Autor Tópico: Pesquisa com médium  (Lida 63483 vezes)

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Offline Gigaview

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Re:Pesquisa com médium
« Resposta #900 Online: 08 de Janeiro de 2017, 00:16:17 »
Acho que em linhas gerais é mais um experimento desenhado com a pergunta, "como poderíamos provar que existe comunicação mediúnica mesmo", versus "como poderíamos refutar que existe comunicação mediúnica", dentro do qual ainda os "partidários" poderiam "torcer" pela não-refutação, evidentemente.

A objeção do Gigaview em relação a conferir objetivamente a presença de espíritos, a rigor,  faz sentido. É fato que não posso partir da asserção: “espíritos comunicam” se não tenho demonstrado que “espíritos existem”. Como não há como adentrar o mundo espiritual, caso haja, e confirmar que lá estão espíritos comunicantes, a alegação seria infalseável.

Estamos chegando lá....

Citar
Não discordo disso, mas para efeito de cotejar tecnicamente as considerações espiritistas, considero válido, para efeito de verificação, aceitar a hipótese de espíritos e conferir se “eles” respondem em experimentos controlados.

Cotejar considerações espíritas faz parte da ciência espírita, portanto é pseudociência que não vai ser levada a sério. Um cientista não abre o laboratório para conferir se o saci pererê existe e se manifesta em experimentos controlados. Esse é apenas um dos incontáveis precedentes surrealistas que podem surgir a partir dessa concessão metodológica que obrigaria a ciência a comprovar todo tipo de besteira anedótica.


Citar
SE responderem aí implementam-se verificações complementares, a fim de conferir se outras explicações atendem melhor, ou se a hipótese espírita se mostra a mais robusta.

A hipótese espírita é descabida porque a pesquisa não deve se tratar de uma confirmação. A priori espíritos não existem, logo não há o que confirmar.

Citar
O que o Giga ainda não entendeu é que o desafio é mais simbólico que prático. Não que haja dificuldade em se levar o experimento adiante, ao contrário: pelo fato de os mediunistas claramente fugirem de enfrentar a realidade de que os mortos nunca deram mostras concretas de suas presenças.

Nem simbólico, nem prático. O experimento tem que ser metodologicamente correto, rigoroso e "laico".
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Spencer

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Re:Pesquisa com médium
« Resposta #901 Online: 08 de Janeiro de 2017, 14:20:23 »
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Todas estas, enquanto em si mesmas considerações de desígnio, abordadas de maneira clara e precisa na reflexão que fez o Spencer, desfazendo equívocos e dissipando muitas dúvidas. Porém deixando no ar um grande mistério...
Que diabos ele quis dizer com 'densidade vibratória'? 
Pedro, para falar sobre isto terei que conceituar com um pouco mais de detalhes o que seja o Perispírito, que em princípio é o corpo espiritual com o qual nos verstimos após o decesso físico. A entidade espiritual conhecida como André Luiz, assim o define:
 " formação sutil, urdida em recursos dinâmicos, extremamente porosa e plástica, em cuja tessitura as células, noutra faixa vibratória, à face do sistema de permuta visceralmente renovado, se distribuem mais ou menos à feição das partículas colóides, com a respectiva carga elétrica, comportando-se no espaço segundo a sua condição específica, e apresentando estados morfológicos conforme o campo mental a que se ajusta." (Evol. Dois Mundos, cap 2)

Nesta última frase estabelece-se a relação entre a evolução intelecto-moral da criatura com sua forma e moradia.
Quando o desencarnado conserva seus vícios e apego ao mundo material mais densa será esta vestimenta espiritual, sujigando-o contra o solo terrestre.

Qualquer dúvida, voltamos a falar.

Abaixo, um esboço, bem intencionado.
 
 http://www.guia.heu.nom.br/perispirito_depois_da_morte.htm
 
 
« Última modificação: 08 de Janeiro de 2017, 14:23:14 por Spencer »

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Pesquisa com médium
« Resposta #902 Online: 08 de Janeiro de 2017, 14:54:21 »
O problema é que essas coisas são todas inventadas sem uma isca de algo que se assemelhe a prova. (E termos vagos e sem sentido como "densidade vibratória" ajudam a ocultar isso, já que é falar difícil e assim "deve ter algum signficado")

Não é consenso mesmo entre os kardequistas que essas coisas existam, os mais fiéis ao original dirão que é tudo coisa de espíritos zombeteiros.

Offline Gigaview

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Re:Pesquisa com médium
« Resposta #903 Online: 08 de Janeiro de 2017, 15:19:43 »
André Luis está superado. Espíritos nerds agora definem assim o perispírito:

"Estrutura biodinâmica, com plasticidade expansiva mas morfologicamente retrátil, de arranjo molecular físico-espiritual, capaz de pulsar em frequências subliminares no limite quântico do espectro eletromagnético , que pode ser modelado por frequências neurais mistas formando monopolos coligados às estruturas cristalinas da glândula pineal, de aspecto nebuloso porém estratificado, com capacidade de armazenar elétrons livres para definir campos energéticos específicos que definem a aura." (psicogrado por Gigaview)

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Offline Pedro Reis

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Re:Pesquisa com médium
« Resposta #904 Online: 08 de Janeiro de 2017, 17:20:21 »
Ou o Spencer fez uma piada ou a Lei de Poe funciona para o Espiritismo também.

Offline Gigaview

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Re:Pesquisa com médium
« Resposta #905 Online: 08 de Janeiro de 2017, 20:10:28 »
Com certeza ele fez uma piada.
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Pedro Reis

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Re:Pesquisa com médium
« Resposta #906 Online: 08 de Janeiro de 2017, 20:24:19 »
Conversa registrada entre 3 bêbados espíritas no boteco, após assistirem a uma sessão de materialização:

Pedro Reis filosofa:

As múltiplas dinâmicas das esferas espirituais se revelam e se ocultam apenas de acordo com sintonias de caráter magnético. Todavia vibrações ressonantes de energias adiabáticas manifestadas em escalas assíncronas produzem o seu próprio torque, o seu próprio momentum. Que é decodificado dentro do amplo espectro mediúnico como uma coloração de frequências peculiares em seus sabores.

Cada ciclo de carga espiritual é traduzido em um potencial de capacitância único, tensionando o perispírito nas camadas citoplasmáticas mais internas e reverberando mitocondrialmente até auras superiores. Um processo alternante de condutância/indutância estratigrafado nas miríadas de encarnações que constituem a jornada ascensional da alma humana, em sua busca natural por vibrações mais puras, com menos ruídos e menos diluídas de emanações telúricas.



