Autor Tópico: Governo Bolsonaro  (Lida 112548 vezes)

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Offline Sergiomgbr

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #3750 Online: 06 de Abril de 2019, 19:54:00 »
Meus deus, quanta especulação ideológica e com viés passional! Comovente.

Qual parte do comércio brasileiro-'mundo árabe' é ideológico?
O que questiona as ações do executivo.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Geotecton

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #3751 Online: 07 de Abril de 2019, 08:31:10 »
Meus deus, quanta especulação ideológica e com viés passional! Comovente.

Qual parte do comércio brasileiro-'mundo árabe' é ideológico?
O que questiona as ações do executivo.

Besteira.

Não há ideologia nenhuma e sim a constatação do óbvio: o 'mundo árabe' importa uma série de produtos brasileiros e podem, aí sim por 'birra ideológica', diminuir ou encerrar esta importação.

Ou seja, para agradar meia-dúzia de idiotas religiosos pode destruir um longo histórico de relações comerciais com o 'mundo árabe', prejudicando o setor produtivo brasileiro.
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Offline Sergiomgbr

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #3752 Online: 07 de Abril de 2019, 10:03:00 »
Exatamente o que eu tentei dizer. Não é um país, ou outro mas mais do que isso, é uma ideologia supra nacional cimpartilhada por vários países a controlar as relações comerciais entre as partes envolvidas, seja no abate halal de animais de corte para consumo, seja no patrulhamento de ações soberanas dos países com os quais mantémcrelacoes comerciais a ponto de retaliar com suspensão de compras sem motivo técnico relacionado ao bem ou produto adquirido, unilateralmente. Ou muculmanos deixando de comprar produtos do Brasil por causa do Bolsonaro mudar a embaixada para Jerusalem não é uma ação ideológica, que na pratica significa que o comércio praticado é de viés ideológico?
« Última modificação: 07 de Abril de 2019, 10:48:28 por Sergiomgbr »
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Fenrir

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #3753 Online: 07 de Abril de 2019, 11:51:23 »
Exatamente o que eu tentei dizer. Não é um país, ou outro mas mais do que isso, é uma ideologia supra nacional cimpartilhada por vários países a controlar as relações comerciais entre as partes envolvidas, seja no abate halal de animais de corte para consumo, seja no patrulhamento de ações soberanas dos países com os quais mantémcrelacoes comerciais a ponto de retaliar com suspensão de compras sem motivo técnico relacionado ao bem ou produto adquirido, unilateralmente. Ou muculmanos deixando de comprar produtos do Brasil por causa do Bolsonaro mudar a embaixada para Jerusalem não é uma ação ideológica, que na pratica significa que o comércio praticado é de viés ideológico?

Não é a mesma coisa dizer que
   "o comércio é de viés ideológico" e que há "uma ideologia supra nacional compartilhada por vários países a controlar as relações comerciais"
e constatar que
    ideologias que não tem nada a ver com aquilo que é comercializado, podem influenciar esse comércio.

É como alguem deixar de ir a uma padaria porque não vai com a cara do dono ou ir lá justamente porque tem simpatia para com o sujeito.
O que tem isso a ver com os pães? Nada.

O frango poderia ser comercializado a despeito de qualquer ideologia. Agora é óbvio que se você trata bem o cliente, ele vai querer voltar.
E no que diz respeito a tratar bem potenciais clientes no comércio internacional, declarar (sinceramente ou não) apoio a qualquer ideologia/religião
que o cliente professe, ajuda e muito.

Não creio que haja nenhum controle ideológico supranacional como voce sugere. Me cheira a teoria da conspiração.
Mas eu não manjo lhufas disso e esse é só mais um pitaco qualquer. Que outros mais tarimbados opinem com mais conhecimento de causa.
« Última modificação: 07 de Abril de 2019, 11:54:09 por Fenrir »
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Offline Pedro Reis

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #3754 Online: 07 de Abril de 2019, 13:04:15 »
Exatamente o que eu tentei dizer. Não é um país, ou outro mas mais do que isso, é uma ideologia supra nacional cimpartilhada por vários países a controlar as relações comerciais entre as partes envolvidas, seja no abate halal de animais de corte para consumo, seja no patrulhamento de ações soberanas dos países com os quais mantémcrelacoes comerciais a ponto de retaliar com suspensão de compras sem motivo técnico relacionado ao bem ou produto adquirido, unilateralmente. Ou muculmanos deixando de comprar produtos do Brasil por causa do Bolsonaro mudar a embaixada para Jerusalem não é uma ação ideológica, que na pratica significa que o comércio praticado é de viés ideológico?

Ah, deixa eu ver se entendi... Você está defendendo que o Brasil corte qualquer relação comercial com os Estados Unidos.

Sim, porque por este seu "raciocínio", os EUA são os reis, os campeões mundiais do que você definiu como "comércio ideológico".

Nenhum país na História usou tanto de sanções comerciais e boicotes para tentar impedir que nações soberanas contrariassem seus interesses. Agora mesmo estão praticando "comércio ideológico" com a Venezuela, deixando de comprar petróleo e indo além dos árabes e impedindo que vendam para Cuba. Agora mesmo estão usando "comércio ideológico" como arma contra Venezuela, Cuba, Irã, China, Rússia e mais uma dúzia de países, sempre em uma moral de dois pesos e duas medidas, como quando faziam um bloqueio econômico contra o Japão enquanto o "comércio ideológico" crescia exponencialmente com a Alemanha nazista.

