Você está exagerando pra tornar o que você tende a defender em algo mais "defensável".
Eu estou exagerando, tem certeza? Você está defendendo um texto que faz sugestão que para acabar com os "problemas" do estado, nos temos que abolir o BC, deixar nossa moeda de lado, deixar o capital entrar e sair a seu bel prazer, sem declarar origem ou destino, recebendo dinheiro de qualquer origem, não cobrar imposto algum... E eu que estou exagerando...
Sim, tenho certeza, você está exagerando.
Até o momento eu não fiz sequer uma referência ao texto que você, por exemplo, diz que eu estou defendendo.
É óbvia a forçação de barra.
Esses países certamente não vivem o anarcocapitalismo caricato. Mas esses países representam o que hoje se chama de "livre mercado", onde um sistema de preços é respeitado, mais do que em outros locais.
Eu prefiro o termo economia de mercado, coisa que ocorre por aqui, também. Não existe contorle de preços no Brasil , talvez com exceção da gasolina e do dólar e as trocas são livres.
Agente pode chamar as mesmas coisas de nomes distintos, sem problema, já que a gente sabe do que estamos tratando aqui.
Há muita intervenção aqui no Tupiquinistão, uma burocracia absurda que serve como barreira para o acesso dos mais pobres ao "mercado", manipulação constante das taxas de juros que influencia dramatica e equivocadamente a circulação da grana e por aí vai.
Não são apenas esses dois pontos de preço controlado, como você sugere, mas mesmo que fosse, já estaríamos falando de pontos cruciais da economia brasileira.
Nem de longe, sendo honesto, pode se falar que nós vivemos numa "economia de mercado" tal qual os países de maior IDH. Mas nem a pau.
Note, para que o estado consiga prover bons serviços ao cidadão, é necessário que as pessoas paguem altos impostos, e pra que isso ocorra é necessário que se tenha muita riqueza no âmbito geral, e só haverá essa riqueza com o "livre mercado", conforme aprendemos observando a modernidade. Vamos evitar os espantalhos relacionados a exploração das pessoas, nações e etc q sabemos acontecer historicamente. Tratamos aqui do enriquecimento lícito.
Então a gente para aí. Primeiro porque não coloquei nenhuma dessas questões de exploração de pessoas e nações, acho que esse conceito é um bônus que veio com seu preconceito quando debate com um esquerdista, e segundo que o negritado já coloca por baixo todo o texto supra, do mesmo modo que contestei.
O Bônus apareceu pra evitar o espantalho que viria.
O negritado vem em conjunto ao que eu também negritei ali de vermelho. Ou seja, só faz sentido pagar altos impostos, para aqueles que creem que o estado deve prover tudo. No caso brasileiro, não se aplica, pois historicamente o estado vai empregar os recursos para SE servir, apenas, às custas do pobre e favorecendo os brancos, ricos e homens do estado e do empresariado que o articula.
Eu não estou defendendo o contrário, por enquanto.
Bom, porque por um momento me pareceu isso.
Está claro.
Lembro que aqui hoje vivemos um sistema de Capitalismo de Compadrio, enquanto houvermos a configuração política (incluindo-a fora do estado, também) nos mesmos moldes atuais, não acredito tampouco q as soluções virão do "empresariado brasileiro".
Então o problema não está no Estado em si, essa discussão se torna ainda mais inócua. É preciso melhorar as instituições e qualidade do Estado e não acabar com ele. Mais Estado, menos Estado? Isso pouco importo se ele funciona bem.
Mentira. Importa sim, me parece que há uma constância no seu discurso que se alinha ao "mais estado", mesmo que "não funcione bem".
Fica meio óbvio, diante da realidade brasileira, que não pedir por menos estado, é clamar por mais ineficiÊncia e favorecimento dos ricassos e improdutivos do funcionalismo.
Insisto, apreciaria muito se você pudesse responder: O que é que nos da substância pra acreditar que a solução para "o problema brasileiro" virá do estado brasileiro?
Não vai vir do Estado brasileiro, se é essa resposta que você quer, vai vir de cada um de nós, e enquanto o "cada um de nós" não ter um conceito de civilidade e educação para a cidadania que se torne majoritário dentro das instituições e da sociedade , vamos continuar patinando.
É desesperadoramente ridícula a nossa falta de opção de saída, não é?!