Spencer explica:

Pedro, para falar sobre isto terei que conceituar com um pouco mais de detalhes o que seja o Perispírito, que em princípio é o corpo espiritual com o qual nos verstimos após o decesso físico. A entidade espiritual conhecida como André Luiz, assim o define:

" formação sutil, urdida em recursos dinâmicos, extremamente porosa e plástica, em cuja tessitura as células, noutra faixa vibratória, à face do sistema de permuta visceralmente renovado, se distribuem mais ou menos à feição das partículas colóides, com a respectiva carga elétrica, comportando-se no espaço segundo a sua condição específica, e apresentando estados morfológicos conforme o campo mental a que se ajusta."
[/b]

Gigaview discorda:

André Luis está superado. Espíritos nerds agora definem assim o perispírito:

"Estrutura biodinâmica, com plasticidade expansiva mas morfologicamente retrátil, de arranjo molecular físico-espiritual, capaz de pulsar em frequências subliminares no limite quântico do espectro eletromagnético , que pode ser modelado por frequências neurais mistas formando monopolos coligados às estruturas cristalinas da glândula pineal, de aspecto nebuloso porém estratificado, com capacidade de armazenar elétrons livres para definir campos energéticos específicos que definem a aura."

Offline montalvão

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Re:Pesquisa com médium
« Resposta #907 Online: 08 de Janeiro de 2017, 21:31:20 »

O nobre Spencer fez uma bela dissertação, mas não ilustrou seus pontos de vista com citações de autores consagrados, que corroborem seus declarativos. Vou supor que tenha se baseado na doutrina kardecista e passo a comentar.


Não existe qualquer argumentação espiritualista que convença um cético a mudar seu ponto de vista... e vice-versa.

Cético, no sentido de quem duvida e requer evidências satisfatórias de alegações metafísicas e quejandos, mudar de ideia ante argumentação espiritista nunca vi, mas conheço gente desinteressada ou mesmo crítica do espiritismo que se converteu ao presenciar fenômenos ou estudar a doutrina. Por outro turno, conheço vários espíritas (e religiosos em geral) que cederam ante a consistência dos argumentos céticos. No entanto, tenha em conta que essas mudanças nunca ocorrem de supetão, é processo gradativo.


Penso que ao longo dos debates vamos nos convencendo deste fato.
O mais que se pode fazer, aqui no fcc, é tentar mostrar que aqueles que acreditam têm suas razões.

Certes, tanto os crentes quantos os outros têm suas razões. Cabe aos interessados avaliar as razões de cada lado e os fundamentos que as amparam.


Alguém disse aqui que andam ávidos por se comunicarem. Não é bem assim, mesmo porque existe um abismo entre nós e eles, ao qual para logo se acostumam.

Bem, se não estão ávidos por comunicarem não haveria tantas alegadas comunicações brotandos aos quatro cantos. Segundo o doutrinador Chico “eles estão entre nós” e se não comunicam nos presenteiam com seus pensamentos: pondo em nossas cabeças ideias que não nos pertencem...

Além disso, a avidez comunicativa, da parte dos “espíritos”, se depreende da literatura pertinente. Rivail fez milhares de indagações aos espíritos, que ele intitulou “superiores”, os quais tiveram todas as paciências do mundo (ou do outro mundo) para respondê-las.
 
=================================================.
        Na atualidade, quase todo fato mediúnico constitui...
•   o fenômeno,
•   o mistério,
•   o acontecimento que exorbita das leis naturais, considerado, portanto, erradamente pelos seus observadores.
        Daí o nascerem numerosas dificuldades para que muitas entidades atuem de forma sensível em vossas existências. Mas, se lhes é impossível a comunicação direta, é fácil a sua participação em:

•   vossos afazeres,
•   estudos,
•   pensamentos
•   e preocupações.

        Os Espíritos, prepostos a esse ou àquele mister no seio da Humanidade e da Natureza, formam um conjunto harmonioso e muito maior do que julgais.

        Rompido_o_laço_que_a_une_à_matéria, um dos primeiros pensamentos da alma é para os seres queridos que ficaram a distância, e a ansiedade de revê-los constitui um dos mais santos objetivos de suas aspirações. Nem sempre isso lhes é permitido, porquanto uma ordem indefectível preside às leis cósmicas que são as leis divinas. Fazem tudo, porém, para que se tornem dignas da confiança superior, e é assim que inúmeras criaturas desencarnadas se entregam, em vossos ambientes, a misteres dignificantes e redentores.
[71 - página 47]  - Emmanuel - 1938
(Guia Heu)
========================================.


Então não existe a comunicação mediúnica? Sim, mas bem menos que se imagina.
O médium é como alguém que vê uma paisagem através de um vidro embaçado de uma janela, que quase sempre está fechada. Alguns clarões, apenas.

O que significa “bem menos que se imagina”? Qual é a estatística confiável a respeito da expectativa dos interessados? O que vemos nos sítios mediúnicos é a mediunidade fluir generosa...


Mas a humanidade estaria deserdada se não houvesse sensitivos de maiores possibilidades e estes são usados para fins bem determinados.

Que fins seriam esses? Dar conselhos e recadinhos domésticos? Coisa que qualquer vivo faria, até melhor?  Até a presente data não se registram auxílios concretos da espiritualidade nas encrencas da humanidade. Tampouco os mortos confirmam-se presentes onde dizem que estão comunicantes...


Como foi dito, o ambiente espiritual que nos cerca é o maior limitante. A sintonia vibratória entre médium e espírito é de baixo nível e ainda apresenta ruídos que impedem maior clareza.

Como foi, então, que Kardec sintonizou espíritos da mais elevada estirpe, a ponto de produzir maçudas obras provindas dessas “sintonias”?  Espíritos ditam livros a mancheias a médiuns de todos os calibres, não parece haver problemas de “ressonância vibratória” nesses contatos...


Infelizmente para o pesquisador não existe a intenção dos espíritos em provar sua existência. Isto, se quisessem, seria facílimo, como já foi comentado.

Realmente, nem mesmo demonstrarem-se presentes “eles” querem, que dirá comprovarem-se existentes... parece que os mortos não tão nem aí para as dúvidas dos vivos. Devem aplicar a máxima arduínica: ASQ: acredite se quiser...


Fazer adeptos, atrair simpatia é questão de tempo, dizem eles. As muitas encarnações estão aí para isto.

As múltiplas encarnações são apregoamentos kardecistas, os espiritualistas britânicos repudiam a ideia de viver várias vidas. Em ambos os casos são “espíritos” que ora ensinam que o destino do homem é ficar de vaivém entre lá e cá, ora notificam que não existe essa de viver um monte de vezes... Curioso, não?

Offline montalvão

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Re:Pesquisa com médium
« Resposta #908 Online: 08 de Janeiro de 2017, 21:33:04 »
Não discordo disso, mas para efeito de cotejar tecnicamente as considerações espiritistas, considero válido, para efeito de verificação, aceitar a hipótese de espíritos e conferir se “eles” respondem em experimentos controlados.

Cotejar considerações espíritas faz parte da ciência espírita, portanto é pseudociência que não vai ser levada a sério. Um cientista não abre o laboratório para conferir se o saci pererê existe e se manifesta em experimentos controlados. Esse é apenas um dos incontáveis precedentes surrealistas que podem surgir a partir dessa concessão metodológica que obrigaria a ciência a comprovar todo tipo de besteira anedótica.

