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Dos possíveis candidatos à Presidência, em qual você vai votar?

Aécio Neves
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Bolsonaro
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Dilma
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Eduardo Campos
8 (10.7%)
Randolfe Rodrigues
1 (1.3%)
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4 (5.3%)

Votos Totais: 72

Autor Tópico: Eleições 2014  (Lida 126808 vezes)

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Offline Dr. Manhattan

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Re:Eleições 2014
« Resposta #1050 Online: 04 de Junho de 2014, 13:07:55 »
O problema não é isso, o problema é que a estratégia deles consiste em tomar terras produtivas para depois revendê-las. Tipo o cara que quebra a janela e depois cobra para concertar. Quem deve decidir se a terra é preciosa demais é o livre mercado, não você ou o governo. É algo que facilmente seria corrigido com o amplo acesso a armas pela população, mas um povo armado é o maior medo de qualquer governo.
"A única coisa estratégica é a comida" - Margareth Thatcher

Precisamos comer, portanto a terra tem que produzir, quer dê lucro ou não, quer interesse ao mercado ou não.
No momento, está na mão do mercado e está funcionando, mas, se for preciso, numa crise, o governo deve ajudar os agricultores.

O povo armado será apenas massa de manobra nas mãos de canalhas.
Essa é a receita para o desastre, o controle direto da produção de alimentos é o último passo para se virar um país comunista. Se os governos ricos forem seguir essa mentalidade, veremos um desperdício de alimentos como nunca antes visto na história deste planeta.

Será? Nos países ricos a concentração de terra é tão grande como no Brasil? Quanto da agricultura familiar é responsável pela segurança alimentar deles?

Segundo li, baseado em dados da FAO, nos EUA eh 84%, enquanto no Brasil chega a 70%:

Citar
Além disso, a agricultura familiar é responsável por grande parte dos alimentos produzidos no mundo. Nos Estados Unidos, 84% de toda a produção vêm do setor agrícola familiar. Estima-se que no Brasil esse setor emprega cerca de dez milhões de pessoas e produz 70% dos alimentos consumidos no mercado interno. No entanto, é no campo que persiste o trabalho infantil, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT). São 98 milhões de crianças e adolescentes em atividades agrícolas no mundo todo. Já no Brasil, são 1,3 milhão de crianças trabalhando na agricultura familiar, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) de 2011. A cifra corresponde a mais de um terço de todo o trabalho infantil no país.

fonte: http://www.promenino.org.br/noticias/notas/agricultura-familiar-e-tema-de-concurso-de-desenho-da-fao

Segundo os criterios do parcus, os EUA sao um pais comunista. :)
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Alan Watts

Offline Cumpadi

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Re:Eleições 2014
« Resposta #1051 Online: 04 de Junho de 2014, 13:21:32 »
Essa é a receita para o desastre, o controle direto da produção de alimentos é o último passo para se virar um país comunista. Se os governos ricos forem seguir essa mentalidade, veremos um desperdício de alimentos como nunca antes visto na história deste planeta.
Vou corrigir meu post, será um desperdício monumental de recursos a intervenção governamental, mesmo em momentos de crise. A alta no preço dos alimentos em momento de crise é incentivo mais que adequado para o aumento da produção.
http://tomwoods.com . Venezuela, pode ir que estamos logo atrás.

Offline Barata Tenno

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Re:Eleições 2014
« Resposta #1052 Online: 04 de Junho de 2014, 14:20:57 »
Tudo funciona perfeitamente em utopialand.
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Offline _Juca_

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Re:Eleições 2014
« Resposta #1053 Online: 04 de Junho de 2014, 17:47:32 »
Essa é a receita para o desastre, o controle direto da produção de alimentos é o último passo para se virar um país comunista. Se os governos ricos forem seguir essa mentalidade, veremos um desperdício de alimentos como nunca antes visto na história deste planeta.
Vou corrigir meu post, será um desperdício monumental de recursos a intervenção governamental, mesmo em momentos de crise. A alta no preço dos alimentos em momento de crise é incentivo mais que adequado para o aumento da produção.

E para os mais pobres passarem fome.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Eleições 2014
« Resposta #1054 Online: 04 de Junho de 2014, 19:30:56 »
Essa é a receita para o desastre, o controle direto da produção de alimentos é o último passo para se virar um país comunista. Se os governos ricos forem seguir essa mentalidade, veremos um desperdício de alimentos como nunca antes visto na história deste planeta.
Vou corrigir meu post, será um desperdício monumental de recursos a intervenção governamental, mesmo em momentos de crise. A alta no preço dos alimentos em momento de crise é incentivo mais que adequado para o aumento da produção.

E para os mais pobres passarem fome.

A venda tem que cobrir os custos de produção, caso contrário os produtores quebram e os pobres passarão mais fome ainda

Lá na Venezuela já estão assaltando gente que sai dos supermercados estatais para levar os alimentos que compraram.

http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/venezuela-crise-e-escassez-fazem-roubos-de-alimentos-dispararem

Tem notícias assim em outras fontes tb.