O comércio não é ideológico, Sérgio. Não existe "comércio ideológico", isso é imensa bobagem. O boicote ao comércio e as sanções é que são, não "ideológicas", mas políticas. É uma decisão política soberana de um Estado soberano não ter relações comerciais com inimigos.

Entende isso?

Ontem, na Globo News, mostrou algo que passou meio desapercebido aqui mas teve grande repercussão no mundo árabe: Bolsonaro esteve, juntamente com Netaniahu, em uma cerimônia estranhíssima onde ele assinou um livro que aparentemente ratifica o apoio do Brasil a um projeto chamado de "terceiro templo". Sabe o que significa? Nada menos que o projeto de construção do mítico Templo de Salomão, o que não seria mais do que uma grande sinagoga não fosse pelo fato de que para reconstruir essa lenda bíblica Israel planeje explodir dois dos monumentos MAIS SAGRADOS para 1 bilhão e meio de muçulmanos: a mesquita Al Aqsa e o domo da rocha.

E você é capaz de adivinhar quantos chefes de Estado já se deixaram usar como marionetes patéticas neste ato de propaganda ideológica subserviente a um estado neo-colonialista usando religião como pretexto para expandir ainda mais seu território? Não é difícil adivinhar que só o imbecil irresponsável, CORRUPTO inconsequente do Bozo, foi retardado o bastante para posar pra fotógrafos assinando um livro onde ILEGITIMAMENTE faz o Brasil apoiar um crime contra o patrimônio histórico da humanidade, patrimônio este tombado pela UNESCO, e ainda por cima
uma agressão e ofensa além de qualquer limite tolerável na visão de todo o mundo muçulmano.

Sim!, o tipo de inconsequência contra seu próprio país que só um ultra-corrupto capaz de qualquer vilanidade para atingir sua sede pessoal de poder seria capaz. É o tipo de coisa que pode mais do que fazer os árabes perderem o apetite pela nossa carne, porque é ultrajante o bastante para estimular malucos radicais a virem cometer alguns massacres em nome de Alah por aqui. Coisa que até então o Brasil tem sido poupado justamente pela sobriedade e neutralidade sábia de sua atuação diplomática.

O que Bolsonaro fez foi, "soberanamente", usurpar uma autoridade que não lhe foi concedida para pôr o país que ele representa em uma posição de inimigo dos árabes.

Consequentemente pode ser que os árabes soberanamente não tenham interesse em relações comerciais com inimigos.

Offline Sergiomgbr

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #3755 Online: 07 de Abril de 2019, 13:20:19 »
Há uma tremenda diferença entre defender posições institucionais internacionais dentro do estado de direito internacional, ante relações ideológicas strictu sensu. Os EUA não se pautam por convicções ideológicas num sentido amplo, as relacoes de comércio nesse caso são arbitradas por órgãos cono a OMC.
« Última modificação: 08 de Abril de 2019, 22:59:23 por Sergiomgbr »
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Offline Pedro Reis

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #3756 Online: 07 de Abril de 2019, 13:42:25 »
Agora está claro. Tudo faz sentido.

Bolsonaro é a "décima novilha vermelha" preparando a chegada do anti-cristo.



E o Sérgiomgbr pressentido que o fim está próximo já começou a falar em línguas:

Há uma trenenda diferença entre defender posições institucionais internacionais dentro do estado de direito internacional, de relações ideológicas strictu sensu. Os EUA não se pautam por convicie ideologicas num sentido amplo, as relacoes de comércio nesse caso são arbitradas por órgãos cono a OIC.

Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #3757 Online: 07 de Abril de 2019, 14:55:14 »
Primo de Carlos Bolsonaro, Leo Índio debocha de Marielle nas redes sociais


Leonardo Rodrigues de Jesus, o Leo Índio, sobrinho de Jair Bolsonaro, postou um meme no WhatsApp mostrando duas fotos: uma era de Marielle Franco e a outra da travesti Valéria, personagem famosa do humorista Rodrigo Sant’anna; na comparação entre as duas a frase “Marielle vive kkkkk”

 
 
6 DE ABRIL DE 2019 ÀS 16:43


DCM - Na última quinta-feira, 4, Leonardo Rodrigues de Jesus, o Leo Índio, sobrinho de Jair Bolsonaro, postou um meme no WhatsApp mostrando duas fotos.

Uma era de Marielle Franco, a outra da travesti Valéria, personagem do ator Rodrigo Sant'anna.

A legenda vinha com uma piada: "Marielle vive kkkkkkk". Um dos bordões de Valéria era: "Tá de deboche?".

Leo é apontado como olheiro do primo Carlos Bolsonaro no Palácio do Planalto. Tem crachá com acesso livre aos andares mais altos, de onde despacham o presidente e os ministros e entre janeiro e fevereiro chegou a ir 58 vezes a Brasília.

Tem 35 anos, mora no Rio, vendia roupas e gosta de fazer selfies com Carluxo sem camisa.

Em janeiro, fez o pedido de um passaporte diplomático, logo após Carlos tentar emplacar o mesmo documento. Quando o pedido vazou, os dois voltaram atrás e, por enquanto, desistiram.

