Autor Tópico: Lava Jato chegou ao Lula  (Lida 208169 vezes)

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Offline Pedro Reis

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Re:Lava Jato chegou ao Lula
« Resposta #5525 Online: 28 de Abril de 2019, 18:25:36 »
Para Saturno permanecer 4 anos em Peixes seria preciso reestruturar todo o sistema solar e reinventar a mecânica celeste.

Então... o Olavismo já está trabalhando nisso.


Offline Fenrir

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Re:Lava Jato chegou ao Lula
« Resposta #5526 Online: 28 de Abril de 2019, 18:34:12 »
Citar
Lembro do mula ter falado na época que o filho dele era um gênio, um 'ronaldinho dos negócios'.

O safado era o gênio das palestras milionárias, o filhote era um gênio dos negócios e a Dona Marisa era um gênio dos projetos de cozinha.

E eu sou um gênio em sereumesmo-logia. Inclusive converso o tempo todo com meu espírito/alma.
Cade meus milhões? Deve ser porque quando nasci Sedna estava em Touro e Eris em Cetus, condenando-me irremediavelmente a ser um fenrir qualquer num fórum cético qualquer!
"Nobody exists on purpose. Nobody belongs anywhere. Everybody's gonna die. Come watch TV" (Morty Smith)

"The universe is basically an animal. It grazes on the ordinary. It creates infinite idiots just to eat them." (Rick Sanchez)

Offline Agnoscetico

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Re:Lava Jato chegou ao Lula
« Resposta #5527 Online: 28 de Abril de 2019, 22:56:23 »

Viram essa?

Henry Bugalho disse que talvez fosse melhor Lula se exilar e não ter se submetido ao sistema






Offline JJ

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Re:Lava Jato chegou ao Lula
« Resposta #5528 Online: 29 de Abril de 2019, 08:45:32 »

Viram essa?

Henry Bugalho disse que talvez fosse melhor Lula se exilar e não ter se submetido ao sistema

[...]


Em termos de jogos de poder  o Lula cometeu vários erros (ele não é nenhum estrategista com conhecimentos teóricos necessários para que tivesse conseguido  solidificar e aumentar o poder que chegou a conquistar), e alguns se destacam:


1) Ter deixado a lei de ficha limpa andar no Congresso Nacional  (ele poderia tê-la barrado se tivesse ficado atento e tivesse o conhecimento teórico para fazê-lo enxergar que tal lei poderia não lhe ser favorável);


2) Ele e o PT terem deixado a lei da delação premiada andar no Congresso Nacional (foi no 1° mandato da Dilma, foi sancionada pela Dilma em 2013);


3) Ter deixado a Dilma concorrer em 2014 ao invés de ele concorrer (esse foi um se não o maior dos erros);


4) Depois de ter cometido o erro de ter deixado a Dilma concorrer, e após ela ganhar e assumir, deveria ter imediatamente assumido um cargo de ministro para assim tirar o caso das mãos do moro, antes que o caso tivesse crescido ainda mais (e assim poderia abafá-lo);


5) Por último,  depois que estava quase tudo perdido ainda sobrava-lhe a possibilidade de ter pedido asilo político num país amigo, mas ele também desperdiçou esta oportunidade, e assim seus inimigos puderam finalmente colocar os dentes no pescoço dele.



Enfim, falta de conhecimento teórico sobre quão ardilosos e perigosos  são os jogos de poder. 



« Última modificação: 29 de Abril de 2019, 09:44:57 por JJ »

Offline JJ

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Re:Lava Jato chegou ao Lula
« Resposta #5529 Online: 04 de Maio de 2019, 12:08:36 »

O Lula preso é um dos melhores bonecos de judas  (e/ou espantalho) que uma boa parte da direita brazuca  (especialmente a do tipo bolsomínia)  poderia ter a sua disposição.  É extremamente adequado, para culpar e para bater.  É uma verdadeira dádiva dos céus  (para os bolsominions). 



« Última modificação: 04 de Maio de 2019, 18:42:41 por JJ »

Offline JJ

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Re:Lava Jato chegou ao Lula
« Resposta #5530 Online: 04 de Maio de 2019, 12:11:23 »

26/03/2016 13h13 - Atualizado em 26/03/2016 13h13


Lula vira ‘Judas’ com boneco exposto em rua da Zona Leste de Macapá

Boneco foi colocado na esquina da Rua São José com Av. Mãe Luzia.

Malhação de Judas é neste Sábado de Aleluia (26), na Semana Santa.

Fabiana Figueiredo

Do G1 AP


O ex-presidente do país Luiz Inácio Lula da Silva ganhou destaque em uma das tradições da Semana Santa, em Macapá. O político virou o boneco que representa “Judas Iscariotes”, discípulo de Jesus, responsável por entregar Cristo para ser crucificado. A exposição e malhação de bonecos é tradição pelo país no Sábado de Aleluia (26).


O boneco que segurava uma placa escrita ‘Lula’ estava localizado na Rua São José, esquina com a Av. Mãe Luzia, no bairro Perpétuo Socorro, Zona Leste de Macapá. Até o momento em que a reportagem do G1 fez as fotos, o boneco ainda não havia sido malhado por populares, que também não quiseram gravar entrevistas.


[...]



http://g1.globo.com/ap/amapa/noticia/2016/03/lula-vira-judas-com-boneco-exposto-em-rua-da-zona-leste-de-macapa.html



 :hihi:


Offline Sergiomgbr

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Re:Lava Jato chegou ao Lula
« Resposta #5531 Online: 04 de Maio de 2019, 18:57:53 »
Melhor post copia e cola do duplamente J, esse do molusco virando Judas. Isso é um filão pra fazer muita grana no sabado de aleluia!
Até onde eu sei eu não sei.

Offline JJ

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Re:Lava Jato chegou ao Lula
« Resposta #5532 Online: 09 de Maio de 2019, 10:01:09 »
Que Lula mofe na prisão!



Tão logo saiu a condenação de Lula por Moro na Lava-Jato no último dia 12, o PT lançou uma nota oficial, afirmando que não havia provas suficientes para a condenação, que se tratava de um ataque às liberdades democráticas e de perseguição política a um grande e popular “líder”. Logo em seguida, praticamente toda a esquerda brasileira (do PSOL ao PCB, passando por diversas correntes) produziu notas contra a condenação de Lula, defendendo em linhas gerais os mesmos argumentos da nota do PT (todavia, fazendo críticas à política de “conciliação de classe” de Lula).


