Autor Tópico: Governo Bolsonaro  (Lida 112412 vezes)

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Offline Sergiomgbr

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #350 Online: 23 de Outubro de 2018, 22:15:15 »
Ou então esse carequinha ai foi muito bom em explicar o que explicou todavia sendo totalmente omisso em considerar a questão da inflação e outros pontos interconectos. Será que se paga muito juro por causa da inflação, ou há uma cultura da inflação estimulada pela alta taxa de juros? Eis a questão!

O estado só tem controle direto de uma dessas variáveis, e, sinceramente, eu não consigo entender essa coisa de "cultura de inflação". Pode me explicar o que é isso?
Eis basicamente,

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CULTURA INFLACIONÁRIA

Ok, obrigado.

Mas eu ainda não entendi seu ponto.
Será que se paga muito juro por causa da inflação, ou há uma cultura da inflação estimulada pela alta taxa de juros? Eis a questão! Se se adota o modelo com altas taxas de juros para tornar o estado grande e inchado, por questões políticas?
« Última modificação: 23 de Outubro de 2018, 22:17:27 por Sergiomgbr »
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Euler1707

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #351 Online: 23 de Outubro de 2018, 22:33:52 »
Ou então esse carequinha ai foi muito bom em explicar o que explicou todavia sendo totalmente omisso em considerar a questão da inflação e outros pontos interconectos. Será que se paga muito juro por causa da inflação, ou há uma cultura da inflação estimulada pela alta taxa de juros? Eis a questão!

O estado só tem controle direto de uma dessas variáveis, e, sinceramente, eu não consigo entender essa coisa de "cultura de inflação". Pode me explicar o que é isso?
Eis basicamente,

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CULTURA INFLACIONÁRIA

Ok, obrigado.

Mas eu ainda não entendi seu ponto.
Será que se paga muito juro por causa da inflação, ou há uma cultura da inflação estimulada pela alta taxa de juros? Eis a questão! Se se adota o modelo com altas taxas de juros para tornar o estado grande e inchado, por questões políticas?

O nosso estado é inchado por natureza, com um alto custo burocrático, alto custo com a máquina pública e até uma falta de transparência com o dinheiro público, além da incompetência generalizada, resultando na nossa dívida pública. É algo histórico, mas cho que você ainda não entendeu minha pergunta. Mais especificamente, qual foi a omissão dele?

Offline Sergiomgbr

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #352 Online: 23 de Outubro de 2018, 23:44:18 »
Ou então esse carequinha ai foi muito bom em explicar o que explicou todavia sendo totalmente omisso em considerar a questão da inflação e outros pontos interconectos. Será que se paga muito juro por causa da inflação, ou há uma cultura da inflação estimulada pela alta taxa de juros? Eis a questão!

O estado só tem controle direto de uma dessas variáveis, e, sinceramente, eu não consigo entender essa coisa de "cultura de inflação". Pode me explicar o que é isso?
Eis basicamente,

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CULTURA INFLACIONÁRIA

Ok, obrigado.

Mas eu ainda não entendi seu ponto.
Será que se paga muito juro por causa da inflação, ou há uma cultura da inflação estimulada pela alta taxa de juros? Eis a questão! Se se adota o modelo com altas taxas de juros para tornar o estado grande e inchado, por questões políticas?

O nosso estado é inchado por natureza, com um alto custo burocrático, alto custo com a máquina pública e até uma falta de transparência com o dinheiro público, além da incompetência generalizada, resultando na nossa dívida pública. É algo histórico, mas cho que você ainda não entendeu minha pergunta. Mais especificamente, qual foi a omissão dele?
Copiei  parte da transcrição,

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por que outros países zeram

os juros enquanto nós gastamos cerca de
00:08
um terço do nosso orçamento com o
00:10
pagamento de juros da dívida que
00:12
poderiam se fossem menores ajudar a
00:15
equilibrar o orcamento?