O ódio da família a Marielle é antigo. Carlos, segundo a coluna Radar da Veja, não entrava no mesmo elevador que ela.



https://www.brasil247.com/pt/247/brasil/389406/Primo-de-Carlos-Bolsonaro-Leo-%C3%8Dndio-debocha-de-Marielle-nas-redes-sociais.htm

Offline Gigaview

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #3758 Online: 07 de Abril de 2019, 18:57:58 »
Olha o exército inglês falando grosso...lá pode...

Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Pedro Reis

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #3759 Online: 07 de Abril de 2019, 22:39:24 »
Esse vídeo nos faz ver o quanto somos afortunados de viver em um país onde menino veste azul e menina veste rosa.

Um país que pode ter a certeza que seu capitão-presidente jamais será visto em rede nacional dando um piti com a mão nas cadeiras.

Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #3760 Online: 08 de Abril de 2019, 10:33:24 »

“Um leão sem dentes”: assim o mercado enxerga Bolsonaro após 100 dias de governo





Publicado em 8 abril, 2019 6:44 am

Há quem acredite que ele pode dobrar a aposta no radicalismo

Da coluna Painel da Folha:

Presidentes de partidos e analistas do mercado financeiro compartilharam neste domingo (7) a mesma dúvida sobre a reação que Jair Bolsonaro deve ter diante do desgaste que os primeiros cem dias de governo causaram ao seu capital político.

Esses grupos dizem que, dado o cenário apontado pelo Datafolha, restam dois caminhos: ou o Planalto se convence da necessidade de composição e tenta alavancar a agenda no Congresso por essa via, ou dobra a aposta e radicaliza o discurso.

O aparente desprezo do presidente e de seus aliados pelos dados levou parte do mercado e da política a colocar suas fichas no segundo e mais conturbado caminho: o da radicalização do discurso.

Um conselheiro de bancos e investidores avalia que Bolsonaro pode ter perdido o timing de maior influência sobre o Congresso e corre o risco de ser visto agora como um “leão sem dentes” —o que seria ruim para a reforma da Previdência.

Esse analista diz que, escorado só em 30% da sociedade —32% classificam o governo como ótimo ou bom—, o presidente terá pouca chance de êxito. Historicamente, PT tem apoio de um percentual semelhante e “hoje ninguém mais tem medo dele”.

(…)



https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/um-leao-sem-dentes-assim-o-mercado-enxerga-bolsonaro-apos-100-dias-de-governo/

Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #3761 Online: 08 de Abril de 2019, 12:28:27 »
Abraham Weintraub é o novo ministro da Educação


Economista é próximo ao ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e colabora com os planos presidenciais de Jair Bolsonaro desde 2017
Por Guilherme Venaglia access_time 8 abr 2019, 12h18 - Publicado em 8 abr 2019, 11h41

[...]

Olavo de Carvalho

Abraham Weintraub é mais um ministro da Educação com simpatia pela obra do ideólogo Olavo de Carvalho, considerado “guru” do presidente Jair Bolsonaro. Em dezembro, durante a Cúpula Conservadora das Américas, evento organizado pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Weintraub defendeu o uso das teorias de Olavo para “derrotar a esquerda”.

Segundo a coluna Radar, o novo ministro defendeu ser “preciso vencer o marxismo cultural nas universidades e trabalhar para que o país pare de fazer bobagem”.


https://veja.abril.com.br/politica/abraham-weintraub-e-o-novo-ministro-da-educacao/#




-----------------------------------



Extra,  não percam:     "A Guerra nos Campos dos Moinhos de Vento  II " ,  a saga dos bravos cavaleiros que irão continuar a enfrentar, com coragem e galhardia, os malvados e tenebrosos  moinhos de vento.



 :histeria:
« Última modificação: 08 de Abril de 2019, 12:49:22 por JJ »

Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #3762 Online: 08 de Abril de 2019, 13:38:16 »

Novo ministro da educação  é tão obscurantista quanto  Vélez  Rodriguez


Reprodução | ABr


Mesmo após a demissão do ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, o autoproclamado filósofo Olavo de Carvalho continua influenciando o órgão; Abraham Weintraub, ligado ao mercado financeiro, já disse que era preciso adaptar as teorias do escritor para "derrotar a esquerda"; sem formação ou experiencia em gestão de politicas educacionais, ele trabalhou 18 de seus 47 anos no Banco Votorantim, onde foi de office-boy a economista-chefe e diretor; foi demitido e seguiu para a Quest Corretora; depois tornou-se professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp); confira algumas polêmicas do ministro

8 DE ABRIL DE 2019 ÀS 12:37


247 - Mesmo após a demissão do ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, o autoproclamado filósofo Olavo de Carvalho continua influenciando no órgão. Abraham Weintraub, ligado ao mercado financeiro, já disse que era preciso adaptar as teorias do escritor para "derrotar a esquerda". Sem formação ou experiencia em gestão de politicas educacionais, ele trabalhou 18 de seus 47 anos no Banco Votorantim, onde foi de office-boy a economista-chefe e diretor. Foi demitido e seguiu para a Quest Corretora. Depois tornou-se professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Abraham e seu irmão Arthur Weintraub, também da Unicesp, atuam em dupla no interior do bolsonarismo. Os dois chegaram a defender a luta contra uma suposta tentativa de transformar o Brasil numa grande Venezuela. "Durante o século XX, mais da metade das pessoas do mundo viveram sob alguma forma de terror. Hoje, a América do Sul, e o Brasil em particular, faz parte do espaço vital de uma estratégia clara para a tomada de poder por grupos totalitários socialistas e comunistas", diz Abraham. "Eu não acreditava nisso. Achava que era teoria da conspiração. Todavia, está tudo documentado! O Foro de São Paulo é uma realidade! As FARC eram convidadas de honra. O crack foi introduzido no Brasil de caso pensado. Vejam os arquivos, está na internet!". Seus relatos foram publicados pelo jornal O Estado de S.Paulo.


