Como é ruim sentir pena de pessoas... E de mim mesmo por ter lido esse tópico, pior ainda! Já que não aguento mais ver esse tipo de coisa que se vê aqui, vou prestar-me a um assistencialismo ao qual sou mesmo contrário, mas, a realidade também são as exceções...
Olha, Buckaroo, isso adiante vai para você porque, aquela postagem sua no tópico sobre consciência, que *deveria* ser sem bullshits filosóficos, embora bastante engraçada e embora eu já tenha respondido antes, fica para uma possível abordagem minha outra hora devido ao fato de eu até ter coisas extras que podem ser ditas lá; economizo minha diversão de lá para outro momento. Agora, lendo isso aqui, esse festival de atrocidades que é esse tópico, vou oferecer este meu tempo de agora, cá, já que a necessidade aqui me parece maior e pelo fato de ser inquietante demais assistir a tal tipo de coisa que dá nos nervos.
Por diversas vezes ao longo de minhas manifestações por aqui, eu já tentei instigar certos questionamentos, questionamentos que ajudariam a entender melhor o que exporei a seguir, a respeito e nunca nada resulta, obviamente devido à arrogância extrema dos que sentem-se superiores demais para entender que nada entendem. Vamos tentar algo mais direto, então, para ver se por essas bandas ao menos, extirpe-se definitivamente toda associação besteiróica de consciência com quântica. Não tenho esperanças, como regra, mas...
Esse Linde deve ser um sujeito muito 'lindinho' dizendo as besteiras dele, mas as besteiras nada têm de bonito. "Cosmologia quântica", "(análise) da equação da função de onda do universo" e "fato de que a mesma é independente do tempo"... Então, o "universo-partícula" seria confinado?! Pelo que? Si mesmo? Devaneios filosóficos são fantásticos de se ver... Mas, vamos à realidade.
Andrei Linde e seu grupo, estão postulando que a consciência seja uma entidade fundamental da realidade; talvez a mais fundamental de todas. Isto é decorrente de sua pesquisa de cosmologia quantica, e da analise da equação da função de onda do universo e o fato de que a mesma é independente do tempo.
Buck, se isso faz tanto sentido assim pra você, teria a gentileza de me explicar como? 
Eu não sei de bulhufas do que esse Linde fala,
Não há do que se sentir mal, ele também não sabe.
não entendo praticamente nada de MQ e relatividade;
Talvez consiga entender algo agora.
essa "linha" está ligada à interpretação da MQ de que a consciência "causa" a realidade (Niels Bohr mesmo acreditava que as coisas só existiam quando somos conscientes delas).
É aquele cara que tinha uma ferradura na parede, não acreditava na sorte que dava mas mantinha ela lá porque "dizem que dá sorte mesmo a quem não acredita"? Não acredite em tudo o que dizem, mesmo/especialmente se dizem que acreditam em alguma coisa.
Eu não "acredito" nisso/sou bem ignorante no assunto, mas a noção dos aspectos fenomenais da consciência poderem ser fundamentais independe da consciência ter um papel "funcional" nesse nível tão fundamental assim. Poderia desde não ter papel funcional algum, ser totalmente epifenomenal/"colateral" (meio como o barulho do motor do carro é para o seu funcionamento), ou de alguma forma ter, ser uma "variável" no funcionamento do cérebro, parte das cadeias causais de decisão.
O que eu quero aniquilar aqui (e estou fazendo essa citação, mas o que segue aponta-se a outros posts que li, antes e depois) é a sustentação da ideia filosófica ridícula praguenta que se alastrou e que seduz mentes místicas prontas para o não entendimento. Falo dessa abjeção que atende pelo nome pequeno-pomposo de "colapso de função de onda", o tal cerne da filosofaria ignóbil da consciência geradora de/a realidade. Santosdossantos! Só alguém que nada sabe o que é função de onda pode se deixar levar por uma besteira como essa. Então, vou tentar algumas abordagens simplificadas. Primeiro, é função DE onda, não função onda; se isto parece irrelevante, atente-se para o fato de que o que tem aplicabilidade na realidade é uma função da função de onda, o quadrado de sua amplitude, de modo que o que a função de onda representa não é uma 'onda-que-seria-partícula', mas exata e justamente a probalidade de se "encontrar" (esse "encontrar" entre aspas tem um sentido importante que não abordarei agora pelo alongar um pouco maior que exigiria e porque nem sei que resultado terá o pouquinho que apresentarei para ajuda) uma partícula num domínio. O significado disto é que o que se chama de "colapso" é nada mais que o resultado que se espera da operação da função! Só não impressiona como uma coisa dessas tem tanto lugar no mundo porque qualquer realista já sabe bem calejadamente o que o mundo das mentes mágicas é.
Se isto, coisa que expus na maior da simplicidade que consigo agora, não é claro o bastante, eu proponho um questionamento aos crentes nessa ideia idiota. Por que não postulam o ("então") "necessário" fenômeno do 'descolapso de função de onda'? Não esperam/supõem os crentes que nisso creem que a "onda (que confundem com partícula) colapsada", uma vez "colapsada" assim permaneça ad eternum ...ou esperam?... O mais provável é que nunca pensem nisso, porque obtêm tais ideias, não de si mesmos, o que teria um mínimo de paradoxal louvabilidade, mas porque se deixam aliciar por sacerdotes de ideias absurdas, lendo laudas e laudas de inutilidades perniciosas ao pensamento.
O descolapso também dependeria de uma "observação consciente"? Vou tentar ilustrar para não deixar crianças sem uma figura na página: num praticamente inviável experimento de dupla fenda com elétrons, o canhão emissor emite elétrons que os crentes creem que, em condições cridas ("observacionais"), colapsar-se-iam. Mas os elétrons são emitidos num circuito que se fecha e, eventualmente, um que já tenha passado pelas fendas, retorna ao canhão par ser reemitido. Vai ser colapsado novamente? Para ser colapsado antes, precisou de uma consciência em acoplamento direto? Quando foi que ele descolapsou para ser recolapsado novamente? Quando ninguém estava olhando? É preciso uma consciência observando o canhão para saírem elétrons-"ondinhas" do emissor e não elétrons-...'lumpinhos'? A mesma consciência que colapsa, descolapsa? Em que condições? Como a consciência escolhe? Pela conjuntura experimental? Qual a diferença entre isso e escolher nada?
Isto é só um pouco e, para minimizar o meu risco de desperdício e talvez para não colapsar cérebros/mentes despreparados, vou deixar para ver o resultado.