)

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:O PT representa um risco ao país?
« Resposta #5144 Online: 10 de Agosto de 2017, 00:11:52 »
Citar
Com a morte de Chávez, em 2013, a oposição radicalizada da Venezuela, considerou que poderia derrotar facilmente o sucessor na revolução bolivariana.

Entretanto, a vitória de Maduro sobre Capriles, ainda que por pequena margem, frustrou as expectativas da oposição.

Vc sabe perfeitamente que o Chapolim Colorado sumiu por meses antes da posse após as eleições e possivelmente já estava morto pois nem compareceu à cerimônia.

A lei mandava fazer uma nova eleição mas mantiveram a morte dele em segredo por tempo suficiente para o Maduro poder assumir.

Estelionato eleitoral puro e simples.

E ainda falam do Temer, o tal que fazia parte da chapa petista e "assumiu sem votos".

Quem assumiu sem votos agora?


Offline Geotecton

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Re:O PT representa um risco ao país?
« Resposta #5145 Online: 10 de Agosto de 2017, 01:19:32 »
85% da população tá passando fome. Realmente é bem igual. Todo mundo na merda.

Novamente, dois anos antes do Chavez assumir, Venezuela era o país mais rico da America Latina. Parabéns aos envolvidos.

"Antes do “cruel e ditatorial” governo bolivariano, a Venezuela, o país com a maior reserva de óleo do mundo, tinha 70% de sua população abaixo da linha da pobreza e 40% do seu povo na pobreza extrema. Isso diz tudo sobre os governos anteriores.

Antes do governo de Chávez, em 1998, 21% da população estavam subnutridos. É isso mesmo. No país que, como Celso Furtado escreveu em 1974, tinha tudo para se tornar a primeira nação latino-americana realmente desenvolvida, 1 em cada 5 habitantes passava fome. Essa era a Venezuela dos Capriles, dos López e da “oposição democrática”.

(...)

Desse modo, a Venezuela chegava ao fim do século XX com uma contradição gritante e insustentável: apesar das grandes riquezas derivadas da exportação de petróleo, o país convivia com problemas sociais muito graves.

Em 1989, no contexto de uma crise econômica, manifestações populares se multiplicaram por todo o país.

Uma delas, o “Caracazo”, foi duramente reprimida pelo Estado, cujas forças mataram indiscriminadamente entre 1000 e 3000 pessoas. Em muitas ocasiões, as manifestações estudantis foram também reprimidas, tendo sido ordenado o fechamento da Universidade Central da Venezuela, que durou três anos, em 1968.

Durante vários meses, as favelas de Caracas foram cercadas por forças militares e submetidas a toque de recolher.

Entretanto, isso não comoveu muito a “comunidade internacional”, que hoje chora as cerca de 100 vítimas dos embates nas ruas da Venezuela.

Afinal, eram apenas pobres e excluídos sendo submetidos a um regular massacre na América Latina. Em todo caso, já estava claro, na época, que o modelo econômico, social e político plasmado no Pacto de Punto Fijo tinha atingido seu limite.

Pois bem, a eleição de Hugo Chávez, em 1998, se insere justamente no colapso do Pacto de Punto Fijo: para uma população desprovida de sistemas públicos includentes (saúde, educação, moradia, etc.), a plataforma política de Chávez surgiu como proposta sem precedentes na história do país, o que explica, em grande parte, a sua popularidade nas camadas historicamente excluídas do povo venezuelano.

Embora o chavismo não tenha alterado, de forma significativa, a estrutura produtiva da Venezuela, que permaneceu estreitamente dependente das exportações do petróleo, Chávez implodiu as arcaicas estruturas sociais e políticas da Venezuela, bem como a política externa de alinhamento automático aos EUA.

A desigualdade, medida pelo índice de Gini, foi reduzida em 54%. A pobreza despencou de 70,8%, em 1996, para 21%, em 2010, e a extrema pobreza caiu de 40%, em 1996, para 7,3%, em 2010.

