Ontem no JN, apareceu uma matéria sobre como o SUS está sobrecarregado (mais ainda), porque muitos usuários de planos de saúde perderam os mesmos, seja por demissão ou por não poder pagar.
Quando passei a depender só da aposentadoria, cancelei o plano de saúde que mantinha a 20 anos, mantendo só o de minha esposa, em função da situação dela.
Tinhamos um plano "não regulamentado", que não cobria algumas coisas, mas até o momento só havia sido negada a cobertura de acupuntura. Tanto eu quanto minha esposa fizemos cirurgias e cobriram tudo. O plano não era ruim e barato, tendo em vista os valores normalmente cobrados.
No início do ano, recebi uma circular do plano, para comparecer, para tratar da "adequação" do plano para regulamentado.Fui até lá e fui informado que se tratava de uma normativa da ANS (me mostraram a mesma) e que todos os participantes de planos não regulamentados deveriam fazer essa adequação.
Tudo bem, vamos ver quanto esse brincadeira vai custar. Feitas as contas, a mensalidade do plano de minha esposa "adequado" conforme as regras, passaria de R$ 260,00 para R$ 3.800,00.
Resultado: Ela também passou para o SUS assim como mais de 90% dos usuários desse plano, pelo que o pessoal me informou.
Não é meio contraditório agora se queixarem de sobrecarga do SUS e o ministro defender um modelo de planos de saúde "populares"?