« Última modificação: 04 de Junho de 2014, 19:35:35 por Arcanjo Lúcifer »

Offline Jurubeba

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Re:Eleições 2014
« Resposta #1055 Online: 04 de Junho de 2014, 22:12:28 »
Veja bem, não é campanha política  :hihi: , já declarei meu voto.

Acredito que muitos aqui concordarão comigo se eu afirmar que a retórica, a simpatia e a empatia (iria usar a expressão magnetismo pessoal, mas lembrei que estou entre céticos  :biglol:) fazem grande diferença em uma campanha eleitoral, principalmente na hora de conquistar o voto do indeciso.

Nesse quesito sou obrigado a admitir que o Aécio Neves tem uma grande arma. Não tem comparação com a Dilma.

Uma amostra para considerações:

<a href="https://www.youtube.com/v/30QQjRFP3VI" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/30QQjRFP3VI</a>

Saudações

Offline Diegojaf

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Re:Eleições 2014
« Resposta #1056 Online: 05 de Junho de 2014, 06:35:08 »
O problema não é isso, o problema é que a estratégia deles consiste em tomar terras produtivas para depois revendê-las. Tipo o cara que quebra a janela e depois cobra para concertar. Quem deve decidir se a terra é preciosa demais é o livre mercado, não você ou o governo. É algo que facilmente seria corrigido com o amplo acesso a armas pela população, mas um povo armado é o maior medo de qualquer governo.
"A única coisa estratégica é a comida" - Margareth Thatcher

Precisamos comer, portanto a terra tem que produzir, quer dê lucro ou não, quer interesse ao mercado ou não.
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De novo a falácia da agricultura familiar?
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline _Juca_

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Re:Eleições 2014
« Resposta #1057 Online: 05 de Junho de 2014, 08:34:26 »
O problema não é isso, o problema é que a estratégia deles consiste em tomar terras produtivas para depois revendê-las. Tipo o cara que quebra a janela e depois cobra para concertar. Quem deve decidir se a terra é preciosa demais é o livre mercado, não você ou o governo. É algo que facilmente seria corrigido com o amplo acesso a armas pela população, mas um povo armado é o maior medo de qualquer governo.
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Precisamos comer, portanto a terra tem que produzir, quer dê lucro ou não, quer interesse ao mercado ou não.
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Será? Nos países ricos a concentração de terra é tão grande como no Brasil? Quanto da agricultura familiar é responsável pela segurança alimentar deles?

De novo a falácia da agricultura familiar?

Refresque minha memória.

Offline Geotecton

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Re:Eleições 2014
« Resposta #1058 Online: 05 de Junho de 2014, 09:09:22 »
O problema não é isso, o problema é que a estratégia deles consiste em tomar terras produtivas para depois revendê-las. Tipo o cara que quebra a janela e depois cobra para concertar. Quem deve decidir se a terra é preciosa demais é o livre mercado, não você ou o governo. É algo que facilmente seria corrigido com o amplo acesso a armas pela população, mas um povo armado é o maior medo de qualquer governo.
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Precisamos comer, portanto a terra tem que produzir, quer dê lucro ou não, quer interesse ao mercado ou não.
No momento, está na mão do mercado e está funcionando, mas, se for preciso, numa crise, o governo deve ajudar os agricultores.

O povo armado será apenas massa de manobra nas mãos de canalhas.
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Será? Nos países ricos a concentração de terra é tão grande como no Brasil? Quanto da agricultura familiar é responsável pela segurança alimentar deles?

O que é que você chama de "agricultura familiar"?
Foto USGS

Offline _Juca_

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Re:Eleições 2014
« Resposta #1059 Online: 05 de Junho de 2014, 09:26:39 »
O problema não é isso, o problema é que a estratégia deles consiste em tomar terras produtivas para depois revendê-las. Tipo o cara que quebra a janela e depois cobra para concertar. Quem deve decidir se a terra é preciosa demais é o livre mercado, não você ou o governo. É algo que facilmente seria corrigido com o amplo acesso a armas pela população, mas um povo armado é o maior medo de qualquer governo.
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Precisamos comer, portanto a terra tem que produzir, quer dê lucro ou não, quer interesse ao mercado ou não.
No momento, está na mão do mercado e está funcionando, mas, se for preciso, numa crise, o governo deve ajudar os agricultores.

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Será? Nos países ricos a concentração de terra é tão grande como no Brasil? Quanto da agricultura familiar é responsável pela segurança alimentar deles?

O que é que você chama de "agricultura familiar"?

Basicamente pequenos e médios agricultores que trabalham a própria produção.

Offline Diegojaf

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Re:Eleições 2014
« Resposta #1060 Online: 05 de Junho de 2014, 09:28:57 »
O problema não é isso, o problema é que a estratégia deles consiste em tomar terras produtivas para depois revendê-las. Tipo o cara que quebra a janela e depois cobra para concertar. Quem deve decidir se a terra é preciosa demais é o livre mercado, não você ou o governo. É algo que facilmente seria corrigido com o amplo acesso a armas pela população, mas um povo armado é o maior medo de qualquer governo.
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Precisamos comer, portanto a terra tem que produzir, quer dê lucro ou não, quer interesse ao mercado ou não.
No momento, está na mão do mercado e está funcionando, mas, se for preciso, numa crise, o governo deve ajudar os agricultores.

