Autor Tópico: Governo Bolsonaro  (Lida 112438 vezes)

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Offline Cinzu

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #1000 Online: 12 de Novembro de 2018, 19:34:14 »
Joaquim Levy aceitou convite e será presidente do BNDES, diz assessoria de Paulo Guedes

Foi aqui nesse tópico que disseram que qualquer pessoa que tenha participado do governo Lulo-petista não merece credibilidade alguma e é igualmente culpado por tudo o que os governos anteriores fizeram ao país?


Mas quem disse isso? Cadê o link?

Cansei de ouvir desqualificações aqui no fórum da Marina, Ciro e Meirelles por terem sido ex-ministros no governo Lula.

Até mesmo quando postaram reportagens sobre o Alexandre Schwartsman, o desqualificaram por ter sido Diretor do Banco Central durante o governo Lula.
"Não é possível convencer um crente de coisa alguma, pois suas crenças não se baseiam em evidências; baseiam-se numa profunda necessidade de acreditar"

Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #1001 Online: 13 de Novembro de 2018, 12:31:00 »


Mandetta foi acusado de autorizar pagamentos indevidos por serviços não executados



Felipe Moura Brasil  13.11.18 12:01


O Antagonista obteve o documento da ação civil pública de ressarcimento de dano ao erário, proposta pelo Município de Campo Grande, em face, entre outros, de Luiz Henrique Mandetta, cotado para assumir o Ministério da Saúde do governo de Jair Bolsonaro.

Mandetta, como registramos, é investigado em inquérito relativo à contratação do Consórcio Telemídia & Technology e da empresa Alert Serviços de Licenciamento de Sistemas de Informática, quando ele era secretário de Saúde.


Sergio Moro pode começar a analisar o caso: AQUI.

O Antagonista também obteve um pedido de indisponibilidade de bens, que pode ser conferido: AQUI.

No primeiro documento, Mandetta e seu sucessor na pasta são acusados de terem autorizado pagamentos indevidos por serviços que não foram executados: “nenhum deles agiu prudentemente, muito pelo contrário, além de coniventes, foram decisivos para que ocorresse o prejuízo ao erário municipal”.



https://www.oantagonista.com/brasil/mandetta-foi-acusado-de-autorizar-pagamentos-indevidos-por-servicos-nao-executados/


Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #1002 Online: 13 de Novembro de 2018, 12:33:13 »


Em carta a Bolsonaro, presidentes de associações médicas mostram preocupação com Mandetta


Felipe Moura Brasil  13.11.18 12:19


Em carta a Jair Bolsonaro, presidentes de entidades médicas, sem citar nominalmente Luiz Henrique Mandetta, manifestam “preocupação com boatos nos últimos dias sobre nomes cotados” para o Ministério da Saúde do governo do presidente eleito.

Para eles, Bolsonaro “precisará de um Ministro da Saúde que entenda da área, tenha conhecimento técnico, apoio e confiança dos médicos brasileiros, além de experiência e competência técnica em gestão”.


“Estamos acompanhando a formação do seu novo ministério com grande empolgação. Nomes como o do juiz Sergio Moro, do economista Paulo Guedes e do astronauta Marcos Pontes ratificam o compromisso com escolhas técnicas para comandar as pastas, sem loteamento político e influência partidária, e, principalmente, todos com ficha limpa e que não estejam sendo investigados. Para o Ministério da Saúde, a expectativa é de que tenhamos um nome assim, que se encaixe nesse perfil.”

Em seguida, apresentam “o nome de Lincoln Lopes Ferreira, médico com largo histórico de participação e contribuição para a medicina brasileira, inclusive na luta franca e declarada contra os desmandos e a ideologização do Ministério da Saúde nos últimos governos”.

“Ele é hoje presidente da Associação Médica Brasileira e já foi, por dois mandatos, presidente da Associação Médica de Minas Gerais. É formado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, em 1982, especialista em Cirurgia Geral, Gastroenterologia e em Administração em Saúde. Recentemente recebeu a comenda Honra à Ética, conferida pelo CRMMG.”

Confira a íntegra da carta e o nome dos mais de 70 signatários: AQUI.


https://www.oantagonista.com/tv/felipe-moura-brasil/em-carta-bolsonaro-presidentes-de-associacoes-medicas-mostram-preocupacao-com-mandetta/


Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #1003 Online: 13 de Novembro de 2018, 12:55:52 »

“Jerusalém Oriental é considerado um local ocupado”


Brasil  13.11.18 12:44


A Folha diz que a eleição de Jair Bolsonaro dividiu reações na comunidade islâmica em São Paulo, mas que a possibilidade de transferir a embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém é criticada de forma unânime.

Mohamad Bukai, xeque e diretor da União Nacional das Entidades Islâmicas, disse ao jornal:



“Jerusalém Oriental é considerado um local ocupado e qualquer transferência vai contra todas as leis internacionais. Outra coisa, hoje o mercado islâmico está muito forte no Brasil e isso pode ter um efeito negativo.”


https://www.oantagonista.com/brasil/jerusalem-oriental-e-considerado-um-local-ocupado/



Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #1004 Online: 13 de Novembro de 2018, 13:08:52 »

ESCOLHA DE GENERAL PARA DEFESA DESAGRADA MARINHA E AERONÁUTICA


A insatisfação com a decisão de Jair Bolsonaro de indicar o general Fernando Azevedo e Silva para o comando do Ministério da Defesa é da Marinha, Aeronáutica e cria constrangimentos no Exército; os motivos são: os comandantes das três Forças Armadas defendiam um civil para a Defesa; Marinha e Aeronáutica acham que o capitão da reserva está dando excesso de força e de espaço para o Exército e o aceno público que Bolsonaro tinha feito, ao cogitar indicar um almirante para a Defesa


13 DE NOVEMBRO DE 2018 ÀS 12:50 // INSCREVA-SE NA TV 247 Youtube


247 – Uma das jornalistas mais identificadas com o golpe parlamentar que tirou do governo Dilma Rousseff, Eliane Cantanhêde, antipetista visceral, próxima e simpática aos militares que cercam o presidente eleito Jair Bolsonaro, revela, no Estado de S. Paulo, que a indicação de um general do Exército para o Ministério da Defesa gerou insatisfação atingindo “a Marinha e a Aeronáutica"; a nomeação, segundo a colunista que é também comentarista da GloboNews, "cria constrangimentos no próprio Exército”.