Claro que laboratório que se preze não abriria facilmente suas portas para conferir alegações espiritistas: este tempo já se foi e não volta mais. A proposta que faço dispensa laboratórios,  equipamentos sofisticados e formação técnica. Eis porque é viável:  uma forma simples de pôr sob escrutínio as reivindicações espiritistas. Como bem disse um amigo: “Se determinados fatos são alegados ocorrerem, é lícito se propor testes para os verificar nos termos propostos pelos alegantes.”

O Sandro, por exemplo, poderia implementar verificações da espécie e nos trazer os resultados, reivindicando dos céticos a devida atenção aos retornos obtidos. Qual nada, ele prefere instigar o médium a falar nomes de parentes ou citar as doenças do morto, acreditando que se ocorrer a comunicação resta demonstrada...


O que o Giga ainda não entendeu é que o desafio é mais simbólico que prático. Não que haja dificuldade em se levar o experimento adiante, ao contrário: pelo fato de os mediunistas claramente fugirem de enfrentar a realidade de que os mortos nunca deram mostras concretas de suas presenças.

Nem simbólico, nem prático. O experimento tem que ser metodologicamente correto, rigoroso e "laico".

A ideia de “simbólico”,  no contexto de minha declaração, foi levantada porque temos visto os espiritistas recusarem peremptoriamente pôr seus “espíritos” sob verificações objetivas, com as mais variadas desculpas evasivas. Por isso a proposta é mais “simbólica que prática”, mas se aparecer quem disposto a experimentá-la ela pode ser implementada facilmente.

Quanto ao rigor da metodologia, desnecessário o destaque:  não se propõe um bundalelê, mas procedimento tecnicamente bem elaborado.

Offline montalvão

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Re:Pesquisa com médium
« Resposta #909 Online: 08 de Janeiro de 2017, 21:37:05 »
Pedro, para falar sobre isto terei que conceituar com um pouco mais de detalhes o que seja o Perispírito, que em princípio é o corpo espiritual com o qual nos verstimos após o decesso físico. A entidade espiritual conhecida como André Luiz, assim o define:

" formação sutil, urdida em recursos dinâmicos, extremamente porosa e plástica, em cuja tessitura as células, noutra faixa vibratória, à face do sistema de permuta visceralmente renovado, se distribuem mais ou menos à feição das partículas colóides, com a respectiva carga elétrica, comportando-se no espaço segundo a sua condição específica, e apresentando estados morfológicos conforme o campo mental a que se ajusta." (Evol. Dois Mundos, cap 2)

Evolução em Dois Mundos... Livro bão esse...

Quando alguém usa a expressão “extremamente” em alguma definição podes crer que está definindo mal. Uma coisa “extremamente porosa” é o quê? Deve como um balde furado: passa tudo, não fica nada...

Quando “Evolução em Dois Mundos”, psicografia conjunta de Chico e Waldo,  foi lançada causou rebuliço na seara espírita. Disso temos o depoimento do biógrafo de Chico, Marcel Souto Maior:

==================================.
Na viagem de avião do Rio de Janeiro a Foz, consulto o primeiro livro psicografado por Waldo e Chico Xavier, um clássico do espiritismo intitulado Evolução em dois mundos, assinado pelo espírito André Luiz e publicado em 1958.

Os bastidores da redação desse livro surpreenderam a comunidade espírita na época. O método de trabalho da dupla era insólito. Waldo Vieira, então um jovem de 26 anos, prestes a se formar em Medicina e Odontologia, enviava de Uberaba para Pedro Leopoldo, aos cuidados de Chico, 47 anos e curso primário incompleto, os capítulos ímpares do livro um resumo da história da alma humana pontuado por termos médicos.

Chico dava sequência ao texto, em Pedro Leopoldo, com os capítulos pares. A fusão dos artigos era surpreendente. Impossível afirmar quem escreveu qual trecho. André Luiz, pseudônimo usado pelo médico Carlos Chagas, seria o autor da obra e de parágrafos como este sobre as formas das células:

São cenositos ou microorganismos que podem viver livremente, como autositos ou como parasitos: sincícios ou massa de células que se fundem para a execução de atividade particular...

Evolução em dois mundos chegou às livrarias em meio a críticas. Médicos escreveram a Chico para protestar contra a complexidade do texto “pseudocientífico”. Por que eles não eram capazes de entender? Qual o sentido de páginas tão inacessíveis?

O livro, denso, quase inalcançável, contrariava a linha popular a ser defendida poucos anos depois por Chico: as mensagens deveriam ser acessíveis aos “espíritas mais humildes”. Chico temia o elitismo e repetiria aos intelectuais da doutrina:

— O espiritismo veio para o povo e para com o povo dialogar.

O povo, nesse livro, ficou de fora. “Hausto corpuscular de Deus”, “corpúsculobase”, “fluido elementar” — as expressões eram complicadas demais. Folheio o livro no avião e fico aliviado ao encontrar nas primeiras páginas conceitos de Allan Kardec.

“A marcha dos espíritos é progressiva, jamais retrógrada.
O Espiritismo e a ciência se completam reciprocamente; a Ciência, sem o Espiritismo, se acha na impossibilidade de explicar certos fenômenos só pelas leis da matéria; ao Espiritismo, sem a Ciência, faltariam apoio e comprovação.”

Estas citações, consigo entender. (Por Trás do Véu de Ísis)

Offline Gigaview

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Re:Pesquisa com médium
« Resposta #910 Online: 08 de Janeiro de 2017, 21:54:53 »
Conversa registrada entre 3 bêbados espíritas no boteco, após assistirem a uma sessão de materialização:

Pedro Reis filosofa:

As múltiplas dinâmicas das esferas espirituais se revelam e se ocultam apenas de acordo com sintonias de caráter magnético. Todavia vibrações ressonantes de energias adiabáticas manifestadas em escalas assíncronas produzem o seu próprio torque, o seu próprio momentum. Que é decodificado dentro do amplo espectro mediúnico como uma coloração de frequências peculiares em seus sabores.

Cada ciclo de carga espiritual é traduzido em um potencial de capacitância único, tensionando o perispírito nas camadas citoplasmáticas mais internas e reverberando mitocondrialmente até auras superiores. Um processo alternante de condutância/indutância estratigrafado nas miríadas de encarnações que constituem a jornada ascensional da alma humana, em sua busca natural por vibrações mais puras, com menos ruídos e menos diluídas de emanações telúricas.



Spencer explica:

Pedro, para falar sobre isto terei que conceituar com um pouco mais de detalhes o que seja o Perispírito, que em princípio é o corpo espiritual com o qual nos verstimos após o decesso físico. A entidade espiritual conhecida como André Luiz, assim o define:

" formação sutil, urdida em recursos dinâmicos, extremamente porosa e plástica, em cuja tessitura as células, noutra faixa vibratória, à face do sistema de permuta visceralmente renovado, se distribuem mais ou menos à feição das partículas colóides, com a respectiva carga elétrica, comportando-se no espaço segundo a sua condição específica, e apresentando estados morfológicos conforme o campo mental a que se ajusta."
[/b]

Gigaview discorda:

André Luis está superado. Espíritos nerds agora definem assim o perispírito:

"Estrutura biodinâmica, com plasticidade expansiva mas morfologicamente retrátil, de arranjo molecular físico-espiritual, capaz de pulsar em frequências subliminares no limite quântico do espectro eletromagnético , que pode ser modelado por frequências neurais mistas formando monopolos coligados às estruturas cristalinas da glândula pineal, de aspecto nebuloso porém estratificado, com capacidade de armazenar elétrons livres para definir campos energéticos específicos que definem a aura."