O povo armado será apenas massa de manobra nas mãos de canalhas.
Essa é a receita para o desastre, o controle direto da produção de alimentos é o último passo para se virar um país comunista. Se os governos ricos forem seguir essa mentalidade, veremos um desperdício de alimentos como nunca antes visto na história deste planeta.

Será? Nos países ricos a concentração de terra é tão grande como no Brasil? Quanto da agricultura familiar é responsável pela segurança alimentar deles?

De novo a falácia da agricultura familiar?

Refresque minha memória.

Citar
"É decisiva para a formação do conceito de agricultura familiar a divulgação do estudo
realizado no âmbito de um convênio de cooperação técnica entre a Organização das Nações
Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária (INCRA). O estudo define agricultura familiar “[...] a partir de três características centrais:
a) a gestão da unidade produtiva e os investimentos nela realizados são feitos por indivíduos que
mantém entre si laços de sangue ou casamento; b) a maior parte do trabalho é igualmente
fornecida pelos membros da família; c) a propriedade dos meios de produção (embora nem
sempre da terra) pertence à família e é em seu interior que se realiza sua transmissão em caso de
falecimento ou aposentadoria dos responsáveis pela unidade produtiva” (INCRA/FAO, 1996: 4)."

Ao lado das classificações acadêmicas, surge a delimitação formal do conceito de
agricultor familiar, prevista na Lei 11.326, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo
presidente da República em 24 de julho de 2006. Esta lei considera “[...] agricultor familiar e
empreendedor familiar rural aquele que pratica atividades no meio rural, atendendo,
simultaneamente, aos seguintes requisitos: I - não detenha, a qualquer título, área maior do que 4
(quatro) módulos fiscais; II - utilize predominantemente mão-de-obra da própria família nas
atividades econômicas do seu estabelecimento ou empreendimento; III - tenha renda familiar
predominantemente originada de atividades econômicas vinculadas ao próprio estabelecimento ou
empreendimento; IV - dirija seu estabelecimento ou empreendimento com sua família” (Brasil,
2006). Tendo em conta o atendimento de tais requisitos, inclui ainda “[...] silvicultores que cultivem
florestas nativas ou exóticas e que promovam o manejo sustentável daqueles ambientes; [...]
15 aqüicultores que explorem reservatórios hídricos com superfície total de até 2 ha (dois hectares)
ou ocupem até 500m³ (quinhentos metros cúbicos) de água, quando a exploração se efetivar em
tanques-rede; [...] extrativistas pescadores que exerçam essa atividade artesanalmente no meio
rural, excluídos os garimpeiros e faiscadores” (Brasil, 2006).

http://redeagroecologia.cnptia.embrapa.br/biblioteca/agricultura-familiar/CONCEITO%20DE%20AGRICULTURA%20FAM.pdf

Citar
"O módulo fiscal de cada município, expresso em hectares, será fixado pelo INCRA, através de Instrução Especial, levando-se em conta os seguintes fatores: a – o tipo de exploração predominante no município; I – hortifrutigranjeira; II – cultura permanente; III – cultura temporária; IV – pecuária; V – florestal; b) a renda obtida no tipo de exploração predominante; c) outras explorações existentes no município que, embora não predominantes, sejam expressivas em função da renda ou da área utilizada; d) o conceito de "propriedade familiar", constante do art. 4º, item II, da lei 4504, de 30 de novembro de 1964. § 1º. Na determinação do módulo fiscal da cada município. O INCRA aplicará metodologia, aprovada pelo Ministro da Agricultura, que considere os fatores estabelecidos neste artigo, utilizando-se dos dados constantes do Sistema Nacional de Cadastro Rural. § 2º. O módulo fiscal fixado na forma deste artigo, será revisto sempre que ocorrerem mudanças na estrutura produtiva, utilizando-se os dados atualizados do Sistema Nacional de Cadastro Rural".

A distinção é relevante em face da diferença de extensão de um para outro. Para citar apenas um exemplo, no município de Hidrolândia, na região da Grande Goiânia, um módulo rural mede 3 hectares, enquanto que o módulo fiscal mede 12 hectares. A implicação é enorme, porque, a se adotar o número de módulos rurais, imóvel pequeno naquele município seria o que tivesse até 12 hectares, enquanto que pelo conceito adotado pela lei 8629/93 que se refere ao módulo fiscal, passa para 48 hectares! Seria de se perguntar quantas pessoas, neste país, em região valorizada e próxima de grande centro, teriam um imóvel rural com área de 48 hectares. Certamente, a resposta seria a de que, de todos os proprietários rurais, bem poucos não seriam considerados pequenos.[/u]

http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=1676
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Offline _Juca_

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Re:Eleições 2014
« Resposta #1061 Online: 05 de Junho de 2014, 09:49:22 »
Só que não.

