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Autor Tópico: Indonésia executa brasileiro  (Lida 23729 vezes)

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Offline Moro

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Re:Indonésia executa brasileiro
« Resposta #225 Online: 20 de Fevereiro de 2015, 18:47:00 »
na mesma audiência ela recebeu a carta da Venezuela, aquela democracia Sueca incrustada na américa latina.
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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Offline Pasteur

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Re:Indonésia executa brasileiro
« Resposta #226 Online: 20 de Fevereiro de 2015, 19:13:42 »
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Indonésia reage e convoca embaixador brasileiro para reunião no sábado

A medida é uma resposta ao fato de a presidente Dilma ter se recusado a receber as credenciais de novo embaixador do país

Em mais um sinal de tensão entre os dois países, o Ministério das Relações Exteriores da Indonésia convocou nesta sexta-feira (20) o embaixador do Brasil em Jacarta, Paulo Soares, para uma reunião neste sábado (21).

A convocação foi uma reação do governo indonésio ao fato de a presidente Dilma Rousseff ter se recusado a receber, na manhã desta sexta, as credenciais de Toto Riyanto, novo embaixador do país do sudeste asiático no Brasil.

A negativa a receber as credenciais significa um gesto de censura por parte do Brasil diante do fato de a Indonésia ter executado o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, 53, em 18 de janeiro, e de ameaçar fuzilar Rodrigo Muxfeldt Gularte, 42, nas próximas semanas. Ambos foram condenados à morte naquele país por tráfico de drogas.

O Itamaraty trabalha com duas possibilidades de reação por parte da Indonésia, ambas negativas: 1) a Indonésia dirá ao Brasil que pretende convocar o embaixador Toto Riyanto para consultas --um sinal de reprovação, que o governo brasileiro já adotou logo depois de Marco Archer ter sido executado; 2) considerará o embaixador brasileiro "persona non grata" e dará prazo para que ele deixe a Indonésia.

Dificuldades

O fato é que qualquer uma dessas medidas atrapalhará as negociações diplomáticas entre Brasil e Indonésia para livrar Rodrigo Muxfedlt Gularte da execução. Nesta sexta (20), em Jacarta (capital do país), o Brasil entregou uma carta ao procurador-geral Indonésio, HM Prasetyo, e ao chefe da prisão onde Rodrigo está, Hendra Eka Putra, na qual pede para transferir o brasileiro para um hospital.

Rodrigo foi diagnosticado como tendo esquizofrenia, por médico credenciado pelo governo indonésio. A defesa dele e o governo brasileiro pretendem usar a doença para tirá-lo da lista de próximos executados --o governo local queria executá-lo em fevereiro, mas adiou a data, ainda não divulgada. Uma resposta ao pedido de internação é esperada para semana que vem, segundo Ricco Akbar, advogado que o defende.

A Indonésia pode ou não aceitar a internação do brasileiro. À imprensa local, o procurador-geral HM Prasetyo disse, também nesta sexta (20), que o fato de um prisioneiro ter doença mental não impede que ele seja executado. Ele não quis antecipar, no entanto, se Rodrigo será de fato fuzilado.

O brasileiro perdeu todos os recursos na Justiça para escapar da morte. Em 5 de janeiro, o presidente Joko Widodo negou pedido de clemência a Rodrigo - o último passo que, do ponto de vista legal, o impedia de ser morto.

http://www.gazetadopovo.com.br/mundo/conteudo.phtml?id=1534030

Offline Gabarito

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Re:Indonésia executa brasileiro
« Resposta #227 Online: 20 de Fevereiro de 2015, 19:15:09 »
Essa ceninha toda por causa de um traficante de drogas condenado seguindo o devido processo legal no país deles? Sério mesmo que não há coisas mais importantes ou urgentes pra o Brasil gastar seus pitis diplomáticos?

Ridículo. Dá vergonha de ser brasileiro.


Diplomacia brasileira nunca esteve tão no fundo do poço.
Vergonha à quadragésima potência.

Como dizem por aí, "mel deos"!

Offline Cientista

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Re:Indonésia executa brasileiro
« Resposta #228 Online: 21 de Fevereiro de 2015, 03:27:15 »
Só discordo da maneira como o sujeito foi executado.

Offline Pasteur

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Re:Indonésia executa brasileiro
« Resposta #229 Online: 21 de Fevereiro de 2015, 14:19:58 »
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Para parlamentar indonésio, Brasil faz assédio diplomático com Jacarta

Tantowi Yahya apontou que Brasil tem negócios com a Indonésia.
Dilma adiou recebimento de credencial de embaixador do país asiático.


Tantowi Yahya, vice-presidente de uma comissão que acompanha relações internacionais no Parlamento da Indonésia condenou em entrevistas à imprensa local a atitude do governo brasileiro de adiar o recebimento das credenciais embaixador indonésio no Brasil Toto Riyanto. Falando ao diário "Jakarta Post", ele acusou a presidente Dilma Rouseff de "assediar diplomaticamente" a Indonésia.
"Não há nenhum país no mundo que possa ditar a outro país o seu sistema legal. Sendo uma nação soberana, o Brasil deveria entender isso", disse Yahya. Ele acrescentou que a atitude da presidente brasileira poderia gerar perdas ao Brasil na relação entre os países. "

A Indonésia comprou aviões Super Tucano e encomendou um sistema de lançamento múltiplo de foguetes do Brasil. A Casa vai discutir esse assunto com o Ministério da Defesa para avaliar a cooperação", disse o parlamentar. Segundo o "Jakarta Post", a Indonésia assinou um contrato de US$ 284 milhões para comprar um esquadrão de Super Tucano da Embraer.

[...]

Na avaliação do Ministério das Relações Exteriores da Indonésia, o ato do governo brasileiro foi “hostil” e "abrupto". Em nota, o órgão informou ter apresentado ao embaixador Paulo Soares “nota formal de protesto”. O ministério também informou considerar "inaceitável" a forma como o governo brasileiro adiou a apresentação das credenciais do embaixador indonésio.