O novo ministro também se envolveu em um conflito com estudantes da Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp, onde ele ensinava junto com o irmão Arthur Weintraub. A polêmica veio após Jair Bolsonaro publicar, em novembro passado, um texto nas redes sociais assinado pelos Weintraub, que defendia a independência do Banco Central.


"Repudiamos a associação de nosso corpo docente à pessoa do senhor Jair Bolsonaro, já que coloca em jogo o princípio da instituição, e de nossos valores em defesa da educação pública, gratuita e socialmente referenciada", dizia a nota assinada pelo diretório acadêmico do campus e pelos centros acadêmicos dos cursos de Economia e de Relações Internacionais  - os representantes de Administração, Ciências Contábeis e Ciências Atuariais não se posicionaram.


Os irmãos rebateram dizendo achar impressionante que os estudantes de Economia os dessem "lição de moral". Segundo os Weintraub, os alunos deveriam deixar "de ser ridículos" e ter vergonha "por puxar a nota do campus lá para baixo". Os dois professores também afirmaram que os jovens que aguardavam "ansiosamente pela Ditadura do Proletariado".



https://www.brasil247.com/pt/247/brasil/389531/Novo-ministro-da-Educa%C3%A7%C3%A3o-%C3%A9-t%C3%A3o-obscurantista-quanto-V%C3%A9lez-Rodriguez.htm




Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #3763 Online: 08 de Abril de 2019, 15:59:50 »
A inabilidade de Bolsonaro com os presidentes de partido

3 de Abril de 2019



Por Helena Chagas, para Os Divergentes e para o Jornalistas pela Democracia

Tudo pode mudar até amanhã, mas o formato previsto para as conversas do presidente Jair Bolsonaro com os presidentes dos maiores partidos do centro, nesta quinta, está causando estranhamento entre articuladores experientes. Além da insegurança dos convidados, que temem virar as costas e serem carimbados pelo presidente como representantes da “velha política”, dirigentes do PSD, DEM, MDB e outros acham que os encontros destinam-se a “cumprir tabela” – ou seja, vão fazer figuração para Bolsonaro mostrar ao país que não é intransigente e quer aprovar a reforma da Previdência.

Na avaliação desses caciques – que já ensaiaram não pedir cargos, emendas, nada nas conversas -, quem quer articular de verdade não recebe os presidentes dos maiores partidos no Congresso assim em conjunto, no mesmo dia, de “baciada”, como se cumprisse uma tarefa burocrática e até meio penosa. Serão conversas separadas, mas estão todos de olho na agenda e na constrangedora fila que se prevê nesta quinta, um entra e sai de Gilberto Kassab (PSD), ACM Neto (DEM), Romero Jucá (MDB), Marcos Pereira (PRB), etc.

Alguns já brincam que, entre uma e outra audiência, vão se perguntar: e aí, o que ele deu pra você?

É evidente que política, e aqui falamos da boa política que tem no diálogo sua matéria-prima, não se faz assim. Presidentes de partidos são sujeitos emproados, que se acham muito importantes e não gostam de ser tratados como gado, e nem de fazer fila, mesmo para conversas cordiais sem maior profundidade. E nem gostam que o presidente da República esconda a foto com eles.

Bolsonaro jamais consultará antecessores, principalmente depois de dizer tudo o que disse sobre eles – e seria bom esquecer também de tudo o que disse sobre seus convidados de amanhã. Mas basta olhar nas agendas de presidentes da República para ver que essas coisas nunca aconteceram desse jeito. Presidentes de partidos sempre foram tratados como se fossem únicos, ao menos enquanto durava a conversa, em cafés, almoços, jantares e conversas em Palácio. Fila na sala de espera, jamais.

Como dito ali em cima, ainda dá tempo para mudar esse formato, espaçar uma conversa da outra, marcar em dias diferentes, chamar algum para almoço ou janta. Isso não é velha política, e nem implica em toma-lá-dá-la ou atitudes não-republicanas. É cortesia, educação.





https://www.brasil247.com/pt/colunistas/helenachagas/389080/A-inabilidade-de-Bolsonaro-com-os-presidentes-de-partido.htm


--------------------


Bô,  o Inábil


« Última modificação: 08 de Abril de 2019, 16:03:15 por JJ »

Offline _Juca_

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #3764 Online: 08 de Abril de 2019, 16:14:49 »

Novo ministro da educação  é tão obscurantista quanto  Vélez  Rodriguez


Reprodução | ABr


Mesmo após a demissão do ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, o autoproclamado filósofo Olavo de Carvalho continua influenciando o órgão; Abraham Weintraub, ligado ao mercado financeiro, já disse que era preciso adaptar as teorias do escritor para "derrotar a esquerda"; sem formação ou experiencia em gestão de politicas educacionais, ele trabalhou 18 de seus 47 anos no Banco Votorantim, onde foi de office-boy a economista-chefe e diretor; foi demitido e seguiu para a Quest Corretora; depois tornou-se professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp); confira algumas polêmicas do ministro