 primeiro em outros
00:17
países do mundo não tem taxa de
00:19
inflação como o brasil tem começa
00:21
por aí então na verdade a discussão
00:23
europa estados unidos japão que são
00:26
países que tenta juros evento eles
00:28
estão na verdade lutando contra
00:29
deflação o brasil está lutando para
00:32
trazer essa inflação para baixo
00:33
lembrando que a inflação no caso do
00:35
brasil era 11 este ano vai ser 7 ainda
00:38
uma taxa de inflação muito elevada
00:39
ainda mais considerando que a meta é a
00:42
meta a meta brasileira já é alta
00:43
quatro e meio em juntar nem na meta
00:46
está muito acima também então começa
00:48
por aí segundo essa história de que o
00:50
juro equivale a um terço isso daí
00:52
também é mentira
00:54
esse dado não existe nas pessoas um
00:56
júri amortização
00:57
não dá pra você tem que pagar tem uma
01:00
diferença amortização reduzido de
01:02
vida você está pagando amortização
01:04
você não tá nem se dividendo mais pra
01:07
isso agora está gastando

Em algum momento ele refutou a ideia de que a redução da taxa de juros poderia ser benéfica? Não, ele deu um migué, e omitiu que a questão  da taxa de juros alta poderia envolver uma mudança de paradigmas na questão da cultura inflacionária. Ou não. A questão é que ele foi muito pontual.
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Offline Euler1707

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #353 Online: 24 de Outubro de 2018, 00:08:49 »
Em algum momento ele refutou a ideia de que a redução da taxa de juros poderia ser benéfica?
Na verdade, ele respondeu sim a essa pergunta, quando ele explica que outros países não têm taxas de inflação como temos, e a taxa de juros é um meio que o BC tem para controlar a inflação.

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Não, ele deu um migué, e omitiu que a questão  da taxa de juros alta poderia envolver uma mudança de paradigmas na questão da cultura inflacionária. Ou não. A questão é que ele foi muito pontual.

Eu ainda não entendi o teu ponto. Talvez eu seja meio burro para entender, mas você poderia me explicar o que seria essa "mudança de paradigma na questão da cultura inflacionária"?

Offline Sergiomgbr

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #354 Online: 24 de Outubro de 2018, 00:18:55 »
Em algum momento ele refutou a ideia de que a redução da taxa de juros poderia ser benéfica?
Na verdade, ele respondeu sim a essa pergunta, quando ele explica que outros países não têm taxas de inflação como temos, e a taxa de juros é um meio que o BC tem para controlar a inflação.
Na verdade não explica a razão dos outros países terem menos inflação(tendo como consequência, possivelmente baixas taxas de juros) apenas aponta o fato.



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Não, ele deu um migué, e omitiu que a questão  da taxa de juros alta poderia envolver uma mudança de paradigmas na questão da cultura inflacionária. Ou não. A questão é que ele foi muito pontual.

Eu ainda não entendi o teu ponto. Talvez eu seja meio burro para entender, mas você poderia me explicar o que seria essa "mudança de paradigma na questão da cultura inflacionária"?
Seria basicamente algo, uma medida qualquer que tornasse a cultura inflacionária menos protagonista na questão das finanças, visando diminuir a taxa de juros.
« Última modificação: 24 de Outubro de 2018, 00:21:19 por Sergiomgbr »
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Offline Euler1707

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #355 Online: 24 de Outubro de 2018, 00:28:43 »
Em algum momento ele refutou a ideia de que a redução da taxa de juros poderia ser benéfica?
Na verdade, ele respondeu sim a essa pergunta, quando ele explica que outros países não têm taxas de inflação como temos, e a taxa de juros é um meio que o BC tem para controlar a inflação.
Na verdade não explica a razão dos outros países terem menos inflação(tendo como consequência, possivelmente baixas taxas de juros) apenas aponta o fato.

Ok


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Não, ele deu um migué, e omitiu que a questão  da taxa de juros alta poderia envolver uma mudança de paradigmas na questão da cultura inflacionária. Ou não. A questão é que ele foi muito pontual.