Rapidamente, criou-se um senso comum da “esquerda” em torno da nota do PT e da linha de defesa dos advogados de Lula. O quão esse senso comum é frágil, evidencia-se pelo fato de que grande parte dessa “esquerda” nem se deu ao trabalho de ler a peça condenatória de Moro. Algumas notas, inclusive, atacam o juiz de Curitiba valendo-se de argumentos que o próprio juiz expressamente descartou em seu texto (como o “power-point” dos procuradores da Lava-Jato).


Além do senso-comum da chamada “esquerda”, cabe analisar os documentos. Diferentemente do que falam os advogados de Lula, a condenação não se baseou apenas na delação de Léo Pinheiro, mas em fartas provas.


Aos fatos e às provas


Marisa Letícia, falecida ex-primeira dama, assinou no dia 12 de abril de 2005 um documento chamado “Proposta de adesão sujeita à aprovação”. Trata-se de uma proposta para entrada na sociedade de construção do prédio do Guarujá pela Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários, então presidida por João Vaccari Neto, depois tesoureiro do PT). O termo estava inicialmente preenchido como referente ao apartamento 174 (o triplex), mas foi rasurado, colocando-se acima deste o número 141. Este termo era uma cópia carbono do documento original depois encontrado na sede da Bancoop. O original estava igualmente rasurado (a rasura fora produzida quando o original e a cópia carbono estavam vinculados). Também na casa de Lula e Marisa foram encontrados outros documentos: um do dia primeiro de abril de 2005, assinado, de compra do apartamento 141, e outro do mesmo dia, de compra do apartamento 174, não assinado.


Todos esses documentos, por si só, destroem o argumento de Lula e seus advogados (conforme expresso pelo ex-Presidente em audiência diante de Moro), de que nunca houve intenção de compra do triplex, e de que possuíam apenas uma cota-parte indeterminada do empreendimento, sem qualquer referência a um dos apartamentos específicos. Todavia, aqui, apesar da grande incongruência, ainda não há prova da ocultação de patrimônio.


Deve-se agora levar em consideração o processo de transferência do empreendimento da Bancoop para a OAS em 2009 (ano em que a primeira entrou em graves problemas financeiros). De acordo com o documento de transferência dos direitos e obrigações da Bancoop para a OAS (documento de 08/10/2009, aprovado depois por todos os cooperados em assembleia, sem nenhum voto contrário), os cooperados teriam apenas duas opções:


1) demitir-se dos quadros de associados em até 10 dias e requerer a restituição do dinheiro já investido junto à Bancoop; ou


2) assinar um contrato de compra do imóvel com a OAS em até 30 dias, dando prosseguimento ao pagamento dos carnês de financiamento.


Lula e Marisa foram os únicos associados que, a rigor, não fizeram nem uma coisa nem outra e não foram cobrados por nada. Marisa simplesmente deixou de pagar os carnês de compra do imóvel nesse período de transferência da Bancoop para a OAS, ficando em situação irregular diante do acordo legal de todos os cooperados. Curiosamente, há uma carta da Bancoop à OAS de 15/02/2011 que trata justamente dos poucos cooperados que não regularizaram sua situação, e entre eles não constam nem Marisa Letícia nem Lula. Seis meses depois dessa carta, em petição oficial apresentada pela OAS ao Ministério Público em 29/08/2011, tratando do conjunto da massa falida da Bancoop adquirida pela OAS, esta afirma que, no que tange ao residencial de Guarujá, todos os 112 apartamentos foram vendidos, ou seja, não havia desistência.


Entretanto, não há qualquer documento de compra do imóvel 141 por parte de Marisa e Lula junto à OAS. Já a quebra do sigilo fiscal do ex-presidente Lula, no início de 2016, revelou que o imóvel 141 foi declarado em seu imposto de renda até 2015 (referente ao ano-calendário de 2014).


Apesar da petição da OAS junto ao Ministério Público em 2011 e apesar do imposto de renda de Lula, a defesa tentou argumentar algumas vezes que o casal havia desistido do imóvel anteriormente. Todavia, seus argumentos são muito contraditórios. Há dois documentos de desistência do imóvel, assinados por Marisa Letícia, apreendidos na sede da Bancoop, que supõe-se falsos. Um é de 2009 (estranhamente sem a data mais determinada) e o outro é de 2/12/2013 (ou seja, de quatro anos após o prazo legal de desistência, acordado na assembleia dos cooperados). Apesar desses documentos assinados de 2009 e 2013 (que contrariam a própria declaração de imposto de renda de Lula), a defesa deste afirmou em juízo que a desistência fora feita apenas em 2014. Já Marisa Letícia, em ação civil contra a OAS em 2016, afirmou que o pedido de desistência fora assinado apenas em novembro de 2015! Note-se que, apesar de tantos supostos pedidos de desistência acordados com a Bancoop, nenhum valor jamais foi restituído e o imóvel, como falamos, constava no IR de Lula. Somente no IR de 2016 (após o início das investigações) o imóvel não constou mais, especificando-se, inclusive, que não constava por conta do acordo de desistência.


No finalzinho de 2013, o prédio terminou de ser construído. Logo no começo de 2014, Lula e Marisa Letícia, acompanhados de gerente da OAS, foram ao imóvel 174 (agora renomeado como 164-A), o triplex. Menos de um mês depois, o imóvel entrou num grande processo de reforma personalizada. Note-se que o apartamento 141 (agora renomeado como 131) foi vendido diretamente pela OAS em 2014 a um terceiro (apesar de aparecer no IR de Lula como propriedade sua, e não da OAS). Note-se que o imóvel 164-A (o triplex) jamais foi colocado à venda, estando documentado como “reservado” em documentos de 2011 apreendidos na Bancoop.


Já começa a ficar claro aqui que o imóvel 141 (depois 131), declarado como de cerca de 200 mil reais, seria para ocultar o processo de aquisição do imóvel 174 (depois 164-A), o triplex. A intenção de ocultamento estava dada desde o início, desde 2005, quando o empreendimento era apenas da Bancoop. Não se deve esquecer que a Bancoop (Cooperativa dos Bancários) era presidida por João Vaccari Neto, bancário e sindicalista ligado a Lula. Vaccari, como se sabe, será em seguida tesoureiro do PT e peça-chave em praticamente todos os escândalos de corrupção desse partido. Quando à frente da Bancoop, Vaccari usou essa cooperativa dos bancários para desviar fundos para o PT. Os apartamentos 141 e 174 não são os únicos investigados nesse prédio por terem feito parte do esquema de Vaccari, mas também os outros três triplex desse prédio e mais três apartamentos menores, possivelmente vinculados diretamente a Vaccari, a seus familiares e a demais dirigentes petistas. Quando a Bancoop faliu, o esquema corrupto de Vaccari com o PT envolvendo o apartamento triplex foi transferido para o esquema corrupto da OAS com o PT, envolvendo a propina multimilionária do partido com as refinarias de Abreu e Lima e Getúlio Vargas. O dinheiro do apartamento foi abatido da conta de propina multimilionária que o PT tinha com a OAS.