 :histeria:

O engraçado é que esse tipo de papo acontece no meio espiritóide sem a ingestão de álcool.
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Offline Gigaview

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Re:Pesquisa com médium
« Resposta #912 Online: 08 de Janeiro de 2017, 23:28:16 »
Isso é de algum gerador de lero-lero de nova era científica, ou é mesmo citação de literatura fantasmal?

Lero-lero autoral.
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Offline Spencer

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Re:Pesquisa com médium
« Resposta #913 Online: 09 de Janeiro de 2017, 00:56:55 »
O problema é que essas coisas são todas inventadas sem uma isca de algo que se assemelhe a prova. (E termos vagos e sem sentido como "densidade vibratória" ajudam a ocultar isso, já que é falar difícil e assim "deve ter algum signficado")

Não é consenso mesmo entre os kardequistas que essas coisas existam, os mais fiéis ao original dirão que é tudo coisa de espíritos zombeteiros.
Na verdade, Buck, nada é inventado. São informações trazidas por espíritos. Conquanto o cético duvide da existência deles, não muda nada.
Embora eu já tenha afirmado isso, os espíritas não são ingênuos e tolos e as informações são verificadas por critérios diversos, sob uma perspectiva espiritualista.
Para os céticos, não enfronhados com a DE, quase tudo parece sem sentido ou produto de ilusão.
Densidade vibratória, por exemplo, faz parte do jargão e é conceito bem claro para qualquer espírita.
Há mais tempo o número de espíritas que rotularíamos "ortodoxos", ou seja, que se restringiam aos Livros de Kardec, ainda era expressivo. Hoje, os mais estudiosos já se convenceram da importância das obras trazidas por FCXavier para o progresso conceitual e a atualização da DE.


Offline Spencer

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Re:Pesquisa com médium
« Resposta #915 Online: 09 de Janeiro de 2017, 01:14:51 »
Pelo avançado da hora continuaremos nossos diálogos amanhã, mas, meu caro Buck, a exigência de prova física sobre questões espirituais é um tanto descabida, pois não?
Não que isso não seja possível, mas um cético não aceitaria nem que visse.
Faz parte da natureza cética... este é o busílis.

Offline Gigaview

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Re:Pesquisa com médium
« Resposta #916 Online: 09 de Janeiro de 2017, 02:43:17 »
Declaração de fé religiosa. Tudo inventado, sem uma isca de provas, e nem consenso mesmo entre os crentes.

Engraçado é que os espíritas ficam repetindo que nada foi inventado, mas trazido por espíritos superiores como se isso fosse uma exclusividade deles. Ignoram que na época de Kardec apareceram outros cultos e seitas que também mencionavam espíritos superiores que falavam outras coisas e eram mais organizados e estruturados que o próprio espiritismo.

Vejo o caso de Blavatsky que materializava cartas, que caiam do teto de sua casa, com mensagens de mestres espirituais (Mahatmas) que compunham a Grande Irmandade Branca, entre eles o Mestre Morya, Koot Hoomi e Jesus. Essa irmandade tinha uma sede física no deserto de Gobi (Shamballa) e era liderada pelo Senhor do Mundo, vindo originalmente de Vênus com vários auxiliares, com Buda entre eles. Eles ajudaram a fundar a Sociedade Teosófica, depois que Blavatsky abandonou sua carreira de médium espírita em meados de 1870. Esses mesmos espíritos superiores foram adotados pelos rosacruzes da AMORC, que guardam muitos pontos comuns de seus ensinamentos secretos com a Teosofia.

Faça uma pesquisa para verificar que a Teosofia tem mais adeptos que o espiritismo e está em quase todos os países do mundo. Enquanto o espiritismo afundava, a Teosofia conseguia se manter apesar, também, de muitas fraudes e escândalos.

Não vamos esquecer também que Joseph Smith, em 1823, também teve a visão de um tipo de espírito superior na forma de anjo que revelou a localização das famosas placas de ouro onde estava escrito um novo evangelho numa língua estranha que podiam ser traduzidas com a ajuda de duas pedras mágicas para serem transcritas como o Livro dos Mórmons. Os mórmons começaram a florecer em Salt Lake City - Utah em 1875, na mesma época em que Kardec lidava com outro tipo de espíritos superiores.

Poderia ir avançando no tempo e citar outras seitas/cultos/religiões que também receberam seus ensinamentos de espíritos superiores ou mergulhar no passado para encontrar uma infinidade de espíritos e de ensinamentos em todas as culturas e lugares. Convém perguntar quais eram espíritos brincalhões, e como poderíamos ter a certeza disso.

Espíritas que insistem em considerar espíritos superiores deveriam estudar mais história e repensar essa falsa exclusividade de um conhecimento totalmente duvidoso.



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Offline montalvão

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Re:Pesquisa com médium
« Resposta #917 Online: 09 de Janeiro de 2017, 08:33:15 »
Pelo avançado da hora continuaremos nossos diálogos amanhã, mas, meu caro Buck, a exigência de prova física sobre questões espirituais é um tanto descabida, pois não?
Não que isso não seja possível, mas um cético não aceitaria nem que visse.
Faz parte da natureza cética... este é o busílis.

A exigência de prova física sobre alegações espirituais pode ser descabida, mas a exigência de demonstração objetiva da ação de mortos na natureza não só é aceitável como recomendável.

Os céticos, mesmo céticos qual o Giga, aceitariam mais facilmente que "tem algo que merece atenção no espiritismo" se os falecidos se dignassem dar provas de suas presenças, em testes simples, passando informações que só uma consciência invisível e presente pudesse dar.

Exemplifico (em linhas gerais, sem detalhamento): numa sala escura, alguém põe um relógio convencional, tipo despertador tamanho grande, ele deve estar parado (sem dar corda). A pessoa mexe aleatoriamente os ponteiros e o deixa no local. Noutra sala o médium deverá pedir ao espírito que veja a hora marcada. Visto que as almas enxergam no escuro, a entidade não terá dificuldade em visualizar o registro. Repete-se o teste um tanto de vezes, para evitar acerto casual.

A pontuação deverá ficar em 100% ou próximo disso. Se for "ligeiramente acima" do esperado pelo acaso, considera-se fracasso.

Caso o morto alegue não ter condição de "traduzir" o que viu em palavras, não tem problema, ele manda para o médium um desenho da posição dos ponteiros...

Uma dentre muitas possibilidades de verificação objetiva...