Eu ainda não entendi o teu ponto. Talvez eu seja meio burro para entender, mas você poderia me explicar o que seria essa "mudança de paradigma na questão da cultura inflacionária"?
Seria basicamente algo, uma medida qualquer que tornasse a cultura inflacionária menos protagonista na questão das finanças, visando diminuir a taxa de juros.

Ok.

Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #356 Online: 24 de Outubro de 2018, 12:08:30 »
ELEIÇÕES BRASIL 2018

Plano econômico de Paulo Guedes, guru de Bolsonaro, depende de uma ‘bala de prata’ para funcionar

Propostas de privatizações e reformas "radicais" na Previdência e no sistema tributário demandam a arte de negociar com 30 partidos que estão representados no Congresso


JOANA OLIVEIRA

São Paulo 9 OUT 2018 - 12:13   BRT


O mercado demorou em começar a levar a sério a candidatura à presidência de Jair Bolsonaro (PSL). A carência de pessoas do campo econômico no seu entorno e a mistificação de sua figura, tanto pela carreira militar quanto no Congresso, onde revelava uma postura estatista e intervencionista, eram motivo de receio para os investidores. Tudo mudou com a chegada do economista Paulo Guedes à campanha, que rapidamente converteu-se no "Posto Ipiranga" de Bolsonaro. PhD pela Universidade de Chicago – berço dos Chicago Boys, economistas que na segunda metade do século XX influenciaram as reformas liberais de países como Chile, EUA e Reino Unido –, Guedes tornou-se o selo de qualidade de Bolsonaro com uma agenda liberal que defende privatizações e reformas tributárias e da Previdência “radicais”. No dia em que foi anunciado como Ministro da Fazenda em um eventual governo do PSL (em 27 de novembro de 2017), a Bolsa de Valores, que havia começado o pregão em queda, subiu.


Apesar de as propostas econômicas serem lidas como “uma boa carta de intenções” e gerarem entusiasmo entre os jovens operadores das mesas de negociação, os atores mais experientes do mercado financeiro se mostram mais céticos e levantam dúvidas sobre a viabilidade de tais promessas.  A leitura geral é que o plano econômico de Guedes para o governo de Bolsonaro depende de uma “bala de prata” para dar certo. Ele propõe a reestruturação da área econômica, com dois organismos principais, o Ministério de Economia e o Banco Central, formal e politicamente independentes. Quanto à Reforma da Previdência, cuja necessidade é um consenso entre os analistas de mercado, o plano prevê a mudança do sistema atual de repartição (pagamento dos aposentados é feito pelos trabalhadores ativos)  pelo modelo de contas individuais de capitalização (cada trabalhador contribuirá durante a vida para sustentar seu benefício previdenciário). E aqui surgem as primeiras críticas. “Essa proposta de reforma radical da Previdência é suspeita, porque eles falam de capitalização, mas não deixam claro como seria feita essa transição. O Guedes diz que pagaria o custo com as privatizações, mas o processo de privatização é longo, então isso não está claro”, avalia Silvio Cascione, analista para o Brasil da consultoria de risco Eurasia.


MAIS INFORMAÇÕES


Plano econômico de Paulo Guedes, guru de Bolsonaro, depende de uma ‘bala de prata’ para funcionar Farda, família e mercado: os homens que compõem o círculo de poder de Bolsonaro
Plano econômico de Paulo Guedes, guru de Bolsonaro, depende de uma ‘bala de prata’ para funcionar Vitória de Bolsonaro pode tirar investimentos e isolar o Brasil, avaliam diplomatas
Cascione acrescenta que também há desconfiança sobre o “amplo programa de privatizações” que aparece no plano de governo de Bolsonaro, mas sem especificar quantas ou quais das 147 empresas da União seriam vendidas. O objetivo seria utilizar todos os recursos obtidos com as privatizações para pagar a dívida pública. “Muita gente gosta da ambição do Guedes, quando ele fala nas privatizações radicais, mas também há investidores que acham que esse discurso vai desinflar com o tempo”, comenta o analista.


