Autor Tópico: Governo Bolsonaro  (Lida 112579 vezes)

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Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #4525 Online: 07 de Maio de 2019, 14:12:24 »
Militares irritados e decepcionados com Bolsonaro


Brasil  07.05.19 09:05


“A autocrise que Jair Bolsonaro criou com os militares está longe de terminar”, diz Josias de Souza. “Agravou-se na noite passada. Em conversas presenciais e telefônicas, integrantes da banda fardada do governo concluíram que o presidente da República sinaliza à opinião pública um sentimento de ‘desprezo’ em relação às Forças Armadas (…).

Essa impressão é compartilhada com oficiais da ativa das três forças armadas. O sentimento dos militares em relação ao presidente oscila entre a ‘irritação’ e a ‘decepção’”.


https://www.oantagonista.com/brasil/militares-irritados-e-decepcionados-com-bolsonaro/




Muito  bom    :ok:



 B-)





Offline -Huxley-

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #4526 Online: 07 de Maio de 2019, 14:32:19 »


E... ? Não respondeu nada. Índice de gini nunca foi indicador de desenvolvimento, como mostram os países socialistas pobres.


Em conjunto com renda per capita é um ótimo indicador.



Não, não é. Existem países de Primeiro Mundo que são subdesenvolvidos em Gini. Estados Unidos, Cingapura e Hong Kong são exemplos. Excepcionais em renda per capita e ruins em Gini, o que dá uma posição meia boca num ranking que levasse em conta uma média das duas posições em cada item.

Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #4527 Online: 07 de Maio de 2019, 14:37:46 »
Existem países de Primeiro Mundo que são subdesenvolvidos em Gini. Estados Unidos, Cingapura e Hong Kong são exemplos. Excepcionais em renda per capita e ruins em Gini, o que dá uma posição meia boca num ranking que levasse em conta uma média das duas posições em cada item.


Os EUA tem alguns problemas graves, como já mostrado em posts aqui mesmo no CC, como, por exemplo serviços de saúde caríssimos custando de 35 x a 44 x mais caro  do que no Brasil.


Muitos brazucas new libers  acham grande vantagem um carro custar 2,5 x menos  ao mesmo tempo que nem tem ideia dos preços absurdos de serviços médicos.




« Última modificação: 07 de Maio de 2019, 14:41:25 por JJ »

Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #4528 Online: 07 de Maio de 2019, 14:38:57 »
Dentre os países da América Latina, Chile é indiscutivelmente o melhor modelo econômico.

Respondido.



Desigualdade social


Favela em Santiago do Chile.


A economia chilena é caracterizada por significativa desigualdade na distribuição de renda, gerando grandes diferenças sociais entre ricos e pobres. Os 5% mais ricos da população ganham mais de 830 vezes a renda dos 5% mais pobres.Um estudo realizado por economistas Ramon López, Eugênio Figueroa e Pablo Gutiérrez, indica que o Chile tornou-se em 2013 no país mais desigual do mundo.

O Coeficiente de Gini do Chile em 2013 (50,45) foi o menor desde 1987. Em 2013 os 10% mais pobres receberam 1,72% do PIB enquanto os 10% mais ricos controlaram 41,5% do PIB .[42][43]

Esta desigualdade chilena é atribuída, por alguns, ao atual sistema liberal (em comparação às décadas de 50, 60 e 70, quando o Chile tinha uma distribuição de renda exemplar), outros a atribuem à adoção de fatores naturais (que fez desenvolver um determinado tipo de economia extrativista que favorece instituições que propiciam a desigualdade[44]; já o relatório da Comissão Europeia menciona como um dos fatores que contribuem para essa grande desigualdade econômica os impostos regressivos .

A perseguição aos organismos sindicais, a neutralização das organizações sociais e a proibição da existência de partidos políticos e até do direito de reunião e associação, o fechamento do Parlamento, eram elementos necessários para a aplicação do "modelo". A ausência de liberdade de imprensa e de Justiça autônoma contribuíram para para configurar um quadro em que os economistas que ganharam a confiança de Pinochet tiveram um terreno fértil para plantar. Pretender que os atropelos aos direitos humanos iam por um lado, e aquilo que seus defensores qualificam de êxitos, ou "obra" econômica caminhavam por outro, não resiste à análise [45]

— María Olivia Mönckeberg
. Pinochet privatizou a previdência social, e até hoje 39% da população - quase a metade dos chilenos - não dispõe de nenhum tipo de seguridade social [46] [47].

