Autor Tópico: Perguntas sobre política, economia e história que não merecem um tópico próprio  (Lida 26565 vezes)

0 Membros e 1 Visitante estão vendo este tópico.

Offline Spencer

  • Nível 28
  • *
  • Mensagens: 1.409
Re:Perguntas sobre política, economia e história que não merecem um tópico próprio
« Resposta #250 Online: 30 de Julho de 2016, 12:19:50 »
Se os nazistas consideravam o Holocausto algo correto, porque se esforçaram tanto para escondê-lo ou até mesmo negá-lo?
Penso que muitas vezes sabemos que algo é bom para nós e não é para os outros.
Que é correto no nosso ponto de vista, pelas circunstâncias que criamos, mas não aceito pelos demais.

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re:Perguntas sobre política, economia e história que não merecem um tópico próprio
« Resposta #251 Online: 01 de Agosto de 2016, 12:20:47 »
Se os nazistas consideravam o Holocausto algo correto, porque se esforçaram tanto para escondê-lo ou até mesmo negá-lo?

Também acho isso curioso, já que de certa forma seria admissão de incompetência :biglol:

O que tenho como explicação é uma combinação de originalmente aparentemente não ter sido algo largamente público, por não ser algo que mesmo os nazistas populares aceitariam universalmente (a própria forma de execução ajuda a distanciar os executores das vítimas, torna mais fácil fazer isso), e, atualmente, também por ser considerado uma atrocidade, permite "trocar de lugar" com as vítimas, que passam a ser os vilões, numa sórdida campanha difamação.

Algo similar acontece com a negação do ataque de 11 de setembro de 2001 ter partido mesmo da Al Qaeda/Talibã.


Citação de: WP
https://en.wikipedia.org/wiki/Responsibility_for_the_Holocaust#The_German_people

The German people
Main article: German collective guilt

[...]
Goldhagen's critics point out that the Nazi Party did not advocate killing the Jews before they came to power, and that therefore even the minority of Germans who voted for the Nazis in elections before 1933 were not voting for a holocaust of the Jews. They point out that the regime went to considerable lengths to conceal the truth about what was being done not only from world opinion but from the German public. The official line that the Jews were being "deported to work in the east" was always maintained, partly to deceive the Jews about the fate that awaited them, but partly also to mislead the German public. In the mid 30's there were even groups of German Jews supporting the Nazi regime, e.g. the Association of German National Jews.
[...]



Vídeo de ações de "denazificação", população alemã sendo forçada a ver os campos de concentração e pilhas de cadáveres:

http://www.criticalpast.com/video/65675054792_concentration-camp_Germans-visit-camps_people-stand-in-line_ashes-of-burnt-prisoners

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re:Perguntas sobre política, economia e história que não merecem um tópico próprio
« Resposta #252 Online: 04 de Agosto de 2016, 19:43:24 »
Cooptando como tópico coringa político-econômico, já que não é pergunta, só um site curioso que encontrei, compara estatísticas sociais médias (acho) dos EUA com outros países. Comparado a Dinamarca, por exemplo:

ERRATA: na verdade não é tão americocêntrico, não. Você pode comparar quaisquer países.

http://www.ifitweremyhome.com/compare/US/DK

Citar
If Denmark were your home instead of The United States you would...

be 17.81% less likely to be unemployed
have 26.72% more free time
be 90.4% less likely to be in prison

make 28.41% less money
consume 51.27% less oil
use 50.55% less electricity
experience 44.89% less of a class divide
be 81.58% less likely to be murdered
spend 29.13% less money on health care
be 33.55% less likely to die in infancy
be 66.67% less likely to have HIV/AIDS

die 0.47 years sooner
have 23.85% fewer babies

"Ter 23.85% menos bebês" soa engraçado. :biglol:


Comparado ao Brazil-zil-zil-zil (de uns anos atrás, antes das sabotagens golpistas):

Citar
If Brazil were your home instead of The United States you would...

