Hugo, você sabia que não importa muito a "licitude" de como o Lula recebeu esse dinheiro: se estiver provado que esse dinheiro veio de origem ilícita, ele será denunciado do mesmo jeito? É como nos esquemas de doação de campanha, e não há nada de excepcional nisso, já que isso é tipificado como LAVAGEM DE DINHEIRO, coisa que os militantes petistas parecem ter dificuldades de compreender.
Certo, concordo. Ocorre que é lícito e NÃO foi provado que veio de origem ilícita. E aí?
Hugo, você não acha estranho que as empreiteiras que se beneficiaram dos esquemas de corrupção ocorridos na Petrobrás durante os governos petistas (escândalos que exigiram a participação da alta cúpula do governo petista para ocorrerem), e justo essas empresas, OAS e Odebretch, tenham pago ao Lula 200 mil reais por palestras de 2 horas cada, além de reformarem o sítio de Atibaia e o Triplex, e pagarem o armazenamento do acervo do Lula e suas viagens de jatinho?
Está mais do que provado que Lula recebeu benefícios dessas empresas, e junte isso ao simples fato de que ele foi delatado por diversas pessoas que estiveram envolvidas diretamente no esquema de corrupção, e que Lula, como chefe de governo, era quem determinava com quais empresas a Petrobrás fecharia contrato (mesmo que esse poder seja delegado aos diretores da Petrobrás, Lula poderia indicar quem quisesse para a
diretoria da Petrobrás, bastando à ele indicar alguém de sua confiança para o cargo), teremos evidências fortes o suficientes para condená-los por corrupção passiva, no mínimo.
Ricardo Brandt, Julia Affonso e Fausto Macedo
24 Abril 2017 | 14h06
OAS pagou mais de US$ 1 milhão a Lula por palestras no exterior
No interrogatório a que foi submetido pelo juiz Sérgio Moro, na quinta-feira, 20, Léo Pinheiro revelou que empreiteira bancou eventos do ex-presidente em meio à reforma milionária do triplex no Guarujá
O empresário Léo Pinheiro, da OAS, disse que a empreiteira ‘pagou mais de US$ 1 milhão’ ao ex-presidente Lula por palestras no exterior. Ao todo, disse o ex-presidente da OAS, foram cinco eventos, ou US$ 200 mil por palestra. No interrogatório a que foi submetido pelo juiz Sérgio Moro na quinta-feira, 20, Léo Pinheiro falou das palestras quando explicava detalhes até então desconhecidos da Lava Jato sobre o triplex do Condomínio Solaris, no Guarujá – cuja propriedade a força-tarefa do Ministério Público Federal atribui a Lula, o que é negado por sua defesa.
“A relação com o ex presidente era minha, a relação com o Paulo Okamotto (presidente do Instituto Lula) era minha. Estive com o o Paulo Okamotto e o João Vaccari (ex-tesoureiro do PT, preso na Lava Jato desde abril de 2015), como nós íamos operacionalizar isso, mas a reforma já tinha sido feita e gasta”, afirmou Léo Pinheiro
O empresário disse que ‘avisou’ o ex-tesoureiro do PT. “Eu avisei o João Vaccari, eu não posso continuar, um investimento muito alto. Para ter uma ideia, só para esclarecer um pouco mais o que estou dizendo, o lucro daquele empreendimento práticamente estava indo embora na reforma que estava fazendo em um apartamento só, eram cento e tantos, tinha que ser dada uma solução e foi dada a solução.”
Neste trecho do depoimento, Léo Pinheiro revelou a origem dos recursos que, segundo ele, a OAS teria investido nas obras do triplex. Ele incluiu contratos da empreiteira com a Petrobrás no âmbito da Refinaria Abreu e Lima (Renest), em Pernambuco – primeiro grande contrato da estatal petrolífera que a Polícia Federal apontou irregularidades na Lava Jato.
“A OAS Empreendimentos não teve prejuízo na reforma poque foi paga através da Renest da obra da Petrobrás, num encontro de contas, dela e de outras obras.”
“Eu procurei o João Vaccari algumas vezes, ao Paulo Okamotto, de como iríamos operacionalizar prá passar no nosso nome. Tínhamos um elo entre o Instituto Lula com várias doações feitas, estão aí todas declaradas. E as palestras no exterior, fizemos, senão me falha a memória, cinco palestras. Só a OAS pagou em palestras mais de um milhão de dólares”, revelou o empreiteiro.
“Foram dadas as palestras?”, questionou o criminalista Cristiano Zanin Martins, defensor de Lula.
“Foram dadas, ninguém está falando o contrário”, respondeu Léo Pinheiro. “Existia um vínculo comercial que poderia ser resolvido isso, já existia um hábito, transações comerciais entre a OAS, o Instituto Lula e as palestras, mas nunca foi resolvido esse assunto.”
Fonte onde consta essa reportagem e mais os vídeos da delação de Léo Pinheiro