Para Amaury Fonseca Júnior, sócio fundador da Vision Brazil Investments, gestora de recursos focada em investidores institucionais, para resolver a questão da dívida pública, qualquer Governo deve priorizar a reforma tributária. O plano esboçado por Guedes prevê a simplificação e unificação de tributos federais e a descentralização e municipalização de impostos. O economista chegou a afirmar, conforme revelado pela Folha de S. Paulo, que pretendia recriar um imposto nos moldes da CPMF, que incide sobre movimentação financeira, além de criar uma alíquota única do Imposto de Renda de 20% para pessoas físicas e jurídicas – e aplicar a mesma taxa na tributação da distribuição de lucros e dividendos. Por outro lado, ele estudava eliminar a contribuição patronal para a Previdência, que incide sobre a folha de salário – que tem a mesma alíquota, de 20%. “Para chegar nesses 20%, as contas públicas precisariam estar muito bem equilibradas. Essa coisa da CPMF não agradou o mercado”, comenta Júnior.


Bolsonaro e seus aliados, que sempre defenderam que em um eventual governo do candidato os impostos seriam reduzidos, apressaram-se em tentar explicar as declarações de Guedes, que chegou a rebaixar a cifra para os 15%, mas o estrago já estava feito. “O país tem um problema clássico de déficit fiscal. As cifras de 20% ou mesmo 15% são totalmente impraticáveis”, afirma Ricardo Sennes, economista e diretor da consultoria Prospectiva. Para Sennes, esse é “só o primeiro exemplo de inconsistência” na campanha. “Ele foi fazendo cálculos e viu que em vez de diminuir, tinha era que aumentar impostos, porque a conta não fechava. Parece fazer declarações sem ver números básicos de economia”, critica ele, que vê no “guru econômico” do candidato alguém “tão neófito quanto Bolsonaro”.


Em entrevista ao Jornal Nacional, Jair Bolsonaro voltou a tratar do tema: "A proposta do nosso economista Paulo Guedes é que quem ganhe até 5 mínimos não descontará Imposto de Renda. E acima disso, uma tabela de 20% para todos. Não pretendemos recriar a CPMF, eu fui um dos que votou contra a CPMF no passado",  afirmou. A reportagem entrou em contato com Paulo Guedes para responder aos comentários dos analistas, mas não obteve resposta.


Trajetória


Guedes, de 68 anos, de fato, tem uma breve experiência na carreira política. Ele assessorou o então candidato à presidência Guilherme Afif Domingos, em 1989, sendo um crítico dos projetos econômicos do período, principalmente do Plano Real. Tendo feito fortuna no ramo financeiro do Rio de Janeiro, o economista foi um dos fundadores do Ibmec, criado como instituto de pesquisa voltado para o mercado financeiro, do think thank Instituto Millennium e do Banco Pactual. Também investiu na Abril Educação com Roberto e Giancarlo Civita, donos da Editora Abril, até criar, em 2006, a BR Investimentos (comprada depois) pela Bozano Investimentos. Hoje, concilia seu tempo entre a assessoria de Bolsonaro e a empresa. Guedes acredita que o deputado, que construiu sua carreira como estatista, está “aprendendo” a ser um liberal-democrata, mesmo elogiando a ditadura militar, conforme contou em entrevista a EL PAÍS realizada em agosto.


O “Posto Ipiranga” de Bolsonaro se apresenta como um intelectual que não foi devidamente reconhecido por seus colegas. “Nos anos 80, participei de todos os debates econômicos do Brasil a favor do tripé macroeconômico e da reforma da Previdência. E de fazer no Brasil as reformas que foram feitas no Chile: banco central independente, câmbio flutuante, equilíbrio fiscal e o regime de capitalização da previdência”, contou durante a entrevista para este jornal, lamentando que, em vez disso, se realizassem as “tolices” do Plano Cruzado e do Plano Collor.