De acordo com Cantanhêde, são dois os motivos da insatisfação: “O primeiro é que todos os comandantes das três Forças Armadas defendiam um civil para a Defesa, como ocorre na grande maioria dos países e sempre foi respeitado no Brasil, desde a criação do ministério, no governo FHC, com exceção da gestão Michel Temer”.


“O segundo: Marinha, Aeronáutica e setores também da força terrestre acham que Bolsonaro, capitão da reserva, está dando excesso de força e de espaço para o Exército, em detrimento das duas outras forças”, diz. Eliane Cantanhêde também afirma que a piora no clima também se dá porque “Bolsonaro tinha acenado publicamente com um almirante da Marinha para a Defesa, assim que deslocou o general Augusto Heleno do cargo para o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), com sala no Planalto”.


https://www.brasil247.com/pt/247/brasil/375017/Escolha-de-general-para-Defesa-desagrada-Marinha-e-Aeron%C3%A1utica.htm

Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #1005 Online: 13 de Novembro de 2018, 14:34:57 »

"A gente vai num decretão, tá ok?": o vídeo de Bolsonaro que fez o tiro sair pela culatra para a Forjas Taurus



As ações da fabricante de armas registraram ganhos de quase 1.000% desde setembro e os negócios passaram a frequentar o ranking dos maiores volumes na Bolsa, mas tomba 60% em três dias


Em 25 segundos, Bolsonaro pede que policiais não comprem armas e diz que vai baixar um "decretão" para acabar com o monopólio do mercado de armas no Brasil. Além disso, ele afirma que irá zerar os impostos de armas. Confira o vídeo:


https://www.infomoney.com.br/forjastaurus/noticia/7743338/a-gente-vai-num-decretao-ta-ok-o-video-de-bolsonaro-que-fez-o-tiro-sair-pela-culatra-para-a-forjas-taurus

Offline Pedro Reis

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #1006 Online: 13 de Novembro de 2018, 15:38:44 »

Então boa sorte. Vai precisar mesmo.



Você  (e outros do tipo "sou da paz")  pode achar que uma arma de fogo não é útil. Mas, eu (e muitos outros)  acho que uma arma de fogo juntamente com a percepção adequada do perigo em tempo hábil, mais um treinamento mínimo adequado, pode ser eficaz para evitar ser agredido, roubado e até assassinado,  e o contrário, sem a arma de fogo, a pessoa de bem fica a mercê da vontade de vagabundos.   :x





Talvez eu seja mesmo da paz. Mas a minha intenção não é "dar a outra face" a bandidos e permitir que só os meliantes tenham o monopólio da violência.

Só o que eu acho é que, se a intenção é proteger o "cidadão de bem", pode dar mais errado do que certo.

Isso é o que eu acho. Você não acha. Mas a realidade é indiferente aos achismos, e parece que o acesso ao porte quase indiscriminado de armas está prestes a se tornar realidade com Bolsonaro. Aí nós vamos saber, e não mais achar, se armas protegem ou não.

Mas apenas suponha que, daqui a 4 anos, os números provem que o "cidadão de bem" passou a correr um risco de morte (risco de vida não existe) até maior. Será que os que hoje argumentam em favor das armas irão admitir que estavam equivocados em seus argumentos?

Dificilmente. Pelo menos os que estão a serviço de grandes interesses econômicos, como o sr. Benê Barbosa e próprio Bozo, não se importam realmente se as pessoas vão estar mais ou menos seguras, porque se esta fosse um preocupação honesta, se estivessem mesmo convencidos de seus próprios argumentos, diriam: "Ok, vamos fazer uma experiência. Liberamos as armas para que todos possam se defender e a gente vê como fica. Conhecido o resultado deste experimento realiza-se um plebiscito para que a população decida, agora não mais achando mas sabendo, se o povo armado é mesmo um povo mais protegido."

É engraçado, eles apelam para o desejo soberano do povo, agora que as pessoas estão assustadas e foram convencidas e enganadas por uma ofensiva milionária de marketing financiada pela indústria. Mas quando os debates derem lugar às consequências das decisões tomadas por influência dos discursos, apenas os fatos irão determinar se as pessoas estarão se sentindo mais ou menos seguras. Aí eu vou querer ver se terão este mesmo zelo pela vontade do povo se esse povo perceber que viver no Velho Oeste não é tão legal assim como disseram que seria.

No entanto, quando da promulgação do estatuto do desarmamento, a despeito de achismos contrários e a favor, o experimento que eu sugeri acima foi feito: homicídios no Brasil cresciam a uma taxa consistente de 7% ao ano de 1993 até 2003, mas decresceram no ano imediatamente após a implementação do estatuto. E a partir de 2003 o padrão nessa curva de crescimento se altera nitidamente. Não estamos falando de um ano ou dois, mas de um período de cerca de dez anos em que se verificou um crescimento a taxa constante no número de homicídios por 100 mil hab. e que é nitidamente estancado pela restrição ao porte de armas que passa a existir em 2003.


É muito difícil sofismar o que o gráfico abaixo demonstra:



Ainda assim muitos tentam. Os dois principais ilusionimos retóricos de que se valem os propagandistas do rearmamento são:

- O número de homicídios continua aumentando desde 2003, logo o desarmamento foi inócuo. E alguns, com muita cara de pau, a despeito do que esse gráfico ilustra inequivocamente, CULPAM o DESARMAMENTO pelo aumento do homicídios desde 2003, argumentando simploriamente que se houve X mortes em 2002 mas um número maior em 2017, então a única razão possível só poderá ter sido o desarmamento a partir de 2003. Mas estes nunca tentam explicar a queda não só nos homicídios, imediatamente após 2003, mas também na taxa de crescimento. Na verdade estrategicamente nunca nem mencionam estes dados quando usam estes argumentos.

É muito fácil mostrar o que há de errado aí: as armas legais estão longe de serem o nosso principal problema de segurança pública. A criminalidade vem crescendo no Brasil, não só nos últimos 40 anos, não só desde que o PT virou governo, mas desde a década de 1960, e as causas são muitas e complexas que com o tempo foram se agravando e a estas se acrescentando outros fatores. Portanto ninguém nunca achou que simplesmente dificultando o porte teríamos aqui índices de violência semelhantes aos do Japão. Sem ter o mesmo acesso à educação que se tem no Japão, sem a qualidade de vida que se tem no Japão e sem a mesma distribuição de renda, entre inúmeras outras dessemelhanças.