die 6.28 years sooner
be 3.1 times more likely to die in infancy
be 7 times more likely to be murdered
make 77.08% less money

be 21.92% less likely to be unemployed
spend 88.12% less money on health care (as you can't afford that much after food and other expenses)
use 81.54% less electricity (since power outages are pretty common)
consume 78.34% less oil (as it's highly diluted in ethanol and water, and overpriced even then)
be 58.6% less likely to be in prison (even if you're a convicted felon)
experience 15.33% more of a class divide
have 9.69% more babies



Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re:Perguntas sobre política, economia e história que não merecem um tópico próprio
« Resposta #253 Online: 23 de Agosto de 2016, 20:32:23 »
Pra quem se interessa sobre o Japão, sua cultura, história e a vida por lá, a NHK tem uma série em inglês chamada BEGIN Japanology, tem bastante videos interessantes espalhados no YouTube. Recomendo.


<a href="https://www.youtube.com/v/jcevJkwZjhY" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/jcevJkwZjhY</a>

Li numa revista Seleções, deve ser dos anos 80, que no Japão:

  • as empresas praticamente não podem demitir empregados (!!!)
  • há muito mais decisões por consenso nas empresas, com algum termo em japonês para essa filosofia (algo relacionado a tomar cuidado para preservar raízes de uma planta que se queira deslocar/plantar noutro lugar)
  • como resultado de ambas, talvez, as empresas são quase como famílias extendidas, com os empregados as vendo mais como parte significativa de suas vidas em vez de mero ganha-pão
  • as pessoas comumente ingressam em empregos logo que saem da escola (dito de forma que sugeria que as empresas fossem mais pró-ativas em fazer essas contratações, não só que as pessoas naturalmente querem trabalhar para se sustentar), e as empresas oferecem moradia, que os empregados habitam até eventualmente comprarem casa própria.
  • as empresas geralmente preferem trocar velocidade de ascenção por estabilidade em longo prazo. Em alguma outra fonte me lembro de ter ouvido dizer que, enquenato empresas americanas fazem planos de longo prazo significando algo como apenas 5-10 anos, as japonesas pensariam em 50, 100 anos.


Em outras fontes, já ouvi falarem sobre tendências "coletivistas" em geral de povos "asiáticos". Essa descrição das coisas acaba sendo de um "capitalismo coletivista", uma outra forma de atender a aspirações do comunismo e simialares.

Isso contrasta muito com conhecimento mais sólido que alguém tenha do país?

Offline André Luiz

  • Nível 38
  • *
  • Mensagens: 3.657
  • Sexo: Masculino
    • Forum base militar
Re:Perguntas sobre política, economia e história que não merecem um tópico próprio
« Resposta #254 Online: 23 de Agosto de 2016, 20:38:03 »
Por falar em perguntas idiotas sobre história.

As hordas mongóis mataram quantos?

Já vi professor dizendo que elas até  alteraram o clima  :hihi:

Offline Dr. Manhattan

  • Moderadores Globais
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.342
  • Sexo: Masculino
  • Malign Hypercognitive since 1973
Re:Perguntas sobre política, economia e história que não merecem um tópico próprio
« Resposta #255 Online: 24 de Agosto de 2016, 13:11:12 »
Por falar em perguntas idiotas sobre história.

As hordas mongóis mataram quantos?

Já vi professor dizendo que elas até  alteraram o clima  :hihi:

Segundo a Wikipedia, foram entre 30 e 40 milhões de mortes, num período de cerca de 160 anos. Curiosamente, no topo da lista, com entre 71 e 90 milhões de mortos, num período de 60 anos está... o tabagismo!
You and I are all as much continuous with the physical universe as a wave is continuous with the ocean.