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/02/parlamentar-indonesio-classifica-caso-de-embaixador-de-assedio-diplomatico.html




« Última modificação: 21 de Fevereiro de 2015, 14:23:14 por Pasteur »

Offline Johnny Cash

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Re:Indonésia executa brasileiro
« Resposta #230 Online: 21 de Fevereiro de 2015, 15:52:49 »
Enquanto isso:

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Dilma aceita credenciais da Venezuela e repete discurso de não interferência

A política de dois pesos, duas medidas, continua. No mesmo dia em que recusou a credencial do embaixador da Indonésia para atuar no Brasil, Dilma Rousseff recebeu as credenciais da nova embaixadora venezuelana, Maria Lourdes Urbaneja Durant. A cerimônia foi realizada nesta sexta-feira, um dia depois da prisão do prefeito metropolitano de Caracas, Antonio Ledezma, um dos maiores críticos do governo de Nicolás Maduro. O opositor foi levado pela polícia chavista em uma ação truculenta, que envolveu vários homens e envolveu agressão ao político. Maduro disse que ele responderá pela vaga acusação de cometer "delitos contra a paz".

Questionada se não havia constrangimento em receber as credenciais da embaixadora de um país que executa prisões de políticos contrários ao governo, a presidente voltou a recorrer ao discurso de não interferência. "Não posso receber um embaixador baseado nas questões internas do país. Eu recebo os embaixadores baseado nas relações que estabelecem com o Brasil", declarou, acrescentando que "o foco" do Brasil é fundamentalmente as relações que mantém com aquele país.

O próprio Ledezma cobrou várias vezes uma palavra de repúdio da presidente brasileira sobre os abusos sofridos pela oposição venezuelana. Durante a onda de protestos contra Maduro, no ano passado, ele postou: “Você esteve presa por três anos, sofreu um stress feroz, inimaginável, tal como sofrem nossos estudantes, Dilma. Não seja cúmplice, por favor".

Mas Dilma voltou a silenciar, e ainda fez questão de mostrar que a situação da Venezuela é completamente diferente da Indonésia, que já executou um brasileiro condenado por tráfico no mês passado e incluiu um segundo brasileiro na fila da morte, sem aceitar os apelos do governo brasileiro para transferi-lo para um hospital psiquiátrico. "O foco nosso é fundamentalmente essas relações e é isso que explica o fato da gente ter postergado o recebimento das credenciais da Indonésia".

http://veja.abril.com.br/noticia/mundo/dilma-aceita-credenciais-da-venezuela-e-repete-discurso-de-nao-interferencia

Offline Moro

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Re:Indonésia executa brasileiro
« Resposta #231 Online: 21 de Fevereiro de 2015, 23:23:02 »
La vai a idiota gerar mais prejuízo para o Brasil. Não consigo mais pronunciar ou teclar o nome dela porque me dá ânsia de vômito, só consigo chamá-la de idiota ou imbecil.
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Offline Gigaview

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Re:Indonésia executa brasileiro
« Resposta #232 Online: 21 de Fevereiro de 2015, 23:47:26 »
La vai a idiota gerar mais prejuízo para o Brasil. Não consigo mais pronunciar ou teclar o nome dela porque me dá ânsia de vômito, só consigo chamá-la de idiota ou imbecil.

2
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Gigaview

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Re:Indonésia executa brasileiro
« Resposta #233 Online: 22 de Fevereiro de 2015, 03:14:55 »
A presença sombria do Marco Aurélio Garcia, sempre atrás da ...

(desculpe vomitei)

também me dá calafrios, tonteiras e pesadelos.
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Moro

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Re:Indonésia executa brasileiro
« Resposta #234 Online: 22 de Fevereiro de 2015, 03:20:43 »
esse é nojento. É o Rasputin do PT.
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Offline Pasteur

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Re:Indonésia executa brasileiro
« Resposta #235 Online: 23 de Fevereiro de 2015, 18:27:24 »
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Indonésia espera pedido de desculpas do Brasil e analisa cooperação bilateral

A Indonésia espera um pedido de desculpas do governo brasileiro pelo adiamento da apresentação das credenciais do embaixador indonésio no Brasil e está analisando todas as áreas da cooperação bilateral, disse hoje (23) o porta-voz da diplomacia indonésia, Armanatha Nasir, à Agência Lusa.

O porta-voz da diplomacia indonésia disse à Lusa que "um pedido de desculpa está subjacente" na declaração enviada ao governo brasileiro sobre os passos que deve tomar para resolver a situação diplomática criada pelo adiamento da apresentação das credenciais do embaixador indonésio, Toto Riyanto.

Armanatha Nasir falou com os jornalistas após uma reunião no Ministério dos Negócios Estrangeiros da Indonésia, na qual o embaixador Toto Riyanto relatou o que ocorreu.

O diplomata foi chamado a Jacarta, após a presidenta Dilma Rousseff ter adiado na sexta-feira (20) o recebimento das suas credenciais. “Achamos que é importante que haja uma evolução na situação para que a gente tenha clareza em que condições estão as relações da Indonésia com o Brasil. O que nós fizemos foi atrasar um pouco o recebimento de credenciais, nada mais que isso”, explicou a presidenta após a cerimônia.

"Trata-se de um passo muito extraordinário e antidiplomático", disse Armanatha Nasir, explicando que Toto Riyanto foi convidado formalmente para apresentar suas credenciais e, quando já se encontrava no Palácio do Planalto, "foi-lhe dito que tal entrega não iria acontecer".

Dilma recebeu as credenciais dos embaixadores da Venezuela, do Panamá, de El Salvador, do Senegal e da Grécia.