O chavismo implantou as chamadas misiones, projetos sociais diversificados e amplos que beneficiam cerca de 20 milhões de pessoas, e passou a criar um verdadeiro Estado de Bem Estar Social na Venezuela. Hoje, 2,1 milhões de idosos recebem pensão ou aposentadoria, ou seja, 66% da população da chamada terceira idade.

Na Venezuela pós-chavismo, a desnutrição é de apenas 5%, e a desnutrição infantil 2,9%.

Após o chavismo, a Venezuela tornou-se o segundo país da América Latina (o primeiro é Cuba) e o quinto no mundo com maior proporção de estudantes universitários.

Em relação à saúde pública, é preciso ressaltar que a mortalidade infantil diminuiu de 25 por mil, em 1990, para apenas 13 por 1000, em 2010.

Atualmente, 96% da população já tem acesso à água potável. Em 1998, havia 18 médicos por 10.000 habitantes, atualmente são 58.

(...)

Esses amplos e inegáveis avanços sociais fizeram daquele nosso país irmão um modelo de cumprimento dos Objetivos do Milênio da ONU.

(...)


Mas o principal mérito do chavismo foi ter implodido o conservador e excludente modelo político venezuelano, baseado no Pacto de Punto Fijo.

Com Chávez, assim como com Lula, Morales, Rafael Correa e outros, aqueles que não tinham voz e vez passaram a se fazer ouvir e a se fazer cidadãos. Passaram a comer, a se educar, a morar. Deixaram de ser invisíveis, miseráveis anônimos, e passaram a ser sujeitos da história.
"

http://altamiroborges.blogspot.com.br/2017/08/para-entender-venezuela.html

Bullshit esquerdista.

Você traz um idiota esquerdista de uma fonte esquerdista para defender o regime venezuelano, que despeja uma série de números e informações 'elogiosas' mas sem citar uma única fonte confiável e independente.

Aposto que provem do governo venezuelano.
Foto USGS

Offline Gabarito

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Re:O PT representa um risco ao país?
« Resposta #5146 Online: 10 de Agosto de 2017, 07:36:39 »
<a href="https://www.youtube.com/v/50oORwZcseI" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/50oORwZcseI</a>
« Última modificação: 10 de Agosto de 2017, 07:38:41 por Gabarito »

Offline Buckaroo Banzai

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Re:O PT representa um risco ao país?
« Resposta #5147 Online: 10 de Agosto de 2017, 08:10:26 »

https://en.wikipedia.org/wiki/Economy_of_Venezuela

https://en.wikipedia.org/wiki/Venezuela



Citar
... Poverty and hunger[edit]
Although poverty initially declined under Chávez, by 2013, Venezuela's poverty rate increased to 28.35% with extreme poverty rates increasing 44% to 10.3% according to the Venezuelan government's INE.[155] Estimates of poverty by the United Nations Economic Commission for Latin America and the Caribbean (ECLAC) and Luis Pedro España, a sociologist at the Universidad Católica Andrés Bello, showed an increase of poverty in Venezuela.[156] ECLAC showed a 2013 poverty rate of 32% while Pedro España calculated a 2015 rate of 48% with a poverty rate of 70% possible by the end of 2015.[156] According to Venezuelan NGO PROVEA, by the end of 2015, there would be the same number of Venezuelans living in poverty as there was in 2000, reversing the advancements against poverty by Hugo Chávez.[156]
In relation to hunger, under-nutrition, undernourishment and the percentage of children under the age of five who are moderately or severely underweight decreased earlier in Chávez's tenure.[157] However, shortages in Venezuela as a result of price control policies left the majority of Venezuelans without adequate products after his death. ...




Offline Gaúcho

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Re:O PT representa um risco ao país?
« Resposta #5148 Online: 10 de Agosto de 2017, 10:31:12 »
85% da população tá passando fome. Realmente é bem igual. Todo mundo na merda.

Novamente, dois anos antes do Chavez assumir, Venezuela era o país mais rico da America Latina. Parabéns aos envolvidos.