http://www.fao.org/docrep/019/i3788s/i3788s.pdf
Citar
1.3 Definiciones de agricultura familiar y
elementos comunes
1.3.1 Las definiciones de agricultura familiar son disímiles, pero
tienen elementos en común
De la O y Garner (2012) realizaron un estudio acerca de las definiciones del concepto
de agricultura familiar en el mundo. Se recopilaron 36 definiciones, 12 de las cuales
correspondieron a América Latina. El análisis de estas definiciones permitió dar cuenta
de una gran diversidad entre ellas, ya sea por la cantidad de variables consideradas,
como por la dimensión cuantitativa de las mismas, haciendo prácticamente imposible
su comparación. Sin embargo, el estudio detectó la existencia de los siguientes
elementos comunes en las diversas conceptualizaciones de la agricultura familiar:
a. En las explotaciones predomina el trabajo familiar.
b. La administración de la unidad económico-productiva se le adjudica a la/el jefa/e
de hogar.
c. El tamaño de la explotación y/o de la producción es un factor determinante para
su clasificación.
Cabe destacar que las dinámicas propias de cada país ocasionan que estos elementos
tengan diferentes pesos relativos sobre el sector y, por lo tanto, impacten de distinta
manera sobre las posibilidades de promover el sostenimiento comercial y sociocultural
de la agricultura familiar.
La mano de obra predominantemente familiar es la variable que aparece en
forma más frecuente en las definiciones de agricultura familiar; no obstante, la forma
en que se incorpora en las definiciones es muy disímil, incluyendo el uso exclusivo
o mayoritario de mano de obra familiar en la mayoría de los casos, y, en otros, la
existencia de mano de obra contratada en cierta proporción. De la O y Garner (2012)
señalan que cuando el predominio del trabajo familiar en la finca se adopta como
variable esencial para acceder a los programas o políticas dirigidos a la agricultura
familiar, se pueden ocasionar fuertes restricciones para los agricultores familiares que
deban contratar mano de obra en la ausencia de algún miembro de la familia (por
ejemplo, por migración o enfermedad) o bien, para aquéllos que desean ampliar la
operación de su explotación. El uso de la mano de obra familiar como requisito para
definir a la agricultura familiar debiese ir relativizándose en la medida que existe un
contexto de creciente importancia de los ingresos no agrícolas en la economía de la
finca familiar (De la O y Garner, 2012).
Respecto a la administración de la unidad económico-productiva por parte de
la/el jefa/e de la explotación, ésta incluye la toma de decisiones sobre los cultivos, los
activos y la asignación de mano de obra asociada. Cabe señalar que en Brasil, Uruguay
CA PíTuL O 1 . e l ConCe p to de agr iCu lt u r a fa m i l i a r e n
a m e r iCa l at i na y e l Ca r iBe22
y Paraguay, la administración de la finca es uno de los criterios de acceso a las políticas
públicas para la agricultura familiar.
En relación al tamaño de la explotación, las definiciones más comunes están
referidas a fincas con una superficie de pequeño tamaño (Maletta, 2011; De la
O y Garner, 2012). A modo de ejemplo, el área andina considera fincas de hasta 5
hectáreas (ha). En Centroamérica y el Caribe, las superficies máximas utilizadas en
las definiciones de agricultura familiar bordean las 2 ha, siendo a veces, inferiores a 1
hectárea (Graham, 2012; de la O y Garner, 2012).
Adicionalmente, en la mayor parte de los países, el tamaño de la finca se mide
únicamente por su superficie, y no se contempla la estandarización de esta medición
de acuerdo a la calidad de tierra y la disponibilidad de agua (a excepción de Brasil,
en el que las explotaciones agrícolas familiares varían en tamaño de acuerdo a la
zona agroecológica, y Chile, país que utiliza el factor denominado “Hectáreas de
Riego Básico”1

, y que al aplicarlo posibilita variar el tamaño de la explotación de
acuerdo a la calidad del suelo y disponibilidad de recursos hídricos). Sin duda, esta
situación conduce a conclusiones erradas, haciendo equivalente superficies de terreno
con calidades de suelo, recursos hídricos y productividad disímiles. De acuerdo a
Maletta (2011), “una sola hectárea de suelos profundos bajo riego posiblemente sea
más importante económicamente que cien o doscientas hectáreas de pastizales semi-
áridos o con cultivos marginales”. Caballero (1981), citado por Maletta (2011), expresa
que cuando no se reducen las distintas tierras a un común denominador, es posible
sobreestimar el tamaño de las fincas y sus diferencias de productividad. En forma
complementaria, De la O y Garner (2012) señalan que las definiciones que incluyen
limitaciones de tamaño de la explotación y/o producción no consideran la capacidad
de la familia para transitar a escalas mayores de producción o para insertarse en los
mercados.
Por otra parte, en ALC existen algunas definiciones que incorporan como
requisito que los ingresos de la explotación familiar provengan “principalmente
de las explotaciones” con el fin de acceder a los servicios públicos. Son los casos de
Brasil (Ley N°11.326, 2006) y Chile (Ley Orgánica de INDAP, 1993). Ello constituye
una dificultad de creciente magnitud, debido a la importancia cada vez mayor del
ingreso no agrícola en la economía de los agricultores familiares, especialmente en los
sectores más vulnerables.
Tal como lo plantean Maletta (2011) y De la O y Garner (2012), aún quedan varios
elementos que están ausentes de los criterios que debieran considerarse en la definición
del concepto de agricultura familiar. Variables como los agricultores sin tierra, los
límites de la pequeña escala, la temporalidad del trabajo asalariado u otras formas de
apoyo externo a la explotación, el dimensionamiento o cuantificación de los aspectos
1 En Chile se utiliza el concepto de “Hectárea de Riego Básico”, definida como “la superficie
equivalente a la potencialidad de producción de una hectárea física, regada de clase I de
capacidad de uso, del Valle del Río Maipo”. Adicionalmente, en Chile se utiliza este concepto
para definir al agricultor familiar como “aquél que explota una superficie no superior a las 12
Hectáreas de Riego Básico” (Ley Orgánica N° 18.910 – Modif. Ley N° 19.213/93 del Instituto de
Desarrollo Agropecuario).
Sa l omÓn Sa lCe d o, a na pau l a de l a o y lya guZmÁn23
generacionales, familiares, y socioculturales, no están tomadas en cuenta en todas las
definiciones.