A privatização (da seguridade social) dissipa uma grande parcela das contribuições dos operários em tarifas pagas para remunerar as companhias de investimento. Ela deixa muitos aposentados na miséria [47].

— Paul Krugman
As desigualdades ainda têm um grande impacto negativo na renda de certas camadas da população, como as mulheres, os jovens, os índios, os idosos e os habitantes de determinadas regiões do Chile. A desigualdade de gênero também incide como variável no dinamismo da economia do Chile. A baixa participação da mulher no mercado de trabalho (a menor na América Latina) dificulta a redução do desemprego. Existem também grandes diferenças salariais entre homens e mulheres. A taxas universitárias são as mais altas do mundo, depois dos Estados Unidos, que exclui grande parte da população do ensino superior [48]



https://pt.wikipedia.org/wiki/Economia_do_Chile



--------------------



Realmente um modelaço a ser seguido.


 B-)



Offline -Huxley-

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #4529 Online: 07 de Maio de 2019, 14:42:54 »
Existem países de Primeiro Mundo que são subdesenvolvidos em Gini. Estados Unidos, Cingapura e Hong Kong são exemplos. Excepcionais em renda per capita e ruins em Gini, o que dá uma posição meia boca num ranking que levasse em conta uma média das duas posições em cada item.

Os EUA tem problemas graves, como já mostrado em posts aqui mesmo no CC, como, por exemplo serviços de saúde caríssimos custando de 35 x a 44 x mais caro  do que no Brasil.





80% dos pobres de lá tem ar condicionado em casa.

A expectativa de vida média lá é de 80 anos. Em Hong Kong e Cingapura é de 84 anos (os dois são top 4 no ranking mundial).

Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #4530 Online: 07 de Maio de 2019, 14:47:51 »
Existem países de Primeiro Mundo que são subdesenvolvidos em Gini. Estados Unidos, Cingapura e Hong Kong são exemplos. Excepcionais em renda per capita e ruins em Gini, o que dá uma posição meia boca num ranking que levasse em conta uma média das duas posições em cada item.

Os EUA tem problemas graves, como já mostrado em posts aqui mesmo no CC, como, por exemplo serviços de saúde caríssimos custando de 35 x a 44 x mais caro  do que no Brasil.


Grana pública só para a Nasa:


Congresso americano aprova orçamento de U$ 20,7 bilhões para NASA

Por Wagner Wakka | 23 de Março de 2018 às 18h0   



80% dos pobres de lá tem ar condicionado em casa.

A expectativa de vida média lá é de 80 anos.



Eu já escrevi que tem boas coisas para serem copiadas, como por exemplo,   as   gigantescas  encomendas e compras governamentais de produtos de alta tecnologiaalém dos grandes investimentos públicos diretos em pesquisas científicas


Dinheiro público só para Nasa:


Congresso americano aprova orçamento de U$ 20,7 bilhões para NASA

Por Wagner Wakka | 23 de Março de 2018 às 18h0


https://canaltech.com.br/espaco/congresso-americano-aprova-orcamento-de-u-207-bilhoes-para-nasa-110590/



E  tem uma boa  parte dos   neo  old   libers  lóides  brazucas  que acreditam que pesquisa  científica  lá  é   primordialmente  (ou quase tudo)  financiado pelas  privadinhas (ou são tronchos ou são mentirosos ou são as duas coisas).






« Última modificação: 07 de Maio de 2019, 15:01:36 por JJ »

Offline _Juca_

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #4531 Online: 07 de Maio de 2019, 14:51:20 »

Piñera: “O Chile é uma sociedade muito desigual em relação ao que queremos ser”


Sete meses depois de iniciar seu segundo mandato, o presidente, em viagem pela Europa, diz que busca derrotar a pobreza antes do fim da próxima década





https://brasil.elpais.com/brasil/2018/10/06/internacional/1538838426_678248.html



Nisso o Chile está bem melhor que nós, um presidente discursando contra a pobreza e a desigualdade.