"Antes do “cruel e ditatorial” governo bolivariano, a Venezuela, o país com a maior reserva de óleo do mundo, tinha 70% de sua população abaixo da linha da pobreza e 40% do seu povo na pobreza extrema. Isso diz tudo sobre os governos anteriores.

Antes do governo de Chávez, em 1998, 21% da população estavam subnutridos. É isso mesmo. No país que, como Celso Furtado escreveu em 1974, tinha tudo para se tornar a primeira nação latino-americana realmente desenvolvida, 1 em cada 5 habitantes passava fome. Essa era a Venezuela dos Capriles, dos López e da “oposição democrática”.

(...)

Desse modo, a Venezuela chegava ao fim do século XX com uma contradição gritante e insustentável: apesar das grandes riquezas derivadas da exportação de petróleo, o país convivia com problemas sociais muito graves.

Em 1989, no contexto de uma crise econômica, manifestações populares se multiplicaram por todo o país.

Uma delas, o “Caracazo”, foi duramente reprimida pelo Estado, cujas forças mataram indiscriminadamente entre 1000 e 3000 pessoas. Em muitas ocasiões, as manifestações estudantis foram também reprimidas, tendo sido ordenado o fechamento da Universidade Central da Venezuela, que durou três anos, em 1968.

Durante vários meses, as favelas de Caracas foram cercadas por forças militares e submetidas a toque de recolher.

Entretanto, isso não comoveu muito a “comunidade internacional”, que hoje chora as cerca de 100 vítimas dos embates nas ruas da Venezuela.

Afinal, eram apenas pobres e excluídos sendo submetidos a um regular massacre na América Latina. Em todo caso, já estava claro, na época, que o modelo econômico, social e político plasmado no Pacto de Punto Fijo tinha atingido seu limite.

Pois bem, a eleição de Hugo Chávez, em 1998, se insere justamente no colapso do Pacto de Punto Fijo: para uma população desprovida de sistemas públicos includentes (saúde, educação, moradia, etc.), a plataforma política de Chávez surgiu como proposta sem precedentes na história do país, o que explica, em grande parte, a sua popularidade nas camadas historicamente excluídas do povo venezuelano.

Embora o chavismo não tenha alterado, de forma significativa, a estrutura produtiva da Venezuela, que permaneceu estreitamente dependente das exportações do petróleo, Chávez implodiu as arcaicas estruturas sociais e políticas da Venezuela, bem como a política externa de alinhamento automático aos EUA.

A desigualdade, medida pelo índice de Gini, foi reduzida em 54%. A pobreza despencou de 70,8%, em 1996, para 21%, em 2010, e a extrema pobreza caiu de 40%, em 1996, para 7,3%, em 2010.

O chavismo implantou as chamadas misiones, projetos sociais diversificados e amplos que beneficiam cerca de 20 milhões de pessoas, e passou a criar um verdadeiro Estado de Bem Estar Social na Venezuela. Hoje, 2,1 milhões de idosos recebem pensão ou aposentadoria, ou seja, 66% da população da chamada terceira idade.

Na Venezuela pós-chavismo, a desnutrição é de apenas 5%, e a desnutrição infantil 2,9%.

Após o chavismo, a Venezuela tornou-se o segundo país da América Latina (o primeiro é Cuba) e o quinto no mundo com maior proporção de estudantes universitários.

Em relação à saúde pública, é preciso ressaltar que a mortalidade infantil diminuiu de 25 por mil, em 1990, para apenas 13 por 1000, em 2010.

Atualmente, 96% da população já tem acesso à água potável. Em 1998, havia 18 médicos por 10.000 habitantes, atualmente são 58.

(...)

Esses amplos e inegáveis avanços sociais fizeram daquele nosso país irmão um modelo de cumprimento dos Objetivos do Milênio da ONU.

(...)


Mas o principal mérito do chavismo foi ter implodido o conservador e excludente modelo político venezuelano, baseado no Pacto de Punto Fijo.

