Podem torcer o nariz quanto for, governo petista (pelo menos o do Lula) nao foi, mas houve melhoria em questões como: Surgimento da nova classe media, Quitação da divida externa, redução da fome (que os governos ditos libertários ou conservadores não "conseguiram", ou não "quiseram/importaram"), etc.
Você consegue me dizer quais foram as atitudes tomadas pelo governo Lula que resolveram essas questões e de que maneira isso difere do que vinha sendo feito no governo FHC?
So pra citar exemplos ta aí graficos abaixo.
Se pesquisar acha tambem, pra pesquisar coisa que lhe convem pessoal acha facil, mas quando é contrario ao proprio interesse ai faz perguntas como voce fez, em vez de ir lá coferir, pra ver se eu caio em alguma armadilha e nao saiba contra-argumentar. O que vejo aqui é muitas falácias contra a dita esquerda (no caso o PT especificamente) só porque não simpaztizam.. Aquela historia
"Se nao gosto de algo só vou reparar nos defeitos e ignorar as qualidades".
Ja vi ate xingamento, falacia do espantalho aqui contra PT, agora agir de forma racional nao vejo nesse momento. parece mais uma torcida de time de futebol falando mal da outra porque nao gosta do outro time. Frases do tipo
"o PT é corrupto" (como se não houvesse corruptos em todos partidos, inclusive nos que voces votam ou acham melhor), etc., nao passa de espantalho pra denegrir imagem dos outros.
https://alopresidentabr.wordpress.com/gov-lula-x-gov-fhcCONFRONTO DE NÚMEROS Comparação de 100 indicadores vê diferenças entre governos Lula e FHC Por Maurício Dias O governo Lula é melhor do que o governo de Fernando Henrique Cardoso? Parece que sim, para 48% da população brasileira, conforme mostrou o Ibope divulgado em 17 de junho. A série histórica da pesquisa – encomendada desde setembro de 2003 pela Confederação Nacional da Indústria – indica que esse resultado positivo não é uma situação ocasional registrada agora, quando Lula atravessa, por sinal, uma tormenta política. A vantagem do governo petista sobre o tucano tem sido freqüente. Já foi maior (55% em setembro de 2003) e menor do que agora (em junho de 2004 baixou para 42%). Seria essa uma percepção positiva advinda de falsos milagres atribuídos aos marqueteiros? Afinal, Lula tem usado bastante a publicidade para anunciar alguns de seus feitos administrativos. Parece que não, a julgar pela comparação de 100 indicadores de desempenho governamental medidos nos dois primeiros anos dos dois governos. Nesse confronto direto – Lula vs. FHC – a vitória do petista sobre o tucano é incontestável. Assim, os números sustentam o retrato feito pelas pesquisas. “Nos 100 indicadores de desempenho, os dois primeiros anos do governo Lula bateram os do primeiro biênio FHC em 56 deles, contra 44 médias de FHC superiores às de Lula”, afirma o cientista político Wanderley Guilherme dos Santos, em texto publicado na revista Insight Inteligência, que, por mala direta, circulará a partir da terça-feira 28 para um seleto número de autoridades, políticos e intelectuais.
O objetivo de Wanderley Guilherme dos Santos é o de oferecer um cardápio capaz de atiçar um debate que vá além das suposições feitas até agora. Estabelecida a comparação entre as variações dos dois primeiros anos do governo Lula – a fase que já possui séries completas – com as variações dos dois anos do primeiro e do segundo mandato de FHC, surge o governo que apresenta os melhores resultados. A consolidação dos indicadores em três categorias – “economia”, “produção” e “social” – pode ser o começo de uma reflexão sobre “qual tem sido o melhor governo”. Não havia, até então, um conjunto de informações tão grande como o que foi reunido por ele. Os números permitirão um julgamento mais consistente dos dois governos. Um que já acabou (FHC) e outro ainda em andamento.
Para Wanderley Guilherme, o resultado tira o argumento martelado pelas vozes de oposição: “É falsa a propaganda de que a gestão do atual governo inexiste ou é inepta”, disse ele a CartaCapital.
Wanderley Guilherme não entra na avaliação das políticas executadas, que, em alguns casos, são iguais ou bastante próximas. Ele convoca os “sérios investigadores” a imaginar e a pesquisar as razões pelas quais “o desempenho do primeiro biênio do governo Luiz Inácio Lula da Silva foi largamente superior ao desempenho dos dois mandatos da era FHC nos dois biênios considerados”.
Os resultados da pesquisa Ibope guardam uma relação expressiva com os indicadores. No ranking do instituto, a sondagem de junho mostra que o governo tem maus resultados no capítulo do “combate ao desemprego”. Para o Ibope, “as menções a esse tema, que chegaram a 17% em março, a melhor posição no ranking desde o início do governo, recuaram para 13%”. Há um crescimento na desaprovação quanto ao combate ao desemprego. Ou seja, uma condenação implícita à política de juros altos, considerada pelos especialistas como o principal entrave ao “espetáculo do crescimento”.
Isso está refletido na planilha dos indicadores sociais e pesa contra Lula. A pesquisa confronta indicadores de todo tipo, desde dados de desemprego e concessão de crédito até mesmo consumo de carne. Na rubrica “desemprego aberto”, o governo de Fernando Henrique supera o de Lula nos dois biênios. FHC ganha também no consumo de carne e há um empate no indicador “Operações de crédito do sistema financeiro – Habitação”, considerada a média dos três biênios. O governo tucano foi melhor, igualmente, na manutenção do salário mínimo real.