Retornemos às reformas no triplex, que comprovam ainda mais a acusação do Ministério Público. São fartos os documentos que comprovam que a OAS contratou empresas para fazer reforma personalizada (serviço que, diga-se de passagem, a empreiteira nunca realizava). As reformas eram bastante grandes e caras, no valor de mais de um milhão de reais. Nos muitos documentos de mensagem de celular ou de e-mails apreendidos, refere-se sempre à “Madame” (ou “Dama”) e ao “Chefe”. A empresa Kitchens, contratada para a reforma da cozinha do triplex, foi contratada no mesmo período para a reforma da cozinha do sítio de Atibaia — para o qual, diga-se de passagem, há provas ainda mais robustas de ocultamento de propriedade pelo casal Lula e Marisa (todavia, o caso de Atibaia ainda não foi julgado por Moro). Os executivos da OAS tratam, em suas conversas, das cozinhas do Guarujá e de Atibaia ao mesmo tempo, como um só e mesmo assunto.


Além disso, em um momento fica claro que “Madame” é Marisa Letícia. É quando Fábio Gordilho, arquiteto e executivo da OAS, manda mensagem de celular a Léo Pinheiro, em fevereiro de 2014, afirmando que “o projeto da cozinha do chefe tá pronto, se marcar com a Madame pode ser a hora que quiser”. A isso, pouco depois, Léo Pinheiro responde: “O Fábio ligou desmarcando”. Isso foi na época da visita de Lula e Marisa ao triplex. Além disso, mensagem de Marcos Ramalho, executivo da OAS, a Léo Pinheiro, em 21/08/2014, afirma: “Dr. Leo. Alterado para 10:30. Falei com Cláudia e agora falei com Fábio (filho)”. Ora, quem poderia ser esse Fábio, especificado diretamente como “filho” da “Madame”, tratado tanto em fevereiro de 2014 quanto em agosto, senão Fábio Luis Lula da Silva?


Além disso, há reportagem do jornal O Globo de março de 2010, assinada pela jornalista Tatiana Farah, intitulada “Caso Bancoop: triplex do casal Lula está atrasado”. Essa reportagem é anterior a qualquer investigação e trata apenas das pessoas prejudicadas pela falência da Bancoop (entre elas o próprio Lula, então presidente). Curiosamente, consta no texto o seguinte: “Procurada, a Presidência confirmou que Lula continua proprietário do imóvel” (triplex). A presidência da república jamais desmentiu essa reportagem.


Como se vê até aqui, a peça acusatória e a sentença são amplamente baseadas em provas documentais, e não apenas na delação de Leo Pinheiro. Curiosamente, todos os depoimentos de Lula criaram contradições com os documentos apreendidos, ao passo que todos os depoimentos dos executivos da OAS (Léo Pinheiro incluso) confirmaram todos os documentos apreendidos.


O único depoimento realmente arrebatador


Ainda que não interesse dar destaque a depoimentos (e sim às provas documentais), deve-se chamar a atenção para um depoimento específico, por seu alto grau de significação política. É o depoimento do zelador do prédio do Guarujá. José Afonso, homem bastante simples, antigo eleitor de Lula e apoiador do PT, disse que esteve com Marisa Letícia na apresentação do prédio, depois de pronto, e na apresentação do próprio apartamento; disse que ela era tratada sempre como proprietária do imóvel (e não como potencial adquirente); disse que todos no condomínio sabiam que o apartamento era de Lula e que, inclusive, os corretores usavam isso na propaganda, para atrair compradores para o empreendimento; disse também que foi repreendido energicamente (quase ameaçado) por executivos da OAS, após iniciadas as investigações em 2015, para nunca falar que o triplex era de Lula, mas apenas da OAS.


José Afonso, por ter dado depoimento confirmando tudo o que viu e vivenciou, pagou alto preço: perdeu seu emprego e sua moradia, caindo em situação de quase indigência. Prestando depoimento em Curitiba, o zelador José Afonso, quando contrariado por Cristiano Zanin Martins (advogado de Lula), perdeu o equilíbrio e se exaltou. Em tom de quase choro e desespero, disse que “fui envolvido numa situação que não tenho culpa nenhuma”. Em seguida, ainda mais exaltado, falou para o advogado de Lula:


“Eu perdi meu emprego, perdi a minha moradia, e aí você vem querer me acusar, falar alguma coisa contra mim? Como é que você sustentaria a sua família? Você nunca passou por isso! Quem é você para falar alguma coisa contra mim? Vocês são um bando de lixo! Isso que vocês são! O que vocês estão fazendo, fizeram com nosso país, isso é coisa de lixo! E vocês defendendo esse lixo!”


O drama do humilde José Afonso, desesperado diante da pressão dos almofadinhas da defesa de Lula, é o símbolo máximo não apenas de todo esse processo, mas de tudo o que significa historicamente o PT e a pequena-burguesia que hoje “defende esse lixo”. Lembremos apenas que não é a primeira vez que algo assim acontece: trata-se da reedição, maior e mais grave, do caso do caseiro Francenildo, de Brasília, que denunciou pagamentos de propina na mansão do petista Antonio Palocci, em meio a festas com prostitutas. O caseiro teve o sigilo bancário quebrado ilegalmente, graças à influência do PT dentro da presidência da Caixa Econômica Federal. Nem uma prova sequer, ou indício, puderam ser levantados contra Francenildo, que teve a vida devassada. Todas as suas denúncias, pelo contrário, comprovaram-se. Quantos não são os José Afonsos e Francenildos traídos pelo PT?


Por que a esquerda brasileira prefere seguir novamente o caminho dos traidores da classe trabalhadora?


O PT não é de esquerda, nem de centro, mas de direita, como comprovam todos os seus atos à frente dos governos Lula e Dilma. Isso, entretanto, não é assunto deste texto. Explicar o por quê dos petistas atacarem a condenação é muito fácil: eles têm medo de serem presos por seus crimes burgueses. O difícil é explicar por que o resto da esquerda, do PSOL ao PCB, passando por diversas correntes, apoia o PT. Isso, que parece um verdadeiro desafio aos maiores psicanalistas, deve ser analisado, na verdade, do ponto de vista materialista.


