a inconsequência de uma política demagoga para a segurança pública,
1) Em relação ao possível ministro da defesa e segurança pública, o General Heleno, você considera que ele tem ideias demagogas para segurança pública ? E porque ?
2) Em relação aos traficantes de drogas que andam ostensivamente com fuzis em vias públicas de comunidades, qual a sua boa sugestão para acabar e/ou diminuir drasticamente com tal prática ?
3) Porque nos Estados Unidos e gente não tem notícia de bairros em que traficantes e/ou empregados de traficantes andam ostensivamente com fuzis nas ruas, com o intuito de controlar o local para a sua prática criminosa ?
Não é o Gen. Heleno. Bozo não tem proposta, não tem plano para a Segurança Pública. O plano dele é "nós vamos mudar isso que tá aí, tá ok?". Esse é o grande projeto de segurança pública.
Bozo já disse que vai "entupir as cadeias de gente". Alguém precisa informar ao candidato que as cadeias já estão entupidas.
Se esse é o plano, nós já sabemos que entupir as cadeias significa entupir as ruas de criminosos. Pode rever tudo que eu profetizei aqui sobre a intervenção militar no RJ no começo do ano. Procura lá alguma profecia minha que não tenha se cumprido... eu quero ver.
Agora, veja como eu embasei minhas profecias com dados e exemplos de experiências anteriores, com raciocínio lógico e bom senso. Ao contrário de alguns que discordavam e tinham esperanças nesse tipo de política de segurança.
Até que ponto se pode ignorar a realidade? Mostrei para quem não sabia, e também para os que já haviam esquecido, que o RJ já teve cerca de 30 intervenções do exército contra a criminalidade. E duas, em 94 e 95, em moldes semelhantes a atual. Só não foram determinadas pelo governo federal. É um dado de realidade que todas foram um fracasso e que o próprio comando do exército, bastante ciente destes fracassos, já expressou publicamente que não tem interesse nesse tipo de atuação.
Mostrei que o Complexo de Favelas da Maré, uma área de pouco mais de 10km² esteve sob intervenção militar por 14 meses ( QUATORZE MESES!!! ), uma intervenção que chegou a empregar NOVE MIL SOLDADOS nesse minúsculo território. Coloquei links sobre como foi essa intervenção e seus resultados, inclusive um estudo em conjunto com uma universidade britânica que concluiu que essa intervenção de 14 meses PIOROU a situação naquelas comunidades. Período de 14 meses durantes os quais não se conseguiu prender nenhum dos chefes locais do tráfico, que por sinal funcionou normalmente em uma favela apinhada de soldados.
O que mais é preciso para se entender a realidade de que na porrada, como imaginam os eleitores do Bozo, é que não vai ter jeito?
Não se pode entupir as cadeias de gente. Pergunte para qualquer especialista que entenda de segurança pública... O paliativo agora teria que ser o inverso: penas alternativas para criminosos leves não se tornarem criminosos perigosos nos presídios.
Os criminosos não portam fuzis em vias públicas nos EUA pelo mesmo motivo que não o fazem em São Paulo. Os fuzis começaram a chegar no Brasil na década de 90 porque eram úteis em uma lógica de "controle de território", que era necessário ao modelo de crime organizado que se estabeleceu no RJ para o controle do comércio de drogas. Esse modelo que exige controle de um território não se estabeleceu em SP, e portanto você também não vê bandos com fuzis por lá.
Não estou comparando a criminalidade de SP com os EUA. Só estou respondendo à sua pergunta.
Se não queremos mais que facções controlem territórios e nem tenham dinheiro para investir em armamentos desse tipo, então o que se tem que fazer, e com urgência, é rever essa política anti-drogas. Porque essa é de longe a principal fonte de financiamento do crime organizado no Brasil. É preciso acabar com essa fonte de renda das facções, só assim vai se conseguir combater o crime a médio prazo no país.
O que se tem que fazer é tentar liberar drogas mais leves, como a maconha, para comercialização e consumo, porque a maconha é justamente a principal fonte de lucro do tráfico. E esperar que com isso, como aconteceu na Holanda, usuários de drogas mais pesadas que ainda serão comercializadas pelo crime, migrem para drogas mais leves. Legalizadas.
Mas isso é a última coisa que esse grupo apoiado pela bancada evangélica e pela bancada da bala ( que também tem interesse no caos da segurança ) faria. Eles certamente irão na contramão de tudo que poderia dar algum resultado positivo e farão tudo que os dados indicam que irá agravar um problema que já é crítico.
Tá ok?