Cuba não é é unico pais que manda médicos mas é o unico que não precisa revalidar licença e o unico que impede profissionais de trazerem familiares.
E o único que fica com 2/3 dos salários.
Continuo dizendo que isso pode não ser legal mas era um problema dos cubanos. Que não nos prejudicava, mas a eles. A medida de Bozo prejudica os médicos cubanos e ainda mais ao povo que vai ficar sem assistência.
Não é uma questão de nacionalismo mas de institucionalidade. Aceitar os cubanos naquela condição é o mesmo que validar no Brasil a condição deles de escravos do regime de Cuba.
Mas "escravo" é uma hipérbole sua, ideologicamente tendenciosa. Em Cuba a educação é 100% gratuita, da creche à pós-graduação.
Em uma ótica socialista, a formação de um médico é fruto do trabalho de toda uma sociedade. Do camponês ao operário, passando pelo varredor de rua, todos contribuíram de alguma forma para que ele pudesse completar sua graduação sem dispender nem um centavo de recursos próprios. Portanto é considerado dever do cidadão retribuir à sociedade uma parte do que ele recebeu de graça, por meio do esforço de toda a sociedade.
E a ironia é que este seu argumento agora parece mais oportunismo e casuísmo do que refletir seus valores morais intrínsecos, uma vez que você mesmo, previamente, já o tinha desmoralizado irremediavelmente quando demonstrou porque seria moralmente coerente Cuba exigir este tipo de compromisso de seus cidadãos em geral, e em particular de seus médicos.
Olha só, se o governo ou alguém quiser pagar uma faculdade de medicina pra mim eu vou pra qualquer lugar no Brasil onde tiver um mínimo de segurança e condições de trabalho, que quiserem me enviar. Estão todos de testemunha, é um compromisso. E fico lá até morrer.
ps. vou até trocar meu email por um válido.
E registre-se que a malvadona Cuba não está exigindo dos seus cidadãos nem uma fração do que você mesmo julga que seria o justo.
É isso aí, Sérgio, em Cuba o governo paga a faculdade de Medicina integralmente. Não só a faculdade, mas desde o princípio, do maternal até o cara sair com um canudo de doutor. E o que agora você está chamando contraditoriamente de "escravidão" nada mais é do que o tipo de compromisso moral que ainda ontem você mesmo havia considerado nada além de senso de hombridade.
O que eu vejo é uma hipocrisia enorme e muita contradição e duplipensar. Então o Brasil ter relações de qualquer tipo com Cuba é dar aval a qualquer coisa que o regime cubano faça? Vocês deveriam estar defendendo o rompimento imediato com os Estados Unidos, porque por essa lógica, com nossas relações diplomáticas e comerciais, estaríamos dando aval ao genocídio de um milhão de pessoas no Iraque, massacradas em uma guerra suja e viabilizada com muita manipulação e mentiras. Só para ficar em um exemplo de alguns dos milhares possíveis.
Mas espere aí... os Estados Unidos mesmo nunca mostraram esse tipo de pudor quando se tratava de avalizar, financiar, dar apoio militar e logístico e até treinar torturadores de ditaduras sanguinárias ao redor do mundo. Nossos militares mesmo receberam generosos bilhões em empréstimos.
Mas a hipocrisia mais gritante é que dar aval, aval mesmo, é transferir a embaixada para Jerusalém sabendo que isso faz parte de uma estratégia do sionismo para conseguir o aval internacional para o seu projeto neo-colonialista de usurpação dos territórios ocupados, que prevê até mesmo a expulsão de populações ali milenarmente residentes. A "Grande Israel" bem nos moldes que Hitler planejou expandir a "Grande Alemanha" para o leste. A cada dia Israel avança mais sobre Jerusalém, e nem mesmo precisam mais da desculpa capenga de estarem tomando a cidade depois de uma guerra.