O PSOL está desde o seu nascimento infectado pela doença do cretinismo parlamentar — nasceu mais por pretensões eleitorais do que por um compromisso real com a luta independente e direta da classe trabalhadora. O PSOL defende o mesmo programa do PT “das origens”, mas acredita que esse partido se desviou em seu caminho (“errou”), pois, em palavras recentes de Chico Alencar, faltou “ética” no “trato das coisas públicas”. Como se fosse uma questão de moral! Como se a farra burguesa atual do PT não estivesse contida no programa pequeno-burguês e social-democrata do “PT das origens”!


Enfim, para se eleger, o PSOL tem necessariamente de basear-se no eleitorado pequeno-burguês do PT, defender o mesmo programa, mas diferenciar-se afirmando que o PT se perdeu, “errou”, e que ele, o PSOL, retomará o caminho ético pelas supostas “mudanças necessárias”. Portanto, toda a sua política é dirigida por um cálculo eleitoral sobre a tradicional base pequeno-burguesa que deu apoio histórico à construção do PT (veja mais sobre esse setor social aqui). Esta análise, além de valer para a esmagadora maioria das correntes do PSOL, vale também para correntes que se adaptaram ao PSOL recentemente (MAIS, NOS, MRT), e que lutam para ingressar nesse partido. Por fim, vale também para as análises e posições de Guilherme Boulos (MTST).


Mas se a posição do PT e do PSOL é definida por interesses materiais (os primeiros para não serem presos por seus crimes, os segundos para se elegerem e viverem do Estado burguês), que dizer do resto da esquerda? Por que ela, sem ganhar nada materialmente, dá cobertura ao discurso traidor do PT?


O caso do PCB — e, poderíamos dizer, até certo ponto, do PSTU — é curioso: dá-se mais por um medo de isolamento do resto da “esquerda”, da suposta “vanguarda”, do que por outro motivo. Medo de ter uma vocação própria. Eis por que replicam o discurso vazio do PSOL, de que o PT “errou” ao vincular-se à burguesia, de que Lula é um “grande líder popular”, sem nunca fazer uma reflexão mais séria a respeito do programa social-democrata do PT “das origens”. Uma reflexão assim poderia levar à autossupressão desses grupos, abalando suas bases, pois ajudaram, em maior ou menor grau, a construir o PT com esse programa não-transitório, falido historicamente.


O medo de se isolar da suposta esquerda, da suposta “vanguarda”, pode ter uma base material — o medo de serem desalojados de determinadas posições, de determinados sindicatos —, mas pode também se dar por simples receio de serem tratados como “heréticos” ou “lunáticos” nos meios pequeno-burgueses que frequentam (sobretudo universidades). É a pressão de classe.


Por fim, o caso do PSTU vale ser comentado. Esse importante agrupamento trotskista brasileiro publicou um texto contraditório diante da prisão de Lula, chamado “Por que Lula chegou a essa situação”. Como se vê no próprio título, o texto não faz nenhuma defesa enfática, em alto e bom som, da prisão de Lula, mas, mais uma vez, explica por que Lula e o PT teriam errado ou se desviado de um suposto caminho original. O texto, que diz que “Lula é o maior expoente que a classe trabalhadora construiu na sua história”, retoma a sua tradicional política do “nem … nem”. Dizem: “A classe trabalhadora, por sua vez, não tem porque escolher entre o fogo e a frigideira. Essa não é uma escolha. Entre um e outro, não escolhemos nenhum, devemos trilhar um caminho independente”. Apesar de falarem, genericamente, que são a favor da prisão de todos os corruptos, dizem em seguida que “não é tarefa da classe trabalhadora nesse momento, de modo algum, fazer ou participar de atos em defesa de Lula ou contra Lula”. Genericamente, são a favor da prisão de todos, mas concretamente, no caso de Lula, não se deve “ir em atos” por sua prisão. O texto é vacilante e reproduz a linha do PSTU no impeachment da Dilma, onde, pela via esquerdista genérica do “todos”, tirava-se o foco da posição clara e determinada (pela derrubada da petista), deixando de apontar um caminho à revolta das massas. Ora, na verdade, a esquerda não só deveria ir em atos pela prisão de Lula, como deveria convocá-los.


Companheiros, sobretudo do PSTU e PCB, mas também de determinadas correntes do PSOL, não é por essa política vacilante que se abrirá caminho para o futuro. Não é falando uma coisa e fazendo outra que se constrói um agrupamento revolucionário!


O próximo ano será explosivo


Lula não tem mais opção: ou se elege ou é preso. Não há mais meio-termo para ele. Lula se lançará com toda força, agora, na campanha eleitoral, criando o fato consumado que visa a inviabilizar sua prisão. Em parte, Lula foi salvo pela não prisão de Moro e acobertado pela demorada decisão da segunda instância.


O atual regime democrático burguês está em profunda crise e desagregação desde junho de 2013 (e demais manifestações de massa), pressionado pela ação do proletariado. Essa crise de regime exige uma saída burguesa mais repressora (bonapartista). Lula é o melhor candidato para salvar a ordem burguesa, pois possui mais meios de controle na verdadeira política, na luta de classes. Nenhum tucano ou Bolsonaro possuem a máquina sindical de controle do operariado que Lula e o PT possuem, nem o controle sobre os setores miseráveis do proletariado (que podem ser instrumentalizados contra manifestações independentes da classe operária e da juventude).


O próximo ano é decisivo para a conformação de uma alternativa salvadora da ordem burguesa, e ela muito provavelmente se dará em torno de Lula. Toda a classe política sabe disso — ou, nas palavras do advogado de Temer, Mariz de Oliveira, na CCJ, no mesmo dia da condenação de Lula: “pau que bate em Temer, bate em Lula”.


A esquerda, em vez de seguir fazendo coro pequeno-burguês ao PT, deve abrir conscientemente uma ampla campanha pela prisão de Lula. Isso trabalha para enfraquecer conscientemente um dos pilares da possível forma de dominação mais repressora do Estado burguês amanhã. Além disso, assim, e somente assim, com um discurso radical esperado pelas massas, ela pode construir uma alternativa real, política e eleitoral, para 2018.


A esquerda não pode seguir nessa vacilação. O caso do triplex foi apenas o primeiro. O próximo, do sítio de Atibaia, terá provas ainda mais claras. Há o caso da sede do Instituto Lula e o inquérito da Operação Zelotes. A esquerda pagará caro pela atual vacilação, pois sua posição contraditória ficará ainda mais ridícula aos olhos das massas amanhã.