O que se imaginava, honestamente, é que dificultando o porte legal de armas se poderia minorar apenas a ocorrência de mortes que resultavam diretamente de "cidadãos de bem" estarem podendo portar armas indiscriminadamente.

Uma tese que acabou se comprovando na prática.

- Outro argumento comum se dedica a desacreditar a previsão dos desarmamentistas de que a taxa de homicídios continuaria crescendo no ritmo de 7% ao ano até hoje, não fosse pelo estatuto. Esta projeção pode ser vista no gráfico acima indicada pela linha azul.

De fato não existe muita base para este tipo de futurologia e ninguém pode saber com certeza como teria sido de 2003 pra cá sem o estatuto. Mas eles atacam o argumento que usa esta previsão - que realmente é frágil - porque isso desvia o foco da informação que não dá para ser negada: que é o fato de que o estatuto do desarmamento teve sim impacto positivo, amenizando o crescimento da taxa de mortes provocadas por armas de fogo. O que seria concluído até por uma criança de 5 anos que analisasse o gráfico ali em cima.

A típica desonestidade intelectual dos armamentistas financeiramente motivados pode ser conferida no artigo de Fabrício Rebelo, que se qualifica como especialista em Segurança Pública.

https://rebelo.jusbrasil.com.br/artigos/266705338/apos-o-estatuto-do-desarmamento-homicidios-com-uso-de-arma-de-fogo-sao-os-que-mais-crescem

Este é um que considera o desarmamento A CAUSA do aumento de homicídios por armas de fogo. E apresenta os gráficos abaixo para provar.





O argumento é estranho, Fabrício acha que se os homícidios com armas de fogo cresceram um pouquinho mais que homcídios praticados por outros meios, isso prova que a culpa é do estatuto do desarmamento. Mas a diferença é insignificante, e homicídios como um todo aumentaram 16,46%, o que parece indicar que a criminalidade é que vem crescendo e impulsionada por diversos fatores.

Mas ele não informa ao seu leitor os dados do gráfico que mostram as taxas de crescimento de homicídios (por armas de fogo) nos dez anos anteriores a promulgação do estatuto. Apenas dos dez anos posteriores. Ou seja, não faz este comparativo. Porque se fizesse ele conscientizaria o seu leitor que os homicídios por armas de fogo aumentaram mais de 96% nos dez anos anteriores ao estatuto, mas apenas 17% nos dez anos seguintes ao estatuto.

Uma omissão inexplicável para alguém que se dedica a estudar o problema, um especialista em segurança pública.

Citação de: Fabricio Rebelo
Sem sequer atingir aquele que seria seu objetivo primário – conter o uso criminoso de armas de fogo -, ao estatuto, por óbvio, não pode ser atribuído qualquer impacto numa eventual redução global do quantitativo de homicídios (que sequer existiu), especialmente porque a maior retração nos meios letais vem ocorrendo, exatamente, naqueles sobre os quais essa lei não exerce qualquer influência.

Mas conter o uso criminoso de armas nunca foi o "objetivo primário" desta lei. E um especialista deveria saber disso. É aquela história do "estatuto não desarmou os bandidos". E não desarma mesmo, porque bandido não precisa de porte e nem compra arma em loja. Ele mostra mais uma vez que é desonesto porque o objetivo sempre foi lidar com o problema crescente gerado pela quantidade cada vez maior de
armas legais circulando nas mãos de "cidadãos de bem".

E um dado que não aparece no artigo do Fabrício Rebelo pode ajudar a entender este problema.

https://brasil.elpais.com/brasil/2015/05/13/politica/1431542397_442042.html

Citar
Se, por um lado, o número de pessoas brancas mortas por arma de fogo caiu 23% entre 2003 e 2012 (de 14,5 mortes por 100.000 habitantes para 11,8), a quantidade de vítimas negras aumentou 14,1% no mesmo período: de 24,9 para 28,5

Quer dizer, de 2003 pra cá a criminalidade vem aumentando ( como vem aumentando desde 1964 pra cá ), e isso se reflete no aumento do número de vítimas negras ( leia-se pobres ), porque os pobres e não os ricos são as maiores vítimas da criminalidade. Mas o número de vítimas brancas ( leia-se pessoas ricas! ) caiu 23% após o estatuto, o que parece mostrar que o porte disseminado de armas de fogo era mesmo responsável por muitas mortes que não estavam relacionadas com a criminalidade comum. E estes homicídios atingiam mais pessoas de maior poder aquisitivo, porque são estas as que mais portam armas legalmente adquiridas.

Um quadro que obviamente vai voltar a se apresentar da mesma forma quando o Bozo pulverizar o estatuto.

Offline Pedro Reis

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #1007 Online: 13 de Novembro de 2018, 15:46:15 »
Além do mais, você diz que quer ter uma chance de se defender de bandidos. Mas é só o que você vai ter: uma chance.

E em condições desfavoráveis pra quem enfrenta um criminoso que já dá o bote de arma em punho na vítima desprevenida. O tipo de situação mais comum.

Nesse caso duas coisas podem acontecer: dar certo e você conservar seus bens e dar errado e você perder a vida.

As chances de você conservar seus bens, estatísticas e lógica indicam, melhoram um pouco com o porte de uma arma. As chances de perder a vida aumentam muito.

Para melhorar um pouco as chances de conservar seus bens você está aumentando muito as chances de perder sua vida.

Não parece uma boa ideia.

Offline Sergiomgbr

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #1008 Online: 13 de Novembro de 2018, 15:58:27 »

Só para constar, em off,


 ...  correr um risco de morte (risco de vida não existe)
Na verdade não é "correr um risco de", mas sim,  "correr risco de".

O que não existe é "correr risco de morte" sendo na verdade fruto de compreensão espúria da frase correta que é "correr risco de vida".

"Correr risco de vida". Se você pensar, se perguntar, "correr" de quê? Que "risco" é esse? Vai perceber o quão "correr risco de morte" não faz sentido!


Quanto ao tópico.

O Estado faz proteção comunitária. Posse e porte de armas servem para proteção pessoal. 
« Última modificação: 13 de Novembro de 2018, 16:08:39 por Sergiomgbr »
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Pedro Reis

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #1009 Online: 13 de Novembro de 2018, 16:07:26 »
Uma outra defesa ( bem melhor ) da expressão "correr risco de vida".