Alan Watts

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re:Perguntas sobre política, economia e história que não merecem um tópico próprio
« Resposta #256 Online: 24 de Agosto de 2016, 22:46:03 »
Outro elemento da cultura empresarial no Japão, novamente de um (outro) artigo de Seleções, acho que também dos anos 80, relacionado ao de praticamente não demitirem empregados: em função dessas restrições, as empresas tendem a se diversificar mais. Quando cai a demanda para o principal produto, eles não demitem. Em vez disso, atuam em outras áreas, com os mesmos empregados. E mesmo com produção principal em todo vapor, podem diversificar funções como colocar engenheiros e mecânicos como vendedores de porta-em-porta. Isso contrasta um pouco (assim como outros detalhes) com um elemento da outra matéria, que era a busca pr emulação, em copiar o que é bem sucedido em outros países. Já que me parece ser inovação deles. Mas talvez tenham copiado de algum lugar, quem sabe?

Os trabalhadores, em troca dessa segurança de emprego e benefícios, trabalham acho que umas 40 ou 60 horas a mais do que os americanos, mais raramente tirando férias, e por salários mais baixos.


Será que tem muito exagero nessas descrições, ou é algo que mudou muito desde então?

Offline Gauss

  • Nível 40
  • *
  • Mensagens: 4.232
  • Sexo: Masculino
  • A Lua cheia não levanta-se a Noroeste
Re:Perguntas sobre política, economia e história que não merecem um tópico próprio
« Resposta #257 Online: 24 de Agosto de 2016, 23:01:39 »
Qual o impacto que um grande número de funcionários públicos teria para um país? Eu sei que em países como a Suécia (sempre ela, Alive Sverige!) o número de funcionários públicos chega a 30% do mercado. Se esse número chega a mais da metade dos assalariados de um país, haveria algum tipo de anomalia na Economia?
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re:Perguntas sobre política, economia e história que não merecem um tópico próprio
« Resposta #258 Online: 24 de Agosto de 2016, 23:19:42 »
Acho que, de modo geral, quanto mais funcionários públicos, maior à tendência a estarem atuando em coisas que seriam melhor lidadas pelo mercado. E possivelmente tendo com esse uma espécie de "concorrência desleal", em termos de viabilidade financeira, dependendo de como tudo for administrado.

E põe "depende" nisso. Se o Brasil tem menos de 4% de funcionários públicos, colapsaria antes dos 8%, não dá para pensar outra coisa depois daquele vídeo clássico "Suécia: país dos políticos sem mordomia".

Talvez a coisa de modo geral possa ter alguma analogia com conglomerados e cross-holding, em perspectivas mais otimistas. Nas pessimistas, mas acho que não necessariamente exageradas, seria mesmo analogia a comunismo, ainda que provavelmente sempre fosse ter alguma diferença do "verdadeiro" (especialmene se fracassar).

https://en.wikipedia.org/wiki/Keiretsu






Citar
https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_countries_by_public_sector

In the former Eastern Bloc countries, the public sector in 1989 accounted for between 70% to over 90% of total employment.[5] In China a full 100% of employees were employed in the public sector by 1978, the year the Chinese economic reform was launched, after which the rates dropped to 56.4% in 1995, and to 32.8% in 2003.[6]

In the OECD-countries, the average public sector employment rate was 21.3% in 2013.[1]

Código: [Selecionar]
Country OECD (%)[1][2][3] ILO (%)[4] Other estimates (%)
 Cuba 85.2 (2010)
 Kuwait 44.6 (2008) 18.5*[a] (Baldwin-Edwards, 2008)[8]
 Belarus 40.6 (2013) 72.0 (World Bank publication, 2010)[5]
 Seychelles 36.8 (2011)
 Bahamas 33.7 (2009)
 Jordan 33.1 (2004)
 Norway 34.6 (2013) 32.8 (2014)
 Croatia 31.7 (2013)
 Latvia 31.2 (2013) 31.2 (2013)
 Denmark 34.9 (2011) 31.1 (2014)
 Serbia 31.0 (2013)
 Sweden 28.1 (2013) 28.9 (2014)[/quote]




<a href="https://www.youtube.com/v/uj6lRFXC5rA" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/uj6lRFXC5rA</a>

Não vejo muito sentido num "número mágico", dependende fundametalmente do que é feito no investimento, embora deva ser inevitável que a coisa comece a desandar passado um ponto.