8 DE ABRIL DE 2019 ÀS 12:37


247 - Mesmo após a demissão do ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, o autoproclamado filósofo Olavo de Carvalho continua influenciando no órgão. Abraham Weintraub, ligado ao mercado financeiro, já disse que era preciso adaptar as teorias do escritor para "derrotar a esquerda". Sem formação ou experiencia em gestão de politicas educacionais, ele trabalhou 18 de seus 47 anos no Banco Votorantim, onde foi de office-boy a economista-chefe e diretor. Foi demitido e seguiu para a Quest Corretora. Depois tornou-se professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Abraham e seu irmão Arthur Weintraub, também da Unicesp, atuam em dupla no interior do bolsonarismo. Os dois chegaram a defender a luta contra uma suposta tentativa de transformar o Brasil numa grande Venezuela. "Durante o século XX, mais da metade das pessoas do mundo viveram sob alguma forma de terror. Hoje, a América do Sul, e o Brasil em particular, faz parte do espaço vital de uma estratégia clara para a tomada de poder por grupos totalitários socialistas e comunistas", diz Abraham. "Eu não acreditava nisso. Achava que era teoria da conspiração. Todavia, está tudo documentado! O Foro de São Paulo é uma realidade! As FARC eram convidadas de honra. O crack foi introduzido no Brasil de caso pensado. Vejam os arquivos, está na internet!". Seus relatos foram publicados pelo jornal O Estado de S.Paulo.


O novo ministro também se envolveu em um conflito com estudantes da Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp, onde ele ensinava junto com o irmão Arthur Weintraub. A polêmica veio após Jair Bolsonaro publicar, em novembro passado, um texto nas redes sociais assinado pelos Weintraub, que defendia a independência do Banco Central.


"Repudiamos a associação de nosso corpo docente à pessoa do senhor Jair Bolsonaro, já que coloca em jogo o princípio da instituição, e de nossos valores em defesa da educação pública, gratuita e socialmente referenciada", dizia a nota assinada pelo diretório acadêmico do campus e pelos centros acadêmicos dos cursos de Economia e de Relações Internacionais  - os representantes de Administração, Ciências Contábeis e Ciências Atuariais não se posicionaram.


Os irmãos rebateram dizendo achar impressionante que os estudantes de Economia os dessem "lição de moral". Segundo os Weintraub, os alunos deveriam deixar "de ser ridículos" e ter vergonha "por puxar a nota do campus lá para baixo". Os dois professores também afirmaram que os jovens que aguardavam "ansiosamente pela Ditadura do Proletariado".



https://www.brasil247.com/pt/247/brasil/389531/Novo-ministro-da-Educa%C3%A7%C3%A3o-%C3%A9-t%C3%A3o-obscurantista-quanto-V%C3%A9lez-Rodriguez.htm





Uma Olavete por outra. Eu estaria muito surpreso se o Bolsonaro tivesse aprendido alguma coisa com os próprios erros.

Offline Geotecton

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #3765 Online: 08 de Abril de 2019, 17:28:30 »
247, ah... 247.

Este trecho, citado pelo 247, é particularmente "vistoso":

Citar
[...]
"Repudiamos a associação de nosso corpo docente à pessoa do senhor Jair Bolsonaro, já que coloca em jogo o princípio da instituição, e de nossos valores em defesa da educação pública, gratuita e socialmente referenciada", dizia a nota assinada pelo diretório acadêmico do campus e pelos centros acadêmicos dos cursos de Economia e de Relações Internacionais  - os representantes de Administração, Ciências Contábeis e Ciências Atuariais não se posicionaram.
[...]

Os vagabundos do DA de Economia "repudiam" o Bozo mas deram (e dão!) apoio ao chefe da maior quadrilha da administração pública que se tem notícia desde a redemocratização.

Não são verdadeiras 'gracinhas'?
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Offline Sergiomgbr

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #3766 Online: 08 de Abril de 2019, 19:09:55 »
A inabilidade do presidente Bolsonaro em ser corrupto? Boa! Valeu, presidente.
« Última modificação: 08 de Abril de 2019, 19:14:30 por Sergiomgbr »
Até onde eu sei eu não sei.

Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #3767 Online: 08 de Abril de 2019, 21:46:31 »


Excelente explicação sobre o que realmente é o governo do Bolso:





Por que novamente olavete no MEC? Dória, Ciro e Bolsonaro - missões brasileiras




Filósofo Paulo Ghiraldelli


Publicado em 8 de abr de 2019



Offline Sergiomgbr

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #3768 Online: 08 de Abril de 2019, 23:18:23 »
Ezcelente participação do Ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo, na Comissão de Relações Exteriores no Senado. Muito lúcido e incisivo, com ótima argumentação. 
Até onde eu sei eu não sei.

Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #3769 Online: 09 de Abril de 2019, 10:02:07 »
OPINIÃO: ERNESTO ARAÚJO PRECISA CAIR


Ao defender posições grosseiras, como a afirmação de que o nazismo é de esquerda, chanceler desonra e envergonha o legado de prestígio da diplomacia brasileira

Gabriel Trigueiro

03/04/2019 - 11:13 / Atualizado em 04/04/2019 - 13:22




Ernesto Araújo, o chanceler nomeado pelo presidente eleito, deu uma declaração recente afirmando que o nazismo foi de ele se dispôs a tentar articular em seu blog uma defesa intelectual
dessa posição grosseira.


O problema, no entanto, é que, além de se tratar de uma fala desastrada, ela foi defendida em um texto mal escrito e desonesto, do ponto de vista histórico e filosófico.
A quantidade de erros e imprecisões desafiam a paciência de qualquer leitor. No entanto, vou tentar fazer aqui um pequeno apanhado, uma enumeração não exaustiva, dos principais problemas desse longo sofisma apresentado em prosa truncada e afetada pelo chanceler.



[...]


Se há um consenso científico no sentido de apontar o nazismo como um fenômeno histórico e político de direita, Araújo no mínimo deveria dialogar com esse consenso — ainda que fosse para refutá-lo. Aliás, sobretudo para refutá-lo. Ao invés disso, prefere tomar o atalho da imputação de esquerdismo, como se “esquerdismo” fosse algum tipo de patologia e não uma posição intelectualmente válida, o que convenientemente o dispensa de apresentar evidências científicas, no âmbito histórico, que corroborem sua tese central.


A propósito, chamar o argumento de Araújo de tese é ser excessivamente generoso, mais uma vez, porque, se há uma hipótese, não há sequer o processo de verificação protocolar dessa mesma hipótese.


[...]


https://epoca.globo.com/opiniao-ernesto-araujo-precisa-cair-23569888



Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #3770 Online: 09 de Abril de 2019, 10:13:29 »
Escritor americano diz que chanceler de Bolsonaro expõe o Brasil ao ridículo



Por Cíntia Alves - 12/01/2019


Foto: Agência Brasil



Jornal GGN – O escritor norte-americano Benjamin Moser, prêmio Itamaraty de Diplomacia Cultural em 2016 e autor da biografia de Clarice Lispector, escreveu uma carta endereçada a Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores de Jair Bolsonaro, afirmando que a imagem do Brasil no exterior ficou pior com o novo governo, graças às declarações “ridículas” que o chanceler têm dado sobre aquecimento global, combate à globalização e outros assuntos.


“(…) em poucos meses, essa imagem já mudou bastante. Temo que não seja na direção que o senhor pretende. Pois, em todos os meus anos de brasiliófilo, nunca vi tantas matérias ruins sobre o Brasil surgirem na imprensa europeia e americana. Isso deve ser motivo de preocupação para um chanceler. Porque o Brasil, apesar de seus problemas, sempre desfrutou de um nome positivo no mundo.”
 

Moser alertou a Araújo que, quando um chanceler se dirige a um público internacional, deve evitar o emprego dos termos globalistas, marxistas, anticosmopolitas, valores cristãos, “que, em inglês, têm fortes conotações antissemitas. São extraídos do léxico de conspiração global judaica, e, dada a história deste léxico, pessoas civilizadas, tanto de direita como de esquerda, aprenderam a evitá-lo.”
 

O escritor ainda alertou que não só o chanceler, mas outros membros do governo Bolsonaro – incluindo o próprio presidente – têm levado à antiga boa fama do Brasil à lona. “Desde o primeiro dia, este governo deu a impressão de querer abusar das pessoas mais vulneráveis da sociedade. Todos os jornais do mundo têm noticiado os ataques aos índios e à população LGBT, além da redução do salário mínimo para os trabalhadores mais pobres.”
 

Ao final, Moser ainda apela para que Araújo pare de passar vergonha em nível internacional e comporte-se à altura do cargo que recebeu. “O senhor se descreve, no seu Instagram, como ‘ministro das Relações Exteriores do governo Bolsonaro’. Não é. É ministro das Relações Exteriores do Brasil. Seria bom que se comportasse com a dignidade que tal posição exige.”
 

 
Leia, abaixo, a carta completa:
 

Prezado ministro,
 

Há pouco mais de dois anos, o ministério que o senhor hoje encabeça me outorgou o Prêmio Itamaraty de Diplomacia Cultural. Foi um reconhecimento do meu trabalho e trouxe consigo uma obrigação de continuar trabalhando em prol do Brasil —de ser algo como um amigo oficial do Brasil. E é nesta capacidade que lhe escrevo.
 

Recentemente, o senhor publicou uma matéria no meu idioma, o inglês, e no meu país, os Estados Unidos (“Bolsonaro was not elected to take Brazil as he found it”, ou “Bolsonaro não foi eleito para deixar o Brasil como o encontrou”, na Bloomberg, em 7/1). Se respondo em português, é por dois motivos.
 

Primeiro, porque sua matéria ilustra muito bem que saber a gramática ou o vocabulário de outra língua não implica compreender suas sutilezas: como soa. Se tivesse maior noção do meu idioma, seria de esperar que não houvesse publicado uma coisa que —digo francamente— expõe o Brasil ao ridículo.
 

E essa é a segunda razão pela qual lhe respondo em português. Apesar de não ser de nacionalidade brasileira, o Brasil não me é de maneira nenhuma alheio. Desagrada-me profundamente vê-lo alvo de risadas internacionais. Gostaria, pois, que esta conversa ficasse entre nós —em português.
 

