E a política de desoneração fiscal não foi a principal responsável pelo déficit.
O aumento contínuo (sempre acima da inflação) nas despesas de custeio, o assistencialismo e a corrupção desenfreada são os principais responsáveis. E isto tudo ocorreu em todos os governos petistas.
No déficit da seguridade social foi sim. Os números deixam isso claro. Obviamente que tudo contribuiu. O assistencialismo tem um impacto bem menor no orçamento. O principal é corrupção, ineficiência e a obscenidade da previdência do regime próprio (serviço público), além da farra dos supersalários principalmente no Judiciário. O regime geral, CLT, sozinho, sem o governo meter a mão via DRU é superavitário, mesmo com as regras atuais.
Quem sustenta o regime geral da previdência são as empresas e não os funcionários, o que é uma afronta.
Por isto que eu sustento um regime de capitalização.
Funcionários também pagam contribuição social.
Sim.
O regime é financiado tanto por trabalhadores como empresas.
A maior parte é pago pelas empresas mas não lembro do percentual.
Não vejo isso como errado, afinal, a empresa se valeu do trabalho do funcionário.
Para remunerar o trabalho tem o salário.
Previdência não é um problema da empresa e sim de cada um.
Não é só o salário como pagamento. Pagar parte da Previdência também é parte do pagamento pelo trabalho.
Discordo.
A previdência é problema de cada um.
Se a empresa quiser contribuir voluntariamente, tudo bem.
Mas compulsoriamente, não!
Sobre a capitalização, o que me deixa com receio é o seguinte: Dado nosso histórico de corrupção, quem vai gerir esses fundos?
O próprio beneficiário ou algum administrador por ele contratado.
Fundos como o Postalis foram administrados por corruptos em razão da ingerência do governo e agora todos pagam a conta.
Postalis, Previ, Petrus e tudo o mais que o estado põe a mão.
Ainda, em regime de capitalização, um rebuliço no mercado financeiro pode acabar com as aposentadorias de milhares de trabalhadores.
Sim.
Mas a perda será deles e não de toda a sociedade.
O risco fica muito maior.
De maneira alguma.
Você não pode sequer comparar com a atual situação, pois que hoje o risco é integral.
Está aí o déficit para mostrar.
Não sei até que ponto é bom arriscar com algo tão importante, como a aposentadoria.
Que cada um cuide de seu patrimônio e de suas fontes de receita.
Não quero pagar nada para ninguém.
O sistema redistributivo gera benefícios menores, mas é mais seguro e confiável nesse aspecto.
É claro, socializa todo o prejuízo e todo o desequilíbrio.
Resumindo: muitos pagam bastante para sustentar uma caterva de vagabundos. E vão ganhar uma mixaria depois.
E nem estou focando a imoralidade de pessoas receberem mais (a muito mais) do que contribuíram.