Sua estadia no Chile, como professor universitário durante o regime do ditador Augusto Pinochet, é justamente um dos pontos mais controversos de sua trajetória. “Eu não me sinto nem um pouco culpado ou responsável por ser um bom economista. É a mesma coisa que você ser dono do Starbucks e aí entra um ditador e toma um café lá na sua loja. Eu era um professor. O Brasil tinha reserva de mercado na universidade. Minha produção acadêmica era muito superior ao que se praticava nas universidades aqui. Mas, por ser de Chicago, eu fui convidado pra dar aula na FGV, no IMPA e na PUC em tempo parcial. Não podia ser tempo integral porque eu não pertencia a nenhuma tribo ideológica. Não é que fui pro Chile, pra ditadura... Eu recebi um convite de tempo integral na Universidade do Chile e fiquei seis meses”, justificou-se.


Guedes afirma que tinha “um sonho acadêmico”, mas alguns dos seus pares desmentem a afirmação. Edmar Bacha, um dos responsáveis pelo Plano Real e contemporâneo de Guedes na PUC, afirmou à revista Piauí que o colega “nunca nem sequer tentou o tempo integral. Até porque, para isso, precisaria publicar artigos, escrever textos para discussão, e ele não demonstrou disposição”. Já Elena Landau, diretora do BNDES durante o governo de FHC, classifica o ex-professor como “megalomaníaco”. “Ele tem as mesmas ideias de vender ativos para solucionar a dívida pública desde 1990 e já era criticado naquela época”, disse ela ao EL PAÍS.


Governabilidade


Mesmo entre os que veem com bons olhos as propostas econômicas de Guedes, admitem que sua implementação está sujeita a um cenário político amigável. E, caso chegue ao Planalto, Bolsonaro, , terá de coordenar um Congresso com 30 partidos. Muito embora tenha eleito 52 deputados pelo PSL, e tenha o apoio declarado da bancada dos ruralistas e evangélicos, na prática será necessário alinhar muitos interesses que afetam diretamente a população que não deve assistir a tudo impassível. “A política é a arte do possível. Muitas das ideias são esboçadas de maneira genérica e é preciso ver se, na prática, seria de fato possível aprová-las. É o caso da reforma tributária, que envolve diferentes interesses no pacto federativo”, explica Ricardo Schweitzer, sócio-fundador e analista de ações na Nord Research. “Privatização, reforma da Previdência... são temas difíceis em qualquer governo de coalizão. Acredito que Bolsonaro consiga aprovar parte dessas propostas, mas vai ser um processo muito arrastado”, concorda Silvio Cascione, da Eurasia. Após ter apoio dos deputados para a reforma trabalhista e o teto de gastos, a reforma da Previdência ficou travada no Governo Temer.


Monica de Bolle, diretora do Programa de Estudos Latino-Americanos e Mercados Emergentes da Universidade Johns Hopkins, em Washington, é mais categórica: "Há uma “síndrome de ingenuidade aguda” do mercado em relação a Guedes e Bolsonaro. O presidencialismo de coalizão não permite conduzir reformas tão radicais. Temer era um operador de chão do Congresso e não conseguiu. Presidencialismo e Estado mínimo são incompatíveis". A especialista considera que o entusiasmo de parte do mercado financeiro pela candidatura do ex-militar "só se explica pelo medo de que o PT ganhe" as eleições.


Ricardo Sennes, da Prospectiva, explica que a agenda de privatizações agrada o mercado financeiro de curto prazo, mas não aos investidores internacionais, que "realmente injetam dinheiro no país". Ele pondera que o enxugamento de políticas de fomento e isenção fiscal feriria o interesse de vários setores. "Se você desmonta a Caixa Econômica Federal, a construção civil e setores de infraestrutura perdem crédito. Pode-se dizer o mesmo da relação entre o agronegócio e o Banco do Brasil, que faz até perdão de dívida quando as safras não vão bem. Essas propostas seriam, então, o desmonte da política de financiamento agrícola", diz.