Offline Diegojaf

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Re:Eleições 2014
« Resposta #1062 Online: 05 de Junho de 2014, 10:01:34 »
?
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Offline Cumpadi

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Re:Eleições 2014
« Resposta #1063 Online: 05 de Junho de 2014, 10:14:45 »
Essa é a receita para o desastre, o controle direto da produção de alimentos é o último passo para se virar um país comunista. Se os governos ricos forem seguir essa mentalidade, veremos um desperdício de alimentos como nunca antes visto na história deste planeta.
Vou corrigir meu post, será um desperdício monumental de recursos a intervenção governamental, mesmo em momentos de crise. A alta no preço dos alimentos em momento de crise é incentivo mais que adequado para o aumento da produção.

E para os mais pobres passarem fome.
Sim, os mais pobres passam fome na Coréia do Norte, obrigado pela observação.
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Offline _Juca_

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Re:Eleições 2014
« Resposta #1064 Online: 05 de Junho de 2014, 10:23:47 »
?

O tamanho da propriedade não é somente o que distingue o conceito no Brasil, esse é relativo de acordo com a região, segundo a FAO. Em outros países sim, aqui não.


Offline Fabrício

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Re:Eleições 2014
« Resposta #1065 Online: 05 de Junho de 2014, 10:24:03 »
Agricultura familiar atualmente não necessariamente é sinônimo de pequenas chácaras e sítios, o que caracteriza é menos o tamanho da propriedade e mais a forma de exploração dela.

Citar
A distinção é relevante em face da diferença de extensão de um para outro. Para citar apenas um exemplo, no município de Hidrolândia, na região da Grande Goiânia, um módulo rural mede 3 hectares, enquanto que o módulo fiscal mede 12 hectares. A implicação é enorme, porque, a se adotar o número de módulos rurais, imóvel pequeno naquele município seria o que tivesse até 12 hectares, enquanto que pelo conceito adotado pela lei 8629/93 que se refere ao módulo fiscal, passa para 48 hectares! Seria de se perguntar quantas pessoas, neste país, em região valorizada e próxima de grande centro, teriam um imóvel rural com área de 48 hectares. Certamente, a resposta seria a de que, de todos os proprietários rurais, bem poucos não seriam considerados pequenos.

Não entendi muito bem isso aqui. Imóveis rurais em regiões valorizadas e próximos de grandes centros são exceções no universo dos imóveis rurais no Brasil, e estão sujeitos ao fator da especulação imobiliária. Não são o melhor exemplo para se caracterizar a agricultura familiar.

Além disso, imóveis rurais de 48 ha são pequenos, de qualquer maneira. Mesmo um imóvel  rural de 100 ha não é lá grande um latifúndio.

Como evidência anedótica, trabalhei no MT em uma fazenda (na verdade eram várias áreas contíguas, mas que eram consideradas uma única "fazenda" ) que media 12.000 ha, e tinha 16 km de uma ponta a outra. Isso sim é um latifúndio. O que não é demérito algum, ela era 100% produtiva (tinha algodão, soja, milho e piscicultura).

Existe espaço para a agricultura "empresarial" e para a agricultura familiar no Brasil, pela extensão do país. A agricultura "empresarial" é mais adequada para o Centro Oeste, com grandes áreas mecanizáveis e para grandes culturas como algodão, milho, soja, cana, pastagens, etc., e a familiar se adequa mais ao Sul (principalmente Santa Catarina), pequenos estados do Nordeste, aqui no ES, para produção de hortaliças, fruticultura, leite, etc.

Tudo isso a grosso modo, claro. A agricultura familiar e a "empresarial" se complementam, e podem conviver harmoniosamente.

« Última modificação: 05 de Junho de 2014, 10:27:41 por Fabrício »
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Re:Eleições 2014
« Resposta #1066 Online: 05 de Junho de 2014, 10:34:09 »
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O tamanho da propriedade não é somente o que distingue o conceito no Brasil, esse é relativo de acordo com a região, segundo a FAO. Em outros países sim, aqui não.