Offline Cinzu

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #4532 Online: 07 de Maio de 2019, 15:05:21 »
Dentre os países da América Latina, Chile é indiscutivelmente o melhor modelo econômico.

Respondido.
Realmente um modelaço a ser seguido.


 B-)

Quais outros países da América Latina você considera como melhores exemplos que Chile?

Argentina? Cuba? Haiti?
"Não é possível convencer um crente de coisa alguma, pois suas crenças não se baseiam em evidências; baseiam-se numa profunda necessidade de acreditar"

Offline Cinzu

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #4533 Online: 07 de Maio de 2019, 15:08:31 »
Cuba e Venezuela certamente não devem ter toda essa desigualdade Chilena que você tanto expõe.
"Não é possível convencer um crente de coisa alguma, pois suas crenças não se baseiam em evidências; baseiam-se numa profunda necessidade de acreditar"

Offline Cinzu

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #4534 Online: 07 de Maio de 2019, 15:11:15 »
Existem países de Primeiro Mundo que são subdesenvolvidos em Gini. Estados Unidos, Cingapura e Hong Kong são exemplos. Excepcionais em renda per capita e ruins em Gini, o que dá uma posição meia boca num ranking que levasse em conta uma média das duas posições em cada item.

Os EUA tem problemas graves, como já mostrado em posts aqui mesmo no CC, como, por exemplo serviços de saúde caríssimos custando de 35 x a 44 x mais caro  do que no Brasil.


Grana pública só para a Nasa:


Congresso americano aprova orçamento de U$ 20,7 bilhões para NASA

Por Wagner Wakka | 23 de Março de 2018 às 18h0   



80% dos pobres de lá tem ar condicionado em casa.

A expectativa de vida média lá é de 80 anos.

E  tem uma boa  parte dos   neo  old   libers  lóides  brazucas  que acreditam que pesquisa  científica  lá  é   primordialmente  (ou quase tudo)  financiado pelas  privadinhas (ou são tronchos ou são mentirosos ou são as duas coisas).



A grande diferença entre o Brasil e os outros países desses grupos é o volume de investimento em pesquisa e desenvolvimento feito pela iniciativa privada. O 0,55% do PIB aplicado pelas empresas brasileiras está longe dos 2,68% investidos pelo setor privado da Coreia do Sul ou dos 1,22% da China, por exemplo. Quando se comparam os investimentos públicos, no entanto, os gastos do Brasil estão na média das nações mais desenvolvidas: o 0,61% do PIB brasileiro está próximo do percentual investido pelo conjunto dos países da OCDE (0,69%).

Fonte: https://www.senado.gov.br/noticias/Jornal/emdiscussao/inovacao/ciencia-tecnologia-e-inovacao-no-brasil/investimento-em-pesquisa-e-desenvolvimento-no-brasil-e-em-outros-paises-o-setor-privado.aspx
« Última modificação: 07 de Maio de 2019, 15:16:10 por Cinzu »
"Não é possível convencer um crente de coisa alguma, pois suas crenças não se baseiam em evidências; baseiam-se numa profunda necessidade de acreditar"

Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #4535 Online: 07 de Maio de 2019, 15:19:33 »




Isso aí não está considerando as gigantescas encomendas militares que permitem e permitiram a existência do gigantesco complexo industrial militar (e de alta tecnologia). 


Fora que só uma agência, a  Nasa,  recebe mais de 20 bilhões de dólares de dinheiro público, fora outros institutos de pesquisa públicos.

« Última modificação: 07 de Maio de 2019, 15:22:23 por JJ »

Offline Cinzu

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #4536 Online: 07 de Maio de 2019, 15:28:10 »
Blá blá blá olha esse exemplo do governo que investiu bilhões, olha esse outro caso que investiu bilhões, lembra daquela vez que o governo investiu bilhões bilhões bilhões?