Em inglês, a sua vinculação da política externa com Ludwig Wittgenstein soa bizarra. Suspeito que não seja sua intenção —que é, se estou lendo bem, de deslumbrar o leitor com frases como “desconstrução pós-moderna avant la lettre do sujeito humano e negação da realidade do pensamento”.
 

Sabe aquele estudante de pós-graduação que encurrala a menina na festa falando de Derrida ou Baudrillard?
 

Pois é.
 

Aliás, em inglês, proclamar “não gosto de Wittgenstein” soa pretensioso, arrogante. Sabe aquele homem que, diante de um Picasso, diz que sua filha de quatro anos poderia ter feito melhor?
 

Mas, além do tom, qual é mesmo seu problema com Wittgenstein? Vejo que não é sequer uma frase inteira, mas uma parte de uma frase: “O mundo tal como o encontramos.”
 

O senhor lê isso como um pedido —uma ordem, até— de aceitar tudo no mundo tal como é, de não tentar mudar nada, de se comportar como se não tivesse vontade própria. Se acompanho a sua lógica, é assim que o Brasil tem se comportado durante todos os governos, de esquerda como de direita, que precederam o atual.

 
Para quem conhece a obra de Wittgenstein —assim como para quem tem noções da história diplomática brasileira—, isso pode soar inexato. Mas o senhor pretende romper um padrão que tem impedido o surgimento da verdadeira grandeza do Brasil. O país, segundo o senhor, antes disse: “Eu não acho nada. Eu não tenho ideias. Assim como o sujeito desconstruído de Wittgenstein, eu não tenho um ‘eu’.”
 

Eu não caracterizaria o trabalho de gerações de diplomatas brasileiros assim. Imagino que, em português, possa soar desdenhoso. Mas estamos falando de como soa em inglês, e, se muito ficou incerto na sua matéria, uma coisa ficou clara: sua vontade de mudar a imagem do Brasil no mundo.
 

De fato, em poucos meses, essa imagem já mudou bastante. Temo que não seja na direção que o senhor pretende. Pois, em todos os meus anos de brasiliófilo, nunca vi tantas matérias ruins sobre o Brasil surgirem na imprensa europeia e americana. Isso deve ser motivo de preocupação para um chanceler. Porque o Brasil, apesar de seus problemas, sempre desfrutou de um nome positivo no mundo.
 

O racismo, a homofobia e a saudade da ditadura da nova administração têm sido fartamente comentados na imprensa mundial. Em inglês, o tom dessa cobertura tem sido extremamente negativo. Um chanceler deve poder responder num inglês sereno e compreensível e explicar as razões que levam o novo governo a adotar tal e tal medida.
 

Quando se dirige a um público internacional, uma coisa a evitar a todo preço é o emprego de termos —“globalistas,” “marxistas,” “anticosmopolitas,” “valores cristãos”— que, em inglês, têm fortes conotações antissemitas.
 

São extraídos do léxico de conspiração global judaica, e, dada a história deste léxico, pessoas civilizadas, tanto de direita como de esquerda, aprenderam a evitá-lo.
 

Quando se fala inglês, é preferível, em geral, evitar falar de conspirações. Dá a impressão de ter passado a noite em claro na internet decifrando os segredos das pirâmides. Talvez seja por isso que suas descrições sobre o aquecimento global como trama marxista tenham sido tão amplamente ridicularizadas na imprensa mundial.
 

Quem, em língua inglesa, quer ser levado a sério evita tais caracterizações. E não é mesmo este o maior desejo do senhor, o de ser levado a sério? É a única coisa que fica clara debaixo da linguagem um tanto acalorada.
 

A novidade que o senhor anuncia não é outra coisa senão a mais antiga emoção do conservador brasileiro: o ufanismo magoado.
 

Este é o sentimento de quem quer uma nação que esteja à altura da imagem —muitas vezes exagerada— que tem de si próprio.
 

Se o senhor imagina que o Brasil não é suficientemente respeitado, seria bom nos brindar com pelo menos um exemplo; na minha experiência, vasta, do Brasil no âmbito internacional, confesso que nunca percebi a falta de respeito.
 

Mas, mesmo que ela existisse, seria bom lembrar que, em qualquer país, o respeito não se exige. Com paciência e trabalho, se ganha.
 

Ninguém sabe melhor do que eu os lados positivos que tem o Brasil. Mas, sabemos, brasileiros e estrangeiros, que o Brasil também tem uma cara feia. E é essa cara que seu tom me traz à mente. É o tom daquele patrão que grita “faça que tô mandando!” para a empregada. Asseguro-lhe que não fica mais elegante em tradução inglesa.
 

Infelizmente, não é apenas uma questão de tom. Desde o primeiro dia, este governo deu a impressão de querer abusar das pessoas mais vulneráveis da sociedade. Todos os jornais do mundo têm noticiado os ataques aos índios e à população LGBT, além da redução do salário mínimo para os trabalhadores mais pobres.
 

É possível que haja explicações razoáveis para tais medidas, mas confesso que até agora não as vi. De novo, seria mais eficaz explicá-las com calma do que andar pelo mundo proclamando que os brasileiros não são mais “robôs pós-modernos” e que não suportarão mais “a opressão wittgensteiniana da morte-do-sujeito.”
 