Citar
Entende-se a angústia de Adriano. A pressão social pelo uso de “risco de morte”, expressão emergente, como se houvesse algo errado no consagrado “risco de vida” que herdamos de nossos tataravós, é uma questão com que se defronta qualquer pessoa menos distraída no Brasil de hoje. É também o maior exemplo de vitória do besteirol sabichão que temos na língua.

A questão tem cerca de dez anos, talvez quinze. O certo é que quando Cazuza cantou, em 1988, “o meu prazer agora é risco de vida” (na canção Ideologia), ainda não passava pela cabeça de ninguém corrigi-lo. Mais tarde, professores de português que exerciam o cargo de consultores em redações conseguiram convencer os chefes de determinados jornais e TVs de sua tese tolinha: “Como alguém pode correr o risco de viver?”, riam eles.

Era um equívoco. Julgavam ter descoberto uma agressão à lógica embutida no idioma, mas ficaram na superfície do problema, incapazes de fazer uma análise linguística mais sofisticada e compreender que risco de vida é risco para a vida, ou seja, risco de (perder a) vida. O que, convenhamos, nem teria sido tão difícil.

Muita gente engoliu desde então o risco de morte. De tanto ser martelada em certos meios de comunicação, inclusive na TV Globo, a nova forma vai sendo adotada por multidões de falantes desavisados. O que era previsível, mas não deixa de ser meio constrangedor.


Não se trata de dizer que risco de morte seja, como alegam seus defensores a respeito de risco de vida, uma expressão “errada”. Não é. De gabinete, sim, mas não errada. Pode-se usá-la sem risco para a adequada comunicação de uma mensagem. Se seus adeptos se contentassem em fazer tal escolha de forma discreta, sem apontar agressivamente o dedo para quem não concorda com ela, a convivência das duas formas poderia ser pacífica.

Se não pode ser pacífica é porque o risco de morte, mais que um caso linguístico, apresenta-se como um problema cultural, criação artificial de gente que mal ouviu o galo cantar e saiu por aí exercitando o prazer de declarar ignorante quem, mergulhado no instinto da linguagem de que fala Steven Pinker, já nasceu sabendo mais do que eles.

Offline Sergiomgbr

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #1010 Online: 13 de Novembro de 2018, 16:28:12 »
Uma outra defesa ( bem melhor ) da expressão "correr risco de vida".

Citar
Entende-se a angústia de Adriano. A pressão social pelo uso de “risco de morte”, expressão emergente, como se houvesse algo errado no consagrado “risco de vida” que herdamos de nossos tataravós, é uma questão com que se defronta qualquer pessoa menos distraída no Brasil de hoje. É também o maior exemplo de vitória do besteirol sabichão que temos na língua.

A questão tem cerca de dez anos, talvez quinze. O certo é que quando Cazuza cantou, em 1988, “o meu prazer agora é risco de vida” (na canção Ideologia), ainda não passava pela cabeça de ninguém corrigi-lo. Mais tarde, professores de português que exerciam o cargo de consultores em redações conseguiram convencer os chefes de determinados jornais e TVs de sua tese tolinha: “Como alguém pode correr o risco de viver?”, riam eles.

Era um equívoco. Julgavam ter descoberto uma agressão à lógica embutida no idioma, mas ficaram na superfície do problema, incapazes de fazer uma análise linguística mais sofisticada e compreender que risco de vida é risco para a vida, ou seja, risco de (perder a) vida. O que, convenhamos, nem teria sido tão difícil.

Muita gente engoliu desde então o risco de morte. De tanto ser martelada em certos meios de comunicação, inclusive na TV Globo, a nova forma vai sendo adotada por multidões de falantes desavisados. O que era previsível, mas não deixa de ser meio constrangedor.


Não se trata de dizer que risco de morte seja, como alegam seus defensores a respeito de risco de vida, uma expressão “errada”. Não é. De gabinete, sim, mas não errada. Pode-se usá-la sem risco para a adequada comunicação de uma mensagem. Se seus adeptos se contentassem em fazer tal escolha de forma discreta, sem apontar agressivamente o dedo para quem não concorda com ela, a convivência das duas formas poderia ser pacífica.

Se não pode ser pacífica é porque o risco de morte, mais que um caso linguístico, apresenta-se como um problema cultural, criação artificial de gente que mal ouviu o galo cantar e saiu por aí exercitando o prazer de declarar ignorante quem, mergulhado no instinto da linguagem de que fala Steven Pinker, já nasceu sabendo mais do que eles.
../forum/topic=26080.3525.html#msg982087
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Offline Geotecton

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #1011 Online: 13 de Novembro de 2018, 17:59:23 »
"Aqueles que abrem mão da liberdade essencial por um pouco de segurança temporária não merecem nem liberdade nem segurança."

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Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #1012 Online: 13 de Novembro de 2018, 18:06:38 »
Além do mais, você diz que quer ter uma chance de se defender de bandidos. Mas é só o que você vai ter: uma chance.

E em condições desfavoráveis pra quem enfrenta um criminoso que já dá o bote de arma em punho na vítima desprevenida. O tipo de situação mais comum.



O correto é dizer que aumenta bastante a possibilidade de defesa desde que:


1) A pessoa tenha um treinamento adequado;

e

2) A pessoa esteja adequadamente posicionada e alerta em  cada ambiente, de modo que sempre minimize a possibilidade de surpresa. 



Assim, percebendo o inimigo antes, com tempo suficiente ,  e   estando  armado,  aumenta muito a possibilidade de dissuadir um ataque.


Já na situação em que os  "sou da paz"  querem colocar quase todos os cidadãos de bem (exceto os juízes, promotores, e policiais), qual seja: desarmados, mesmo que o cidadão esteja alerta e perceba o ataque em tempo hábil, ele estará impotente, só lhe restando fugir  (se tiver rota de fuga) ou se submeter a agressividade dos bandidos e rezar para que eles  não lhe firam com gravidade e até mesmo que não o mate.




« Última modificação: 13 de Novembro de 2018, 18:13:09 por JJ »

Offline Peter Joseph

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #1013 Online: 13 de Novembro de 2018, 18:24:04 »
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Reforma Política: a Pauta Plebeia

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Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #1014 Online: 13 de Novembro de 2018, 18:31:48 »


Para melhorar um pouco as chances de conservar seus bens você está aumentando muito as chances de perder sua vida.