Sobre a possibilidade de conseguir apoio político para essa agenda, Sennes diz que fazer um plano de governo em dois meses é "muito complicado". "Há uma leitura de que governabilidade se consegue depois de eleito, mas essa postura me parece mais um wishful thinking [um excesso de otimismo] do mercado do que uma avaliação de fato do panorama atual", conclui.



https://brasil.elpais.com/brasil/2018/10/02/politica/1538508720_526769.html



« Última modificação: 24 de Outubro de 2018, 12:19:28 por JJ »

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #357 Online: 24 de Outubro de 2018, 12:48:41 »
https://www.terra.com.br/noticias/brasil/politica/haddad-nao-descarta-conflito-armado-entre-brasil-e-venezuela-caso-bolsonaro-seja-eleito,a3ea28e7c839fa6cd2a92cdbd7d8b8518vque5zc.html

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Com Bolsonaro, Haddad vê possível guerra com Venezuela


Os ratos estão se borrando de medo de perder a eleição a ponto de dizer a o Bozo vai começar uma guerra.

Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #358 Online: 24 de Outubro de 2018, 12:57:04 »
https://www.terra.com.br/noticias/brasil/politica/haddad-nao-descarta-conflito-armado-entre-brasil-e-venezuela-caso-bolsonaro-seja-eleito,a3ea28e7c839fa6cd2a92cdbd7d8b8518vque5zc.html

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Com Bolsonaro, Haddad vê possível guerra com Venezuela


Os ratos estão se borrando de medo de perder a eleição a ponto de dizer a o Bozo vai começar uma guerra.



Os ratos são nossos  ascendentes. 


Que mania de falar mal de nossos ascendentes.   :x







« Última modificação: 24 de Outubro de 2018, 12:59:42 por JJ »

Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #359 Online: 24 de Outubro de 2018, 13:58:15 »
Fim da aprovação automática e fim do Paulo Freire nas escolas? Valeu meu voto, o que vier a mais é lucro.


Com relação à "aprovação automática"


1) A responsabilidade primordial pelo ensino fundamental é dos municípios;


2) A responsabilidade primordial pelo ensino médio é dos estados;


3) Nunca vi  lei  que  dá ao governo federal  o poder de impor  a tal "aprovação automática" aos estados e/ou municípios, com previsão de punição se não o fizer . Você ou outra pessoa  sabe da existência de  tal lei ?


4) Já vi críticas ao tal sistema de ciclos,  e  dizem que  ele foi mal implementado,   a coisa é mais complexa do que  alguns tipos  mebelóides e/ou youtubers  ficam  dizendo  na internet;


5) Se quiserem simplesmente  impor a reprovação  em massa aos alunos de ensino fundamental e EM, o resultado será  um  abandono em  massa  de escolas;


6) Tentar implementar o  método força bruta no ensino fundamental e no EM não dará certo,  será um grande fracasso; 


7) Pessoas que acreditam na volta a um  lindo passado educacional da década de 60 irão quebrar a cara em mil pedaços. Será um fiasco retumbante.


« Última modificação: 24 de Outubro de 2018, 14:02:30 por JJ »

Offline Cinzu

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #360 Online: 24 de Outubro de 2018, 15:05:40 »
JJ, quem faz a Base Nacional Comum Curricular é o MEC. E nesse sentido o governo federal pode sim tirar Paulo Freire, marxismo cultural, e até inserir criacionismo.
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Offline Gigaview

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #361 Online: 24 de Outubro de 2018, 15:40:59 »
JJ, quem faz a Base Nacional Comum Curricular é o MEC. E nesse sentido o governo federal pode sim tirar Paulo Freire, marxismo cultural, e até inserir criacionismo.

Tomara que o criacionismo seja inserido. Seria uma ótima oportunidade para as crianças aprenderem desde cedo a raciocinar criticamente utilizando os conhecimentos de ciências que já fazem parte da base curricular. Poderiam surgir perguntas muito interessantes nas salas de aula. Tomara que insiram também o espiritismo, a astrologia, a homeopatia e demais "woos" para ensinar os alunos a pensar.
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Offline Peter Joseph

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #362 Online: 24 de Outubro de 2018, 15:43:23 »
o governo federal pode sim tirar ...marxismo cultural...

