Antipetista, ficam aqui meus parabéns pela forma como se colocou (e não é porque também sou anti-PT rss)
Boa escolha.
vou tecer alguns comentários:
Pois é Sandro, a crença do investigador não interfere no resultado do teste (se nisso você está certo), desde que não interfira no teste (nisso você está errado).
A crença do investigar pode interferir no método (por isso a critica) e pode interferir nos resultados, por isso a necessidade do duplo-cego e de grupos alheios para acompanhar. Veja acompanhar, não alterar ou adulterar..
Eu não acredito no sobrenatural, não tenho motivos para isso, por mais que eu buscasse nunca encontrei nada que me fizesse mudar de opinião. Mas você deve ter lá seus motivos para acreditar. Não vem ao caso. Isso posto, precisamos concordar minimamente em alguns pontos.
Me permita um parênteses: Isso que você relata é a posição de um verdadeiro cético, apenas estou dizendo isso pois a conversa la em cima era de pseudos-céticos. Você tem uma crença ou opinião baseada no que lhe foi apresentado ou vivenciou durante sua vida, assim como eu tenho outra por uma série de motivos que também me fizeram rumar para um lado oposto. Mas tudo bem! É isso mesmo.. e acho que as coisas (e pessoas) ponderadas funcionam assim..
Não. São todos céticos. Uns mais debochados ou impacientes. Mas isso também é fruto das experiências deles. Talvez você não saiba, mas espiritismo é um assunto recorrente, desde que o fórum abriu provavelmente. E, pelo menos, desde que me inscrevi a história se repete. Os espíritas e outros religiosos chegam e apresentam seus pontos, debatem de forma ponderada, mas na medida em que não obtém o resultado esperado, se frustram e reagem. Uma das reações que praticamente não falha é questionar o próprio ceticismo. Algumas raras vezes os dois lados concordam em discordar.
Se você concorda que nunca foram fornecidas provas irrefutáveis da existência de espíritos e, portanto, da mediunidade, mas muitas fraudes já foram desmascaradas nesse ramo, podemos continuar. Isso, é claro, não prova que não existem espíritos ou que não possamos nos comunicar com eles. Significa apenas que, no momento, tudo que temos são motivos pessoais para acreditar ou não. É preciso, no entanto, considerar seriamente a possibilidade de que não existam. De que você possa estar enganado. Isto é, considerar seriamente a possibilidade de rever suas crenças. E ainda que isso seja superado a médio prazo, inicialmente pode ser um baque, uma fonte de sofrimento, apatia e desesperança. Considere a possibilidade de ter que rever talvez toda a sua base de sustentação e por algum tempo ficar sem chão, buscando um sentido para tudo sem encontrar. A boa notícia é que isso também passa.
Perfeita colocação, embora nada é irrefutável, vamos pensar assim.. Você acertou bem num ponto de vista meu... Embora possa parecer estranho, minha opção pela existência de algo alem do material se faz por analisar uma série de estudos e dados, mas concordo com você de que isso é uma opção e de que pode ser que eu esteja errado, afinal, a verdade independe da minha ou da sua crença, ela está ali e não irá mudar porque uma ou milhões de pessoas acreditam ou não nela.
Esse baque pode ser para ambos os lados, tanto para mim como para você e para isso há a necessidade de uma mente aberta e que tenha coragem de testar e questionar.
Resumidamente eu entrei no espiritismo quando jovem, depois sai pois eu queria testar as coisas e dai eu passei a ser um problema para os grupos religiosos que controlam o espiritismo hoje em dia. Fiquei anos num campo do neutro e de não acreditar mas depois esbarrei com pessoas que tinham interesse em verificar e testar, dai retomei a opinião antiga de que "havia algo ali".. Seria extenso demais abordar os motivos, mas quando retornei a esse campo fui conhecer as duas divisões para parapsicologia, onde uns acreditam na sobrevivência e outros não, ou seja, que seriam poderes mentais humanos somente.. Concordo que seja difícil verificar com experimentos mas há casos que me levaram a reconhecer que é altamente factível (embora raro e esporádico - incomum) de que a mente sobrevive a matéria.
Eu acreditava em deus na infância e quando comecei a perder a fé não me conformei, mas adquiri coragem. Li a biblia, parte do alcorão, o livro dos espíritos, uma porção de textos sobre ocultismo e por fim budismo. Época boa! Fazia cada coisa mais idiota que a outra, do tipo passar uma tarde inteira tentando derrubar um estátua que tinha na sala com o poder da mente.
Então, desafiei deus, mas se existe, ele me ignorou completamente. Rezei fervorosamente por um sinal, unzinho. Por fim, desafiei o diabo. E até agora nada.
Desisti das coisas fantásticas, já que elas insistem em se esconder de mim. Por fim, descobri na ciência uma fonte inesgotável de descobertas muito mais fascinantes.
Você está preparado para essa possibilidade? Sinceramente? Imagine por um momento que tudo é um grande engano, baseado numa profunda necessidade de acreditar. Que não existem espíritos nem deus nem nada. Que a vida é só isso aqui mesmo, sem qualquer sentido, a não ser o que você queira dar. Que está sozinho, por sua conta e um dia tudo vai simplesmente se acabar. É um cenário possível de, ao menos, digerir?
Sim.. concordo.. isso é uma das possibilidades.. Mas veja o que comentei anteriormente.. Embora eu pense de uma forma e você de outra, a verdade está lá... não ira mudar mas ao menos podemos ter a opinião que desejamos. Pensando nisso, vale a reciproca.. Imagine que você esteja certo.. não há deus, não há nada.. apenas uma coincidência do universo de que moléculas se uniram e ao longo do tempo vieram a formar corpos vivos e um cérebro que gera uma consciência. Isso com uma somatória de coincidências de hormônios e genes nos fazem sentir coisas que achamos sentir (porque não existem de fato) e nos faz andar por um ciclo de vida que tende ao infinito em meio ao universo. O que mudará nisso a minha ou a crença das pessoas? Nada... vamos morrer e com a morte do corpo a consciência termina, um "game over" e ficam apenas nossos genes, ou seja, nada de nós efetivamente pois somos o produto consciente...
