Ola Tiago,
Ser fundamental é falar que todo componente do universo tem, associada a sua existência, algum tipo de quale. E que nossos qualia não "emergem" miraculosamente, em algum momento, da complexidade do cérebro, mas sim da integração e complexidade de qualia mais básicos, resultado da forma como o cérebro está estruturado e dos eventos físicos que ocorrem neste estrutura (assim como o nosso eu, como coloquei em outro tópico - acho inclusive, que isto facilita muito a explição do self).
Como o Christof Koch coloca : é uma explicação elegante e que não requer nada "miraculoso" para que os qualia pulem, de repente, para a existência (algo nunca visto, antes, na hisória desse país

). E repito, a teoria do Tononi buscava
ser uma teoria emergente da consciência, e acabou se tornando uma teoria que dá suporte ao pampsiquismo (que é bem aderente ao que eu coloquei acima), e que levou o próprio Tononi a adotar esta filosofia.
Eu, sinceramente, acho que esta questão de rotular de romantismo (e outros rótulos), que esta dificuldade em aceitar uma hipotese como essa, etc, vem de puro preconceito por um tipo de explicação desta natureza estar "mais próxima à verdade" pregada por alguns místicos (acho que se aproxima de coisas que o Budismo fala), de que a pregada pelo materialismo tradicional. Preconceito pelo fato desta explicação incorporar ao natural algo que a corrente materialista sempre AFIRMOU ser sobrenatural, ser groselha da pior espécie.
Esta situação é, para mim, "emocionalmente" semelhante ao religioso que acredita em Adão e Eva, e tem que pensar em abandonar isto, em prol de uma teoria científica. A mudança é gradual e "dolorosa"

Abs
Felipe