Não parece uma boa ideia.


Não é só conservar bens (embora estes signifiquem tempo de vida/trabalho investido neles) é também  aumentar a possibilidade  de não ser ferido e até não ser morto.


E não concordo que  "está aumentando muito as chances de perder sua vida", muito pelo contrário,  desde  que preenchidos os dois requisitos (treinamento e percepção em tempo hábil), haverá , sim, um grande aumento na possibilidade de dissuadir o ataque.


 

Offline Entropia

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #1015 Online: 13 de Novembro de 2018, 21:41:27 »

Talvez eu seja mesmo da paz. Mas a minha intenção não é "dar a outra face" a bandidos e permitir que só os meliantes tenham o monopólio da violência.

Só o que eu acho é que, se a intenção é proteger o "cidadão de bem", pode dar mais errado do que certo.

Isso é o que eu acho. Você não acha. Mas a realidade é indiferente aos achismos, e parece que o acesso ao porte quase indiscriminado de armas está prestes a se tornar realidade com Bolsonaro. Aí nós vamos saber, e não mais achar, se armas protegem ou não.

Mas apenas suponha que, daqui a 4 anos, os números provem que o "cidadão de bem" passou a correr um risco de morte (risco de vida não existe) até maior. Será que os que hoje argumentam em favor das armas irão admitir que estavam equivocados em seus argumentos?

Dificilmente. Pelo menos os que estão a serviço de grandes interesses econômicos, como o sr. Benê Barbosa e próprio Bozo, não se importam realmente se as pessoas vão estar mais ou menos seguras, porque se esta fosse um preocupação honesta, se estivessem mesmo convencidos de seus próprios argumentos, diriam: "Ok, vamos fazer uma experiência. Liberamos as armas para que todos possam se defender e a gente vê como fica. Conhecido o resultado deste experimento realiza-se um plebiscito para que a população decida, agora não mais achando mas sabendo, se o povo armado é mesmo um povo mais protegido."

É engraçado, eles apelam para o desejo soberano do povo, agora que as pessoas estão assustadas e foram convencidas e enganadas por uma ofensiva milionária de marketing financiada pela indústria. Mas quando os debates derem lugar às consequências das decisões tomadas por influência dos discursos, apenas os fatos irão determinar se as pessoas estarão se sentindo mais ou menos seguras. Aí eu vou querer ver se terão este mesmo zelo pela vontade do povo se esse povo perceber que viver no Velho Oeste não é tão legal assim como disseram que seria.

No entanto, quando da promulgação do estatuto do desarmamento, a despeito de achismos contrários e a favor, o experimento que eu sugeri acima foi feito: homicídios no Brasil cresciam a uma taxa consistente de 7% ao ano de 1993 até 2003, mas decresceram no ano imediatamente após a implementação do estatuto. E a partir de 2003 o padrão nessa curva de crescimento se altera nitidamente. Não estamos falando de um ano ou dois, mas de um período de cerca de dez anos em que se verificou um crescimento a taxa constante no número de homicídios por 100 mil hab. e que é nitidamente estancado pela restrição ao porte de armas que passa a existir em 2003.


É muito difícil sofismar o que o gráfico abaixo demonstra:



Ainda assim muitos tentam. Os dois principais ilusionimos retóricos de que se valem os propagandistas do rearmamento são:


Cansa ter que discutir esse gráfico pela vez de número 2371932183. Faça a análise dos dados por REGIAO, e nao homicídios globais e você verá a seguinte situacao

Nordeste: Houve queda nos homicídios apenas no ano de 2004, após esse ano: EXPLOSAO de homicídios.
Norte:      Nessa regiao sequer foi registrado queda no ano imediatamente posterior ao estatuto (2004). E os homicídios também explodiram nessa regiao.

Sul :        Outra região "imune" ao estatuto do desarmamento, houve crescimento significativo dos homicídios, nenhuma queda após o estatuto ou diminuicao da velocidade de crescimento.

Sudeste: Queda vertiginosa na quantidade de homicídios, realmente impressionante, mas a queda já vinha ocorrendo desde os anos 2000.

Centro-Oeste: Queda moderada nos homicídios.

As únicas regioes que realmente tiveram seus homicídios reduzidos de fato foram : Sudeste e Centro-Oeste. Todas as outras três tiveram crescimento espetacular da quantidade de homicídios, nordeste pulou de 22.2/100mil em 2000 pra mais de 55/100mil. Isso sim é crescimento rápido! Como cansa ficar discutindo a mesma coisa várias vezes, veja esses posts:

../forum/topic=28753.525.html#msg972859


Sobre o "artigo mais convincente" , olhando para o caso nacional é fácil de ver a diminuicao dos homicídios por armas após o estatuto. (Embora seja questionável porque o que houve, segundo o gráfico, foi apenas uma mudanca do intercepto no gráfico, o crescimento posterior parece igual ao de antes do estatuto, o que pode gerar a inferência de que o estatuto só serviu no máximo como medida a prazo bem curto)

Mas quando se olha pelos dados regionais, o mesmo nao se observa

http://www.mapadaviolencia.org.br/pdf2015/mapaViolencia2015.pdf

As Regioes Norte e Sul apresentaram aumento na taxa de homicídios por arma de fogo, enquanto as outras regioes uma queda, mas a queda foi mais significativa no Sudeste, que já apresentava uma tendência de queda grande desde 1999. A questao é que, na regiao nordeste, a queda ocorreu apenas de 2003-2004, em 2005 o número de homicídios voltou para o mesmo valor de 2003, e seguiu crescendo até explodir nos valores atuais. O mesmo acontece com todas as regioes exceto sudeste.

Nao dá pra avaliar o efeito do estatuto com tantas variáveis sem consideracao e com resultados contrários apontados a nível regional. A menos que se considere que o estatuto só teve um efeito de  1-3 anos, o que classificaria como uma inutilidade mesmo a curto prazo.