Mas e por outro lado? Se existir algo o que isso pode lhe impactar? Eu poderia divagar sobre isso mas não há necessidade pois para qualquer uma das duas hipóteses a verdade estará lá e talvez não faça diferença alguma uma opcao ou outra..
Se no início a perda da fé para mim foi, de fato, uma perda, com o tempo mostrou-se um imenso ganho. Primeiro porque me livrou de uma porção de medos e culpas inúteis. Ao contrário do que supunha, o fardo ficou mais leve. Segundo porque me proporcionou maior consciência. Como eu não tinha as respostas prontas, precisava pensar em tudo, refletir, conhecer, questionar. Terceiro porque abriu um horizonte gigantesco à minha frente, não havia mais temas tabus. Eu podia ler, pesquisar, me aprofundar em qualquer assunto. E quarto me fez dar muito mais valor não só a vida em si, mas a qualidade de vida, material, mas principalmente mental, porque não adianta nada estar no paraíso com a mente no inferno. É até preferível o oposto. Se houver mais, tanto melhor. Seria ótimo descobrir que tenho a eternidade pela frente. Por precaução, no entanto, prefiro não contar com isso.
Se sim, podemos continuar. Levando então em conta que não existem provas da existência de espíritos, mas muitas fraudes já foram desmascaradas, não é possível distinguir supostos médiuns de charlatães e, portanto, é nisso que o teste deve focar - desmascarar charlatães, sem jamais subestimá-los. Eles são bons, precisam ser, pois dependem disso, estão sempre se aprimorando.
Por isso seu teste é frágil.
Aqui eu discordo de você por uma série de motivos. Bom, prova irrefutável já vimos que não existe certo? Em ciência uma verdade sempre será momentânea.. Einstein demonstra que Newton não estava absolutamente correto e nem por isso houveram provas irrefutáveis de ambos os lados (se é que podemos dizer assim).
Uma coisa não tem relação com a outra. A ciência é um meio de tentar explicar da melhor maneira possível com as coisas funcionam e, claro, sempre sujeita a autocorreções. Mas o fato de nossas teorias sobre o funcionamento do universo, da vida e tudo mais estarem incompletas nada dizem sobre a existência do universo, da vida e tudo mais. Há fatos objetivos. Ou melhor, descartando a hipótese não falseável de que tudo não passa de uma ilusão, devemos admitir que há fatos objetivos, como o universo, a vida e tudo mais. Já deus, espíritos, sobrevivência da consciência após a morte, extraterrestres e tudo mais que puder ser imaginado, mas não verificado por qualquer um a qualquer tempo, pertencem a outra categoria coisas - sem evidências.
Deixando de lado o termo "provas", podemos dizer sim que há inúmeras evidências que contradizem a hipótese materialista e ela vem sendo estudada a anos, basta dedicação a interesse em ler tais materiais..
Se existem, estão restritas a alguns indivíduos, não podem ser verificadas ou reproduzidas facilmente.
Recentemente eu tive acesso a um estudo que buscou testar isso no passado.. Eram os materialistas x espiritualistas e eles buscavam encontrar alguma demonstração de que alguma inteligência, diferente do médium, pudesse fornecer informações muito específicas. Acho que tiveram um resultado bem notável na investigação do acidente do dirigível R101.
Veja que isso adentra exatamente no ponto que você tocou, ou seja, verificar e desmascarar charlatões.
Não conheço, mas vou pesquisar.
Primeiramente concordo que temos que pensar que o médium frauda, sempre. Esse é um pressuposto básico. Por outro lado não podemos alterar ou controlar de forma que ultrapasse o limite já estudado por outros pesquisadores e isso não tem nada a ver com "aliviar" para o médium.
Contudo um método bom e seguro é evitar (senão eliminar por completo) o vazamento de informações. Nunca teremos um método infalível, mas teremos métodos mais ou menos seguros para se buscar respostas..
Concordo, mas o teste por você descrito não atende bem a esses requisitos. Ao contrário, deixa bastantes brechas abertas. Para tentar encontrá-las, inverta a posição. De que formas você poderia fraudar o seu teste, se fosse um charlatão? Não economize recursos mentais, vá das soluções mais simples às mais improváveis.
Eu dei o exemplo do que fizemos com duas médiuns ditas videntes.. O que achou dos resultados? Onde você teria visto uma falha no método em não ser seguro?
Eu não posso afirmar que é infalível, nem de que é irrefutável, mas você há de convir comigo que o método é bom e apresentou um resultado consistente.
Não vi falhas, em princípio. E não me parece que esses resultados possam ser obtidos aleatoriamente. Claro que, para mim, apenas o seu relato não basta, já que em última instância, você pode ter sido enganado, sobretudo levando em consideração que, como você mesmo conta, se tornou um problema para os grupos que controlam o espiritismo. É um teste que pode ser reproduzido facilmente por diferentes investigadores para averiguar se os resultados se repetem.
Em suma, os métodos vão se aprimorando, mas não adianta se criar métodos tendenciosos, onde se tenta fazer uma "pegadinha" com o médium ou se fornecer informações para ajuda-lo.. Precisamos da imparcialidade, ao máximo..
Aqui eu discordo. Levando em consideração a possibilidade de charlatanismo, toda cuidado é pouco. Se a mediunidade for verdadeira, pegadinhas serão ineficazes.