A Venezuela é "socialista" por auto-rotulação dos próprios governantes, apoiados por esquerdistas que se dizem também socialistas. Mesmo que nenhum destes implemente ou tenha como meta implementar as definições idealistas de estatização/"democratização" generalizada da indústria, mas apenas principalmente dirigismo, intervencionismo de mão-pesada na economia (ou "democratização", "controle social", como quer que fraseiem). Na Venezuela, isso incluiu crescente estatização, agravando a situação devido a não só já ser economicamente contraprodutivas as políticas de dirigismo, como a estatização ser tocada por incompetentes.
Se não se pode criticar ao "socialismo" com base com o que se passa em países como Venezuela, China, e Coréia do Norte, também não se pode criticar ao "livre mercado" por nada, já que igualmente existe apenas no mundo ideal, platônico, onde tudo sempre corre bem, protegido da realidade.
Muito generosamente talvez se possa limitar as críticas ao que de fato foi posto em prática, apesar de não se usar o rótulo "socialismo", limitando isso a coisas como comunidades voluntárias (empresas que não têm uma demanda exorbitante) ou outras circunstâncias com estatização generalizada -- URSS, China, Cuba, em diversos períodos. Então há essa distinção meio problemática de "socialistas", grupo, que não necessariamente praticarão voluntariamente o socialismo (raro) e nem mesmo terão, quando no governo, socialismo como modelo econômico.
Uma coisa meio "católico não-praticante", ou vegetariano que come peixe, frango, e de vez em quando um churrasquinho.
"Socialista não-praticante".