Lula e seus asseclas traidores da classe operária são também responsáveis pelo aumento da miséria capitalista no Brasil e na América Latina. São também responsáveis pelo drama cotidiano e miséria crescente da classe trabalhadora. Que mofe na prisão!





http://www.transicao.org/historico/que-lula-mofe-na-prisao/


Offline JJ

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Re:Lava Jato chegou ao Lula
« Resposta #5533 Online: 12 de Maio de 2019, 10:52:43 »
A inocência de Lula

Brasil  12.05.19 05:32


“Lula se nega a pedir prisão domiciliar e exige reconhecimento de sua inocência.”


Quantas vezes O Antagonista repetiu que isso era uma mentira plantada por seus defensores na imprensa amiga?


Agora Lula pediu ao STJ para cumprir o resto de sua pena em regime aberto e já está preparando as malas para voltar ao aconchego doméstico.


Ninguém é inocente: nem Lula, nem a imprensa amiga, nem os juízes amigos.



https://www.oantagonista.com/brasil/a-inocencia-de-lula/


   

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Lava Jato chegou ao Lula
« Resposta #5534 Online: 12 de Maio de 2019, 11:05:50 »

Viram essa?

Henry Bugalho disse que talvez fosse melhor Lula se exilar e não ter se submetido ao sistema

Em retrospectiva, muito provavelmente.

Mas foi algo que a maioria dos brasileiros não esperava, uma surpreendente exceção para o padrão de impunidade aos criminosos de colarinho branco.

Offline Agnoscetico

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Re:Lava Jato chegou ao Lula
« Resposta #5535 Online: 12 de Maio de 2019, 11:14:21 »




Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Lava Jato chegou ao Lula
« Resposta #5536 Online: 16 de Maio de 2019, 17:10:05 »
Nova ordem de prisão contra o vagabundo do Zé Desceu, será que ele foge para Cuba?

Offline JJ

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Re:Lava Jato chegou ao Lula
« Resposta #5537 Online: 19 de Maio de 2019, 09:46:21 »
Bresser revela que Lula está apaixonado e vai casar




O economista e ex-ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira revelou neste sábado, em seu perfil no Facebook, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está apaixonado, namorando e que pretende casar-se quando deixar a prisão. "Ele está em ótima forma física e psíquica", escreveu Bresser, que revelou também: "Seu grande projeto é o de negociar um grande acordo nacional em defesa dos trabalhadores e das empresas - em defesa da soberania necessária para a retomada do desenvolvimento" 

19 DE MAIO DE 2019 ÀS 08:47


247 - O economista e ex-ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira revelou neste sábado (19), em seu perfil no Facebook, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está apaixonado, namorando e que pretende casar-se quando deixar a prisão. "Ele está em ótima forma física e psíquica", escreveu Bresser.

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Lula contou isso a Bresser e ao também ex-ministro Celso Amorim na visita que ambos lhe fizeram na cela em Curitiba na última quinta-feira (16). Segundo o jornalista Guilherme Amado, colunista da revista Época, a namorada visita Lula com frequência na cela da Polícia Federal e tem por volta de 40 anos.

Segundo o ex-ministro, a prioridade do ex-presidente a no momento é "com a defesa da soberania - com a união dos brasileiros para defender o Brasil e seu povo contra isso que está aí". Segundo o ex-ministro, o "grande projeto" de Lula é "negociar um grande acordo nacional em defesa dos trabalhadores e das empresas - em defesa da soberania necessária para a retomada do desenvolvimento".

Logo após escrever sobre as apreensões do ex-presidente, Bresser falou sobre o novo amor.

"Está apaixonado e seu primeiro projeto ao sair da prisão é se casar", disse.

Segundo o jornalista Guilherme Amado, colunista da revista Época, a namorada visita Lula com frequência na cela da Polícia Federal e tem por volta de 40 anos. O ex-presidente tem 73.

Lula é viúvo há pouco mais de dois anos. A ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva morreu em fevereiro de 2017, aos 66 anos, após um Acidente Vascular Cerebral.

A íntegra do post de Bresser-Pereira:

"Na última quinta-feira eu visitei Lula. Ele está em ótima forma física e psíquica. Sua grande preocupação agora é com a defesa da soberania - com a união dos brasileiros para defender o Brasil e seu povo contra isso que está aí. Sua maior demanda é a de ter reconhecida sua inocência. Está apaixonado e seu primeiro projeto ao sair da prisão é se casar.

Seu grande projeto é o de negociar um grande acordo nacional em defesa dos trabalhadores e das empresas - em defesa da soberania necessária para a retomada do desenvolvimento. No plano internacional diz que é contra qualquer intervenção na Venezuela, mas que é preciso reconhecer os erros de Maduro e do próprio Chávez. Conta que muitas vezes aconselhou o Chávez, que era uma pessoa ótima, mas cabeça-dura. Ouvia os conselhos com atenção, mas não os seguia.

Foi uma honra ter sido convidado por Lula para visitá-lo. Ele estava mais interessado em discutir a crise atual do que ideias. Disse-me que quando sair da prisão, vai me convidar para um almoço só para me ouvir falar sobre câmbio. Eu lhe dei uma cópia do meu livro A Construção Política do Brasil, onde afirmo que fez um belo governo, mas errou em deixar o juro alto e o câmbio apreciado.
Está mais do que na hora de os brasileiros verem Lula livre. Já é tempo de o STF reconhecer tacitamente que ele foi vítima de uma estratégia política através da qual a Força Tarefa da Lava Jato buscou apoio das elites liberal-conservadoras para sua carreira política.

A política brasileira precisa de um líder sem ressentimentos como é Lula. Livre, ele lutará pelo grande acordo nacional que é tão necessário para o Brasil sair da crise em que está mergulhado desde 2014".


https://www.brasil247.com/pt/247/brasil/393867/Bresser-revela-que-Lula-est%C3%A1-apaixonado-e-vai-casar.htm

« Última modificação: 19 de Maio de 2019, 09:49:34 por JJ »

Offline JJ

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Re:Lava Jato chegou ao Lula
« Resposta #5538 Online: 19 de Maio de 2019, 09:47:16 »


Tem   uns    lulaminions    que estão abobados com essa grande notícia do namoro do Lu  ...  lá     drão



 :hihi:
« Última modificação: 19 de Maio de 2019, 09:49:50 por JJ »

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Lava Jato chegou ao Lula
« Resposta #5539 Online: 19 de Maio de 2019, 11:31:06 »
Um ano de cadeia e ja está apaixonado por algum mensaleiro?  O que ele quer agora? Uma cama de casal na PF?