O que eu postei não diz o contrário (vide primeiro parágrafo). Mas o módulo fiscal é uma das determinantes para enquadrar o resto dos requisitos.

Minha família no interior de Minas dividiu a propriedade de cerca de 30 alqueires (1 alqueira mineiro ou "alqueirão" = 4ha) entre os diversos familiares, enquadrando-se assim como "pequena propriedade" e estando apta a receber diversos benefícios do governo. A divisão ocorreu antes da morte do avô que era o proprietário único e a divisão entre os 9 irmãos (e depois entre os filhos destes) não mudou a forma de colheita (feita por pessoas contratadas durante a época da colheita). Começa-se pela plantação de uma propriedade e vão indo pras outras.

Os agricultores curtem porque ganham benefícios. O governo curte porque ganhou 20 novas "pequenas propriedades rurais de agricultura familiar".
« Última modificação: 05 de Junho de 2014, 10:36:37 por Diegojaf »
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Re:Eleições 2014
« Resposta #1067 Online: 05 de Junho de 2014, 10:42:25 »
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O tamanho da propriedade não é somente o que distingue o conceito no Brasil, esse é relativo de acordo com a região, segundo a FAO. Em outros países sim, aqui não.

O que eu postei não diz o contrário. Mas o módulo fiscal é uma das determinantes para enquadrar o resto dos requisitos.

Minha família no interior de Minas dividiu a propriedade de cerca de 30 alqueires (1 alqueira mineiro ou "alqueirão" = 4ha) entre os diversos familiares, enquadrando-se assim como "pequena propriedade" e estando apta a receber diversos benefícios do governo. A divisão ocorreu antes da morte do avô que era o proprietário único e a divisão entre os 9 irmãos (e depois entre os filhos destes) não mudou a forma de colheita (feita por pessoas contratadas durante a época da colheita). Começa-se pela plantação de uma propriedade e vão indo pras outras.

Os agricultores curtem porque ganham benefícios. O governo curte porque ganhou 20 novas "pequenas propriedades rurais de agricultura familiar".

Mas Diego, uma propriedade de 30 alqueires (um alqueire tem para ser mais exato 4,84 ha) vai ter 30 x 4,84 = 145 ha.

Dividindo por 9 pessoas, vai dar 16 ha para cada um, o que realmente caracteriza uma pequena propriedade. Talvez o termo "agricultura familiar" não seja o melhor em um caso destes, mas de qualquer forma é uma pequena propriedade que tem uma forma de manejo bem diferente de grandes áreas mecanizáveis com uso intensivo de tecnologia (máquinas pesadas, pulverização aérea, escala que permite compra de insumos em grandes quantidades, possibilidade de exportação, etc).

Mesmo uma propriedade de 145 ha, que a primeira vista parece grande, é uma chacarazinha  comparada com as grandes áreas de agricultura intensiva de Goiás, Mato Grosso, Tocantins, grande parte da Bahia e outras.

Em tempo: não sou partidário do MST (Deus me livre) e não concordo com a política de "reforma agrária" proposta por eles. Aliás, nem acho que o Brasil realmente precisa atualmente de uma reforma agrária.
« Última modificação: 05 de Junho de 2014, 10:45:20 por Fabrício »
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Re:Eleições 2014
« Resposta #1068 Online: 05 de Junho de 2014, 11:05:32 »
Segundo o novo código florestal agora a pequena propriedade rural familiar é a que tem até quatro módulos FISCAIS, mas tem outros requisitos, como mão de obra predominantemente familiar.
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

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Re:Eleições 2014
« Resposta #1069 Online: 05 de Junho de 2014, 11:09:13 »
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O tamanho da propriedade não é somente o que distingue o conceito no Brasil, esse é relativo de acordo com a região, segundo a FAO. Em outros países sim, aqui não.

O que eu postei não diz o contrário. Mas o módulo fiscal é uma das determinantes para enquadrar o resto dos requisitos.

Minha família no interior de Minas dividiu a propriedade de cerca de 30 alqueires (1 alqueira mineiro ou "alqueirão" = 4ha) entre os diversos familiares, enquadrando-se assim como "pequena propriedade" e estando apta a receber diversos benefícios do governo. A divisão ocorreu antes da morte do avô que era o proprietário único e a divisão entre os 9 irmãos (e depois entre os filhos destes) não mudou a forma de colheita (feita por pessoas contratadas durante a época da colheita). Começa-se pela plantação de uma propriedade e vão indo pras outras.

Os agricultores curtem porque ganham benefícios. O governo curte porque ganhou 20 novas "pequenas propriedades rurais de agricultura familiar".

Mas Diego, uma propriedade de 30 alqueires (um alqueire tem para ser mais exato 4,84 ha) vai ter 30 x 4,84 = 145 ha.

