Antipetista, ficam aqui meus parabéns pela forma como se colocou (e não é porque também sou anti-PT rss)
Boa escolha.
Concordo com tudo que falou e da forma inteligente como expôs...
Referente ao método, onde exatamente você vê as brechas.. É bom receber um critica embasada e creio que vindo de você seria bem produtivo.
Eu já tentei pensar nas possiveis falhas sobre ela e o ponto chave estaria na hipótese do grupo que seleciona as famílias fornecer/conhecer os dados e fraudar juntamente com o médium, por isso dentro do método o grupo não pode ter contato e nem saber quem será o medium.. Isso já diminuiria bem as chances.
Além disso pensei na possível falha de ser alguma família ou caso da mídia onde o médium poderia reconhecer algum deles e com boa memória ja saberia da historia toda. Para isso é importante que o grupo selecione alguma família que não publicou coisas na internet ou que sejam casos de morte sem que tenha havido alardes...
Por exemplo, meu concunhado é ateu, cético total.. O Avô dele que faleceu faz pouco tempo poderia ser uma tentativa. Embora eu saiba que não vou fraudar, se levar ele, mesmo que surgisse algo lá, ele iria achar que eu forneci as informações. Mas o caso dele é um típico interessante.. Não foi algo de ser noticiado..
Casos de fraude em geral precisam dos dados antes.. do exemplo que dei.. com um nome completo é fácil qualquer charlatão investigar o resto.
Achar os nomes é fácil por sistemas de sites de famílias, exemplo:
https://familia.com.br/250/3-passos-simples-para-descobrir-sua-arvore-genealogica
https://www.myheritage.com.pt/utm_source=verwandt&utm_medium=redirect&utm_campaign=www.meusparentes.com.pt
etc...
Então o médium não sabendo sobre as pessoas, não consigo ver alguma forma dele captar com tanta precisão uma série de detalhes... e corretos..
O caso do Alquimista ele falhou exatamente nos pontos que citei do outro médium, então vou me embasando nos casos pegos de fraude para tornar mais robusto o método..
Veja, o fato de você acreditar na existência de espíritos não é problema, não mesmo, mas a postura que você adota. Vamos admitir, só para exemplificar, que há dez formas de burlar o seu teste e após um exaustivo debate, usando de todos os recursos que dispomos, descubramos oito e fazemos os devidos ajustes. Como não sabemos quantas formas são ao todo de burlar seu teste, as oito nos parecem satisfatórias. O teste agora parece a todos, céticos e espíritas, bastante confiável. Mãos à obra! O que ocorrerá se um charlatão passar? Você ficará bastante satisfeito com o resultado. Elaborou, com a ajuda dos céticos, pessoas isentas e críticas, um teste bastante confiável e obteve um resultado que serve ainda para confirmar o que, no fundo, você sempre soube. Então havia mesmo algo ali, você pensará. É provável que nada mais possa convencê-lo do contrário. As famílias contempladas ficarão bastante satisfeitas e com um grau adicional de segurança. A mídia convidada ficará bastante satisfeita. O charlatão, agora com sua credibilidade reforçada, certamente será o mais satisfeito de todos, embora possa disfarçar para passar uma impressão de humildade. Só os céticos permanecerão céticos, para indignação de todos, concluindo que deixaram passar brechas, porque como sabe o senso comum, céticos são assim, nunca admitem que podem estar errados. Por isso, dificilmente você conseguirá a ajuda de um cético para esse teste, na forma como foi proposto. Não há, mesmo sendo o mestre dos magos, como prever todas as formas possíveis de burlar um teste como esse. E só céticos normalmente, mas há exceções, é claro, admitem isso com sinceridade - que sobram no mundo pessoas mais espertas, criativas e inteligentes do que eles, capazes de burlar todo tipo de teste dessa espécie, sem que saibam ou imaginem como. Estou tentando a maior clareza e usando de toda a sinceridade possível. E note que isso não descarta a possibilidade de existir espíritos e formas de se comunicar com eles. Consegue perceber a fragilidade dessa empreitada?
Talvez você esteja, com alguma tristeza, se perguntando qual a postura a ser adotada, na minha opinião. Se estou sugerindo que deva abandonar suas crenças. Definitivamente, não! É perfeitamente possível que você acredite na existência de espíritos e na comunicação com eles, adotando, ao mesmo tempo uma postura cética. Mas é bastante provável que possa acabar perdendo sua fé dessa forma, por isso sugeri antes que questionasse sinceramente o valor que dá a ela. Ceticismo é "tarja preta", não subestime o efeito se não estiver disposto a embarcar nessa, porque "pode viciar". Embora isso também possa servir de isca, pois lança um desafio, a minha intenção é fazer um alerta. E já sendo, como parece ser seu caso, uma pessoa flexível, aumentam muitos as chances de "dependência". Não sou o tipo de gente que acha que sabe o que é melhor para os outros e acredito sinceramente que possa haver quem viva melhor com suas crenças, por isso esse cuidado de advertir que pode haver danos. Na maioria esmagadora das vezes, é verdade, parece haver muito mais ganhos do que perdas, mas não há garantias. Então aconselho que reflita com seriedade.
Se há algo realmente honesto e benéfico, que me ocorra, que possa, de fato, contribuir, inclusive para a causa espírita, considerando a possibilidade de que contra todas as
nossas expectativas existam espíritos e formas de nos comunicar com eles, é você virar um caçador de charlatões (se existem médiuns essa é a melhor forma de esbarrar por acidente com um), por isso é preciso pensar como um, adotando, não como verdade, mas como princípio, que todos os médiuns são charlatães. É buscar avidamente falsear em vez de confirmar aquilo em que você acredita ou quer acreditar, sem ter por isso que deixar de acreditar. Para isso, você não precisa de ajuda, pois já demonstrou que sabe exatamente como fazê-lo, embora seletivamente, apenas quando consegue perceber claramente indícios de charlatanice - adotando uma postura contrária se os indícios não são claros. Ou seja, você considera certo lançar iscas para aqueles que desconfia serem charlatões, embora não tenha certeza disso, mas se sente desconfortável de fazer o mesmo com aqueles dos quais não desconfia, embora possa estar errado. E não acho que faça isso por desonestidade, mas apenas por isso talvez nunca ter lhe ocorrido. O melhor teste, então, não é aquele que dificulta as chances de fraude, porque se falhar, só servirá para legitimar a fraude, mas aquele que visa atrair justamente os fraudadores com o intuito de desmascará-los.