O efeito nao foi eliminado com o tempo, mas sim puxado pra baixo pois a única regiao onde ocorreu reducao significativa de homicídios por arma de fogo foi o sudeste(que os motivos vao muito além do estatuto, que possivelmente teve um efeito pífio na reducao da violência dessa regiao ao longo dos anos). E essa regiao é muito populosa, e consegue fazer com que o crescimento seja mais lento no brasil como um todo. Os homicídios explodiram no nordeste e no norte a despeito de qualquer estatuto. No Norte e no Sul, o estatuto nao teve nenhum efeito na imediata implantacao em 2003(ou se considerar o que o pessoal do mapa da violência diz, se os homicídios aumentaram é porquê o estatuto teve efeito negativo!!!111!), no nordeste, 2003-2004 houve queda nos homicídios, mas em 2005 o valor voltou a ser o de 2003. Mesmo o efeito de curto(muito curto) prazo do estatuto só foi eficiente em 2 regioes no Brasil. E nao estou falando  de apenas números brutos, eu mesmo usei a taxa de homicídios por 100mil habitantes que tem no MPV de 2015 que eu postei. O efeito é este na taxa, nao só no número.

Aumento da taxa de homicídios: 2000-2011
Nordeste: 71,3%
Norte: 94,7%
Centro-Oeste: 21,6%
Sul: 24,9%
Sudeste: -45%

O declínio do crescimento se deve a reducao grande dos homicídios no Sudeste, tendo muita populacao. É quase como se fosse um país a parte.

Suposto Efeito imediato do estatuto:
Norte: Nao, ocorreu aumento de 2003 a 2004
Sul: Nao, ocorreu aumento de 2003 a 2004
Nordeste: Questionável, reduziu de 2003 a 2004 e voltou ao valor de 2003 em 2005.
Sudeste: Sim, vamos adimitir que tenha ajudado bastante.
Centro-Oeste: Sim.

Ou seja, o efeito no crescimento é um enviesamento causado pela regiao sudeste. E o suposto efeito imediato ocorreu apenas nas Regioes sudeste e centro-oeste, mas o estatuto teve cobertura em todo o país. Extremamente questionável o efeito tanto curto quanto longo prazo do estatuto.


« Última modificação: 13 de Novembro de 2018, 21:43:42 por Entropia »

Offline Pedro Reis

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #1016 Online: 13 de Novembro de 2018, 22:05:27 »
Citar
Aumento da taxa de homicídios: 2000-2011
Nordeste: 71,3%
Norte: 94,7%
Centro-Oeste: 21,6%
Sul: 24,9%
Sudeste: -45%

Não dá para analisar estes números porque você deveria ter pego só um período pós 2003 e um período pré-2003 para comparação.

Citar
Suposto Efeito imediato do estatuto:
Norte: Nao, ocorreu aumento de 2003 a 2004
Sul: Nao, ocorreu aumento de 2003 a 2004
Nordeste: Questionável, reduziu de 2003 a 2004 e voltou ao valor de 2003 em 2005.
Sudeste: Sim, vamos adimitir que tenha ajudado bastante.
Centro-Oeste: Sim.

A julgar por aí, pelo que você mesmo está colocando, houve ou interrupção no crescimento de homicídios ou redução, em todos os estados. E isso ocorre exatamente em 2004, coincidentemente após a vigência do estatuto.

A que você atribui? Só coincidência? Nenhuma relação com o estatuto?

O que eu disse no meu post ( você pode checar ) é que armas legais são uma gota no oceano como causa de criminalidade no Brasil. Portanto não se deveria esperar que o estatuto do desarmamento tivesse algum impacto significativo sobre isso.

Eu também disse no meu post que bandido não precisa de porte e nem compra arma em loja.

Mas disseminar o porte vai implicar na ocorrência de outros incidentes de homicídios diferentes daqueles, muito mais corriqueiros, relacionados a onda de criminalidade comum.

Creio que o dado abaixo parece indicar isso:

Citação de: Pedro Reis
Citar
Se, por um lado, o número de pessoas brancas mortas por arma de fogo caiu 23% entre 2003 e 2012 (de 14,5 mortes por 100.000 habitantes para 11,8), a quantidade de vítimas negras aumentou 14,1% no mesmo período: de 24,9 para 28,5

Quer dizer, de 2003 pra cá a criminalidade vem aumentando ( como vem aumentando desde 1964 pra cá ), e isso se reflete no aumento do número de vítimas negras ( leia-se pobres ), porque os pobres e não os ricos são as maiores vítimas da criminalidade. Mas o número de vítimas brancas ( leia-se pessoas ricas! ) caiu 23% após o estatuto, o que parece mostrar que o porte disseminado de armas de fogo era mesmo responsável por muitas mortes que não estavam relacionadas com a criminalidade comum. E estes homicídios atingiam mais pessoas de maior poder aquisitivo, porque são estas as que mais portam armas legalmente adquiridas.

Em resumo: facilitar o porte não deve, como espera o JJ, dar proteção substancial para o cidadão contra o criminoso comum ( provavelmente o põe em situação de risco ainda maior ), e nem deve fazer os índices de crimes explodirem, porque estes índices já explodiram e estão relacionados com outras causas muito mais predominantes que a disseminação do porte legal.

Contudo disseminar o porte introduz um problema a mais e não resolve nenhum anterior. 

Digamos que você tenha 10% de chance de sofrer um homicídio nos próximos 10 anos. Se nada mais mudar na situação do país, para melhor ou pior, com muitas pessoas andando armadas talvez a sua chance de ser vítima de homicídio suba para 10,1%. Compreende?

Não ajudou a resolver o GRANDE PROBLEMA e ainda trouxe mais uma preocupação pra vida da gente.



Offline Entropia

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #1017 Online: 13 de Novembro de 2018, 22:29:03 »

Não dá para analisar estes números porque você deveria ter pego só um período pós 2003 e um período pré-2003 para comparação.

Nem era minha intenção. Apenas estava refutando a abobrinha do gráfico na queda da velocidade do crescimento. As regioes Norte e Nordeste praticamente duplicaram suas taxas de homicídios por arma de fogo. Ou seja, a análise é enviesada pois ignora que a melhora foi apenas em UMA regiao. A mais populosa do país. As outras tudo piorou significativamente, especialmente norte e nordeste.

Vale lembrar que analisar taxa de crescimento por porcentagem é equivocado. Pois um aumento de 10 pra 12 é de 20% e de 20 pra 22 é de 10%.


A julgar por aí, pelo que você mesmo está colocando, houve ou interrupção no crescimento de homicídios ou redução, em todos os estados. E isso ocorre exatamente em 2004, coincidentemente após a vigência do estatuto.

A que você atribui? Só coincidência? Nenhuma relação com o estatuto?

