QUANDO EM SONO O PERISPÍRITO SE DESPRENDE do Cfísico e pode, tanto avançar por espaços longínquos como permanecer junto ao leito, TÍMIDO E AMEDRONTADO.
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Essa deve ser a prova científica de que os problemas psicológicos estão no perispírito, provavelmente seja por isso que a psicologia, psiquiatria e neurologia encontram tanta dificuldade em resolver as pendências...
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Creio que poderá explicar por que as ciências que lidam com o atinente ao sono e aos sonhos, e as variadas experiências que se realizam nessa área, inda não lograram registrar esse desprendimento perispiritual. Kardec ilustrou pifiamente essa conjetura alegando que os sonhos seriam indicativos desse desgrudamento, o que, bem sabemos, esclarece muito pouco ou quase nada. Agora que estamos há mais de 150 anos do primórdio da ciência espírita certamente haverá elucidação mais contudente e convincente, que desconheço e conto com seu saber nessa matéria para alumiar esse escuro.
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Por ocasião da morte este mesmo desprendimento ocorre, gradualmente e definitivo mas, tem função interessante: ao mesmo tempo em que drena do cfísico matéria sutil e de natureza, digamos, astral ou energética, própria do mundo espiritual, também faz o mesmo, em sentido contrário, retirando do perispírito que se desliga, matéria de natureza orgânica, inútil para aquele corpo energético que se afasta.
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Mui belo discurso, mas permita-me insistir num ponto: como é que a gente, que é mais pra S.Tomé, consegue conferir que é assim que o trem anda? Difícil para os sãotomeínicos engulirem linda concatenação de palavras sem evidências que a corroborem...
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Faço um parêntesis aqui para esclarecer a razão pela qual se diz que a DE é religião, filosofia e ciência. Imaginem o quanto de ciência não existe a ser compreendida e explicada quando tratamos de questões relacionadas às propriedades do mundo espiritual.
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Chegou onde eu esperava: em ciência, para compreender e explicar há que se realizar demonstração objetiva do postulado. Talvez, do verbo “quem sabe?”, exista essa riqueza de conhecimento que acena na ciência espírita, o problema é que ela não se revela nem com marretada de sexta-feira. Por enquanto, em 160 anos de saber espiritista, temos tão somente alegações otimistas e prometedoras, de concreto nadica de nada. Para piorar a foto, nos pontos em que as alegações da ciência espírita podem ser verificados elas se mostram insubsistentes, exemplos: pluralidade dos mundos habitados; magnetismo animal; alma descolando do corpo durante o sono; espíritos em comunicação...
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Enquanto Kardec interpretava as informações neste sentido, como relacionadas à ciência terrena; os espíritos não podiam esclarecer sobre o que exatamente estavam falando, pois O FAZIAM PARA AS GERAÇÕES SEGUINTES. Uma ciência, de um Criador que era mais que um místico, mas o criador de todas as ciências como leis de evolução.
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Se o conhecimento repassado pelos espírito era para gerações futuras, não seríamos nós elas? Se considerarmos 25 anos para cada geração (há outras medidas, até 10 anos tem sido sugerido), estaríamos na 7ª geração pós Kardec! Pô, já era tempo de os espíritos esclarecerem o assunto. Por isso digo que aí há mistério!
Explique porque o perispírito, que tem uma parcela de si feita de matéria, não é detectado nem pela mais fina tecnologia, muito menos pelas mais finas exegeses teológicas.
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Quando os espíritos mencionam propriedades desta matéria insistem em esclarecer que o elétron que existe aqui, existe lá, em outra frequência vibratória... por extensão, toda a matéria se conjuga dentro deste mesmo princípio.
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Frequência vibratória diversa, até onde eu que nada sei sei, não é motivo para que algo seja indetectável em qualquer época. Num tempo em que a ciência penetra nos recônditos dos elementos imensuravelmente miúdos e esmiuça os segredos do estupidamente grande, não seriam meras frequências vibratórias que escapariam à perquirição, caso fosse esse o óbice...
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Mas a nossa ciência já tem um gostinho disto quando indiretamente, por via de equações complexas descobriu, melhor dizendo, teorizou sobre a matéria escura. Também esta não é detectada pelo mais refinado equipamento que se possua mas é de importância fundamental para a atual cosmologia.
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Aí é que está a encrenca: por que a ciência não provou o gostinho do perispírito por igual via de equações complexas? Não há dúvida, há mistério!
