O problema que vejo com as afirmações místico-espiritualistas é a insistência na "dilação" do horizonte alcançável. Explico:
sempre que uma alegação não é confirmada, ou até mesmo desmentida, uma nova alegação é evocada para justificar o fracasso. Quase sempre se refere a algum "senão" não observado pelo investigador; ou uma teoria em torno do tema que dificulta a confirmação; até mesmo absurdos metafísicos que, por si só, não se sustentam, quanto mais para serem base de sustentação para o que quer que seja.
Só consigo explicar a insistência em defender certas posições místico-espiritualistas através do tão famigerado "auto-engano". A hipótese da não existência é tão insuportável que é emocionalmente mais viável acreditar que a investigação, pesquisa, evidência (ou ausência de) esteja errada do que viver com o que se sabe, preferindo-se o "deus das lacunas" aos fatos observáveis.
O que mais ouço são as evidências subjetivas, que nenhum valor têm. O total desconhecimento da mente leva muito crédulos a explicarem fenômenos muito bem conhecidos pelos neurocientistas como coisas "sobrenaturais". Um pouco de estudo desfaria vários enganos.
A primeira barreira importante para a ciência nos dar muitas respostas será detectar o outro lado da morte.
Há um tempo atrás andei estudando EQM e me surgiu uma questão que, até onde posso imaginar, não é possível (ainda) ser verificada:
existe um
modus operandi nas EQM. Um conjunto de eventos bem definidos que são vivenciados por todos que passam pela experiência. Existem outros eventos que são bem particulares, mas em todos os casos relatados, um conjunto de eventos bem específicos acontecem. A questão que me veio foi:
E se todas as pessoas ao morrerem passam por esses eventos, mas como não temos os relatos (por estarem mortas, óbvio), não sabemos e ficamos apenas com os relatos daqueles que "voltaram", que vivenciaram uma EQM?Isso dá um papo...
Saudações.