Como vai tirar algo que não existe?  :biglol: Já o criacionismo é provável que se torne obrigatório, vejamos.

Este tal de marxismo cultural deve ser bem ruinzinho hein, pois as pessoas estão é odiando o comunismo (a maioria mesmo sem saber o que é) na maioria dos casos. E olha que ainda é o mesmo sistema de ensino do tempo dos "Petralhas Comunistas". Esse tal de Gramsci e seus seguidores devem ser bem incompetentes com suas formas de conspiração, pois conseguiram foi exatamente o contrário do que teoricamente pretendiam :D
« Última modificação: 24 de Outubro de 2018, 15:47:14 por Peter Joseph »
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Offline Gigaview

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #363 Online: 24 de Outubro de 2018, 15:51:10 »
o governo federal pode sim tirar ...marxismo cultural...

Como vai tirar algo que não existe?  :biglol: Já o criacionismo é provável que se torne obrigatório, vejamos.

Este tal de marxismo cultural deve ser bem ruinzinho hein, pois as pessoas estão é odiando o comunismo (a maioria mesmo sem saber o que é) na maioria dos casos. E olha que ainda é o mesmo sistema de ensino do tempo dos "Petralhas Comunistas". Esse tal de Gramsci e seus seguidores devem ser bem incompetentes com suas formas de conspiração, pois conseguiram foi exatamente o contrário do que teoricamente pretendiam :D

A nossa sorte é a incompetência deles. Sabem encher o saco mas não costumam demorar muito tempo no poder, pois são money-degradáveis.
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Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #364 Online: 24 de Outubro de 2018, 17:30:00 »
JJ, quem faz a Base Nacional Comum Curricular é o MEC. E nesse sentido o governo federal pode sim tirar Paulo Freire, marxismo cultural, e até inserir criacionismo.



Eu não  cortei  o texto quotado, mas,     repare    que  eu foquei na parte sobre "aprovação automática".



Offline Peter Joseph

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #365 Online: 24 de Outubro de 2018, 17:32:10 »
o governo federal pode sim tirar ...marxismo cultural...

Como vai tirar algo que não existe?  :biglol: Já o criacionismo é provável que se torne obrigatório, vejamos.

Este tal de marxismo cultural deve ser bem ruinzinho hein, pois as pessoas estão é odiando o comunismo (a maioria mesmo sem saber o que é) na maioria dos casos. E olha que ainda é o mesmo sistema de ensino do tempo dos "Petralhas Comunistas". Esse tal de Gramsci e seus seguidores devem ser bem incompetentes com suas formas de conspiração, pois conseguiram foi exatamente o contrário do que teoricamente pretendiam :D

A nossa sorte é a incompetência deles. Sabem encher o saco mas não costumam demorar muito tempo no poder, pois são money-degradáveis.

Então pra que se preocupar tanto com os "Cumunistas que querem dominar o mundis"? Olavo e olavetes já estão até carecas de tanta preocupação com isto :biglol:
« Última modificação: 24 de Outubro de 2018, 17:34:48 por Peter Joseph »
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Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #366 Online: 24 de Outubro de 2018, 17:52:35 »
JJ, quem faz a Base Nacional Comum Curricular é o MEC. E nesse sentido o governo federal pode sim tirar Paulo Freire, marxismo cultural, e até inserir criacionismo.




Me mostre onde, que no ensino fundamental e no ensino médio, tem  "Paulo Freire" para ser tirado ?


 :)


 :?:






Poderia  mostrar também um artigo científico,publicado em bom jornal científico, que mostre que Paulo freire é causa  significativa  (ou mesmo pouco significativa) de problemas educacionais relevantes no Brasil. 