Com Chávez, assim como com Lula, Morales, Rafael Correa e outros, aqueles que não tinham voz e vez passaram a se fazer ouvir e a se fazer cidadãos. Passaram a comer, a se educar, a morar. Deixaram de ser invisíveis, miseráveis anônimos, e passaram a ser sujeitos da história.
"

http://altamiroborges.blogspot.com.br/2017/08/para-entender-venezuela.html

Sim, a Venezuela tinha muitos problemas antes de Chavez, mas ainda era um país rico. Daí a "solução" do ditador foi deixar as coisas ainda piores e transformar a Venezuela em um dos países mais pobres do mundo, com quase 90% da população na pobreza. Parabéns. Problema resolvido!

Obviamente a história da própria Venezuela já previa isso. Ela chegou estar entre os 5 maiores PIB do mundo durante a época do Jimenez, que apesar dos pesares, deixou o mercado aberto e garantia o direito à propriedade. Foi só um socialista assumir no final dos anos cinquenta para a coisa desandar de vez.

Estatize o petróleo, feche e centralize a economia, e distribua dinheiro como se não houvesse amanhã. Vai dar certo sim, amigo.
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline JJ

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Re:O PT representa um risco ao país?
« Resposta #5149 Online: 10 de Agosto de 2017, 11:13:58 »
É impossível negar que a Venezuela é uma calamidade gerada pelo socialismo

Quando os apoiadores desta ideia fracassada finalmente irão entender?




À medida que a Venezuela vai se afundando em um interminável pesadelo marcado pela fome, pela miséria, pela inanição e pela violência, o longo debate sobre a viabilidade do socialismo adquire uma nova relevância.

Anos de políticas explicitamente socialistas implantadas pelos regimes de Chávez e Maduro estão gerando seus inevitáveis efeitos. Graças às políticas de controle de preços, de impressão desmedida de dinheiro, de estatização de fábricas e de lojas (até mesmo hotéis foram estatizados), absolutamente tudo está em falta no país.


Tais medidas do governo destruíram de maneira tão completa o pouco que restava de capitalismo, que o desabastecimento se tornou geral. Aquele país que já teve a quarta população mais rica do mundo vivencia hoje uma escassez geral, com racionamento de papel higiênico, comida, cerveja, eletricidade, água e remédios. Até mesmo os hospitais ficaram sem papel higiênico e sem remédios. A taxa de mortalidade de recém-nascidos disparou.


Mesmo com toda a riqueza de suas reservas petrolíferas, as políticas de controle de preços, estatizações, impressão de moeda e redistribuição bagunçaram completamente a economia e acabaram por completo com a produção — e, logo, com o consumo.


Um país que outrora exportava grãos para o resto do mundo não consegue hoje nem sequer alimentar seu próprio povo.


no_hay_comida_venezuela_mini.jpg

De quem é a culpa?


Esse desastre humanitário gerou a questão sobre quem deve ser responsabilizado. Tal pergunta deixa os auto-declarados socialistas e seus simpatizantes progressistas em apuros. Afinal, é fácil encontrar vários exemplos (de Michael Moore a Bernie Sanders) de pessoas à esquerda elogiando e glorificando as políticas econômicas de Chávez. Clique aqui para ler um compilado.


Em 2013, um famoso esquerdista americano, David Sirota, escreveu um ensaio para a revista Salon intitulado "O milagre econômico de Hugo Chávez".  Eis um trecho:


Chávez se tornou o bicho-papão da política americana porque sua defesa aberta e inflexível do socialismo e do redistributivismo não apenas representa uma crítica fundamental à economia neoliberal como também vem gerando resultados inquestionavelmente positivos. ... Quando um país adota o socialismo e se esfacela, ele se torna motivo de piada e passa a ser visto como um inofensivo e esquecível exemplo de advertência sobre os perigos de uma economia dirigida pelo governo.  Porém, quando um país se torna socialista e sua economia apresenta o grande desempenho exibido pela economia venezuelana, ele não mais se torna motivo de piada — e passa a ser difícil ignorá-lo.