Números jogados ao vento não significam nada, JJ. Você começa falando de um assunto e no meio da discussão muda para outro completamente diferente. Ninguém entendeu onde você está querendo chegar ou o que está pensando, isso se tiver pensando em alguma coisa.
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Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #4537 Online: 07 de Maio de 2019, 15:35:37 »
Blá blá blá olha esse exemplo do governo que investiu bilhões, olha esse outro caso que investiu bilhões, lembra daquela vez que o governo investiu bilhões bilhões bilhões?

Números jogados ao vento não significam nada, JJ. Você começa falando de um assunto e no meio da discussão muda para outro completamente diferente. Ninguém entendeu onde você está querendo chegar ou o que está pensando, isso se tiver pensando em alguma coisa.




ENTREVISTA DA 2ª - LINDA WEISS


Redução do papel do Estado na economia sempre foi mito


Para especialista em desenvolvimento, compras militares dos EUA são maior exemplo de política industrial que gerou inovação tecnológica


A PESAR de todas as manchetes sobre a volta do Estado à economia, ele nunca se retirou, e os EUA são o maior exemplo disso, afirma Linda Weiss, especialista em desenvolvimento e professora do Departamento de Governo e Relações Internacionais da Universidade de Sydney (Austrália). Weiss cita especificamente a política de inovação tecnológica americana, organizada por meio de encomendas da área militar do governo, como exemplo do que chama de "ativismo estatal" que nunca diminuiu nas economias mais ricas.

Rafael Andrade/Folha Imagem
   
Linda Weiss, especialista em desenvolvimento e professora da Universidade de Sydney (Austrália)

CLAUDIA ANTUNES
DA SUCURSAL DO RIO

Weiss afirma que a China está adaptando o modelo americano para começar a produzir tecnologias próprias, e sugere que o Brasil estude o exemplo.

Ela deu entrevista à Folha depois de participar, no Rio de Janeiro, de seminário no Instituto de Economia da UFRJ sobre Reposicionamentos Estratégicos, Políticas e Inovação em Tempo de Crise. Abaixo, os principais trechos.

 
FOLHA - A senhora diz que não é possível falar em volta do Estado à economia porque ele nunca foi embora. Pode explicar?

LINDA WEISS - A ideia predominante no debate sobre a globalização e a sua relação com as opções de política econômica é que o Estado foi posto numa camisa de força e recuou da economia.

Fez isso para atrair investimentos num mundo de capitais móveis. O melhor governo é o que reduz impostos e regulações. O Estado atua nas margens da economia, sem presença ativa e muito menos desenvolvimentista. Contesto essa ideia olhando para o que os Estados mais poderosos vêm fazendo.

FOLHA - E quais são os principais exemplos?
WEISS - O primeiro é o paradoxo de que a desregulamentação requer rerregulamentação. Por exemplo, o governo privatiza, mas acaba se tornando muito ativo na arena regulatória, criando agências.

Isso de certo modo aumentou o envolvimento do Estado, sem necessariamente passar pelas autoridades executivas, que têm que responder ao eleitorado.

FOLHA - Mas, no mercado financeiro, houve menos regulamentação, não?

WEISS - Houve uma opção por não regulamentar. Foi uma opção movida a razões nacionalistas, porque tanto o Reino Unido quanto os EUA viam o setor financeiro como o que liderava a projeção do seu poder na arena econômica internacional.
Com Wall Street de um lado e a City do outro, para eles fazia sentido ser liberais.
O Japão fez o mesmo, de modo diferente. Ao desregulamentarem o setor financeiro, os burocratas quiseram manter sua presença e escreveram as regras com esse objetivo, sem permitir mais autorregulamentação.
Além disso, há uma forma de ativismo que é a intervenção recorrente do Estado para resgatar o sistema bancário em crises. O que vemos hoje não é excepcional, é parte do padrão da internacionalização das finanças nos últimos 200 anos.

FOLHA - Que outros exemplos a senhora reuniu?

WEISS - Um fundamental é no campo da inovação e da tecnologia. Na OMC (Organização Mundial do Comércio), os Estados líderes escreveram normas que lhes dão margem para promover sua indústria nascente, ao mesmo tempo em que reduziram essa margem para países em desenvolvimento.

As regras da OMC permitem políticas de subsídio à ciência e tecnologia, que é a forma da indústria nascente nas chamadas economias de conhecimento intensivo.