Em resposta, o governo indonésio enviou uma declaração às autoridades brasileiras informando que chamou Toto Riyanto de volta "até que o governo do Brasil determine quando as credenciais deverão ser apresentadas" e onde constam todos os "passos que devem ser tomados pelo Brasil", disse o porta-voz, sem dar mais detalhes.

"Todos os aspectos das nossas relações estão atualmente sendo analisados e revistos, bem como o que poderemos fazer para seguir em frente e o que precisa ser feito nos próximos meses, semanas e dias", disse Armanatha Nasir.

O diretor-geral para os Assuntos Europeus e Americanos no Ministério dos Negócios Estrangeiros indonésio, Dian Triansyah Djani, que também falou com os jornalistas, destacou que a Indonésia "é um país amigável", mas "toda a cooperação deve ser baseada no respeito mútuo e na aceitação da sua soberania".

A diplomacia indonésia convocou o embaixador brasileiro no país, Paulo Soares, logo após a recusa das credenciais para transmitir a sua nota de protesto em relação ao que ocorreu, que qualificou de "inaceitável".

Armanatha Nasir ressaltou que a Indonésia tem explicado ao Brasil, "em nível técnico, em nível ministerial e até em nível dos chefes de Estado", que a condenação de dois brasileiros à pena de morte é uma questão de "implementação da lei" indonésia. "Esperamos que eles entendam isso", acrescentou o porta-voz.

Em janeiro, a execução de Marco Archer por tráfico de drogas gerou mal-estar entre os dois países, após Dilma ter falado com o presidente indonésio, Joko Widodo, pedindo clemência. Outro brasileiro, Rodrigo Gularte, que também foi condenado por tráfico de drogas, está no corredor da morte.

Atualmente, o Brasil e a Indonésia estão também divididos em um contencioso no âmbito da Organização Mundial do Comércio relativo ao bloqueio à carne bovina brasileira, que vigora na Indonésia desde 2009.

Jacarta e Brasília têm acordos em várias áreas, desde defesa até proteção das florestas, sendo que a Indonésia é o principal parceiro comercial do Brasil no Sudeste Asiático.

A Agência Brasil entrou em contato com a assessoria de imprensa do Ministério das Relações Exteriores, mas não obteve retorno até o fechamento da reportagem.

Fonte

Offline Pasteur

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Re:Indonésia executa brasileiro
« Resposta #236 Online: 19 de Março de 2015, 15:08:40 »
A Austrália está pressionando Jacarta para reverter as penas de morte de 2 de seus cidadãos em penas de prisão perpétua, se oferecendo a arcar com as despesas dessa prisão, o que foi negado. Se fosse a Dilma, enlameada de corrupção e incompetência que está, o mundo cairia em cima de sua cabeça. Sou favorável de o país pressionar para evitar essa pena para proteger o seu cidadão, ainda que este não seja um exemplo de virtudes. O problema foi a maneira humilhante como dispensou o diplomata.

Offline Agnoscetico

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Re:Indonésia executa brasileiro
« Resposta #237 Online: 19 de Março de 2015, 19:08:23 »
Pra aqueles que acham q deveriam liberar drogas dizendo que alcool ja é uma droga liberada e nao há trafico etc. Independente disso, o consumo de alcool aumentou entre mulheres e destroi mais vidas.

Se isso ja acontece com alcool liberado imagina com droga liberada:

http://epoca.globo.com/vida/noticia/2015/03/bmulheresb-que-bebem-demais.html

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Mulheres que bebem demais

As estatísticas mostram que as mulheres nunca beberam tanto, nem começaram a beber tão cedo. O alcoolismo não é mais um flagelo exclusivo dos homens

Luciana – esse não é seu nome verdadeiro, mas as outras informações a seu respeito são exatas – está internada, pela terceira vez em dois anos, numa clínica de recuperação para dependentes químicos no Rio de Janeiro. “Na primeira vez que vim para cá, sentia tremores, meu coração disparava, tinha lapsos de memória e anemia”, diz Luciana. “Quero me fortalecer para voltar às aulas.” Luciana vai para o 5º semestre de psicologia. Diz que a vontade que sente de ir à faculdade é uma conquista. Durante 20 anos, ela viveu afundada na bebida. “Bebia por tédio ou bebia para não comer, por medo de engordar. Depois, bebia porque não conseguia ficar sem”, diz. Na clínica em que Luciana está internada, há fila de espera para a ala feminina. “Em pouco mais de dez anos, aumentamos o número de leitos para as mulheres de seis quartos para 26 e ainda não conseguimos atender à procura”, diz o psiquiatra Jorge Jaber, dono da clínica. “O número de mulheres triplicou, enquanto o de homens aumentou em 50% nesse período.”

 Essa não é a única constatação assustadora que emerge do encontro entre as mulheres e a bebida. Estudos recentes realizados dentro e fora do Brasil sugerem que está em formação uma tempestade perfeita, capaz de elevar dramaticamente a incidência de alcoolismo feminino. O primeiro dado alarmante revelado pelas pesquisas é que as mulheres estão bebendo mais do que jamais beberam, e que o problema se agrava ano a ano. As estatísticas também mostram que o hábito de se embriagar está começando mais cedo do que antes. Na adolescência, as meninas já bebem mais do que os meninos, algo que não se percebia no passado. Não se trata de um problema de pessoas mal informadas ou pouco instruídas. Os números são claros ao mostrar que o consumo excessivo de bebida entre as mulheres se concentra no topo da pirâmide de renda, nas famílias de classe média alta. Outra péssima notícia é que a sociedade ainda não sabe lidar com esse drama. Assim como a causa do alcoolismo entre as mulheres difere da causa entre os homens, o tratamento da doença também tem de ser outro, mas pouca gente entende isso.