O que eu disse no meu post ( você pode checar ) é que armas legais são uma gota no oceano como causa de criminalidade no Brasil. Portanto não se deveria esperar que o estatuto do desarmamento tivesse algum impacto significativo sobre isso.

???? Você deve ter lido errado o que eu escrevi. Apenas as regioes centro oeste e sudeste tiveram efeitos de queda imediata depois do estatuto. Norte e Sul aumentaram a quantidade de homicídios mesmo imediatamente após o estatuto. Nordeste a queda só ocorreu por 1 ano, nem curto prazo isso é. Se você analisar os dados por estado o gráfico fica ainda mais vergonhoso, a partir de 2003, estados do nordeste como ceará e rio grande do norte tiveram aumento de até 265% no número de homicídios por arma de fogo.


Eu também disse no meu post que bandido não precisa de porte e nem compra arma em loja.

Mas disseminar o porte vai implicar na ocorrência de outros incidentes de homicídios diferentes daqueles, muito mais corriqueiros, relacionados a onda de criminalidade comum.

Creio que o dado abaixo parece indicar isso:

Citação de: Pedro Reis
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Se, por um lado, o número de pessoas brancas mortas por arma de fogo caiu 23% entre 2003 e 2012 (de 14,5 mortes por 100.000 habitantes para 11,8), a quantidade de vítimas negras aumentou 14,1% no mesmo período: de 24,9 para 28,5

Quer dizer, de 2003 pra cá a criminalidade vem aumentando ( como vem aumentando desde 1964 pra cá ), e isso se reflete no aumento do número de vítimas negras ( leia-se pobres ), porque os pobres e não os ricos são as maiores vítimas da criminalidade. Mas o número de vítimas brancas ( leia-se pessoas ricas! ) caiu 23% após o estatuto, o que parece mostrar que o porte disseminado de armas de fogo era mesmo responsável por muitas mortes que não estavam relacionadas com a criminalidade comum. E estes homicídios atingiam mais pessoas de maior poder aquisitivo, porque são estas as que mais portam armas legalmente adquiridas.

Em resumo: facilitar o porte não deve, como espera o JJ, dar proteção substancial para o cidadão contra o criminoso comum ( provavelmente o põe em situação de risco ainda maior ), e nem deve fazer os índices de crimes explodirem, porque estes índices já explodiram e estão relacionados com outras causas muito mais predominantes que a disseminação do porte legal.

Contudo disseminar o porte introduz um problema a mais e não resolve nenhum anterior. 

Digamos que você tenha 10% de chance de sofrer um homicídio nos próximos 10 anos. Se nada mais mudar na situação do país, para melhor ou pior, com muitas pessoas andando armadas talvez a sua chance de ser vítima de homicídio suba para 10,1%. Compreende?

Não ajudou a resolver o GRANDE PROBLEMA e ainda trouxe mais uma preocupação pra vida da gente.

Nao era isso que eu estava discutindo, por isso nao quotei seu post inteiro, apenas o gráfico.

Sobre os dados de morte de brancos e negros, vale lembrar que a definicao de negro depende do autor do estudo, porque negros de facto nao sao maioria da populacao, mas sim pardos. Aí vai da vontade de incluir pardos como negros ou nao.

E dizer que vítimas brancas sao ricas é algo muito extrapolador, muito mesmo. Pessoas ricas saiam se matando por aí com armas legais? Mais fácil atribuir essa queda ao aumento dos índices econômicos do Brasil até 2010. E o aumento do homicídios de negros(e/ou pardos) pelo crescimento vertiginoso do tráfico de drogas.

Offline Pedro Reis

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #1018 Online: 13 de Novembro de 2018, 22:58:13 »


???? Você deve ter lido errado o que eu escrevi.

Sim. Li errado mesmo. Não notei a vírgula depois do não e li Não houve crescimento, em vez de Não, houve crescimento.


E dizer que vítimas brancas sao ricas é algo muito extrapolador, muito mesmo. Pessoas ricas saiam se matando por aí com armas legais? Mais fácil atribuir essa queda ao aumento dos índices econômicos do Brasil até 2010. E o aumento do homicídios de negros(e/ou pardos) pelo crescimento vertiginoso do tráfico de drogas.

Não digo que branco é rico. Mas estatisticamente temos muito mais pessoas identificadas como brancas nas classes média e acima do que negras ou pardas.

E muito menos eu disse que "pessoas ricas saíam se matando por aí com armas legais". Como se isto fosse algo comum. Na verdade disse exatamente o contrário, que os crimes por armas legais são uma gota no oceano. Mas são uma gota porque temos um oceano de criminalidade hoje no Brasil.

Porém, como você mesmo observou, é preciso perceber o que significa uma variação percentual. Quando se nota que as vítimas negras aumentaram em 14% no país, e o número de vítimas brancas diminuíram 23%, não quer dizer que a variação absoluta no caso de vítimas brancas foi maior. E claro que tem que ter sido bem menor, porque o grosso das vítimas, antes e depois do estatuto, são de pobres e negros.

Ou seja, vítimas da criminalidade comum.

Quando se observa que com menos armas legais você reduz em 23%, ou 1/4, o número de vítimas na classe média e acima, percebe-se que estes casos provavelmente estavam relacionados a incidentes como brigas domésticas, entre vizinhos, brigas de bar, no trânsito, coisas desse tipo. E não assaltos, sequestros, latrocínios, ajustes de contas entre bandidos, enfrentamento com a polícia, com outros bandidos, etc, que se constituem no grosso da estatística.

Então, como disse antes, as armas legais não vão influir muito nos números como um todo, mas, daqui a 4 anos, se puder ser feita uma estatística da variação de vítimas por arma de fogo entre pessoas de classe média e acima, é possível ( e eu acho provável ) que se constate, para esses casos, uma variação percentual significativa. Embora estes números, diluídos em estatísticas globais de crimes, se tornem quase insignificantes.

Como coloquei antes, não ajuda em nada a resolver o problema da criminalidade. Porém traz mais um stress e preocupação, especialmente para quem é de classe média e não vive em favela.

Para quem já vive em favela ou periferia, em áreas de risco, não vai realmente fazer a menor diferença a liberação do porte de armas.

Offline Sergiomgbr

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #1019 Online: 14 de Novembro de 2018, 00:49:01 »
Mas estatísticas dizem o quê mesmo? É propalado aos 19 ventos que o brasil é onde mais morre esse povo da sopa de letrinhas LGTBTDWGGT por violência no mundo mas tem gente questionando isso, então é a tal da interpretação.

