São os fatos, Sandro. Sabemos que placebo ocorre, mas não sabemos exatamente como.
Sim.. aqui é um ponto importante no meu ver.. Mas os índices indicam 50% de placebo... (ja foi comentado aqui e citado link)
Por isso é preciso isolar essa possibilidade, ter certeza que não foi o que ocorreu. Não basta simplesmente achar. O teste, da forma como foi feito, não fornece essa segurança.
Concordo com isso.. mas há de concordar comigo que, dentro do pouco que sabemos, se o índice de placebo ocorre em 50% dos alvos, prever que 100% dos ratos demonstraram placebo é um belo de um chute, algo bem fora da curva..
Para começo de conversa, que motivos temos para supor que ratos reconheçam em luvas recheadas de algodão e que em nada lembram mãos humanas, o formato de mãos? Por isso o deboche da Freya. Ela tem razao! Foi extremamente infantil. Serviu para iludir a quem aquilo? Aos ratos que não foi. Talvez aos ingênuos que ao ver a imagem automaticamente humanizam os ratos supondo que eles interpretem as coisas como nós.
Bom, essa é a outra parte, ou seja, um ponto adotado pelo pesquisador que pode (e deve) se criticado.. Por exemplo, baseado em que foi utilizado luvas sugerindo mãos?
Na pior das hipóteses não funcionaria o placebo, agora, se os ratos tiverem a capacidade de perceber que houve uma atenção a eles, e em se tratando de animais não necessariamente um carinho ou algo similar, apenas o instinto de percepção deles, já faria sentido.. no meu entender, pode ter sido sim uma falha do experimentador.. Mas vamos la, se eu pegar uma luva com pauzinhos e ficar brincando com meu caro, ele vai entender claramente que estou lhe dando atenção...
Veja que há necessidade de separar essa parte do possível placebo para os que receberam imposição de maos.. No artigo não relata carinho ou algo a mais, apenas tratamento igual e em mesmo ambiente para os animais, apenas a imposição de maos ao grupo de 10.
Se o próprio Monesi cometeu erro primário, isso demonstra seu despreparo. Se não, demonstra má fé. Está mais fácil aquilo causar estresse nos bichos, por se tratar de um objeto estranho, do que o contrário. Convenhamos! Já experimentou aproximar algo parecido a cães ou gatos? Outro detalhe. Será que o Monesi ignora que os ratos tem um olfato apurado capaz de diferenciar pessoas de objetos pelo cheiro? Desculpe Sandro, mas esse teste está cheio de furos. Substima a inteligência de ratos e humanos.
Concordo que o experimento tem vários problemas, o próprio autor pensa assim.. alias, não vejo estudo 100% perfeito, nem nas áreas exatas.. basta ver que motores vem se aprimorando com o tempo pois estudos do passado não conseguiam prever melhorias ou detalhes cruciais para o aprimoramento de certas máquinas.. Se é assim com algo fácil de lidar, imagine com algo que inclui animais e humanos... Isso me parece argumento falho que tende a desmoralizar um estudo sério, dai o meu manifesto a infantilidade da Freya..
Sobre o teste com gatos e cães, posso testar com meu cachorro e filmar, seria uma falseabilidade para essa ideia.. o que acha?
Isso vai depender do animal, pensando aqui em teoria pura.. Mas veja que esse argumento que você usa é tao falho quanto o fato de que os ratos se sentiriam bem com maos sobre eles.. Sabemos que esse tipo de animal é mais medroso com relação ao humano, ou seja, tente aproximar a mao de um passarinho, é mais provável que ele se assuste, mesmo você tendo boas intençoes, onde estaria um placebo positivo nisso?
Nos ratos, maos assim do nada podem gerar a mesma coisa, algo oposto ao esperado por um resultado placebo positivo (curador).. Pela minha vaga experiencia com comundongo, ou ele se assusta, ou se estiver acostumado com humanos (fato que não sabemos pois são de laboratorio) vao achar que ganharão alimento.. Ao menos era isso que o nosso la de casa parecia pensar.. inclusive quando furou o dedo da minha filha (rss) pois não pereceu perceber que iria ganhar um carinho, mas sim um dedo de comida..
Há de convir comigo que essa historia de que os ratos da imposição de maos, esperar algo bom que gerasse um placebo positivo é mínima, fora ainda que 100% dos ratos estão fora da curva de erro esperado para o placebo, que é de 50%..
Talvez por isso Monezi nem pensou que seria argumentado que os ratos com imposição de mãos poderiam passar por um placebo 100%... é fácil ridicularizar quando sai da crença de cada um, mas quando se estuda casos cientificos a sério, se aprender a ver a coisa de forma mais fria e se focar no método e não na pessoa.