>> Jairo Bouer: O perigo do álcool em casa para o jovem

Luana, de 17 anos – seu nome foi trocado, mas sua história é verdadeira –, começou a beber em casa, com os pais.  Há pouco mais de um ano, passou a beber em festas e na casa de amigos, com frequência. “Já dei três PTs (perda total, gíria para passar mal e desmaiar)”, diz ela. “É normal que isso ocorra até a gente conhecer os próprios limites.” Na verdade, longe de ser normal, esse comportamento é preocupante. Inúmeras pesquisas mostram que, quanto mais cedo se começa a beber, maiores são as chances de desenvolver dependência na vida adulta. A pesquisa mais recente, realizada na Austrália, acompanhou 2 mil jovens e concluiu que aqueles que começam a beber cedo (entre os 12 e os 13 anos) têm três vezes mais chances de se tornar dependentes do álcool depois dos 18. Com isso em mente, a situação das adolescentes brasileiras torna-se ainda mais preocupante. Segundo o Levantamento nacional de álcool e drogas, o Lenad, pela primeira vez na história do Brasil há uma faixa etária em que as mulheres bebem mais que os homens. O percentual de garotas entre 14 e 17 anos que consomem álcool pelo menos uma vez por semana, todas as semanas, cresceu de 69% para 74%, em seis anos. O de homens permaneceu estável em 69%. Os dois percentuais são altíssimos. Os médicos não sabem exatamente por que isso ocorre, mas lembram que as meninas nessa fase tendem a ser mais maduras que os meninos. Elas parecem mais velhas, andam com pessoas mais velhas e frequentam ambientes em que o consumo do álcool é liberado.
 
Elas começam cada vez mais cedo (Foto: época )

Os pais acreditam proteger crianças e adolescentes introduzindo a bebida no ambiente controlado da casa, mas isso parece ser um erro. “O que eles fazem é autorizar que o adolescente comece a beber cada vez mais cedo”, diz Ana Cecília Marques, psiquiatra da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Outras distorções ocorrem dentro das famílias. Enquanto os pais se preocupam em educar os garotos para tomarem cuidado com álcool, violência e trânsito, com as meninas as prioridades são outras. Sexo e segurança na rua são os assuntos mais abordados. O álcool ainda não é uma das preocupações, embora devesse ser. Um teste feito pela Unifesp pediu a meninos e meninas entre 12 e 15 anos para comprar bebida alcoólica em bares do interior de São Paulo. Os garotos não conseguiram, mas a maioria das meninas conseguiu. Aparentemente, elas despertam menos suspeita de abusar de álcool que os garotos – embora os números mostrem que isso não é mais verdade. Diz Ana Cecília, da Unifesp: “O comportamento das adolescentes brasileiras em relação ao álcool sugere que um número ainda maior de mulheres virá a ter problemas com álcool nos próximos anos”.

O crescimento do consumo de bebidas entre as mulheres é um fenômeno mundial subterrâneo. Ele chama a atenção de especialistas, mas não provoca alarme ou mobilização na sociedade. Talvez porque os homens ainda bebam muito mais que as mulheres e façam mais barulho. Mas o número de mulheres que bebem aumentou dramaticamente nas últimas décadas. Há 30 anos, havia 20 homens que bebiam demais para cada mulher que fazia o mesmo. No fim da década de 1990, a proporção mudou para 14 homens para cada mulher. No ano passado, em seu estudo mais recente sobre o assunto, de abrangência mundial, a Organização Mundial de Saúde (OMS) constatou que, de cada cinco pessoas que consomem bebidas alcoólicas de forma pesada, uma é mulher. A evolução é assustadora – e não é a única que aponta na mesma direção.

>> A multiplicação das drogas

As mulheres engordam todas as estatísticas relacionadas ao consumo de álcool. Em 2005, o álcool foi a causa direta de 1,1% das mortes de mulheres em todo o mundo. No último relatório da OMS esse percentual subiu para 4,4%. Entre os homens, as mortes causadas pelo álcool passaram de 6,2% para 7,6%. O aumento foi menor. As pesquisas brasileiras confirmam as tendências globais. Enquanto o percentual de jovens entre 14 e 17 anos que bebem mais de cinco doses num único dia caiu (foi de 31% em 2006 para 24% em 2012), o de mulheres aumentou de 11% para 20%. Entre os adultos, o número de homens alcoólatras caiu de 13,60% para 10,48%, o de mulheres não só não diminuiu como apresentou um leve aumento: passou de 3,38% para 3,63%. Enquanto eles freiam, elas aceleram.

 Essas estatísticas não significam necessariamente dependência do álcool. Mas algumas mulheres se tornam alcoólatras – e quem é alcoólatra precisa de ajuda. Livrar-se da dependência química raramente é apenas um ato de vontade. O problema é que são poucos os que pedem socorro. Apenas 18% dos homens buscam auxílio voluntariamente. Entre as mulheres, a proporção é ainda menor: somente 5% pedem ajuda espontaneamente. A principal razão é que levam muito tempo para se reconhecer como alcoólatras. A proporção dos que chegam ao fim de um tratamento de dependência é de cinco homens para uma mulher – e não são apenas os desafios inerentes a largar o vício que levam as mulheres a desistir.
 
O problema afeta principalmente a classe média (Foto: época )

A alcoólatra tem dificuldade em encontrar opções de tratamento. Os centros de ajuda têm programas montados por homens e para os homens. Eles se preocupam com as questões que levam os homens para a bebida: perda de emprego, endividamento, traição, separação. As motivações femininas são outras, subjetivas. Elas se sentem sozinhas (independentemente de terem ou não alguém), desestimuladas, melancólicas, ansiosas ou entediadas. Bebem porque ficam mais leves e alegres com o efeito do álcool. A jornalista americana Giselle Glaser passou quatro anos investigando as causas do aumento do consumo de álcool entre as americanas. O resultado está no livro Her best kept secret (Seu segredo mais bem guardado), lançado em 2012. Ela dedica metade de seu livro às dificuldades que as mulheres enfrentam em ser atendidas nas redes dos Alcoólatras Anônimos e de programas públicos de auxílio nos Estados Unidos. “A maioria das mulheres não se sente apoiada nos centros de recuperação de drogados, porque eles não abordam os problemas que as afetam”, diz ela. “As mulheres têm motivações, organismos e cobranças diferentes.” No Brasil, as críticas são parecidas. Ana Cecília Marques, da Unifesp, diz que não há tratamentos concebidos para as necessidades psicológicas e práticas das mulheres. Seria importante, por exemplo, oferecer cuidadores para seus filhos enquanto elas se tratam. Tampouco há remédios ajustados para o organismo delas. “Precisamos de uma política integral para o tratamento feminino”, afirma.