Logo, o que as pessoas que tomaram essa mesma posição em relação à Venezuela podem dizer perante este desastre? E os defensores da liberdade e do livre mercado?


Muitos à esquerda farão o esperado: dirão que nada disso é culpa do socialismo. Alguns até mesmo dirão que as políticas da dupla Chávez-Maduro nunca foram "genuinamente" socialistas. Em outros casos, dirão que, embora as intenções da dupla fossem nobres e humanas, a corrupção e uma má implementação acabaram fazendo com que essas boas políticas não tenham dado certo.


Obviamente, ambos esses argumentos não se sustentam. Se tais políticas — estatizações, controle de preços, confiscos e redistribuição — não representam o "genuíno" socialismo, então por que tantas pessoas simpáticas ao socialismo expressaram tanto apoio ao governo venezuelano no passado, dizendo que ele estava revolucionando a economia para o bem? O próprio Chávez, reiteradas vezes, fez esta alegação.


Será que todas essas pessoas não entendem o que o socialismo realmente é? As várias tentativas feitas por Chávez de impedir que os mercados e os preços funcionassem, e de substituir as transações voluntárias por alguma forma de planejamento central "em nome do povo", foram todas elas consistentes com os pilares do socialismo.


Se isso não era socialismo, então qual o atual significado de socialismo?


O socialismo verdadeiro


Historicamente, o socialismo sempre foi definido como a abolição da propriedade privada dos meios de produção. Na prática, seria a substituição da "anarquia da produção" — que foi como Marx rotulou o livre mercado — pela propriedade pública ou comunal dos meios de produção.


Abolir a propriedade privada, as relações de troca, os preços e os lucros iria, na visão de Marx, acabar com a exploração, a alienação e as crises que caracterizavam o capitalismo. Adicionalmente, racionalizar a produção por meio de um planejamento central feito por burocratas — em vez de deixar tudo à mercê do método de tentativa e erro do mercado — iria eliminar todos os desperdícios e gerar uma explosão de produtividade que iria nos enriquecer a todos.


Todos, ou praticamente todos, estes ingredientes foram seguidos à risca pelo governo venezuelano. Não era socialismo?


O que dizer então do argumento de que tais políticas socialistas eram bem-intencionadas, mas acabaram sendo desvirtuadas pela corrupção e por uma má implementação?


O problema com esse argumento é que tal fenômeno parece acontecer absolutamente todas as vezes que o socialismo é implantado. Sempre.


Os bolcheviques começaram a implantar o socialismo marxista menos de um ano após tomarem o poder. Uma década depois, eles já estavam no stalinismo pleno, tendo como uma das consequências o Holodomor, que provocou 14,5 milhões de mortes.


Cuba, após a revolução, rapidamente se degenerou em uma ditadura.


A China também se transformou em uma brutal ditadura sob a mão firma de Mao Tsé-Tung, fazendo com que famintos chineses tivessem de comer seus próprios filhos.


O que dizer do Camboja e seu Khmer Vermelho, que praticou o extermínio de quase 40% da população e que assassinava crianças com baionetas?


Não nos esqueçamos também dos países africanos. Quem ainda se lembra das imagens (fortíssimas) de crianças famintas na Etiópia, no início da década de 1980? Crianças totalmente desnutridas, mas com as barrigas inchadas pela Kwashiorkor, e olhos cobertos de moscas.  Eram as vítimas inocentes das políticas econômicas do Derg — um grupo de militantes marxistas que havia assumido o controle do país e implantado um programa de estatização de empresas e propriedades, de controle de preços, de proibição do comércio de cereais. Entre 1983 e 1985, aproximadamente 400.000 pessoas literalmente morreram de fome no país.


E a Coreia do Norte, e sua população de desnutridos?


A lista continua. Seria tudo isso uma enorme coincidência?