Mas em vez de uma curva simples por investimento a realidade deve ser mais como uma "paisagem adaptativa", de acordo com diferentes tipos de investimentos e conjuntura do país:


Offline Lakatos

  • Nível 35
  • *
  • Mensagens: 3.071
  • Sexo: Masculino
Re:Perguntas sobre política, economia e história que não merecem um tópico próprio
« Resposta #259 Online: 25 de Agosto de 2016, 10:19:28 »
Por que essa frescura de não deixarem candidatos de partidos pequenos participarem dos debates na TV? Esse critério de filtrar pela quantidade de parlamentares eleitos por cada coligação não tem pé nem cabeça. No RJ, por exemplo, o Freixo está em segundo lugar nas pesquisas e não pode participar, assim como a Carmen Migueles, do Novo, que teria uma chance de ouro de divulgar o partido a um grande público.

Citação de: Uol
Segundo a nova lei eleitoral, aprovada no ano passado e válida para as eleições municipais deste ano, apenas candidatos de partidos ou coligações com mais de nove deputados federais na Câmara têm presença assegurada nos debates de rádio e TV.

Quem não atinge essa cota precisa que dois terços dos adversários na eleição concordem com a participação nos debates, além de receber o convite das emissoras.

Nem que a emissora queira convidar todo mundo ela pode. Tem que contar com a aprovação dos outros candidatos. Ridículo.
« Última modificação: 25 de Agosto de 2016, 10:21:34 por Lakatos »

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re:Perguntas sobre política, economia e história que não merecem um tópico próprio
« Resposta #260 Online: 25 de Agosto de 2016, 13:44:34 »
Para limitar a exposição dos concorrentes e assim aumentar as chances de manter a hegemonia/oligopólio.






A emissora não pode dizer, "estamos convidando todo mundo, inclusive os pequenos. Os grandes que não concordarem, não precisam vir"?

Há esse poder efetivo sobre o que eles podem fazer?




Offline Gauss

  • Nível 40
  • *
  • Mensagens: 4.232
  • Sexo: Masculino
  • A Lua cheia não levanta-se a Noroeste
Re:Perguntas sobre política, economia e história que não merecem um tópico próprio
« Resposta #261 Online: 25 de Agosto de 2016, 14:59:41 »
Não  seria uma violação a liberdade de imprensa?
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline Gauss

  • Nível 40
  • *
  • Mensagens: 4.232
  • Sexo: Masculino
  • A Lua cheia não levanta-se a Noroeste
Re:Perguntas sobre política, economia e história que não merecem um tópico próprio
« Resposta #262 Online: 25 de Agosto de 2016, 21:08:10 »
Por que essa frescura de não deixarem candidatos de partidos pequenos participarem dos debates na TV? Esse critério de filtrar pela quantidade de parlamentares eleitos por cada coligação não tem pé nem cabeça. No RJ, por exemplo, o Freixo está em segundo lugar nas pesquisas e não pode participar, assim como a Carmen Migueles, do Novo, que teria uma chance de ouro de divulgar o partido a um grande público.

Citação de: Uol
Segundo a nova lei eleitoral, aprovada no ano passado e válida para as eleições municipais deste ano, apenas candidatos de partidos ou coligações com mais de nove deputados federais na Câmara têm presença assegurada nos debates de rádio e TV.

Quem não atinge essa cota precisa que dois terços dos adversários na eleição concordem com a participação nos debates, além de receber o convite das emissoras.

Nem que a emissora queira convidar todo mundo ela pode. Tem que contar com a aprovação dos outros candidatos. Ridículo.

Citar
STF libera emissoras para convidar nanicos para debates
Minirreforma eleitoral só autorizava a presença de candidatos nanicos com o aval dos demais concorrentes
Em julgamento nesta quinta-feira, a maioria do plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que as emissoras de rádio e televisão podem convidar candidatos de partidos nanicos para participar de debates eleitorais, mesmo que sua presença contrarie os demais concorrentes.