Várias razões contribuíram para o aumento do consumo de álcool entre as mulheres. Ele resulta, antes de mais nada, das mudanças culturais que ocorreram no universo feminino. Sobretudo o fato de as mulheres saírem de casa para trabalhar e começarem a sofrer estresse profissional. Elas passaram a ter seu próprio dinheiro, maior liberdade de escolha e mais desafios – ao mesmo tempo que continuam a ser responsáveis por quase tudo dentro de casa. Separadamente, a maior parte dessas atribuições são conquistas. Juntas, funcionam como uma câmera de alta pressão. Nunca antes a mulher precisou de tanta ajuda para desligar e relaxar.

Aí entra a segunda razão para o aumento da bebedeira entre as mulheres: o uso do álcool como ansiolítico. “Ele é usado, sobretudo, para diminuir o estresse do dia a dia”, diz Giselle Glaser. “Essa é uma porta de entrada importante para o mundo do consumo abusivo.” Muitas mulheres usam a bebida para lidar com sintomas de depressão. O álcool é usado de forma combinada com drogas próprias para o tratamento da doença ou como alívio para crises entre as vítimas que não têm acompanhamento médico. Nas duas situações, é uma armadilha. No momento em que a bebida faz efeito, a sensação é de relaxamento. Mas, em poucas horas, o bem-estar dá lugar a irritabilidade, insônia e sintomas fortes de ansiedade, seguidos de melancolia. “Com o tempo, o álcool ajuda a piorar os casos de depressão”, diz o psiquiatra Jorge Jaber. “É muito comum também que o alcoólatra desenvolva depressão aguda.”

Outro fator que contribui para aumentar o risco de dependência nas mulheres é o hábito de beberem sozinhas. Historicamente, o preconceito manteve as mulheres longe de bares e do consumo em público – e incentivou o consumo exagerado e oculto dentro de casa. Diversos estudos mostram que ficar sozinha com o copo dificulta o controle. “O grupo funciona como uma forma de regulação. As mulheres que se habituam a beber sozinhas têm apenas sua própria consciência como moderador de quantidade”, diz o médico psiquiatra Arthur Guerra, presidente do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool. “E esse moderador é facilmente anestesiado pela própria bebida.” O depoimento das dependentes confirma o diagnóstico médico. “Na frente do meu marido, eu tomava uns dois traguinhos, à noite. Mas, enquanto ele estava no trabalho, bebia de 3 a 4 litros de pinga por dia”, diz a pedagoga gaúcha Luiza – o nome é falso –, hoje com 70 anos. “Eu me automedicava para evitar o tremor do corpo. Ele só descobriu que eu era alcoólatra uns dez anos depois.”

Embora as mulheres caminhem para beber tanto quanto os homens, elas não têm a genética adequada para esse tipo de abuso. O organismo feminino é mais suscetível aos efeitos nocivos da bebida. Por ter maior concentração de gordura corporal (que ajuda a absorver o álcool) e menor quantidade de água em circulação (que permite dissipá-lo), a concentração alcoólica no sangue da mulher costuma ser maior, ainda que ela tome a mesma dose de bebida que o homem. O corpo feminino possui uma quantidade menor de enzimas que metabolizam o álcool no estômago, a desidrogenase. Por isso a bebida segue para a corrente sanguínea sem ter sido totalmente digerida e dá mais trabalho para o fígado. Isso aumenta as chances de as mulheres desenvolverem doenças hepáticas em menos tempo de uso da bebida. A terceira diferença é a forma como o etanol afeta os liberadores dos hormônios femininos, os neuroesteroides. Esse desequilíbrio hormonal afeta o sistema nervoso central. Em cinco anos de consumo excessivo, elas tendem a apresentar sintomas como lapsos de memória, desequilíbrio motor, problemas hepáticos e depressão. Os homens demoram 15 anos para chegar ao mesmo desastre. Entre as grávidas não há medida segura para o consumo de álcool.

Nos últimos anos, o maior crescimento do uso de bebida entre as mulheres ocorreu nas classes sociais abastadas. O percentual de bebedoras regulares entre elas é de 63,6%, enquanto nas classes mais baixas não chega a 12%. Entre as mais ricas, o percentual de bebedoras pesadas é de 13,4%, enquanto nas classes C, D e E o percentual varia entre 2,6% e 5,4%, de acordo com a OMS. Por quê? Ainda não se sabe exatamente. Os estudiosos dizem que o ambiente em torno das mulheres de classe alta incentiva o consumo de bebida. Há mais tolerância e mais oportunidades. Até a gastronomia funciona como porta de entrada para o consumo de álcool. Entre as mulheres pobres, a exposição à bebida é menor, inclusive por motivos religiosos.

Na falta de políticas públicas, o apoio da família e de amigos é essencial – inclusive para reconhecer o problema. A comerciante paulista Ivete Maria da Silva, de 39 anos, largou a faculdade, perdeu bons empregos e a guarda do primeiro filho por causa da bebida. “Sofria pelas perdas e pela culpa, mas não conseguia parar”, diz ela. “Só larguei depois que meu companheiro me pegou pela mão e me levou para a Associação Antialcoólica de São Paulo. Íamos juntos. Estou há dois anos limpa e hoje sou voluntária lá.”