Porque, ironicamente, é seu medo de ver as pessoas zombarem do Brasil que fará… as pessoas zombarem do Brasil. Deve ter visto a ministra Damares gritando que “menino veste azul e menina veste rosa!” e notado como isso repercutiu pelo mundo. As suas declarações também não ajudam a que as pessoas levem o Brasil a sério.
 

Se há um ponto em que estamos em total acordo é que também não gosto de ver o Brasil ridicularizado. Por isso, lhe encorajo a lembrar em nome de quem está falando. E de escolher com mais tato, em português como em inglês, as suas palavras.
 

O senhor se descreve, no seu Instagram, como “ministro das Relações Exteriores do governo Bolsonaro”. Não é.
 

É ministro das Relações Exteriores do Brasil.
 

Seria bom que se comportasse com a dignidade que tal posição exige.
 

E se, no futuro, tiver uma dúvida de inglês, pode sempre entrar em contato comigo.
 

Cordialmente,

Benjamin Moser

Prêmio Itamaraty de Diplomacia Cultural, 2016 



https://jornalggn.com.br/relacoes-exteriores/escritor-americano-diz-que-chanceler-de-bolsonaro-ridiculariza-o-brasil-e-pede-que-se-comporte-a-altura-do-cargo/


Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #3771 Online: 09 de Abril de 2019, 10:20:08 »


Inacreditável que alguém  que supostamente seria inteligente considerar que um  seguidor   (ou papagaio de pirata, que acredita em sandices semelhantes e as repete)   do    olá  vô  do alho  seja  alguém  que  tenha  lucidez e que deva ocupar um alto cargo da república.


 :no:
« Última modificação: 09 de Abril de 2019, 10:22:15 por JJ »

Offline Peter Joseph

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #3772 Online: 09 de Abril de 2019, 13:50:12 »
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Os liberais se juntam a esse tipo de irracionalismo e lunáticos que são guiados por Olavetes, Damares, tudo em nome de um economicismo pueril de "livre mercado" outra entidade fantasiosa. Por acreditar no mito da "desburocratização", eles sacrificam até o pensamento racional e cientifico do iluminismo,  EM TROCA DO QUE?  DE NADA O PIB AFUNDA CADA VEZ MAIS.

https://economia.ig.com.br/2019-04-08/populacao-esta-mais-pessimista-com-economia-apos-primeiros-meses-de-bolsonaro.html
« Última modificação: 09 de Abril de 2019, 14:08:37 por Peter Joseph »
"Não é sinal de saúde estar bem adaptado a uma sociedade doente." - Krishnamurti

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Offline Sergiomgbr

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #3773 Online: 09 de Abril de 2019, 14:11:02 »
Escritor americano diz que chanceler de Bolsonaro expõe o Brasil ao ridículo



Por Cíntia Alves - 12/01/2019


Foto: Agência Brasil



Jornal GGN – O escritor norte-americano Benjamin Moser, prêmio I...
 

Cordialmente,

Benjamin Moser

Prêmio Itamaraty de Diplomacia Cultural, 2016 



https://jornalggn.com.br/relacoes-exteriores/escritor-americano-diz-que-chanceler-de-bolsonaro-ridiculariza-o-brasil-e-pede-que-se-comporte-a-altura-do-cargo/
Esse pobre coitado celerado que deve sofrer de alguma necessidade midiática escreve quase tão prolixamente porém, sem nada ou quase nada valioso que se aproveite, que nem um forista teimoso como uma pedra que bate ponto as vezes por aqui. :biglol:
« Última modificação: 09 de Abril de 2019, 15:06:54 por Sergiomgbr »
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #3774 Online: 09 de Abril de 2019, 14:20:43 »
Citar
Os liberais se juntam a esse tipo de irracionalismo e lunáticos que são guiados por Olavetes, Damares, tudo em nome de um economicismo pueril de "livre mercado" outra entidade fantasiosa. Por acreditar no mito da "desburocratização", eles sacrificam até o pensamento racional e cientifico do iluminismo,  EM TROCA DO QUE?  DE NADA O PIB AFUNDA CADA VEZ MAIS.

https://economia.ig.com.br/2019-04-08/populacao-esta-mais-pessimista-com-economia-apos-primeiros-meses-de-bolsonaro.html

Não defendendo o governo Bolsonaro, em quem não votei, mas o que de efetivamente mais liberal já foi implementado por ele?

Como exatamente desburocratização é um mito? O que ao menos significa isso? O ranking de facilidade de empreender é um mito? Ou não tem nada a ver com burocracia? Burocracia por acaso "não existe"? Existindo, seria uma "constante"? Ou é simplesmente algo que nunca é possível reduzir uma vez tendo sido uma vez estabelecido? Ou ainda, sua redução nunca poderia ser benéfica? Como?

http://portugues.doingbusiness.org/pt/rankings



Esse vídeo nos faz ver o quanto somos afortunados de viver em um país onde menino veste azul e menina veste rosa.

Um país que pode ter a certeza que seu capitão-presidente jamais será visto em rede nacional dando um piti com a mão nas cadeiras.

Algo na imagem me causa uma impressão de que seria uma paródia do The Onion.

Ao mesmo tempo que imaginava que uniformes de alta patente dos britânicos fossem muito mais anacrônicos, algo que parecesse do começo do século passado, com aqueles chapéus enormes, remetendo algo mais alinhado com a guarda real.











 

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