A minirreforma eleitoral sancionada em setembro de 2015 pela presidente Dilma Rousseff previa inicialmente que as emissoras eram obrigadas a chamar para os debates candidatos cujos partidos tivessem pelo menos dez deputados federais na Câmara. A legislação também permitia a presença dos nanicos nos debates, desde que 2/3 dos candidatos aptos concordassem com a participação. A regra prejudicava siglas como o PSOL, que, embora possua uma bancada de apenas seis deputados federais, tem candidatos competitivos nas disputas de Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo – respectivamente, Luciana Genro, Marcelo Freixo e Luiza Erundina.

Pelo novo entendimento do STF, caberá às emissoras de rádio e televisão decidir sobre a presença dos candidatos de partidos menos representativos na Câmara nos debates, não cabendo poder de veto aos demais concorrentes.

Ao todo, o Supremo analisou cinco ações diretas de inconstitucionalidade protocoladas por partidos como o PSOL, Solidariedade e PRTB. Uma delas foi movida pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), que questionava o artigo da lei que permitia o veto a candidatos cuja sigla não preenchesse o requisito.

Na sessão, iniciada e interrompida ontem, foram vencidos os votos dos ministros Ricardo Lewandowski, Rosa Weber e Teori Zavascki. Celso de Mello e Marco Aurélio Mello tiveram os votos parcialmente vencidos e os demais ministros decidiram favoravelmente à participação dos nanicos nos debates. “Sem as minorias não podemos falar em democracia, sem terem voz as minorias não se tem democracia”, afirmou Marco Aurélio.

“Uma eleição sem igualdade mínima entre os candidatos não atende aos anseios do Estado Democrático de Direito”, disse o ministro Celso de Mello. “As ideias, inclusive aquelas emanadas das correntes minoritárias, podem ser fecundas, transformadoras ou até mesmo subversivas, provocando mudanças, superando imobilismos e rompendo paradigmas”, completou o decano do Supremo.

Uma das vozes dissonantes da decisão, o ministro Teori Zavascki argumentou que a legislação não é “absolutamente incompatível com a Constituição”. “Embora se deva reconhecer que a lei cria situações de desigualdade até injustificáveis sob certo aspecto, nós estamos todos aqui muito influenciados com as pesquisas no Rio de Janeiro e em São Paulo. É evidente a preocupação com Rio, SP, mas não podemos esquecer que é uma regra nacional. Quem é que definiria os outros? Se não é o 2/3 (dos candidatos aptos)? É a emissora. Será esse um critério democrático? Não temos uma solução perfeita em nenhuma situação”, questionou Teori.
http://veja.abril.com.br/politica/supremo-decide-que-emissoras-devem-definir-candidatos-em-debates/
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline Lakatos

  • Nível 35
  • *
  • Mensagens: 3.071
  • Sexo: Masculino
Re:Perguntas sobre política, economia e história que não merecem um tópico próprio
« Resposta #263 Online: 26 de Agosto de 2016, 03:30:42 »
Já tinha passado da hora de o STF barrar isso. É surreal o fato de ter sido aprovado e sancionado.

Offline Johnny Cash

  • Nível 40
  • *
  • Mensagens: 4.936
Re:Perguntas sobre política, economia e história que não merecem um tópico próprio
« Resposta #264 Online: 26 de Agosto de 2016, 09:03:09 »
Não acho surreal.

Acharia surreal se as coisas fossem feitas com sensatez e que levassem numa direção de "desapego ao poder", dando realmente igualdade de oportunidades de exposição de ideias aos concorrentes para o povo.

O esperado, frente a qualquer coisa promovida pelos nossos agentes públicos de qualquer esfera, é o bizarro, jamais o sensato.