Offline Euler1707

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Re:Lava Jato chegou ao Lula
« Resposta #5540 Online: 19 de Maio de 2019, 18:11:36 »
Bresser revela que Lula está apaixonado e vai casar
O economista e ex-ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira revelou neste sábado, em seu perfil no Facebook, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está apaixonado, namorando e que pretende casar-se quando deixar a prisão. "Ele está em ótima forma física e psíquica", escreveu Bresser, que revelou também: "Seu grande projeto é o de negociar um grande acordo nacional em defesa dos trabalhadores e das empresas - em defesa da soberania necessária para a retomada do desenvolvimento

Vocês se lembram que de vez em quando o Buckaroo fala de uma proposta do Ciro de reduzir o salário real dos trabalhadores via desvalorização cambial? A proposta de Ciro se baseia num livro escrito por Bresser Pereira.


 

Offline Euler1707

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Re:Lava Jato chegou ao Lula
« Resposta #5541 Online: 19 de Maio de 2019, 18:21:28 »
Bresser revela que Lula está apaixonado e vai casar
O economista e ex-ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira revelou neste sábado, em seu perfil no Facebook, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está apaixonado, namorando e que pretende casar-se quando deixar a prisão. "Ele está em ótima forma física e psíquica", escreveu Bresser, que revelou também: "Seu grande projeto é o de negociar um grande acordo nacional em defesa dos trabalhadores e das empresas - em defesa da soberania necessária para a retomada do desenvolvimento

Vocês se lembram que de vez em quando o Buckaroo fala de uma proposta do Ciro de reduzir o salário real dos trabalhadores via desvalorização cambial? A proposta de Ciro se baseia num livro escrito por Bresser Pereira.

Ironicamente, esses tipos de propostas põem Bresser como o maior defensor dos (como diria o JJ) donos dos meios de produção, criticados pelo próprio JJ.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Lava Jato chegou ao Lula
« Resposta #5542 Online: 19 de Maio de 2019, 18:32:19 »
Citar
https://www.gazetadopovo.com.br/colunistas/pedro-fernando-nery/ciro-quer-reduzir-o-salario-de-todos-os-brasileiros-precisamos-falar-sobre-isso/

...

“Redução do nível do salário real (…) que levará os empresários a aumentarem a taxa de acumulação de capital.” A proposta é de economistas de um dos principais candidatos desta campanha. É coisa de Bolsonaro? Alckmin? Meirelles? Amoêdo? Não, são os economistas de Ciro Gomes.

Do que estamos falando? Da proposta de desvalorização do real, que é enfatizada no programa de governo do candidato do PDT.

Ela é explicada de forma detalhada em um livro recente escrito pelo coordenador do programa de governo de Ciro, Nelson Marconi, e por outros dois economistas. Um é o ex-ministro Bresser-Pereira, que lançou um manifesto com o plano – subscrito por Ciro Gomes (o único presidenciável a fazê-lo). O terceiro autor é o professor José Oreiro, já entrevistado como conselheiro econômico do candidato.

Do que trata o livro? De promover a retomada do crescimento por meio da redução dos salários dos trabalhadores. O diagnóstico: o Brasil só se desenvolverá por meio da indústria. Os empresários industriais precisam investir (o “aumentar a taxa de acumulação de capital” lá em cima), mas hoje não têm dinheiro para isso. O dinheiro virá da redução dos salários.

...

O destaque aqui fica por conta da professora Laura Carvalho, da USP, economista de Guilherme Boulos (PSOL) e interlocutora de Fernando Haddad (PT), com inegáveis credenciais de esquerda. Laura se recusou a assinar o Manifesto, e vaticinou: “Pra ter indústria tão competitiva no mercado externo a ponto de liderar o crescimento, teríamos que ter salário real de Bangladesh”.
...


Mauro Benevides (do PDT, também estaria no governo de Ciro Gomes) no entanto fez ao menos uma afirmação ou outra talvez meio diversa dessa em entrevista. Dizendo algo como que "o câmbio é mercado, é um produto como qualquer outro, não vamos mexer". Bem, talvez ainda esteja implícita consonância se o preço verdadeiro do Real fosse ser menor, e então não haveria tentativa mais artificial de reduzir a queda de valor. O que eu me pergunto se não é algo mais ou menos correto do ponto de vista mais [neo]liberal/austriacóide/não-intervencionista de ver as coisas, ironicamente.





Citar
https://www.infomoney.com.br/mercados/politica/noticia/7522337/nao-existe-nenhum-candidato-com-maior-compromisso-fiscal-que-ciro
...
IM - Nelson Marconi, professor da FGV e colega seu na construção do programa econômico da candidatura de Ciro Gomes, costuma dizer que o câmbio desarrumado pode ser extremamente prejudicial à produtividade das empresas. Haverá um patamar considerado razoável para o câmbio? Como seria a política de Ciro?
MB - Câmbio, como juro, é determinado pelas condições macroeconômicas. O que o colega Nelson Marconi, que faz a parte de várias áreas do programa como um todo, está querendo dizer nessa área mais específica é que a indústria brasileira precisa ampliar produtividade, ser melhor olhada pelo país. Na indústria, você tem melhor tecnologia, produz melhores salários, tem maiores investimentos em pesquisa e desenvolvimento. O câmbio vai ser uma consequência da estrutura fiscal e da estrutura da política monetária que se gera a partir daí. Já ouvi dizerem que o presidente Ciro vai adotar um câmbio fixo, tabelar o câmbio. Isso é baboseira, não existe em canto nenhum.  ...


Isso aqui já me parece meio contraditório:
https://www.infomoney.com.br/mercados/politica/noticia/7621837/economista-de-ciro-gomes-defende-copom-do-cambio-para-controlar-intervencao-no-dolar

Ainda que talvez um órgão maior possa tender a ser menos arbitrário no que quer que necessite ser feito. Também é citado Ciro Gomes se contradizendo de maneira aparentemente mais clara dizendo que "a alta do dolar é feita para gente ganhar dinheiro," quando se encontra também ele dizendo ser favorável algo em que não mexeria se fosse eleito. :hein:

Parece que num governo Gomes no mínimo não se precisaria do vice presidente para contradizer o presidente, essa tarefa ficaria só com o presidente mesmo.

Offline Euler1707

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Re:Lava Jato chegou ao Lula
« Resposta #5543 Online: 19 de Maio de 2019, 19:16:20 »
Parece que num governo Gomes no mínimo não se precisaria do vice presidente para contradizer o presidente, essa tarefa ficaria só com o presidente mesmo.