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Esclareça por que os profetas de Deus, levantados em todos os ambientes do mundo e DESDE LONGAS ERAS não receberam influxos informativos a respeito dessa parcela perispiritual. Vá, coopere para a eliminação da leiguice no orbe terrestre e assim acelere a evolução dos estacionados!
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Os profetas sempre foram homens que como nossos médiuns recebiam inspiração; esta, adequada aos fins propostos. Alavancaram as grandes religiões do planeta COM BASE NO PRINCÍPIO DO "AMAI-VOS UNS AOS OUTROS...". A filosofia, a liturgia, costumes e cultura, eram elementos para que houvesse integração entre o homem e o místico, que se propunha renovador. Naturalmente, como em tudo que exite a mão do homem ou, que neste esteja a finalidade, haverá desvirtuamento.
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Sei não... o princípio do “amai-vos uns aos outros” é tardio na história das religiões e parece estar longe de se consolidar na humanidade. Durante milênios vigorou o “olho por olho, dente por dente”. Mesmo depois do amai-vos ser promulgado outro princípio concorrente o ofuscou: o do “converta-se ou morre!”.
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De qualquer modo, as bases do saber perene, ainda que de forma esmaecida, deveriam ter sido estabelecidas desde priscas eras, mas não foram. Kardec percebeu esse problema e tratou de dar ao conceito de reencarnação a vetustice que nunca teve, ou transformou povos antigos, que jamais pensaram em múltiplas vidas (caso dos judeus), em reencarnacionistas. Mais recentemente, uns iluminados acharam vestígios do perispírito em concepções antigas, usando a técnica do “se parece é”...
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Neste passado onde o homem tenta dialogar com Deus as necessidades reeducativas eram primárias e apenas mais tarde surge oconceito de um corpo sidério envolvendo a alma. PSICOSSOMA ou corpo espiritual COM KARDEC (corpo fluídico); Boadhas (no Zend-Avesta, dos persas); kha (ka) ou bai (entre os sacerdotes egípcios); ... Eidolon, mencionado por Pitágoras, além de okhema, ferouer (entre os gregos); khi (na tradição chinesa). Ou seja, não são exatamente os profetas reveladores religiosos que trouxeram de antemão este conhecimento, mas resulta da dedução e, creio eu, da experiência.
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Olha só, acabei de citar os iluminados e vejo o exemplo vicejar! Uma dúvida preliminar, Kardec falou em psicossoma? Isso não foi invenção do desertor Waldo Vieira, que lançou a débito de André Luiz?
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A conjetura de o perispírito como interface entre a carne e o espírito é exclusividade do espiritismo. Ponto. Mas, expertos dizem que não, que essa imaginação vem de longa data e de várias partes do mundo, o que lhe conferiria legitimidade, visto que intuída por civilizações distintas. Mas, será que é zé?
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Paulo Neto Sobrinho, notável apologista do espiritismo, citando outro autor, expôs assertiva bem parecida com a que expressou acima, conquanto mais rica em exemplos, confira:
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Em O perispírito e suas modelações, o autor Luiz Gonzaga Pinheiro, informa-nos que o corpo perispiritual era conhecido e estudado há milênios, citando os seguintes povos que o conheciam:
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Egípcio: Khá,
Pitágoras: Corpo sutil da alma,
Aristóteles: Corpo sutil e etéreo,
Platônicos: Okhêma,
Neoplatônicos: Aura,
Tertuliano: Corpo vital da alma,
Proclo: Veículo da alma,
Budismo: Kama-rupa,
Cabala: Rouach,
Vedanta: Manu, mãyã, kosha,
Hipócrates: Eu astral,
Caldeus: Coroa de fogo,
Paulo de Tarso: Corpo espiritual;
Cristãos primitivos: Corpo glorioso;
Paracelso: Corpo Astral,
Católicos: Alma,
Teósofos: Corpo causal,
Leibniz: Corpo fluídico,
Zöllner: Corpo fantasma,
Rosa-crucianos: Corpo vital,
Ocultistas: Ego Transcendental e
Pesquisadores modernos: Corpo psíquico, corpo bioplasmático.
(PINHEIRO, 2009, p. 127-128).
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Veja, pois, que o bagulho é muito doido! Nós aqui a criticar o perispírito e ele a existir desde não se sabe quando!