Offline Gauss

  • Nível 40
  • *
  • Mensagens: 4.232
  • Sexo: Masculino
  • A Lua cheia não levanta-se a Noroeste
Re:Perguntas sobre política, economia e história que não merecem um tópico próprio
« Resposta #265 Online: 29 de Agosto de 2016, 10:51:34 »
A Escola Keynesiana pode ser considerada uma escola de Economia Ortodoxa? Ou seria assim como a Escola Austríaca e Marxista uma escola marginal, ou seja, Heterodoxa?
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline Lakatos

  • Nível 35
  • *
  • Mensagens: 3.071
  • Sexo: Masculino
Re:Perguntas sobre política, economia e história que não merecem um tópico próprio
« Resposta #266 Online: 29 de Agosto de 2016, 11:26:20 »
A Escola Keynesiana pode ser considerada uma escola de Economia Ortodoxa? Ou seria assim como a Escola Austríaca e Marxista uma escola marginal, ou seja, Heterodoxa?

Acho que keynesianismo estrito é heterodoxo na visão da maioria dos economistas, embora haja elementos keynesianos aceitos no seio da ortodoxia, gerando o que se chama de "síntese neoclássica".

Na verdade aqui no Brasil tendemos a superestimar essa dicotomia entre ortodoxia e heterodoxia. Na pesquisa acadêmica de ponta dos países desenvolvidos, as escolas heterodoxas são solenemente ignoradas.

Offline Gauss

  • Nível 40
  • *
  • Mensagens: 4.232
  • Sexo: Masculino
  • A Lua cheia não levanta-se a Noroeste
Re:Perguntas sobre política, economia e história que não merecem um tópico próprio
« Resposta #267 Online: 29 de Agosto de 2016, 12:31:38 »
Na verdade aqui no Brasil tendemos a superestimar essa dicotomia entre ortodoxia e heterodoxia. Na pesquisa acadêmica de ponta dos países desenvolvidos, as escolas heterodoxas são solenemente ignoradas.

Um amigo meu que é economista disse isso uma vez. Ele disse que na faculdade ele não aprendeu nada dessas escolas devido ao extremismo que elas geralmente apresentam e a sua irrelevância em estudos sérios.
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline Lakatos

  • Nível 35
  • *
  • Mensagens: 3.071
  • Sexo: Masculino
Re:Perguntas sobre política, economia e história que não merecem um tópico próprio
« Resposta #268 Online: 29 de Agosto de 2016, 13:23:00 »
Na verdade aqui no Brasil tendemos a superestimar essa dicotomia entre ortodoxia e heterodoxia. Na pesquisa acadêmica de ponta dos países desenvolvidos, as escolas heterodoxas são solenemente ignoradas.

Um amigo meu que é economista disse isso uma vez. Ele disse que na faculdade ele não aprendeu nada dessas escolas devido ao extremismo que elas geralmente apresentam e a sua irrelevância em estudos sérios.

Não apenas isso. As revistas onde publicam também estão longe das melhores em indicadores internacionais de qualidade e os pesquisadores fazem pouco intercâmbio intelectual com a economia mainstream, fechando-se mais em círculos e publicações especializadas em suas escolas. Marxistas escrevem em publicações marxistas, que são discutidas e avaliadas por marxistas etc. O mesmo para as outras escolas.
« Última modificação: 29 de Agosto de 2016, 13:25:14 por Lakatos »

Offline Gauss

  • Nível 40
  • *
  • Mensagens: 4.232
  • Sexo: Masculino
  • A Lua cheia não levanta-se a Noroeste
Re:Perguntas sobre política, economia e história que não merecem um tópico próprio
« Resposta #269 Online: 29 de Agosto de 2016, 13:26:45 »
Não apenas isso. As revistas onde publicam também estão longe das melhores em indicadores internacionais de qualidade e os pesquisadores fazem pouco intercâmbio intelectual com a economia mainstream, fechando-se mais em círculos e publicações especializadas em suas escolas. Marxistas escrevem em publicações marxistas, que são discutidas e avaliadas por marxistas etc. O mesmo para as outras escolas.
O legal é que o discurso muitas vezes é sempre o mesmo: "A economia mainstream malvadona tenta esconder/não sabe a resposta/mente, mas a solução  é simples..."
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline Lakatos