Dividindo por 9 pessoas, vai dar 16 ha para cada um, o que realmente caracteriza uma pequena propriedade. Talvez o termo "agricultura familiar" não seja o melhor em um caso destes, mas de qualquer forma é uma pequena propriedade que tem uma forma de manejo bem diferente de grandes áreas mecanizáveis com uso intensivo de tecnologia (máquinas pesadas, pulverização aérea, escala que permite compra de insumos em grandes quantidades, possibilidade de exportação, etc).

Mesmo uma propriedade de 145 ha, que a primeira vista parece grande, é uma chacarazinha  comparada com as grandes áreas de agricultura intensiva de Goiás, Mato Grosso, Tocantins, grande parte da Bahia e outras.

Mas não é. Cada um mora e tem seu sustento próprios. Não são 9 fazendas. É só uma que é administrada e tocada por uma pessoa que comprou a parte de quase todas as outras e cuida das que não comprou em troca de % do faturamento. Você tem 20 propriedades fictícias pra aparecer nos números do governo. E o governo curte.

"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Re:Eleições 2014
« Resposta #1070 Online: 05 de Junho de 2014, 11:18:30 »
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O tamanho da propriedade não é somente o que distingue o conceito no Brasil, esse é relativo de acordo com a região, segundo a FAO. Em outros países sim, aqui não.

O que eu postei não diz o contrário. Mas o módulo fiscal é uma das determinantes para enquadrar o resto dos requisitos.

Minha família no interior de Minas dividiu a propriedade de cerca de 30 alqueires (1 alqueira mineiro ou "alqueirão" = 4ha) entre os diversos familiares, enquadrando-se assim como "pequena propriedade" e estando apta a receber diversos benefícios do governo. A divisão ocorreu antes da morte do avô que era o proprietário único e a divisão entre os 9 irmãos (e depois entre os filhos destes) não mudou a forma de colheita (feita por pessoas contratadas durante a época da colheita). Começa-se pela plantação de uma propriedade e vão indo pras outras.

Os agricultores curtem porque ganham benefícios. O governo curte porque ganhou 20 novas "pequenas propriedades rurais de agricultura familiar".

Mas Diego, uma propriedade de 30 alqueires (um alqueire tem para ser mais exato 4,84 ha) vai ter 30 x 4,84 = 145 ha.

Dividindo por 9 pessoas, vai dar 16 ha para cada um, o que realmente caracteriza uma pequena propriedade. Talvez o termo "agricultura familiar" não seja o melhor em um caso destes, mas de qualquer forma é uma pequena propriedade que tem uma forma de manejo bem diferente de grandes áreas mecanizáveis com uso intensivo de tecnologia (máquinas pesadas, pulverização aérea, escala que permite compra de insumos em grandes quantidades, possibilidade de exportação, etc).

Mesmo uma propriedade de 145 ha, que a primeira vista parece grande, é uma chacarazinha  comparada com as grandes áreas de agricultura intensiva de Goiás, Mato Grosso, Tocantins, grande parte da Bahia e outras.

Mas não é. Cada um mora e tem seu sustento próprios. Não são 9 fazendas. É só uma que é administrada e tocada por uma pessoa que comprou a parte de quase todas as outras e cuida das que não comprou em troca de % do faturamento. Você tem 20 propriedades fictícias pra aparecer nos números do governo. E o governo curte.



Juridicamente o que o governo poderia fazer? Outra pergunta isso é regra ou exceção? Quantas famílias tem quantidade de gente suficiente para usar esse artifício?

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Re:Eleições 2014
« Resposta #1071 Online: 05 de Junho de 2014, 11:18:44 »
Segundo o novo código florestal agora a pequena propriedade rural familiar é a que tem até quatro módulos FISCAIS, mas tem outros requisitos, como mão de obra predominantemente familiar.

Não é o Código Florestal. É a Lei 11326 (do meu post de 2009).

Mão de obra não é exclusivamente trabalho pesado. Administração da propriedade é mão de obra.
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Re:Eleições 2014
« Resposta #1072 Online: 05 de Junho de 2014, 11:20:21 »
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O tamanho da propriedade não é somente o que distingue o conceito no Brasil, esse é relativo de acordo com a região, segundo a FAO. Em outros países sim, aqui não.

O que eu postei não diz o contrário. Mas o módulo fiscal é uma das determinantes para enquadrar o resto dos requisitos.

Minha família no interior de Minas dividiu a propriedade de cerca de 30 alqueires (1 alqueira mineiro ou "alqueirão" = 4ha) entre os diversos familiares, enquadrando-se assim como "pequena propriedade" e estando apta a receber diversos benefícios do governo. A divisão ocorreu antes da morte do avô que era o proprietário único e a divisão entre os 9 irmãos (e depois entre os filhos destes) não mudou a forma de colheita (feita por pessoas contratadas durante a época da colheita). Começa-se pela plantação de uma propriedade e vão indo pras outras.

Os agricultores curtem porque ganham benefícios. O governo curte porque ganhou 20 novas "pequenas propriedades rurais de agricultura familiar".

Mas Diego, uma propriedade de 30 alqueires (um alqueire tem para ser mais exato 4,84 ha) vai ter 30 x 4,84 = 145 ha.