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Pesquisa com médium
« Resposta #918 Online: 09 de Janeiro de 2017, 12:26:21 »
Ainda tem as religiões afro/afro-americanas, e quaisquer outras religiões na verdade. E as crenças em ETs e abduções, também. Criptozoologia em geral, até.

Os espíritas não podem dizer, "não, essas outras religiões, são religiões mesmo, aquilo em que os seguidores crêem é apenas matéria de fé, nada comprovado, diferentemente do espiritismo rivail-xavierista".

Os outros todos dessas religiões não são obrigados a aceitar, "é, nisso tem razão, só os seus espíritos que  comunicaram fatos reais mesmo, os nossos, não podemos garantir, então infelizmente ficamos apenas numa questão de fé mesmo, fazer o que."

E a tentativa de se passar por não-religião como distinção também não quer dizer nada, até porque vertentes espiritualistas originais, não-kardecistas/xavieristas, também faziam exatamente a mesma alegação vazia.

Offline Shadow

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Re:Pesquisa com médium
« Resposta #919 Online: 09 de Janeiro de 2017, 12:30:41 »
Ai está um teste simples e prático. Gostaria de vê-lo realizado.

Pelo avançado da hora continuaremos nossos diálogos amanhã, mas, meu caro Buck, a exigência de prova física sobre questões espirituais é um tanto descabida, pois não?
Não que isso não seja possível, mas um cético não aceitaria nem que visse.
Faz parte da natureza cética... este é o busílis.

A exigência de prova física sobre alegações espirituais pode ser descabida, mas a exigência de demonstração objetiva da ação de mortos na natureza não só é aceitável como recomendável.

Os céticos, mesmo céticos qual o Giga, aceitariam mais facilmente que "tem algo que merece atenção no espiritismo" se os falecidos se dignassem dar provas de suas presenças, em testes simples, passando informações que só uma consciência invisível e presente pudesse dar.

Exemplifico (em linhas gerais, sem detalhamento): numa sala escura, alguém põe um relógio convencional, tipo despertador tamanho grande, ele deve estar parado (sem dar corda). A pessoa mexe aleatoriamente os ponteiros e o deixa no local. Noutra sala o médium deverá pedir ao espírito que veja a hora marcada. Visto que as almas enxergam no escuro, a entidade não terá dificuldade em visualizar o registro. Repete-se o teste um tanto de vezes, para evitar acerto casual.

A pontuação deverá ficar em 100% ou próximo disso. Se for "ligeiramente acima" do esperado pelo acaso, considera-se fracasso.

Caso o morto alegue não ter condição de "traduzir" o que viu em palavras, não tem problema, ele manda para o médium um desenho da posição dos ponteiros...

Uma dentre muitas possibilidades de verificação objetiva...
"Who knows what evil lurks in the hearts of men? The Shadow knows..."

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Pesquisa com médium
« Resposta #920 Online: 09 de Janeiro de 2017, 12:50:44 »
O problema é que a visão das ECNBs (Entidades Conscientes Não Bariônicas, vulgo "espíritos") não se baseia em algo parecido com fótons, mas eles "enxergam" a partir das fibras do cogno-consciencio-continuum. Isso é, um network vibracional (algo próximo da teoria de cordas) do conhecimento consciente do universo, que reverbera, com limitações locais, em suas estruturas cognitivo-conscientes. Sim, estruturas materiais. Não "cérebros", mas materiais.

Da mesma forma que você pode ter a mesma informação, medida em bits, num substrato neuronal, magnético, laser, flash disks, fitas K7, etc. O mesmo também existe com formas de matéria ainda pouco conhecidas (como matéria escura, que compõe a maior parte do universo*, talvez até compondo parte significativa dessa). O "imaterialismo" é apenas uma ilusão a partir da ignorância das dimensões adicionais de teoria de supercordas.

Esse no entanto é um problema para as exigências do materialismo primitivo para comprovações físicas, já que a ĩnformação cognitiva das ECNBs estará limitada à informação presente em muitas pessoas envolvidas no caso, na vasta maior parte do tempo. E em última instância, do conhecimento de alguém vivo.

Então os pseudo-céticos poderão dizer ser sempre no mínimo um fenômeno do tipo "esperto Hans", se não fraude completa. Mas é o mesmo pseudo-ceticismo simplório que leva alguns a negar a relatividade, física quântica, ou a matéria escura. Coisas "materiais", que fogem bastante do padrão de rudimentar do materialismo de "paus e pedras" dos pseudo-céticos, mas que ainda assim são aceitos por muitos desses como ciência, mesmo por aqueles sem estudo aprofundado na área. O estudo das ECNBs nada mais é do que um esforço interdisciplinar entre a física avançada e as ciências cognitivas, ainda que haja sim, alguma influência de religiosidade, tal como há na antropologia e na história, que no entanto não levam os pseudo-céticos a entrar em completa negação.

Engraçado esse ceticismo seletivo dos pseudo-céticos, não tanto quanto essas coisas igualmente difíceis de compreender da física avançada, tampouco a qualquer coisa com alguma influência religiosa, mas especificamente uma rejeição de que a "alma" humana poderia ter tais bases físicas (ou mesmo estudada, vide o tópico indagando "se a psicologia é mesmo ciência"). Isso parece esconder na verdade um desejo velado de que a "alma" permanecesse fora do escopo da ciência, mantendo assim protegidas as crenças sobrenaturais íntimas que eles não têm coragem de revelar que mantém.



TAGS: Albert Einstein, Fritjof Capra, Niels Bohr, Amit Gotswami, Stephen Hawking, Deepak Chopra, física quântica, matéria escura, densidade vibratória



* Coincidência curiosa:



Se você considerar ainda os mortos com a equação de Drake, talvez essa hipótese permita solucionar ao mesmo tempo o paradoxo de Fermi e o mistério da matéria escura.

Offline Spencer

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Re:Pesquisa com médium
« Resposta #921 Online: 09 de Janeiro de 2017, 13:12:23 »
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Quando alguém usa a expressão “extremamente” em alguma definição podes crer que está definindo mal. Uma coisa “extremamente porosa” é o quê? Deve como um balde furado: passa tudo, não fica nada...
Deve ser brincadeira,kkkkkkkk
Pouco poroso:um cartão, alvenaria de tijolos, pex.
Muito poroso:pano
extremamente poroso: um véu, que permite a passagem de qualquer coisa desde que não maior que sua malha. Ou processo homeostático celular, que embora seletivo, potássio, sodio, cálcio, tem perfusão 100%
Ok?
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Quando “Evolução em Dois Mundos”, psicografia conjunta de Chico e Waldo,  foi lançada causou rebuliço na seara espírita. Disso temos o depoimento do biógrafo de Chico, Marcel Souto Maior
Que, diga-se de passagem, antes, jornalista ateu declarado, hoje, carola espírita.

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==================================.
Na viagem de avião do Rio de Janeiro a Foz, consulto o primeiro livro psicografado por Waldo e Chico Xavier, um clássico do espiritismo intitulado Evolução em dois mundos, assinado pelo espírito André Luiz e publicado em 1958.