Não é nada estranho Ciro falar coisas contraditórias em ocasiões diferentes. Ele é um político profissional, fala de acordo com a plateia, e fala o que ela quer ouvir.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Lava Jato chegou ao Lula
« Resposta #5544 Online: 25 de Maio de 2019, 20:41:58 »
Mas é contraditório mesmo o apontado aí, ou eu é que não entendi bem?



Citar
https://veja.abril.com.br/brasil/namorada-de-lula-salario-de-17-mil-e-visitas-em-horario-de-expediente/

Namorada de Lula: salário de R$ 17 mil e visita em horário de expediente
Filiada ao PT desde a década de 80, a socióloga Rosângela da Silva ganhou emprego em estatal e já esteve sete vezes na sede da Polícia Federal
...
Janja foi contratada sem processo seletivo para trabalhar no escritório da Itaipu Binacional, em Curitiba, depois da eleição do petista. Na época, a estatal tinha como diretora financeira Gleisi Hoffmann, a atual presidente do PT. ...

Quando o ex-presidente deixou o Planalto, em 2011, Janja também mudou de emprego. Em 2012, ela foi cedida à Eletrobras, no Rio de Janeiro, onde trabalhou como assessora de comunicação e relações institucionais. Voltou para a Itaipu, em Curitiba, em fevereiro de 2017 (com salário de 17 537 reais) — um ano e dois meses antes de Lula ser preso. Continua na empresa até hoje (expediente das 8 às 17h30).
...

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Lava Jato chegou ao Lula
« Resposta #5545 Online: 25 de Maio de 2019, 21:06:30 »
Contraditório em quê? Mais um petista enfiado pela janela no serviço público?

Normal, contraditório seria se fosse contratado e trabalhasse.


Offline JJ

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Re:Lava Jato chegou ao Lula
« Resposta #5547 Online: 29 de Maio de 2019, 16:32:24 »

“Não existe a menor dúvida de que a FCPA seja uma arma de política externa dos EUA”


O advogado norte-americano William Burck, sócio do maior escritório dos Estados Unidos de litígios corporativos, esteve em São Paulo na sexta-feira (24/5) para falar em evento organizado pelo Licks Advogados sobre investigações na área da saúde

Por Jornal GGN - 29/05/2019
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Foto: Reprodução
do ConJur
“Não existe a menor dúvida de que a FCPA seja uma arma de política externa dos EUA”
por Pedro Canário
O advogado norte-americano William Burck conhece bastante como empresas se envolvem em esquemas de corrupção. Sócio do maior escritório dos Estados Unidos de litígios corporativos, o Quinn Emanuel Urquhar and Sullivan, ele é o responsável pela área de anticorrupção, investigações internas e compliance da banca. Antes disso, foi procurador sênior de corrupção no Departamento de Justiça.

Bill, como ele prefere ser chamado, é conhecido como o advogado preferido das grandes figuras, especialmente as do Partido Republicano, conta o jornal The New York Times. Isso vem de sua experiência como chefe de gabinete e depois consultor especial da Casa Branca durante o governo George W. Bush. Segundo o Times, ele é o melhor advogado dos EUA em sua área. Mais recentemente, trabalhou na instrução processual da indicação de Brett Kavanaugh à Suprema Corte.

E fala com propriedade: “Não há a menor dúvida de que a FCPA seja um instrumento de política externa do governo dos EUA”. A sigla é para a lei de corrupção internacional dos EUA. Por meio dela, os procuradores do DoJ podem acusar qualquer pessoa ou empresa do mundo que tenham passado pelos EUA — e num tribunal norte-americano.


Burck, no entanto, não vê sentido no argumento de que a lei tenha sido usada para que os EUA influenciassem os rumos da política brasileira. Foram os procuradores brasileiros que pediram ajuda aos procuradores americanos para tocar a “lava jato”, conta. “Pode-se até dizer que trouxeram a raposa para tomar conta do galinheiro”, diz ele, em entrevista exclusiva à ConJur, “mas o Brasil é um case de sucesso justamente porque começou sozinho a tentar mudar sua cultura corporativa”.

Ele conhece bastante o processo. Representou a Odebrecht e a Braskem no acordo das empresas com o DoJ e coordenou as investigações internas da JBS em meio aos acordos para encerrar as investigações da “lava jato”. Representou ainda acionistas da Petrobras na ação coletiva ajuizada contra a empresa nos EUA, que também terminou em acordo.

Burck faz fila entre os juristas americanos que admiram a “lava jato”. Politicamente, diz ele, “a ‘lava jato’ é equivalente a Watergate”. Juridicamente, continua, será um marco de como procuradores decidiram mexer com a cultura empresarial do país.

O advogado esteve em São Paulo na sexta-feira (24/5) para falar em evento organizado pelo Licks Advogados sobre investigações na área da saúde. Ele falou com exclusividade à ConJur.

Leia também:  A Terceira Guerra Mundial já começou e a gente nem se deu conta, por Flávio Aguiar
Leia a entrevista:

ConJur — O que significa defender empresas nos Estados Unidos?
Bill Burck — É desafiador. Do outro lado costuma estar o governo, que é um adversário muito bem aparelhado e com muitos recursos, sempre tentando tirar seu dinheiro ou te mandar para a cadeia. Portanto, há muito em jogo, e a lei nos EUA é muito complicada, é antiga e muito aberta a interpretações, e o peso do juiz é enorme. E ainda por cima há o júri. Você tem de convencer o juiz, um grande conhecer das leis e do Direito, e os jurados, que não conhecem nada de Direito. E do outro lado está o governo dos EUA, o adversário mais forte que alguém pode ter.

ConJur — Mas o normal é que os casos não sejam levados a julgamento, não?
Bill Burck — Os casos não costumam ir a julgamento, mas às vezes vão. Mas não chegam a ser julgados porque as multas são bastante duras. Muito mais do que no Brasil. Então é um sistema que tem mais acordos do que julgamentos.

ConJur — Esses acordos no Brasil são controversos, mais recentemente por causa do destino do dinheiro. Alguns preveem que o Ministério Público dirá onde o dinheiro da multa será alocado, outros falam na criação de um fundo. Esse tipo de discussão entra nas negociações? É um debate comum nos EUA?
Bill Burck — Dos acordos que participei, não vi essa discussão. Pelo menos não do lado americano. Aliás, não sabia dessa discussão. Nos EUA, essa é a questão menos polêmica de todas: o dinheiro da multa é arrecadado pelo DoJ e enviado ao Tesouro americano, e se mistura aos trilhões de dólares que estão lá. E são usados para qualquer coisa que o governo queira, comprar armas, construir um muro, enfim. Em alguns casos, se houver vítimas, há a figura da restituição. São distribuídos cheques às vítimas e tem todo um sistema próprio.