A única maneira segura de evitar a dependência é diminuir o consumo, em quantidade e frequência. Algumas decisões ajudam. Fazer psicoterapia, praticar esportes de quatro a cinco vezes por semana e se engajar em trabalhos voluntários (que façam a pessoa sentir-se importante para os outros) são atividades úteis para reduzir o consumo de bebida. Para entender quando é hora de acender a luz amarela e mudar de hábitos, a melhor receita é ser franca consigo mesma.

 >> A multiplicação das drogas

É preciso, antes de mais nada, reconhecer que o consumo está saindo do controle. A Organização Mundial da Saúde recomenda que mulheres não consumam mais de duas doses de álcool por dia. Uma garrafa pequena de cerveja, a long neck, e uma taça de vinho têm uma dose cada. Um copo pequeno, com um único trago de pinga ou vodca, também equivale a uma dose. Essas são orientações gerais, mas a análise recomendada pelos médicos como a mais segura é individual. “Não estipulamos quantidade para reconhecer um quadro de dependência. O marcador é o efeito do álcool em cada consumidor”, diz Ana Cecília. “Se duas doses de vinho deixarem a pessoa embriagada, aquela não é uma quantidade moderada para ela, embora possa ser para muitos outros.”

>> Carl Hart: "O vício é efeito de um mundo doente, não a causa"

Observar, reconhecer e respeitar os limites do próprio corpo são medidas importantes para manter o álcool como fonte de prazer, não de doença. Se há algo que as mulheres podem aprender com os homens é que o álcool destrói.

« Última modificação: 19 de Março de 2015, 19:11:25 por Agnoscetico »

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Re:Indonésia executa brasileiro
« Resposta #238 Online: 19 de Março de 2015, 19:49:21 »
Pra aqueles que acham q deveriam liberar drogas dizendo que alcool ja é uma droga liberada e nao há trafico etc. Independente disso, o consumo de alcool aumentou entre mulheres e destroi mais vidas.

Se isso ja acontece com alcool liberado imagina com droga liberada:

http://epoca.globo.com/vida/noticia/2015/03/bmulheresb-que-bebem-demais.html

[...]

Eu acho absurdamente nonsense quem faz essa diferenciação entre álcool e droga.

Além do que, qual é a relação entre esse aumento do uso de álcool pelas mulheres e a liberação/não proibição do alcool? Como está o uso histórico de outras drogas, como cocaína e heroína entre as mulheres?

Você leu a sugestão do seu próprio texto sobre o que deve ser feito para diminuição do consumo? Dica: não era proibir.

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Re:Indonésia executa brasileiro
« Resposta #239 Online: 19 de Março de 2015, 20:26:48 »
Pra aqueles que acham q deveriam liberar drogas dizendo que alcool ja é uma droga liberada e nao há trafico etc. Independente disso, o consumo de alcool aumentou entre mulheres e destroi mais vidas.

Se isso ja acontece com alcool liberado imagina com droga liberada:

http://epoca.globo.com/vida/noticia/2015/03/bmulheresb-que-bebem-demais.html

[...]

Eu acho absurdamente nonsense quem faz essa diferenciação entre álcool e droga.

Além do que, qual é a relação entre esse aumento do uso de álcool pelas mulheres e a liberação/não proibição do alcool? Como está o uso histórico de outras drogas, como cocaína e heroína entre as mulheres?

Você leu a sugestão do seu próprio texto sobre o que deve ser feito para diminuição do consumo? Dica: não era proibir.

Tambem nao vi nada sobre liberar ou fazer apologia a alcool.
O texto é anti-propaganda pró-drogas.

E non-sense é a interpretação de quem leu como bem entende.

Alem do mais se com alcool ja é assim imagina com outras drogas liberadas. Contrariando o que muita gente pensa sobre o que é liberado cai no consumo se mostra um engano no caso do alcool.

Ainda disseram tambem que o alcool é liberado entao porque nao liberar drogas? Resposta: Dois errados nao faz um certo. Ja nao basta o estrago do alcool e ainda querem somar mais estragos.












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Re:Indonésia executa brasileiro
« Resposta #240 Online: 19 de Março de 2015, 21:18:01 »
O aumento do álcool entre as mulheres tem a ver com a "liberação" feminina, tempos atrás era considerado feio mulheres bebendo, uma coisa reprovada pela sociedade, hoje em dia isso diminuiu drasticamente, assim o mercado se estendeu a elas, causando um aumento no consumo. Com as drogas não existe essa alteração de consumo, mulheres que querem usar drogas já o fazem, não existe motivo para acreditar que o consumo iria aumentar. E como já demonstrado, existem estudos que mostram a diminuição do número de usuários de maconha após a regulamentação, no Uruguai e em alguns estados americanos.
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Re:Indonésia executa brasileiro
« Resposta #241 Online: 19 de Março de 2015, 21:42:16 »
Barata, concordo quase integralmente, porém, a parte abaixo:

[...] Com as drogas não existe essa alteração de consumo, mulheres que querem usar drogas já o fazem, não existe motivo para acreditar que o consumo iria aumentar.[...]

Deveria seguir a mesma lógica do aumento do uso do álcool. É difícil acreditar que a mulherada já se emancipou tanto ao ponto de já ter se estabelecido na totalidade de usuárias de drogas ilícitas, mas não ainda na do álcool. Deve haver crescimento, de acordo com a "liberação" feminina.

Já a liberação das drogas, é isso mesmo, estamos alinhados. Aliás, nem é questão de opinião.

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Re:Indonésia executa brasileiro
« Resposta #242 Online: 19 de Março de 2015, 21:47:08 »
O aumento do álcool entre as mulheres tem a ver com a "liberação" feminina, tempos atrás era considerado feio mulheres bebendo, uma coisa reprovada pela sociedade, hoje em dia isso diminuiu drasticamente, assim o mercado se estendeu a elas, causando um aumento no consumo. Com as drogas não existe essa alteração de consumo, mulheres que querem usar drogas já o fazem, não existe motivo para acreditar que o consumo iria aumentar. E como já demonstrado, existem estudos que mostram a diminuição do número de usuários de maconha após a regulamentação, no Uruguai e em alguns estados americanos.