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Esse mesmo Gonzaga Pinheiro, que descobriu tantos perispíritos pelo mundo a fora, disse na obra citada:
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O PERISPÍRITO. ASPECTOS GERAIS
O perispírito não foi descoberto por allan kardec em suas exaustivas pesquisas nas paisagens do além túmulo. o brilhante pesquisador, apenas deu-lhe novo nome, e omitiu maiores detalhes sobre sua anatomia e fisiologia, limitando-se a defini-lo como corpo constituído de substância vaporosa, retirado do fluido universal, capaz de resistir aos rigores da morte física.
Era necessário que o espiritismo evitasse maiores polêmicas; que não tivesse o fogo cerrado dos materialistas e céticos centralizado em algum PONTO DE FÉRTIL CONTROVÉRSIA, desviando assim as discussões gerais para ângulos laterais, importantes sem dúvidas, mas inoportunos para a época.
Houvesse kardec descrito o perispírito como portador de células, órgãos, sistemas, à semelhança do corpo físico, capaz de sofrer a ação do petardo suicida ou dos maus pensamentos gerando resíduos em suas fibras, o espiritismo teria tido maiores adversários. (O PERISPÍRITO E SUAS MODELAÇÕES)
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Mais adiante, no mesmo livro, Gonzaga Pinheiro afirma:
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Os fenômenos relacionados com a memória, os sentimentos e a inteligência são restritos ao Espírito, de vez que desencarnado, ele os conserva de maneira integral. Durante a encarnação O SISTEMA NERVOSO FÍSICO APENAS FUNCIONA COMO CANAL DE EXTERIORIZAÇÃO DE TAIS FENÔMENOS, VISTO QUE NÃO É A SEDE OU MATRIZ GERADORA DOS MESMOS.
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Observa-se que o perispírito dotado de cérebro e, consequentemente, de organismo geral, ou seja, todos os órgãos do corpo estão “lá”, não estava em Kardec, veio depois... (será eu era isso que os espíritos deixaram para “as gerações seguintes”?).
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Outro problema que dificulta a aceitar-se que o perispírito esteja na história de povos antigos é que quando se examina as características desses “perispíritos” dificilmente se conseguirá aparentá-los à idealização kardecista. À guisa de exemplo, examinemos o kha egípcio:
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1) Entre os antigos Egípcios, o ka designava uma espécie de alma que acreditavam que existia, tanto nos homens, como nos deuses.
O conceito em si é difícil de trasladar hoje para qualquer outra língua viva através de uma só palavra. Em português, o termo que melhor o poderá traduzir será talvez o de alma, ressalvando no entanto as devidas distâncias entre a concepção cristã da alma, e a concepção egípcia do ka.
O ka pode então ser definido como um princípio ou elemento metafísico, imaterial, invisível, volátil e, de certa forma, metafórico, que permitia assegurar a sobrevivência dos homens neste mundo, e lhes conferia a vida eterna no outro.
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Ka)
2) Quando se fala da História do Egito Antigo, é difícil dividir a conversa em tópicos, como Filosofia, Arte, Morte... os antigos egípcios eram um povo que não segmentava a existência.
Vida e morte bailavam sobre o mesmo palco. Uma atuava como extensão direta e ininterrupta da outra. A morte, por exemplo, não consistia simplesmente na não vida, mas numa continuidade, espiritual e de corpo renovado e eterno, da vida. Pode-se entender a Filosofia egípcia da morte analisando-se o indivíduo sob dois aspectos:
BA: Alma superior imortal, gêmeo com coração, cópia de cada ser humano.
KA: Duplo etérico do morto, substrato vivo e ativo, base da vida póstuma que desempenha após a morte o papel do corpo terrestre durante a vida.
O Ka se opõe ao Kaibiti ou Sombra, o segundo composto do ser póstumo, que se caracteriza pelo conjunto dos desejos elementares, paixões, vícios, defeitos, que se decompõe e se manifestam sob o aspecto de um fantasma.
As embalsamações serviam para preservar o corpo terreno para que este servisse de morada ao Ka.
Toda a vida e filosofia egípcias se baseavam nos conceitos básicos descritos acima. Ba e Ka são gêmeos inseparáveis constituintes do indivíduo no pós-morte.
O conjunto do corpo físico era chamado de Kat.
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia_no_Egito_Antigo------------------------------------------
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O kardecismo quer convencer que o homem nasceu espírita e depois se desvirtuou, por isso, quando morre, volta à condição original: tanto que as psicografias (as psicografias kardecistas, naturalmente) mostram os comunicantes todos espiritizados...