Absolutamente. Todas. As. Vezes.

riot_police_venezuela_fire.jpg

Marx e outros socialistas pensavam que aqueles que estariam encarregados do processo de planejamento — e, para Marx, estes eram toda a comunidade — poderiam racionalmente determinar o que produzir, como produzir, e em que quantidade na ausência de mercados, transações comerciais e preços.


No entanto, desde o famoso ensaio de Mises, de 1920, explicando por que o socialismo não tem como funcionar, todos nós já sabemos que toda e qualquer experiência socialista irá, no final, acabar em tragédia.


Preços livremente determinados pelo mercado são necessários para que consumidores e empreendedores possam fazer cálculos e estimativas. Sem preços livremente determinados, não há como empreendedores saberem o que os consumidores estão demandando. E não há como os consumidores organizarem racionalmente suas preferências de consumo. Ainda mais importante: não há como empreendedores satisfazerem os consumidores utilizando recursos escassos da maneira mais racional possível.


Em outras palavras, decisões racionais de produção são impossíveis sem preços de mercado. E preços de mercado não podem existir sem transações comerciais livres. Consequentemente, é necessário haver propriedade privada, principalmente dos meios de produção.


Mas o que acontece quando aqueles com o poder de tomar as decisões centralizadas percebem que não serão capazes de alcançar seus objetivos (por mais bem intencionados que sejam)? O poder não simplesmente desaparece. Com enorme frequência, a primeira reação destas pessoas é exatamente aquela que ocorreu na Venezuela: atacar com ainda mais veemência os produtores por estes não terem sido capazes de atender às impossíveis demandas; estatizar as instalações industriais e os estabelecimentos comerciais ainda sob controle privado; impor o racionamento de bens; e punir todos aqueles que estiverem "estocando" mercadorias.


E quando nada disso funcionar, parte-se para um autoritarismo ainda mais draconiano, e faz-se tudo o que for necessário para se manter no poder.


Após algum tempo, tais exercícios de poder bruto geram consequências: eles atraem para o alto escalão do governo aqueles indivíduos que possuem prática e experiência em exercer tal poder (em linguajar econômico, aqueles indivíduos que possuem uma "vantagem comparativa" no exercício da brutalidade são atraídos para o poder).


Marxismo não é sinônimo de stalinismo, mas a incapacidade do socialismo marxista de cumprir suas promessas cria as condições para a ascensão do stalinismo. Em outras palavras, o stalinismo é uma consequência não-prevista e não-intencionada do socialismo marxista.



Adicionalmente, à medida que o controle estatal vai se tornando cada vez mais ineficaz, as pessoas começam a tentar contornar o governo criando formas distorcidas de transações de mercado. Subornos a políticos e burocratas, ameaças a produtores e empreendedores, conluios com o governo, nepotismo, trocas de favores etc. se tornam a única maneira viável de fazer com que as coisas sejam feitas.


Recursos escassos têm de ser alocados de alguma maneira, e mercado são como ervas daninhas: surgem e crescem nas fendas deixadas pelo fracasso do planejamento centralizado.


venezuela_grocery_store.jpg

Dieta forçada


O salário mínimo atual é de 97.000 bolívares mensais. Pelo câmbio oficial — ou seja, aquele determinado pelo governo —, isso equivale a US$ 37 por mês. Já pelo câmbio do mercado paralelo — que representa o genuíno valor da moeda —, isso equivale a US$ 12.


Sim, o salário mínimo mensal de um venezuelano é de US$ 12. Dado que o salário mensal médio em Cuba é de US$ 20, temos que a dupla Chávez/Maduro conseguiu a façanha de deixar a população da rica Venezuela mais pobre que a miserável população cubana.


Isso sim é concorrência socialista.


Tudo isso gerou, como era de se esperar, inevitáveis consequências sobre a saúde dos venezuelanos. Há algumas semanas, as principais universidades venezuelanas publicaram a Encuesta de Condiciones de Vida (Encovi) — Pesquisa de Condições de Vida —, um documento anual que analisa a evolução dos principais indicadores de bem-estar da população.