No caso das armas, se todo mundo tiver armas e as estatística de mortes por armas de fogo triplicarem, isso vai significar o quê? Que pode ser gente de qualquer índole sofrendo morrendo? Ou será que vão começar deitar cabelo na bandidagem, e vão morrer 3 vezes mais bandidos? Vão estar aumentando os casos de violência, como um problema? Ou será uma solução?
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Pedro Reis

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #1020 Online: 14 de Novembro de 2018, 01:08:52 »
Mas estatísticas dizem o quê mesmo? É propalado aos 19 ventos que o brasil é onde mais morre esse povo da sopa de letrinhas LGTBTDWGGT por violência no mundo mas tem gente questionando isso, então é a tal da interpretação.

No caso das armas, se todo mundo tiver armas e as estatística de mortes por armas de fogo triplicarem, isso vai significar o quê? Que pode ser gente de qualquer índole sofrendo morrendo? Ou será que vão começar deitar cabelo na bandidagem, e vão morrer 3 vezes mais bandidos? Vão estar aumentando os casos de violência, como um problema? Ou será uma solução?

É bem simples de se saber. Mais até que entender que "correr risco de morte" é "correr perigo".

Nunca existiu em nenhum lugar registro de que pessoas reagindo a assaltos levam vantagem proporcional sobre os seus agressores.

Se estiverem morrendo 3 vezes mais bandidos isso só significará a tragédia de que estarão morrendo umas 15 vezes mais vítimas desses bandidos. De acordo com o que se pode inferir sobre isso com base em números mundiais.

Citar
POLÍCIA

Pesquisa mostra que pessoas armadas têm mais chance de ser mortas por ladrão do que as desarmadas

Vítima armada tem 56% mais risco de morte
ANDRÉ LOZANO
da Reportagem Local

Pesquisa inédita da Secretaria da Segurança de São Paulo revela que as pessoas que andam armadas têm 56% mais chance de ser mortas por ladrões do que aquelas que circulam desarmadas.
O estudo, encomendado pela secretaria para o núcleo de pesquisa do IBCCrim (Instituto Brasileiro de Ciências Criminais), faz várias estimativas do risco do porte de arma.
Para isso, a pesquisa levou em consideração a população da cidade de São Paulo, de 1998, o número de armas registradas, estatísticas sobre apreensão de armas e boletins de ocorrência de todos os latrocínios (roubo seguido de morte) cometidos na cidade de São Paulo, no mesmo ano.
Segundo o levantamento, 18,2% da população da capital porta arma de fogo legal ou ilegal. Ou seja, 1,8 arma para cada dez habitantes. Em São Paulo, circulariam mais de 1,8 milhão de armas nessas condições.
Segundo o sociólogo e consultor da pesquisa Renato Lima, essa taxa de 18,2% da população armada funciona como uma espécie de "nota de corte". A partir dela, se estabelece a probabilidade de morrer ou sobreviver em um latrocínio.
As taxas acima de 18,2% representam maior risco de morte. Já as taxas inferiores, chance menor de morrer em um confronto.
Como 28,4% das vítimas de latrocínio possuíam armas de fogo, esse valor é 56 pontos percentuais superior à taxa da população que anda armada. Já apenas 13,8% das pessoas armadas conseguiram evitar o latrocínio.
Segundo Ana Sofia Schimidt de Oliveira, coordenadora de Análise e Planejamento da Secretaria de Segurança, apesar de a base da pesquisa ter sido a cidade de São Paulo, "os resultados podem ser generalizados, pois o trabalho não está condicionado a características exclusivas da cidade".
Para cada crime de latrocínio consumado com a vítima armada, foram geradas 2,2 vítimas. Já, quando se considera o total de casos de latrocínio consumados (vítimas armadas ou não), essa proporção é reduzida: 1,5 vítima para cada crime.
"Portanto, nos casos que envolvem vítimas armadas, existe um maior risco, não só dela, mas de outras pessoas morrem", afirma Renato Lima.
O levantamento diz que os dados se aproximam de uma pesquisa coordenada pela ONU (Organização das Nações Unidas) em que o Brasil aparece como o país onde mais se mata com arma de fogo -88,39% dos homicídios seriam cometidos dessa forma. O levantamento também diz que o Brasil é o país com a maior taxa de pessoas feridas por arma de fogo -247,15 por 100 mil habitantes.

Pronto! sergiomgbr entrando em estado de confusão mental e escrevendo nonsense como forma de tentar ajustar a realidade às interpretações de sua preferência em 3... 2... 1... JÁ!

Offline Sergiomgbr

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #1021 Online: 14 de Novembro de 2018, 01:36:46 »
Mas faltou o principal. A fonte.

E muito disso ai também precisa ser interpretado.  Não sei se é "uma boa ideia" depois do negócio lá do "risco de vida". Ainda estou com sensação de estar diante de um tancão de roupa encardida... Sabe?

Pra todos os efeitos tem muita corda solta nesse torvelinho ali.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Sergiomgbr

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #1022 Online: 14 de Novembro de 2018, 01:39:10 »


Pronto! sergiomgbr entrando em estado de confusão mental e escrevendo nonsense como forma de tentar ajustar a realidade às interpretações de sua preferência em 3... 2... 1... JÁ!
Pronto digo eu. Quanta delicadezinha pedro!
Até onde eu sei eu não sei.

Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #1023 Online: 14 de Novembro de 2018, 10:22:09 »

Bolsonaro cria mais um ministério


Brasil  14.11.18 09:44


Jair Bolsonaro vai criar o Ministério da Cidadania.

Onyx Lorenzoni, em entrevista à rádio Gaúcha, disse que a nova pasta vai cuidar das áreas de desenvolvimento social, direitos humanos e combate às drogas.



A nova pasta vai cuidar sobretudo de acomodar mais um aliado do governo.


https://www.oantagonista.com/brasil/bolsonaro-cria-mais-um-ministerio/


Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #1024 Online: 14 de Novembro de 2018, 10:25:31 »

“Tsumoney” de R$ 451 bilhões pode invadir o mercado com Bolsonaro


Gustavo Kahil - 14/11/2018 - 8:43



https://moneytimes.com.br/um-tsumoney-de-r-451-bilhoes-pode-ir-ao-mercado-com-bolsonaro/

 

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