  • Nível 35
  • *
  • Mensagens: 3.071
  • Sexo: Masculino
Re:Perguntas sobre política, economia e história que não merecem um tópico próprio
« Resposta #270 Online: 29 de Agosto de 2016, 13:42:02 »
Não apenas isso. As revistas onde publicam também estão longe das melhores em indicadores internacionais de qualidade e os pesquisadores fazem pouco intercâmbio intelectual com a economia mainstream, fechando-se mais em círculos e publicações especializadas em suas escolas. Marxistas escrevem em publicações marxistas, que são discutidas e avaliadas por marxistas etc. O mesmo para as outras escolas.
O legal é que o discurso muitas vezes é sempre o mesmo: "A economia mainstream malvadona tenta esconder/não sabe a resposta/mente, mas a solução  é simples..."

Geralmente a alegação é de que as publicações mais relevantes têm algum tipo de preconceito editorial com as escolas heterodoxas. O mais provável é que seja apenas o peer review funcionando como deve funcionar.

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re:Perguntas sobre política, economia e história que não merecem um tópico próprio
« Resposta #271 Online: 06 de Setembro de 2016, 16:37:30 »
Já houve tentativa em algum lugar do mundo de um esquema de taxação que fosse aumentando a desoneração conforme a empresa mais emprega?

Talvez especialmente interessante com empregados de baixa qualificação, mas parece interessante de modo geral.

Não estou "propondo" isso, não me venham com perguntas sobre como exatamente seria feito, só me ocorreu essa possibilidade absolutamente vaga, e, 999 em 1000 vezes sempre que eu penso em alguma coisa desse tipo, acho já pensaram antes, talvez tenha existido, ou no mínimo serve de exemplo de idéias idiotas em livros-textos que abordem o tema.

Skorpios

  • Visitante
Re:Perguntas sobre política, economia e história que não merecem um tópico próprio
« Resposta #272 Online: 06 de Setembro de 2016, 16:58:06 »
Alguma coisa no sentido das desonerações do governo Dilma para setores da economia?

Offline Buckaroo Banzai

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 38.735
  • Sexo: Masculino
Re:Perguntas sobre política, economia e história que não merecem um tópico próprio
« Resposta #273 Online: 06 de Setembro de 2016, 17:14:59 »
Não sei. Se o efeito estimado fosse na direção de, "quanto mais empregam, mais desonerados são", sim.

Mas acho que era algo sem esse aspecto "progressivo", ao mesmo tempo em que mudava a oneração de um lugar para outro, que imagino que possa dar no mesmo.

Skorpios

  • Visitante
Re:Perguntas sobre política, economia e história que não merecem um tópico próprio
« Resposta #274 Online: 07 de Setembro de 2016, 07:51:52 »
Ontem no JN, apareceu uma matéria sobre como o SUS está sobrecarregado (mais ainda), porque muitos usuários de planos de saúde perderam os mesmos, seja por demissão ou por não poder pagar.

Quando passei a depender só da aposentadoria, cancelei o plano de saúde que mantinha a 20 anos, mantendo só o de minha esposa, em função da situação dela.

Tinhamos um plano "não regulamentado", que não cobria algumas coisas, mas até o momento só havia sido negada a cobertura de acupuntura. Tanto eu quanto minha esposa fizemos cirurgias e cobriram tudo. O plano não era ruim e barato, tendo em vista os valores normalmente cobrados.

No início do ano, recebi uma circular do plano, para comparecer, para tratar da "adequação" do plano para regulamentado.Fui até lá e fui informado que se tratava de uma normativa da ANS (me mostraram a mesma) e que todos os participantes de planos não regulamentados deveriam fazer essa adequação.

Tudo bem, vamos ver quanto esse brincadeira vai custar. Feitas as contas, a mensalidade do plano de minha esposa "adequado" conforme as regras, passaria de R$ 260,00 para R$ 3.800,00.

Resultado: Ela também passou para o SUS assim como mais de 90% dos usuários desse plano, pelo que o pessoal me informou.

Não é meio contraditório agora se queixarem de sobrecarga do SUS e o ministro defender um modelo de planos de saúde "populares"?


 

Do NOT follow this link or you will be banned from the site!