Fala com tanta convicção sobre vicio feminino como se tivesse prova absoluta e nao tem.

Muita gente previa que nao haveria esse aumento de consumo de alcool entre mulheres e olha aí. Como voce pode prever o futuro e dizer que noa caso das drogas não haverá esse aumento entre mulheres tambem?






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Re:Indonésia executa brasileiro
« Resposta #243 Online: 19 de Março de 2015, 22:16:13 »


O aumento do álcool entre as mulheres tem a ver com a "liberação" feminina, tempos atrás era considerado feio mulheres bebendo, uma coisa reprovada pela sociedade, hoje em dia isso diminuiu drasticamente, assim o mercado se estendeu a elas, causando um aumento no consumo. Com as drogas não existe essa alteração de consumo, mulheres que querem usar drogas já o fazem, não existe motivo para acreditar que o consumo iria aumentar. E como já demonstrado, existem estudos que mostram a diminuição do número de usuários de maconha após a regulamentação, no Uruguai e em alguns estados americanos.

Fala com tanta convicção sobre vicio feminino como se tivesse prova absoluta e nao tem.

Muita gente previa que nao haveria esse aumento de consumo de alcool entre mulheres e olha aí. Como voce pode prever o futuro e dizer que noa caso das drogas não haverá esse aumento entre mulheres tambem?







Muita gente quem? Quem previa que não haveria aumento do consumo por mulheres? Eu traco estudos e pesquisas, você trás achismo e preconceito.
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Re:Indonésia executa brasileiro
« Resposta #244 Online: 19 de Março de 2015, 22:25:29 »
Barata, concordo quase integralmente, porém, a parte abaixo:

[...] Com as drogas não existe essa alteração de consumo, mulheres que querem usar drogas já o fazem, não existe motivo para acreditar que o consumo iria aumentar.[...]

Deveria seguir a mesma lógica do aumento do uso do álcool. É difícil acreditar que a mulherada já se emancipou tanto ao ponto de já ter se estabelecido na totalidade de usuárias de drogas ilícitas, mas não ainda na do álcool. Deve haver crescimento, de acordo com a "liberação" feminina.

Já a liberação das drogas, é isso mesmo, estamos alinhados. Aliás, nem é questão de opinião.

Drogas não são consumidas socialmente em público da mesma maneira que álcool, as pessoas não vão em bares usar drogas. Enquanto homens frequentavam bares e mulheres ficavam em casa, o consumo de álcool entre mulheres era pequeno, a poucas décadas elas começaram a frequentar esses ambientes e é óbvio que o consumo entre elas vai aumentar até que atinja um teto. Já com as drogas, não existiu esse movimento de sair de casa para consumir, nem entre homens e nem entre mulheres, o consumo dela é mais ou menos privado, a reprovação social para usuários é a mesma, seja homem ou mulher, diferente do álcool, onde até hoje tem gente que acha que mulher que bebe "não é de respeito". Por isso que eu acho que essa barreira entre os sexos não acontece com as drogas.
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Re:Indonésia executa brasileiro
« Resposta #245 Online: 19 de Março de 2015, 23:01:12 »
Barata, concordo quase integralmente, porém, a parte abaixo:

[...] Com as drogas não existe essa alteração de consumo, mulheres que querem usar drogas já o fazem, não existe motivo para acreditar que o consumo iria aumentar.[...]

Deveria seguir a mesma lógica do aumento do uso do álcool. É difícil acreditar que a mulherada já se emancipou tanto ao ponto de já ter se estabelecido na totalidade de usuárias de drogas ilícitas, mas não ainda na do álcool. Deve haver crescimento, de acordo com a "liberação" feminina.

Já a liberação das drogas, é isso mesmo, estamos alinhados. Aliás, nem é questão de opinião.

Drogas não são consumidas socialmente em público da mesma maneira que álcool, as pessoas não vão em bares usar drogas. Enquanto homens frequentavam bares e mulheres ficavam em casa, o consumo de álcool entre mulheres era pequeno, a poucas décadas elas começaram a frequentar esses ambientes e é óbvio que o consumo entre elas vai aumentar até que atinja um teto. Já com as drogas, não existiu esse movimento de sair de casa para consumir, nem entre homens e nem entre mulheres, o consumo dela é mais ou menos privado, a reprovação social para usuários é a mesma, seja homem ou mulher, diferente do álcool, onde até hoje tem gente que acha que mulher que bebe "não é de respeito". Por isso que eu acho que essa barreira entre os sexos não acontece com as drogas.

Uai, Barata, mas usar drogas ilícitas tem tudo a ver com ir pra rua. E até onde eu sei, to no bar fica dificil de colocar pesquisa aqui, homens usam mais drogas ilícitas do que as mulheres.

Realmente não entendo seu motivo pra achar o contrário e nem to a fim de uma discussão gigante, com direito a proibição de mudança de opinião, contigo sobre esse ponto quase não verificável.

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Re:Indonésia executa brasileiro
« Resposta #246 Online: 19 de Março de 2015, 23:15:14 »
Barata, concordo quase integralmente, porém, a parte abaixo:

[...] Com as drogas não existe essa alteração de consumo, mulheres que querem usar drogas já o fazem, não existe motivo para acreditar que o consumo iria aumentar.[...]

Deveria seguir a mesma lógica do aumento do uso do álcool. É difícil acreditar que a mulherada já se emancipou tanto ao ponto de já ter se estabelecido na totalidade de usuárias de drogas ilícitas, mas não ainda na do álcool. Deve haver crescimento, de acordo com a "liberação" feminina.

Já a liberação das drogas, é isso mesmo, estamos alinhados. Aliás, nem é questão de opinião.