 :?:






« Última modificação: 24 de Outubro de 2018, 18:06:05 por JJ »

Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #367 Online: 24 de Outubro de 2018, 17:55:09 »


Já parou para pensar que tal acusação de que Paulo Freire é causa de problemas educacionais reais e significativos no Brasil, não passa  de   loucura de alguns muito prováveis  esquizo paranóides ?  A qual tem sido repetida por  ridículos papagaios de pirata ?







Offline Peter Joseph

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #368 Online: 24 de Outubro de 2018, 17:55:52 »
O fato é que não existe "Método Paulo Freire" [no currículo escolar], só na imaginação e em fake news. Paulo Freire é só um grande pensador brasileiro da área da educação, como vários outros, inclusive de fora do país, que são tidos como referências no campo em universidades do mundo todo, e não como mestres com métodos a serem seguidos a risca.
« Última modificação: 24 de Outubro de 2018, 18:21:11 por Peter Joseph »
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Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #369 Online: 24 de Outubro de 2018, 17:58:12 »
O fato é que não existe "Método Paulo Freire", só na imaginação e em fake news. Paulo Freire é só um grande pensador brasileiro da área da educação, como vários outros, inclusive de fora do país, que são tidos como referências no campo em universidades do mundo todo, e não como mestres com métodos a serem seguidos a risca.



Minha paciência para as imbecilidades que fanboys do astrólogo  ficam repetindo já está no fim. 


Infelizmente parece que a idiocracia já está sendo instalada no Brasil.    :no:


« Última modificação: 24 de Outubro de 2018, 18:00:26 por JJ »

Offline Peter Joseph

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #370 Online: 24 de Outubro de 2018, 18:00:45 »
Além de serem ignorantes, ainda menosprezam um grande pensador Brasileiro (assim como costumamos menosprezar todos os grandes brasileiros). É uma mistura de estupidez conspiracionista com síndrome de vira lata sul americano. A coisa é bizarra!
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Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #371 Online: 24 de Outubro de 2018, 18:12:01 »
Além de serem ignorantes, ainda menosprezam um grande pensador Brasileiro (assim como costumamos menosprezar todos os grandes brasileiros). É uma mistura de estupidez conspiracionista com síndrome de vira lata sul americano. A coisa é bizarra!



Já podemos preparar e fazer um estoque de pipoca e guaraná (ou cerveja e tira gosto), pois em 2019  não deverão  faltar  shows de bizarrices vindos  de  uma  turma  de um certo palácio em Brasília.


 :biglol:



« Última modificação: 24 de Outubro de 2018, 18:15:01 por JJ »

Offline Sergiomgbr

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #372 Online: 24 de Outubro de 2018, 18:26:18 »
Além de serem ignorantes, ainda menosprezam um grande pensador Brasileiro (assim como costumamos menosprezar todos os grandes brasileiros). É uma mistura de estupidez conspiracionista com síndrome de vira lata sul americano. A coisa é bizarra!



Já podemos preparar e fazer um estoque de pipoca e guaraná (ou cerveja e tira gosto), pois em 2019  não deverão  faltar  shows de bizarrices vindos  de  uma  turma  de um certo palácio em Brasília.


 :biglol:



Fala a verdade, pipoca com guaraná é bom só nos comercialzim da Antártida. Com cerveja então não vai  precisar nem da pipoca. Qualquer pedacim de sebo de boi salgado já "justifica".
« Última modificação: 24 de Outubro de 2018, 18:33:36 por Sergiomgbr »
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Gauss

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #373 Online: 24 de Outubro de 2018, 18:31:10 »
O Patrono da Educação Brasileira não influenciou nada nos métodos educacionais presentes na Base Nacional Comum Curricular e na pedagogia ensinada aos professores licenciados nas universidades brasileiras?  :hein:
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

Offline Peter Joseph

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #374 Online: 24 de Outubro de 2018, 18:34:36 »
Basta mostrar algum documento oficial tornando obrigatório professores seguirem um tal método Paulo Freire ou que obrigue professores a terem métodos com características específicas freireanas, que eu engulo minhas palavras.
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