ConJur — Pelos dados do DoJ, o Brasil é o segundo país com mais investigações ligadas à FCPA. Por que o país tem essa importância?
Bill Burck — São duas coisas. A primeira é que, com a “lava jato”, os procuradores brasileiros se tornaram, ao lado dos EUA, os líderes mundiais em operações de combate à corrupção. Os EUA são claramente os maiores e mais agressivos nessa política, mas o Brasil é o segundo. O Brasil, ou seus órgãos de persecução, decidiram, alguns anos atrás, mudar sua cultura corporativa. E sem dúvida se tornou um dos países mais agressivos com isso. Ao redor do mundo, na Europa, nada se aproxima do que foi feito aqui.

Leia também:  O ingresso do Brasil na OCDE: muito ‘toma lá’ e nenhum ‘dá cá’, por André Luiz Passos Santos
ConJur — E qual é a outro ponto?
Bill Burck — A segunda questão é que o gráfico mostra os números absolutos, e não é muito justo fazer isso. Claro que existe bastante corrupção nesses países, mas isso precisa ser corrigido de acordo com algumas proporções. Os EUA já não têm mais tanta corrupção porque passamos os últimos 40 ou 50 anos corrigindo isso. Hoje a corrupção é mais contida, mais reservada. Mas qualquer coisa que aconteça lá vai ter proporções enormes, porque é a maior economia do mundo. O Brasil tem um problema de corrupção, mas também é um país muito grande, em que tudo tem grandes proporções. A China é um país enorme, o México é um país grande. Os níveis de corrupção nos EUA são muito maiores que na Zâmbia, mas não dá para dizer que os EUA são mais corruptos que a Zâmbia. Os números são informação útil, mas não refletem a corrupção de um país.

ConJur — Alguns analistas criticam o uso da FCPA como arma política do governo dos EUA.
Bill Burck — E não há dúvida de que estejam certos. Mas é uma dinâmica interessante. A forma que os americanos veem é que a FCPA é uma ferramenta de política externa, mas legítima. Ela significa que as empresas devem ter certa igualdade de condições para jogar. Se as empresas americanas não podem fazer negócio no Brasil porque não podem pagar propina, então ninguém deve poder pagar propina. Pelo menos essa é a teoria. Mas não há dúvida alguma de que a FCPA seja uma arma política. Se alguém te dizer que a FCPA não é um instrumento de política externa do governo dos EUA, está mentindo. Não existe a menor dúvida de que seja.

ConJur — Concorda com esse uso político?
Bill Burck — Pode ser mais restrito. Precisamos de regras de jurisdição mais claras, e os EUA não podem ser a polícia do mundo. Ao mesmo tempo, entendo. A única alternativa a isso é ruim. Por exemplo, se você quer fazer negócios na Nigéria, ou todo mundo paga propina ou ninguém paga. Se você é a Exxon Mobil e não pode pagar propina, não pode estar na Nigéria se a Rússia e a China, ou qualquer outro país com grandes empresas de petróleo, podem. E isso não é bom para ninguém, porque esse sistema seleciona sempre as piores empresas. Então, ou você se livra de todas as leis sobre corrupção e permite que todo mundo pague propina a quem quiser, ou estabelece que ninguém pode pagar propina e todos devemos nos preocupar com isso. Concordo que devemos ter regras mais claras, mas o princípio faz sentido.

Leia também:  Vídeo: As suspeitas sobre os procuradores suíços da Lava Jato
ConJur — Com que objetivo os EUA usam a FCPA como ferramenta de política externa?
Bill Burck — O negócio dos EUA é fazer negócio. O governo sempre vai querer garantir que as empresas americanas estejam bem onde quer que estejam. Os EUA querem sempre proteger seus negócios.

ConJur — Para quem não está nos EUA não parece muito justo.
Bill Burck — Claro, faz sentido. Mas o Brasil não é um exemplo disso. O Brasil é um case de sucesso justamente porque começou sozinho. A FCPA não fazia diferença aqui até a “lava jato” começar e os procuradores brasileiros trazerem autoridades americanas. Não é que os EUA vieram aqui impor sua cultura imperialista. Os procuradores brasileiros foram até lá, e os EUA se mostraram um parceiro disposto. Pode-se até dizer que trouxeram a raposa para tomar conta do galinheiro, mas o Brasil é um exemplo de país que procurou mudar sua própria cultura.

ConJur — Alguma investigação de corrupção já teve efeitos políticos parecidos com a “lava jato”?
Bill Burck — Não, nunca. A única coisa que se aproxima da “lava jato” é Watergate — na verdade, Watergate levou à criação da FCPA. Mas Watergate e “lava jato” são equivalentes. Ainda que a corrupção no caso americano tenha sido diminuta, são eventos que levaram a grandes mudanças culturais.

ConJur — A grande coqueluche dessa nova área anticorrupção são os programas de compliance. Mas críticos dizem que esses programas têm burocratizado as empresas, fazendo com que elas se dediquem mais a cumprir exigências legais do que a desenvolver suas atividades e lucrar. Faz sentido?
Bill Burck — Olha, entendo a crítica, mas não concordo. Primeiro, porque os países que têm a economia mais desenvolvida são os que têm o Estado de Direito mais forte. Países como os EUA se saem melhor porque têm incentivos rigorosos ao cumprimento das leis. Depois, porque o dinheiro que se gasta com compliance é só uma fração do que se gasta com propina. Compliance é muito mais barato que propina. Muito mais.

***

*Pedro Canário é chefe de redação da revista Consultor Jurídico.


https://jornalggn.com.br/eua-canada/nao-existe-a-menor-duvida-de-que-a-fcpa-seja-uma-arma-de-politica-externa-dos-eua/

Offline Geotecton

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Re:Lava Jato chegou ao Lula
« Resposta #5548 Online: 29 de Maio de 2019, 16:40:22 »
Como os idiotas desta parte 'esgotosfera' (jornalggn) não esperavam que o entrevistado fosse elogiar a 'Lava Jato', eles trataram de fazer um título de reportagem absolutamente tendencioso.

Mais um caso de petralha esquerdopata.
Foto USGS

Offline JJ

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Re:Lava Jato chegou ao Lula
« Resposta #5549 Online: 29 de Maio de 2019, 16:43:39 »
Como os idiotas desta parte 'esgotosfera' (jornalggn) não esperavam que o entrevistado fosse elogiar a 'Lava Jato', eles trataram de fazer um título de reportagem absolutamente tendencioso.

Mais um caso de petralha esquerdopata.



Mas quem não parar a leitura  no título irá  ver isso.   :hihi:

 

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