Drogas não são consumidas socialmente em público da mesma maneira que álcool, as pessoas não vão em bares usar drogas. Enquanto homens frequentavam bares e mulheres ficavam em casa, o consumo de álcool entre mulheres era pequeno, a poucas décadas elas começaram a frequentar esses ambientes e é óbvio que o consumo entre elas vai aumentar até que atinja um teto. Já com as drogas, não existiu esse movimento de sair de casa para consumir, nem entre homens e nem entre mulheres, o consumo dela é mais ou menos privado, a reprovação social para usuários é a mesma, seja homem ou mulher, diferente do álcool, onde até hoje tem gente que acha que mulher que bebe "não é de respeito". Por isso que eu acho que essa barreira entre os sexos não acontece com as drogas.

Uai, Barata, mas usar drogas ilícitas tem tudo a ver com ir pra rua. E até onde eu sei, to no bar fica dificil de colocar pesquisa aqui, homens usam mais drogas ilícitas do que as mulheres.

Realmente não entendo seu motivo pra achar o contrário e nem to a fim de uma discussão gigante, com direito a proibição de mudança de opinião, contigo sobre esse ponto quase não verificável.

Eu não acho o contrário e nem disse o contrário. Mulheres usam menos drogas que homens e bebem menos também, isso é indiscutível. O que eu disse é que usuários de drogas não sofrem preconceito diferente de acordo com o sexo, homens e mulheres são julgados mais igualmente, quem usa drogas não presta e ponto, enquanto no consumo de álcool ainda se tem certos preconceitos com mulheres que consomem, homens podem beber e é incentivado, mulheres que bebem não valem nada. Isso esta diminuindo, e por isso aumento de mulheres em bares.
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Offline Agnoscetico

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Re:Indonésia executa brasileiro
« Resposta #247 Online: 20 de Março de 2015, 00:37:13 »
Barata, concordo quase integralmente, porém, a parte abaixo:

[...] Com as drogas não existe essa alteração de consumo, mulheres que querem usar drogas já o fazem, não existe motivo para acreditar que o consumo iria aumentar.[...]

Deveria seguir a mesma lógica do aumento do uso do álcool. É difícil acreditar que a mulherada já se emancipou tanto ao ponto de já ter se estabelecido na totalidade de usuárias de drogas ilícitas, mas não ainda na do álcool. Deve haver crescimento, de acordo com a "liberação" feminina.

Já a liberação das drogas, é isso mesmo, estamos alinhados. Aliás, nem é questão de opinião.

Drogas não são consumidas socialmente em público da mesma maneira que álcool, as pessoas não vão em bares usar drogas. Enquanto homens frequentavam bares e mulheres ficavam em casa, o consumo de álcool entre mulheres era pequeno, a poucas décadas elas começaram a frequentar esses ambientes e é óbvio que o consumo entre elas vai aumentar até que atinja um teto. Já com as drogas, não existiu esse movimento de sair de casa para consumir, nem entre homens e nem entre mulheres, o consumo dela é mais ou menos privado, a reprovação social para usuários é a mesma, seja homem ou mulher, diferente do álcool, onde até hoje tem gente que acha que mulher que bebe "não é de respeito". Por isso que eu acho que essa barreira entre os sexos não acontece com as drogas.

Será mesmo? Tem uns que nem medo da reprovação social tem mais. Até em Portugal tem muita gente que usa droga a ceu aberto. Na Holanda como é liberado pessoas usam nas ruas.

Sobre mulher que bebe nao ser considerada de respeito e mulher que usa drogas nao sofrer esse preconceito carece de fontes e esse nao é o ponto.

Sobre uso de drogas ser mais privado:

https://www.youtube.com/watch?v=_kVN3KppWDw

Pode procurar mais que acha.
Hoje mulher nao tem mais essa de medo de opiniao publica. Cada coisa que fazem até pra se aparecer, sem dar minima pro que os outros acham. Se liberar droga ai que vao se lixar menos ainda.

Ja vi muita mulher bebada andando que nem doida nas ruas sem se importar com o que resto pensa - nao so no carnaval, mas até fora dessa epoca. Muitas mulheres nem vergonha de pagar mico tem mais:

<a href="http://www.youtube.com/v/NnDfASGkKSs" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/NnDfASGkKSs</a>
« Última modificação: 20 de Março de 2015, 00:47:08 por Agnoscetico »

Offline Barata Tenno

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Re:Indonésia executa brasileiro
« Resposta #248 Online: 20 de Março de 2015, 01:33:33 »
Sim, é mesmo. Você precisa perder essa mania de achar as exceções e achar que é regra. 10% dos brasileiros usa maconha, 4% usam crack e cocaína. Ou seja, apenas dos usuários de maconha, cocaína e crack o Brasil tem aproximadamente 28 milhões de usuários. Quantos desses saem desfilando nas ruas usando drogas? Uma minoria ínfima, a grande maioria faz uso privado. Tem vídeos de pessoas usando nas ruas, claro, mas a grande maioria não faz uso nas ruas.

E é exatamente o meu ponto, as mulheres estão perdendo o medo da opinião pública e esse é o motivo do aumento de consumo do álcool entre as mulheres.E você insiste em negar o fato de quem quiser usar drogas hoje, usa. Ser contra a lei não é um impedimento.

E pela milésima e última vez, não vou repetir. Estudos em países diferentes mostram que a regulamentação do uso da maconha diminuiu o número de usuários, diminuiu a violência e aumento de arrecadação aos cofres públicos.

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Offline Moro

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Re:Indonésia executa brasileiro
« Resposta #249 Online: 20 de Março de 2015, 01:51:52 »
Baratta, discordo que as mulheres tenham sofram essa pressão. Sinceramente, não vejo, nem perto disso.
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

Peter Boghossian

Sacred cows make the best hamburgers

I'm not convinced that faith can move mountains, but I've seen what it can do to skyscrapers."  --William Gascoyne

 

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