E os resultados foram desoladores: nada menos que 82% das famílias venezuelanas vivem na pobreza, a porcentagem mais elevada da história do país, o que transforma esta região na mais miserável da América Latina. A maior parte destas famílias se encontra em uma desesperadora situação de extrema pobreza, o que dificulta enormemente sua capacidade ter acesso a uma alimentação de mínima qualidade.

Ainda segundo a pesquisa, 72,7% das mais de 6.500 pessoas sondadas afirmaram ter perdido peso involuntariamente. A média da perda de peso em apenas um ano é assustadora: 8,7 kg.

Vale repetir e enfatizar: 82% das famílias venezuelanas estão hoje vivendo na pobreza (em 2015, esse percentual era de 73%). Enquanto isso, 72,7% da população perdeu uma média de 8,7 quilogramas. E 9,6 milhões de venezuelanos (um terço da população) comem menos de duas vezes por dia.

dados.jpg

Negligência intelectual

Para o mundo externo, corrupção e uma má implementação são as causas dos seguidos fracassos do socialismo. Mas isso é uma completa inversão da realidade: a corrupção e a ineficácia não são as causas do fracasso do socialismo, mas sim as consequências do fracasso do socialismo. Quando você abole os mercados e os torna ilegais, e quando esta sua tentativa inevitavelmente fracassa, o que você tem é um arranjo repleto de corrupção, suborno e mercados negros (no qual apenas os mais destemidos se aventuram). Mais uma vez, tal arranjo não é aquele que os marxistas queriam, mas é a inevitável consequência de suas políticas.

Portanto, o que tudo isso pode dizer sobre aqueles que apoiaram as políticas de Chávez e Maduro? É fácil dizer que tais pessoas são inerentemente más por terem desejado a inanição e a miséria do povo venezuelano, mas isso seria uma postura fácil e simplista. Eu realmente acredito que muitos daqueles que apoiaram as políticas da dupla venezuelana genuinamente acreditavam que tais políticas trariam bons resultados. Neste sentido, tais pessoas não agiram de maneira imoral.

No entanto, elas são culpadas de incorrer em um grave erro intelectual, o qual tem consequências morais. Embora elas talvez não tenham desejado o desastre humanitário que vemos hoje, elas de fato têm de arcar com a responsabilidade de terem ignorado todas as críticas — já de longa data — ao socialismo, as quais já explicavam por que tal desastre era esperado.

Aqueles da esquerda que defenderam as políticas de Chávez não necessariamente incorreram naquele mal intencional ao qual chamamos de "vício". Mas eles podem ser culpados, isso sim, de algo que pode ser rotulado de "negligência" intelectual. Eles podem até não ter desejado a atual situação do povo venezuelano, mas não há dúvidas de que eles, no mínimo, deveriam saber melhor sobre aquilo que defendiam.

A simples condenação moral dessas pessoas acabaria com qualquer chance de diálogo produtivo. Já oferecer uma narrativa alternativa pode ser o começo. Por isso, é função daqueles que entendem como o mercado melhora a vida e o bem-estar de todos ensinar a essas pessoas sobre todos os malefícios do socialismo.

Os custos humanos do socialismo são grandes demais para que tal tarefa seja negligenciada.

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Leia também:

Um breve histórico da Venezuela: da quarta população mais rica do mundo à atual mendicância

O socialismo latino-americano: um grande negócio para os ricos e um pesadelo para os mais pobres

Com as pessoas forçadas a revirarem lixo, o socialismo venezuelano provoca emagrecimento compulsório

Só é socialismo enquanto funciona; quando deixa de funcionar, nunca foi socialismo

O socialismo necessariamente requer métodos brutais para ser implantado

O socialismo venezuelano: pessoas comendo cachorros, saqueando supermercados e morrendo de inanição

A defesa do socialismo é, inescapavelmente, uma apologia da violência

O que a "justiça social" fez com a Venezuela


http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2689



« Última modificação: 10 de Agosto de 2017, 11:26:45 por JJ »

 

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