Mas onde estão os bolsobobos hipócritas que batem palmas quando Bozo põe o país como capacho dos EUA, um país por sua vez também submetido pelo poderoso lobby sionista, a um nível de subserviência só esperado de arremedos de Estado como a Micronésia e o Togo, dois dos 7 pseudo-países que se submeteram de forma tão abjeta à política de Trump?
A saber os outros são: Guatemala, Honduras, Ilhas Marshal, Malau e mais um outro piolho tão piolho que não consigo lembrar...
Você está preocupado em não financiar prisões cubanas? Mas Guantanamo, torturadores de Abu Graib e colonialismo não tem problema, né?
Talvez nem milhares de massacres intencionais como este aí do vídeo...
Mas veja que tipo de coisa Bozo está dando aval quando colabora com a estratégia sionista:
ONG reuniu relatos de 70 oficiais que participaram da operação Margem Protetora, realizada pelo Exército israelense na Faixa de Gaza em julho e agosto de 2014: 'regras de enfrentamento militar não eram flexíveis, eram inexistentes'
Entrar em uma suposta "zona de guerra" da qual, segundo os comandos militares, a população civil já havia sido evacuada. Disparar. E depois ver idosos, jovens e pessoas com deficiência no território. Ou atacar com tanques qualquer alvo, aleatoriamente, como vingança pela morte de um companheiro. Essas são algumas das denúncias reunidas em um informe da organização israelense Breaking the Silence [Rompendo o Silêncio, em português], por meio da qual 70 oficiais e soldados de Israel reportam os abusos cometidos por seu Exército na última grande ofensiva militar sobre Gaza, em meados do ano passado.
A operação Margem Protetora, realizada pelo Exército israelense na Faixa de Gaza durante os meses de julho e agosto de 2014, acabou sendo mais devastadora do que as duas operações anteriores combinadas. Segundo estatísticas compiladas pela delegação do Escritório de Coordenação de Ajuda Humanitária (OCHA) da ONU em Jerusalém, o número de mortos do lado palestino superou 2.100, dos quais cerca de 500 eram menores de idade. Dos cerca de 11 mil feridos, mais de 3.000 são crianças e adolescentes.
O que Olavo de Carvalho e os lobotomizados que o repetem diriam se Cuba fizesse isso?
E isso? Que é política de Estado de Israel para aterrorizar e expulsar palestinos?
Soldados de Israel relatam ‘rotina de humilhação’ de palestinos
Uma ONG israelense divulgou pela primeira vez os depoimentos de mulheres que serviram como soldados de Israel sobre a realidade nos territórios ocupados, denunciando uma “rotina de humilhação” a que são submetidos os palestinos nessas regiões.
A organização Breaking the Silence (“Quebrando o Silêncio”, em tradução livre), formada por reservistas israelenses, publicou os depoimentos escritos e gravados de 96 mulheres que serviram em batalhões de combate na Cisjordânia.
De acordo com elas, a prática de abusos e a humilhação de civis palestinos pelas tropas israelenses é "rotineira" e as soldados, querendo demonstrar que são tão capazes quanto os soldados homens, também participam de atos que são definidos pelo Exército como "inusitados".
As ex-soldados descrevem cenas de espancamentos gratuitos de civis palestinos em pontos de checagem, de humilhação arbitrária e até de mortes de civis e falsificação dos fatos para encobrir atos ilegais das tropas.
É mais enojante que curioso como diante de tantas realidades como essa, todo zelo moral por uma suposta injustiça com médicos cubanos, parece desaparecer completamente. A ponto de acharem que é preferível deixar 6 milhões de brasileiros carentes morrerem de doenças tão ridículas diarreia, a permitir que médicos de Cuba não recebam integralmente salários. Situação com a qual, diga-se de passagem, todos estes "escravos" dariam um braço esquerdo para manter, se Bolsonaro estivesse tão preocupado com eles a ponto de se dar ao trabalho de consulta-los.