Os bastidores da redação desse livro surpreenderam a comunidade espírita na época. O método de trabalho da dupla era insólito. Waldo Vieira, então um jovem de 26 anos, prestes a se formar em Medicina e Odontologia, enviava de Uberaba para Pedro Leopoldo, aos cuidados de Chico, 47 anos e curso primário incompleto, os capítulos ímpares do livro um resumo da história da alma humana pontuado por termos médicos.

Chico dava sequência ao texto, em Pedro Leopoldo, com os capítulos pares. A fusão dos artigos era surpreendente. Impossível afirmar quem escreveu qual trecho. André Luiz, pseudônimo usado pelo médico Carlos Chagas, seria o autor da obra e de parágrafos como este sobre as formas das células:

São cenositos ou microorganismos que podem viver livremente, como autositos ou como parasitos: sincícios ou massa de células que se fundem para a execução de atividade particular...

Evolução em dois mundos chegou às livrarias em meio a críticas. Médicos escreveram a Chico para protestar contra a complexidade do texto “pseudocientífico”. Por que eles não eram capazes de entender? Qual o sentido de páginas tão inacessíveis?

O livro, denso, quase inalcançável, contrariava a linha popular a ser defendida poucos anos depois por Chico: as mensagens deveriam ser acessíveis aos “espíritas mais humildes”. Chico temia o elitismo e repetiria aos intelectuais da doutrina:
— O espiritismo veio para o povo e para com o povo dialogar.
Não vi tanta dificuldade neste livro.
Ressalte-se, como sabido, que o espiritismo se disseminou, inicialmente, entre as elites intelectuais, mas seu objetivo é combater o dogmatismo e o radicalismo religioso, esclarecendo, amparando e consolando os que sofrem. Então, o Espiritismo veio para todos, mas não "aquele" livro.

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O povo, nesse livro, ficou de fora. “Hausto corpuscular de Deus”, “corpúsculobase”, “fluido elementar” — as expressões eram complicadas demais. Folheio o livro no avião e fico aliviado ao encontrar nas primeiras páginas conceitos de Allan Kardec.
“A marcha dos espíritos é progressiva, jamais retrógrada.
O Espiritismo e a ciência se completam reciprocamente; a Ciência, sem o Espiritismo, se acha na impossibilidade de explicar certos fenômenos só pelas leis da matéria; ao Espiritismo, sem a Ciência, faltariam apoio e comprovação.”

Offline montalvão

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Re:Pesquisa com médium
« Resposta #922 Online: 09 de Janeiro de 2017, 14:40:13 »
 
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Quando alguém usa a expressão “extremamente” em alguma definição podes crer que está definindo mal. Uma coisa “extremamente porosa” é o quê? Deve como um balde furado: passa tudo, não fica nada...

Deve ser brincadeira,kkkkkkkk
Pouco poroso:um cartão, alvenaria de tijolos, pex.
Muito poroso:pano
extremamente poroso: um véu, que permite a passagem de qualquer coisa desde que não maior que sua malha. Ou processo homeostático celular, que embora seletivo, potássio, sodio, cálcio, tem perfusão 100%
Ok?
Não ok...

A própria expressão já diz: “extremamente”, ou seja: algo que está no ápice, no máximo de sua potencialidade, no ponto em que não se pode acrescentar mais coisa alguma... Qual é o ponto máximo de algo extremamente poroso?

Falei que extremamente poroso seria como um balde furado, errei,   ficaria melhor: “como um balde sem fundo”...

Por que um véu seria extremamente poroso, já que um coador com buracões seria muito mais?

É comum o uso desleixado de palavras, sem atinar-se se estão aplicadas condizentemente. Já ouvi quem dissesse: “fulano é extremamente pontual”! Pô, o que significa isso? Alguém que chega ao compromisso nanossegundamente na hora?

Outra expressão danada de mal usada é “inúmeras”, que significa “incontáveis”. Então alguém diz sem medo: “telefonei para você inúmeras vezes”. Que que é isso? Passou a vida inteira a ligar para o outro?

Em conversa coloquial é aceitável esses “extremamentes” que não extremam coisa alguma, “inúmeros” que podem ser contados, mas numa definição que se supõe técnica not.


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Quando “Evolução em Dois Mundos”, psicografia conjunta de Chico e Waldo,  foi lançada causou rebuliço na seara espírita. Disso temos o depoimento do biógrafo de Chico, Marcel Souto Maior


Que, diga-se de passagem, antes, jornalista ateu declarado, hoje, carola espírita.

Este o verdadeiro “pseudocético”, aquele que garante ter sido sempre descrente e, quando teria melhor conhecido a proposta, mudou de ideia. São pessoas que nunca tiveram opinião embasada a respeito do assunto e quando deparam com o que lhes parece assombroso, não hesitam: aderem...


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[...]
Evolução em dois mundos chegou às livrarias em meio a críticas. Médicos escreveram a Chico para protestar contra a complexidade do texto “pseudocientífico”. Por que eles não eram capazes de entender? Qual o sentido de páginas tão inacessíveis?

O livro, denso, quase inalcançável, contrariava a linha popular a ser defendida poucos anos depois por Chico: as mensagens deveriam ser acessíveis aos “espíritas mais humildes”. Chico temia o elitismo e repetiria aos intelectuais da doutrina:
— O espiritismo veio para o povo e para com o povo dialogar.

Não vi tanta dificuldade neste livro.
Ressalte-se, como sabido, que o espiritismo se disseminou, inicialmente, entre as elites intelectuais, mas seu objetivo é combater o dogmatismo e o radicalismo religioso, esclarecendo, amparando e consolando os que sofrem. Então, o Espiritismo veio para todos, mas não "aquele" livro.

Parabéns se não viu “tanta dificuldade no livro”, e mais parabéns se conseguiu entender uns 2% do conteúdo...

Nenhum outro livro espírita, mesmo que voltado para as elites, se assemelha à “Evolução”, aquilo foi um xou de vaidade da dupla Chico/Waldo.

Mesmo que fosse como diz: obra voltada para as elites, tal não altera o fato de que a maioria, nem ferrenhos seguidores de Chico, entenderam o que Evolução em Dois Mundos quis noticiar...

Note que médicos espíritas acusavam o uso de linguagem pseudocientífica. Se fossem espíritos comunicando nem  brincalhões seriam, seriam sacanas da mais elevada categoria.

Alguns eruditos se deram ao trabalho de avaliar o conteúdo e encontraram, em meio à linguagem rebuscada, erros clamorosos, conforme o trecho de artigo demonstra:

=================================.
[...]
Também nesse campo os erros continuaram a se multiplicar toda vez que os médiuns consultaram os espíritos sobre fatos cientificamente verificáveis. Mais uma vez, pode-se tomar um exemplo de Chico Xavier: Evolução em Dois Mundos (1959), supostamente ditada por “André Luiz”, que supostamente foi médico sanitarista no Rio de Janeiro do início do século XX (claramente inspirado na figura de Carlos Chagas, mas sem se comprometer com detalhes).

