Há muitos tipos de espíritas, num sentido mais amplo que kardecista. Tinha um tal de Victor (minha memória é muito ruim) que vivia criticando Chico Xavier como uma fraude e acreditava em outros médium que comprovaram sua mediunidade, segundo ele.
Há espíritas experimentalistas. Inclusive não falta programa tosco de TV sobre isso.
Se você quer fazer estudos com mais credibilidade, seria bom adequar a metodologia com as dicas que foram passadas. Incluir grupos de céticos, cientistas e ilusionistas na pesquisa também é importante.
Mas a parapsicologia sempre foi um campo nebuloso entre a ciência e a pseudociência. Nunca produziu nenhum resultado válido em mais de 200 anos de pesquisa. Não tem como replicar resultados, é um campo complicado. Acho que esse tipo de teste, quando sério, vale mais para desmascarar charlatões que outra coisa.
Olá Literário, obrigado pela resposta coerente e séria... Isso ajuda muito e aos poucos vai perceber minha seriedade do tema também...
Eu separei algumas das ideias de sugestões aqui, principalmente o fato de se evitar o efeito Forer, sendo assim já elaborei um questionário que as famílias irão preencher previamente, então os dados já estarão separados para uma primeira avaliação por "juízes", ou seja, alguém que irá comparar os dados das cartas com os dados fornecidos pelas famílias. Em um segundo momento as famílias farão uma análise também, mas para verificar se há dados condizentes em específico, por exemplo, numa das cartas que acompanhei num caso de uma família, surgiu uma lembrança do menino (ele ja tinha falecido a 9 anos) em agradecimento a dinda dele, no qual ele cita na carta como "Mi Irene".. A mãe na hora não entendeu por que desconhecia esse "Mi".. A Mi Irene era cunhada do pai do menino, mas já haviam se separado a anos e a família não tinha mais contato. Ao investigar a posteriori, a mãe veio a saber que a nova família a chama de "Mi Irene" e "Mirene", como formas intimas de tratamento.
Sobre as dicas de um método mais arrojado, eu concordo e há muitos ja.. Só que não temos médiuns que aceitam participar de pesquisas toda a hora e não gostam de ficar sob pressão. Por esse motivo eu tive que elaborar um método simples e eficiente, onde garanta que não exista vazamento de informação, ou seja, tudo que o médium vier a escrever ele não terá como saber previamente.
Veja outro detalhes: O médium mora em outro estado; Um grupo a parte irá selecionar as famílias; Nem o médium nem eu saberei qualquer informação prévia; O lugar será informado no dia da sessão; os questionários estarão de posse exclusiva dos "selecionantes" e vão apresentar somente no momento que a sessão terminar..
Eu, sinceramente, não consigo ver como, por meios normais (caso venha a ocorrer alguma carta), que um fraudador/médium possa obter com precisão nomes, datas, apelidos, locais, tipo de morte etc.. (vale lembrar que o médium não fará entrevista com as famílias e tudo será gravado para questionamentos e apontamentos posteriores).
Além disso o presente experimento ainda é um teste piloto, vamos com calma.. Precisamos que o médium continue nos ajudando nas pesquisas.. Num próximo estudo podemos "lacrar" melhor o método..
Outro detalhe: Ao longo do tempo se percebeu que o médium não pode se sentir coagido ou qualquer coisa assim.. então temos que levar isso em consideração.. Deixemos a vontade cuidando especificamente para que nada de informação vaze e ele possa saber antes..
Eu vi que alguns criticaram a carta que exemplifiquei anteriormente, mas ela teve intuito de mostrar como as mensagens surgem, isto é, o tipo de dados que vem nas cartas..
Vou contar, brevemente, de um experimento que fizemos com médiuns ditos videntes. Analise o método simples e me diga onde pode ter vazamento de informação:
1) num primeiro teste nós convidamos uma médium dita vidente. Então ela teria que dizer qual(is) garrafa(s), das 10, teria passado por um passe em CE.. (em tese essa amostra(s) estaria fluidificada ou com alguma "cor").
O experimentador já havia numerado previamente as garrafas e escolheu aleatoriamente a quais e quantas iria fazer.
Levou até a médium e ela acertou 8 das 10. (chance de 1 / 1024)
2) num segundo experimento eu percebi que poderia ter havido algum vazamento, sem intenção, do experimentador, uma vez que ele poderia deixar alguma pista visual pois sabia quais garrafas tinha passado pelo CE.. Desse modo nós incluímos uma terceira pessoa, que por sinal é cético ao tema, e ele foi até o lugar com um numero X de garrafas e depois entregou todas de uma só vez à experimentadora.
A médium acertou novamente 8 das 10.
Repetimos o processo no ultimo fim de semana.. Mesmo resultado.. acertou 8 das 10.
Vamos repetir mais uma vez o experimento.
Detalhe: Cada rodada se utiliza garrafas novas e lacradas, toda de um mesmo lote e marca.
Veja uma breve diferença, uma vez que você citou a parapsicologia. Os índices foram bem mais elevados. No meu ver a psicologia tem bons índices, hj chegando a uma média de 33% de acertos para os casos de telepatia, sendo o esperado de 25% ao acaso. Dada as elevadas amostragens já acho um dado bem seguro (posso conseguir inumeros experimentos para você analisar se desejar), mas a questão é: Por que ainda é tão baixa?
Na minha opinião eles usam pessoas comuns, então os resultados serão "comuns".. Se usassem pessoas ditas "paranormais" os resultados teriam que ser melhores, mas é compreensível tais resultados pois eles pretendem se focar em estatística e não em algo mais "qualitativo".
O exemplo que dei do experimento com médium vidente é algo bem qualitativo, ou seja, não pegamos qualquer pessoa para fazê-lo...