Dividindo por 9 pessoas, vai dar 16 ha para cada um, o que realmente caracteriza uma pequena propriedade. Talvez o termo "agricultura familiar" não seja o melhor em um caso destes, mas de qualquer forma é uma pequena propriedade que tem uma forma de manejo bem diferente de grandes áreas mecanizáveis com uso intensivo de tecnologia (máquinas pesadas, pulverização aérea, escala que permite compra de insumos em grandes quantidades, possibilidade de exportação, etc).

Mesmo uma propriedade de 145 ha, que a primeira vista parece grande, é uma chacarazinha  comparada com as grandes áreas de agricultura intensiva de Goiás, Mato Grosso, Tocantins, grande parte da Bahia e outras.

Mas não é. Cada um mora e tem seu sustento próprios. Não são 9 fazendas. É só uma que é administrada e tocada por uma pessoa que comprou a parte de quase todas as outras e cuida das que não comprou em troca de % do faturamento. Você tem 20 propriedades fictícias pra aparecer nos números do governo. E o governo curte.



Juridicamente o que o governo poderia fazer? Outra pergunta isso é regra ou exceção? Quantas famílias tem quantidade de gente suficiente para usar esse artifício?

Se o governo apoia e até incentiva essa prática como modo de fornecer incentivos fiscais, não devem ser poucos. Na região é uma prática comum e incentivada pelo município, que recebe benefícios para serem repassados aos produtores e ainda afasta o MST por não existirem propriedades grandes sem uso.
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Re:Eleições 2014
« Resposta #1073 Online: 05 de Junho de 2014, 11:35:13 »
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O tamanho da propriedade não é somente o que distingue o conceito no Brasil, esse é relativo de acordo com a região, segundo a FAO. Em outros países sim, aqui não.

O que eu postei não diz o contrário. Mas o módulo fiscal é uma das determinantes para enquadrar o resto dos requisitos.

Minha família no interior de Minas dividiu a propriedade de cerca de 30 alqueires (1 alqueira mineiro ou "alqueirão" = 4ha) entre os diversos familiares, enquadrando-se assim como "pequena propriedade" e estando apta a receber diversos benefícios do governo. A divisão ocorreu antes da morte do avô que era o proprietário único e a divisão entre os 9 irmãos (e depois entre os filhos destes) não mudou a forma de colheita (feita por pessoas contratadas durante a época da colheita). Começa-se pela plantação de uma propriedade e vão indo pras outras.

Os agricultores curtem porque ganham benefícios. O governo curte porque ganhou 20 novas "pequenas propriedades rurais de agricultura familiar".

Mas Diego, uma propriedade de 30 alqueires (um alqueire tem para ser mais exato 4,84 ha) vai ter 30 x 4,84 = 145 ha.

Dividindo por 9 pessoas, vai dar 16 ha para cada um, o que realmente caracteriza uma pequena propriedade. Talvez o termo "agricultura familiar" não seja o melhor em um caso destes, mas de qualquer forma é uma pequena propriedade que tem uma forma de manejo bem diferente de grandes áreas mecanizáveis com uso intensivo de tecnologia (máquinas pesadas, pulverização aérea, escala que permite compra de insumos em grandes quantidades, possibilidade de exportação, etc).

Mesmo uma propriedade de 145 ha, que a primeira vista parece grande, é uma chacarazinha  comparada com as grandes áreas de agricultura intensiva de Goiás, Mato Grosso, Tocantins, grande parte da Bahia e outras.

Mas não é. Cada um mora e tem seu sustento próprios. Não são 9 fazendas. É só uma que é administrada e tocada por uma pessoa que comprou a parte de quase todas as outras e cuida das que não comprou em troca de % do faturamento. Você tem 20 propriedades fictícias pra aparecer nos números do governo. E o governo curte.



Juridicamente o que o governo poderia fazer? Outra pergunta isso é regra ou exceção? Quantas famílias tem quantidade de gente suficiente para usar esse artifício?

Se o governo apoia e até incentiva essa prática como modo de fornecer incentivos fiscais, não devem ser poucos. Na região é uma prática comum e incentivada pelo município, que recebe benefícios para serem repassados aos produtores e ainda afasta o MST por não existirem propriedades grandes sem uso.

Essa prática é assim tão comum a tal ponto de influenciar uma grande variabilidade do total de agricultores familiares no Brasil, de modo que o argumento de agricultura familiar e sua produção seja uma falácia?

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Re:Eleições 2014
« Resposta #1074 Online: 05 de Junho de 2014, 11:51:19 »
Essa é a receita para o desastre, o controle direto da produção de alimentos é o último passo para se virar um país comunista. Se os governos ricos forem seguir essa mentalidade, veremos um desperdício de alimentos como nunca antes visto na história deste planeta.
Vou corrigir meu post, será um desperdício monumental de recursos a intervenção governamental, mesmo em momentos de crise. A alta no preço dos alimentos em momento de crise é incentivo mais que adequado para o aumento da produção.

E para os mais pobres passarem fome.
Sim, os mais pobres passam fome na Coréia do Norte, obrigado pela observação.

E no Brasil, EUA, Europa, Haiti, Coréia do Sul...

 

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