Essa percepção de utilidade é um fator importante como determinante de desempenho.
Acho que já houve estudos (americanos) sugerindo que grande parte das disparidades entre grupos, geralmente atribuídas somente a classe e qualidade inferior de ensino (quando não à capacidade inata), também tinham papel significativo dessa valoração do estudo. Os grupos com melhor desempenho sendo aqueles que prevêem as piores conseqüências em falhar, enquanto os com pior desempenho têm maior indiferença, não acham que sua vida vá piorar muito com resultados ruins.
Um pouco aparentemente paradoxal com isso, ainda tem coisas como estratégias de ensino que dão menos ênfase na falha, de maneira até eufemista (como "ainda não aprovado", versus "reprovado"), serem correlatas a maior desempenho.
Recentemente ainda vi (superficialmente, algo que talvez não se generalize) que, acho que no Japão, nem teria nada como exames e avaliações até os dez ou doze anos, algo assim, que também se encaixa nessas coisas meio contra-intuitivas.