O governo Lula tem nítida vantagem sobre o “salário real médio – indústria”, no preço do pão francês e no preço do botijão de gás. Assim como vence, na média dos biênios, em relação ao número de famílias assentadas e no custo da cesta básica. Ao final, consideradas as 16 rubricas sociais da planilha, o governo Lula supera o de FHC por 10 a 6 (quadro Melhores Indicadores por Gestão – consolidado).
Na categoria “economia” – em cima de uma política herdada de FHC –, a administração Lula é melhor na balança comercial, em bens de capital, na contribuição da formação bruta de capital fixo para as riquezas do País (o Produto Interno Bruto, PIB). O governo do PT leva vantagem sobre o do PSDB na diminuição da dívida interna e, por conseqüência, na relação da dívida líquida com o PIB. É melhor, na média, o desempenho de Lula na redução da dívida externa. Os tucanos estão melhores na arrecadação de IPI. Lula vence na diminuição dos índices de inflação.
No capítulo da “produção”, a taxa de juros de longo prazo (TJLP) favorece Fernando Henrique Cardoso. Mas a Taxa Selic favorece o petista. O governo FHC foi melhor na “produção física – bebidas” e nas vendas de máquinas agrícolas. Lula ganha na produção de caminhões e em “máquinas e equipamentos”.
No confronto dos dois primeiros anos de Lula com os dois primeiros do segundo biênio de FHC, a vantagem de Lula aumenta para 59 resultados favoráveis, em 100, contra 40 de FHC, sobrando um empate, analisa Wanderley Guilherme. Na média geral, segundo ele, o desempenho dos dois primeiros anos de Lula é superior ao dos dois mandatos de FHC em 64 dos 100 indicadores comparados.
Há duas semanas, em entrevista a CartaCapital , Wanderley Guilherme dos Santos denunciou a possibilidade de um “golpe branco”, pretendido por adversários de Lula, e que seria apoiado pelos tucanos, em particular. Hoje, o cientista político revê parte de sua posição – acha que o ímpeto golpista foi amainado –, mas não deixa de fazer blague, ao considerar o resultado comparativo dos números, a popularidade que Lula ainda mantém e a eleição presidencial de 2006: “Esses números explicam as razões do golpe”
Dívida pública e PIB
Dando sequência a comparação dos governos Lula e FHC, o assunto de mais um post dessa série é a verificação da variação anual do Produto Interno Bruto e a evolução da relação dívida/PIB desde 1995. Para não ser acusado de inchar o resultado do presidente Lula, estou acrecentando a estimativa de variação do PIB no ano de 2009, com a perspectiva mais pessimista que é a do mercado, com contração de 0,23% em relação ao ano anterior. Podería também usar as perspectivas de variação do PIB para 2010, que tanto o Banco Central quanto o mercado financeiro projetaram para 5%, mas novamente para evitar desqualificações, para efeitos de variação do PIB vão ser usados os índices oficiais de 1995 a 2008 e a estimativa de mercado para 2009. (CLIQUE NAS IMAGENS PARA VER COM MELHOR RESOLUÇÃO)
O gráfico mostra como o país cresceu de maneira pífia no período FHC, com dois momentos claros de estagnação entre 1998 e 1999 e entre 2000 e 2002. Em oito anos de governo, seis deles tiveram crescimento abaixo dos 3% e a média aritmética da variação do PIB nos oito anos de governo FHC é de 2,29%, o que significa que ficamos quase uma década sem sair do lugar, sem crescer o suficiente para gerar emprego para tantos brasileiros que chegavam ao mercado de Trabalho. No governo Lula a trajetória de crescimento do país foi retomada, e com exceção do primeiro ano de governo, contaminado pela crise herdada do governo anterior, e o ano de 2009, que foi de uma das maiores crises financeiras da história, nos outros anos o país mostrou vigor de crescimento não visto desde a década de 70, durante o chamado “milagre brasileiro”. Em três dos 7 anos avaliados o país apresentou variação de PIB superior a 5% (não visto em nenhum momento do governo FHC), alcançou a média de 3,47% de acréscimo do PIB ao ano, em um aumento de 52% em relação ao período anterior, e essa média certamente vai ser aumentada esse ano, pois todas as previsões do PIB apontam para crescimento de ao menos 5%.
Evolução temporal da relação Dívida Pública/PIB
Evolução temporal da relação Dívida Pública/PIB
O gráfico acima mostra a evolução da relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB, que é um indicador que mostra a capacidade que um país tem de manter sua dívida pública sob controle, e quanto menor for essa relação mais saudável e vigorosa é uma economia e a confiança do mercado na capacidade desse país de pagar suas dívidas. O gráfico é inequívoco e fala por si só, o clássico “telhadinho de casa” que evidencia que a relação dívida pública só aumentou no governo FHC, saíndo de aproximadamente 30% no início de mandato e elevando até valores astrônomicos superiores a 50% (com pico de 56% em setembro de 2002), em um aumento de incríveis 72%. Já no período Lula a trajetória inverteu, e só sofreu um pequeno aumento do final de 2008 até o ano passado por causa da crise, mas de qualquer forma sendo reduzida de 50% para os 44,78% de outubro de 2009, último mês avaliado nesse estudo. O decréscimo da relação dívida/PIB foi de 11% nos 7 anos de governo Lula.
Resumindo:
FHC LULA
Média Crescimento PIB 2,29% 3,47%*
Evolução Relação Dívida/PIB 29,35% – 50,47%
+ 72% 50,47% – 44,78%**
– 11%
* Média aritmética dos anos 2002 e 2009, levando em consideração estimativa do mercado para 2009, e sem considerar a de 2010.
** Com base na relação dívida pública de Outubro de 2009 (última aferição observada).
FONTE: todos os dados são referentes ao BC-DEPEC do Banco Central do Brasil e compilados pelo Conselho Regional de Economia de São Paulo.