Ao se referir à evolução da “mônada espiritual” através dos corpos materiais, afirma que “caminhou na direção dos ganóides e teleósteos, arquegossauros e labirintodontes para culminar nos grandes lacertinos e nas aves estranhas, descendentes dos pterossáurios, no jurássico superior, chegando à época supracretácea para entrar na classe dos primeiros mamíferos”.

Nesse caso, não se trata nem de afirmações cientificamente aceitáveis quando foram escritas, mas superadas mais tarde. Mesmo em 1959, não passavam de mal-entendidos típicos de leigos com conhecimento superficial de biologia e evolução. Os dinossauros não são “lacertinos” (lagartos) e mesmo no século XIX, quando a origem das aves ainda era controvertida, sabia-se que elas não descendiam dos pterossauros (seus ancestrais eram dinossauros carnívoros bípedes, da sub-ordem dos terópodes). Os primeiros mamíferos surgiram muito antes da época “supracretácea” (ou seja, o Cenozóico): são quase tão antigos quanto os primeiros dinossauros e isso é sabido desde fins do século XIX.

http://www.cartacapital.com.br/cultura/errar-e-cientifico-insistir-no-erro-e-esoterico/
===============================.

Este mesmo artigo, em outro trecho, corrobora o que o Gigaview afirmou há pouco:

=============================.
Engraçado é que os espíritas ficam repetindo que nada foi inventado, mas trazido por espíritos superiores como se isso fosse uma exclusividade deles. Ignoram que na época de Kardec apareceram outros cultos e seitas que também mencionavam espíritos superiores que falavam outras coisas e eram mais organizados e estruturados que o próprio espiritismo.
Vejo o caso de Blavatsky [...]

Não vamos esquecer também que Joseph Smith, em 1823, também teve a visão de um tipo de espírito superior na forma de anjo que revelou a localização das famosas placas de ouro onde estava escrito um novo evangelho numa língua estranha [...]

Poderia ir avançando no tempo e citar outras seitas/cultos/religiões que também receberam seus ensinamentos de espíritos superiores [...]
==========================.

Compare:

“Estendemo-nos sobre o espiritismo por ser uma doutrina particularmente conhecida no Brasil, mas outras caíram na mesma armadilha. ELLEN WHITE, a profetisa fundadora dos Adventistas do Sétimo Dia, também disse (em 1846) ter sido transportada em espírito para Júpiter, “mundo com quatro luas”, onde a relva era de um verde vivo, os pássaros gorjeavam cânticos suaves e os habitantes se pareciam todos com Jesus, porque embora ali crescesse o fruto proibido, não o haviam comido. Depois foi a Saturno, “com sete luas” (as que os astrônomos conheciam na época – hoje são contadas pelo menos 60), onde encontrou o profeta Enoc, que estaria morando em uma de suas cidades.

JOSEPH SMITH, fundador da Igreja dos Santos dos Últimos Dias (Mórmon), afirmou, em 1837, disse que a lua era habitada por homens e mulheres como na terra, que viviam até quase mil anos, tinham aproximadamente dois metros de altura e vestiam-se quase uniformemente, num estilo próximo aos dos quakers.

Também nessa doutrina a existência de mundos habitados é crucial, pois Deus seria um homem ressuscitado e exaltado, mas de carne e osso, que vive em um planeta chamado Kolob e os mórmons podem se tornar deuses se seguirem seus mandamentos.

A TEOSOFIA, outro produto do século XIX, descreve também detalhes da vida em Vênus e Marte (embora reconheça que a Lua é um mundo morto), mas é mais característica pelas detalhadas narrativas sobre o passado da Terra e da humanidade, em boa parte baseada em uma mistura de mitos gregos, hindus e budistas com especulações científicas do século XIX.

Lemúria, por exemplo. Citada por Helena Blavatsky em Ísis sem Véu (1877), havia aparecido pela primeira vez em 1864, como hipótese científica para explicar semelhanças geológicas entre a Índia e Madagascar – seria um continente desaparecido ao qual essas duas terras haviam pertencido, mas que afundara, na maior parte. Alguns biólogos sugeriram que a espécie humana talvez houvesse evoluído nesse continente hipotético, supostamente a pátria original dos primatas, numa tentativa de explicar a dificuldade de encontrar fósseis do “elo perdido” entre os primatas avançados e os seres humanos.
[...]
Também a cronologia teosófica é um fóssil do século XIX. Em A Doutrina Secreta (1888), Blavatsky fornece uma “cronologia geológica esotérica”, combinando “dados científicos e ocultos”, para concluir que a Terra começou a se sedimentar há 320 milhões de anos (começando a vida a evoluir logo em seguida), o que hoje chamamos Mesozóico começou há 44 milhões e o Cenozóico há 7,87 milhões. Quanto ao Universo, começara a existir precisamente em 1.955.882.800 a.C., de acordo com sua interpretação da numerologia mítica das eras hindus.
[...]
Errar é próprio da ciência, mas apegar-se a erros do passado é característico do pensamento dogmático, seja religioso ou esotérico. Isso não quer dizer, bem entendido, que não possa haver valor espiritual ou ético nos ensinamentos espíritas, teosóficos ou cristãos de qualquer corrente. Apenas tais doutrinas não podem reivindicar validação científica para suas supostas revelações. Quem se identifica seus valores e tem fé neles, que esteja à vontade, mas saiba separá-los das alegações científicas e históricas que vêm no mesmo pacote.
http://www.cartacapital.com.br/cultura/errar-e-cientifico-insistir-no-erro-e-esoterico/
==================================.

E, não esqueça que os “espritos” superiores bagunçaram o coreto científico de Kardec, ao noticiar-lhe da pluralidade dos mundos habitados, dos marcianos trogloditas, da casa de Mozart em Júpiter, dos habitantes da lua, do espírito que se desgruda do corpo durante o sono, do magnetismo animal...


Offline Spencer

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Re:Pesquisa com médium
« Resposta #923 Online: 09 de Janeiro de 2017, 16:18:11 »

O nobre Spencer fez uma bela dissertação, mas não ilustrou seus pontos de vista com citações de autores consagrados, que corroborem seus declarativos. Vou supor que tenha se baseado na doutrina kardecista e passo a comentar.
Obrigado, Monatalvão;
vc está certo, minha base neste caso é a DE.


Não existe qualquer argumentação espiritualista que convença um cético a mudar seu ponto de vista... e vice-versa.

Cético, no sentido de quem duvida e requer evidências satisfatórias de alegações metafísicas e quejandos, mudar de ideia ante argumentação espiritista nunca vi, mas conheço gente desinteressada ou mesmo crítica do espiritismo que se converteu ao presenciar fenômenos ou estudar a doutrina. Por outro turno, conheço vários espíritas (e religiosos em geral) que cederam ante a consistência dos argumentos céticos. No entanto, tenha em conta que essas mudanças nunca ocorrem de supetão, é processo gradativo.

Só um pequeno reparo: os céticos não se preocupam com argumentos. Apenas pedem provas... nada de errado com isto.

Alguém disse aqui que andam ávidos por se comunicarem. Não é bem assim, mesmo porque existe um abismo entre nós e eles, ao qual para logo se acostumam.
 
Bem, se não estão ávidos por comunicarem não haveria tantas alegadas comunicações brotandos aos quatro cantos. Segundo o doutrinador Chico “eles estão entre nós” e se não comunicam nos presenteiam com seus pensamentos: pondo em nossas cabeças ideias que não nos pertencem...

Além disso, a avidez comunicativa, da parte dos “espíritos”, se depreende da literatura pertinente. Rivail fez milhares de indagações aos espíritos, que ele intitulou “superiores”, os quais tiveram todas as paciências do mundo (ou do outro mundo) para respondê-las.

As alegadas comunicações ocorrem por vários motivos: insanidade mental, fraude, outras tantas sem muito significado mas que encontram pessoas relativamente sensíveis às suas companhias espirituais - interessante notar que 90% dos casos de esquizofrenia decorrem de processos obsessivos.
Quanto a Kardec ter buscado e ouvido inúmeros espíritos, nada a estranhar. Como falar deles sem ouvi-los antes. Os espíritos superiores facilitavam as comunicações com todo o tipo de espírito. A "Revue" está abarrotada destas entrevista que no meu entender nada trazem de útil, mas são curiosas e revelam aspectos interessantes, que a DE não aborda por não atender à sua finalidade precípua.
 

        Rompido_o_laço_que_a_une_à_matéria, um dos primeiros pensamentos da alma é para os seres queridos que ficaram a distância, e a ansiedade de revê-los constitui um dos mais santos objetivos de suas aspirações. Nem sempre isso lhes é permitido, porquanto uma ordem indefectível preside às leis cósmicas que são as leis divinas. Fazem tudo, porém, para que se tornem dignas da confiança superior, e é assim que inúmeras criaturas desencarnadas se entregam, em vossos ambientes, a misteres dignificantes e redentores.
[71 - página 47]  - Emmanuel - 1938
(Guia Heu)
========================================.


Então não existe a comunicação mediúnica? Sim, mas bem menos que se imagina.
O médium é como alguém que vê uma paisagem através de um vidro embaçado de uma janela, que quase sempre está fechada. Alguns clarões, apenas.

O que significa “bem menos que se imagina”? Qual é a estatística confiável a respeito da expectativa dos interessados? O que vemos nos sítios mediúnicos é a mediunidade fluir generosa...

permita esclarecer um ponto que passava batido: as comunicações entre entidades espirituais e seus médiuns pertencem a dois campos distintos.

1. Aquelas que visam a atualização da DE ou trazem informações (revelações) importantes com vistas ao bem da humanidade, e que infelizmente parecem alcançar apenas uma pequena parte entre os homens mais sensíveis.
Quando se diz que os Espíritos poderiam provocar fatos que servissem como evidência de sua presença entre nós, na verdade eles o fazem, com muita prudência para não condicionar ou introduzir a acomodação da parte do homem.
Ex. Algumas experiências de EQM; crianças com QI ou talentos que não encontram explicações da parte da ciência; os "Idiots Savant", etc

2. Comunicações de âmbito restrito, quase como um estímulo à perseverança e confiança de algumas pessoas, tipo, alguma premonição sem grande relevância a não ser a nivel pessoal ou familiar.
Certas ações em defesa da segurança de pessoas que nem se dão conta de que foram alvos destas. Isto não é privilégio; o Karma define, neste mundo caótico e violento os que devem passar por provas dolorosas e aqueles cujas dificuldades se situam em fatos relacionados a desemprego, doenças, traições... mas não a morte por acidentes, por exemplo.


Mas a humanidade estaria deserdada se não houvesse sensitivos de maiores possibilidades e estes são usados para fins bem determinados.
 
Que fins seriam esses? Dar conselhos e recadinhos domésticos? Coisa que qualquer vivo faria, até melhor?  Até a presente data não se registram auxílios concretos da espiritualidade nas encrencas da humanidade. Tampouco os mortos confirmam-se presentes onde dizem que estão comunicantes...
Penso que foi respondido acima.


Como foi dito, o ambiente espiritual que nos cerca é o maior limitante. A sintonia vibratória entre médium e espírito é de baixo nível e ainda apresenta ruídos que impedem maior clareza.
Como foi, então, que Kardec sintonizou espíritos da mais elevada estirpe, a ponto de produzir maçudas obras provindas dessas “sintonias”?  Espíritos ditam livros a mancheias a médiuns de todos os calibres, não parece haver problemas de “ressonância vibratória” nesses contatos...

A Codificação ocorreu em circunstâncias que, piegasmente, rotularia com um "uma nesga do céu se abriu para a humanidade".
Enxameavam os fenômenos e as comunicações, entre sérios e picarescos. Lembra das mesas girantes, nos salões alegres de Paris?
Tudo necessário; permitido e aprovado sob supervisão.

Infelizmente para o pesquisador não existe a intenção dos espíritos em provar sua existência. Isto, se quisessem, seria facílimo, como já foi comentado.
Realmente, nem mesmo demonstrarem-se presentes “eles” querem, que dirá comprovarem-se existentes... parece que os mortos não tão nem aí para as dúvidas dos vivos. Devem aplicar a máxima arduínica: ASQ: acredite se quiser...


Fazer adeptos, atrair simpatia é questão de tempo, dizem eles. As muitas encarnações estão aí para isto.
As múltiplas encarnações são apregoamentos kardecistas, os espiritualistas britânicos repudiam a ideia de viver várias vidas. Em ambos os casos são “espíritos” que ora ensinam que o destino do homem é ficar de vaivém entre lá e cá, ora notificam que não existe essa de viver um monte de vezes... Curioso, não?
Curioso, sim, mas perfeitamente justificável. A altivez e o orgulho dos espíritas ingleses foi acatado e respeitado ou haveria uma debandada que em nada, naquele momento, contribuiria para a divulgação da DE.
Simplesmente aguardou-se, pois o tempo corrige, inexoravelmente, estas distorções.
Os postulados espiritistas dos Britânicos eram incoerentes desde suas raízes. Como aceitar a existência de Deus, Espíritos, etc, sem o mais contundente mecanismo de justiça astral, qual seja a reencarnação?
« Última modificação: 09 de Janeiro de 2017, 16:24:13 por Spencer »

Offline Spencer

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Re:Pesquisa com médium
« Resposta #924 Online: 09 de Janeiro de 2017, 16:40:26 »
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Espíritas que insistem em considerar espíritos superiores deveriam estudar mais história e repensar essa falsa exclusividade de um conhecimento totalmente duvidoso.

Não, meu caro Giga, a DE tem uma visão absolutamente pragmática sobre as religiões, entendendo que todas servem a determinados fins, ou grupos definidos segundo suas predisposições filosóficas, religiosas e étnicas.

Espíritos superiores não são exclusividade de qualquer religião, estão a serviço da humanidade.

 

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