Você vê intervenções muito focadas dos governos dos Estados Unidos, da Europa e do Japão no setor de alta tecnologia, incluindo comunicação e informação, novos materiais, novas energias. São áreas vistas como plataformas de sua prosperidade futura.

FOLHA - Como a senhora compararia o ativismo estatal nos EUA e na Europa com o na Ásia?

WEISS - Eu diria que o ativismo asiático está acima do radar, os países da região não se envergonham de mostrar que têm política industrial. As populações também apoiam o uso do poder do Estado na economia.
No caso dos EUA, não há consenso sobre o ativismo estatal.

Então, ele aparece abaixo do radar. A área que explica de onde vieram as inovações nos EUA, país que é líder em alta tecnologia, é a máquina de encomendas ligada ao setor militar.

Os EUA construíram um sistema formidável de inovação baseado no fato de responderem por 50% dos gastos militares mundiais. Dessa forma existe apoio popular e político, porque a linguagem usada é a da segurança nacional. Esse sistema de encomendas públicas de inovações é tão importante que os europeus agora estão vendo como podem adaptar a seu próprio setor civil. A China está fazendo a mesma coisa.

FOLHA - Como a China está seguindo o exemplo dos EUA?

WEISS - A China, por exemplo, quer desenvolver sua própria indústria de software e está usando encomendas de tecnologia para isso. Ela está definindo o que é uma empresa chinesa com base no "Buy American" [cláusula do pacote de estímulo econômico aprovado nos EUA no início deste ano].

Para o "Buy American", uma empresa americana tem pelo menos 50% de capital americano, está baseada nos EUA e usa trabalhadores americanos. Essa é a definição que os chineses estão usando em sua estratégia de compras governamentais, com o objetivo de construir sua própria indústria de alta tecnologia. [No Brasil, a emenda constitucional nº 6 acabou em 1995 com a distinção entre empresas de capital nacional e capital estrangeiro].

FOLHA - Apesar do ativismo estatal, o Estado de bem-estar social diminuiu?

WEISS - Quando olhamos os números da OCDE [Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico, que reúne cerca de 30 países industrializados], vemos que o Estado previdenciário na verdade cresceu.
O gasto total aumentou em média de 26% para 40% do PIB entre 1965 e 2006. E o componente social desse gasto aumentou de 15% para 22% em 30 anos. Houve reestruturações no destino do dinheiro, mas não declínio.

FOLHA - Mas o Estado como produtor recuou, não?

WEISS - Sim, claro. Mas é enganoso ver isso como enfraquecimento do Estado. Quando os serviços eram públicos, qual era o papel do Estado, afinal?
Mandar contas de luz e gás?
Não era exatamente um ator no sentido do desenvolvimento.

FOLHA - A resistência que vemos hoje nos EUA ao envolvimento estatal com o sistema de saúde não é paradoxal?

WEISS - Esse debate mostra que o sistema político americano não legitima um programa civil de tecnologia. O Programa de Tecnologia Avançada, civil, teve vida curta no governo Clinton [1993-2001] e recentemente perdeu seu orçamento.

É principalmente por meio do setor militar que são criadas estruturas híbridas, agências com função de investimento e que não são nem puramente públicas nem privadas em seu comportamento. Elas fazem essas encomendas de alta tecnologia.

FOLHA - E como os produtos chegam ao mercado civil?
WEISS - Não há uma cerca entre a Defesa e o setor civil. A CIA (Agência Central de Inteligência dos EUA), por exemplo, tem seu próprio fundo de investimento e assume participações em empresas privadas. Financia tecnologia que é usada para objetivos militares, mas também tem que ser viável comercialmente.

FOLHA - Que observações a senhora fez sobre a posição do Brasil nesse debate?

WEISS - Foi interessante ouvir outro dia que a política industrial brasileira tem dois pontos problemáticos: a falta de uma política agressiva para a exportação de manufaturados e a política de compras governamentais, que não teria decolado.
Sugiro trazer o caso americano para debate no Brasil. As compras governamentais são um instrumento poderoso de desenvolvimento. O importante é separar as compras ordinárias, como papel e mobília, das encomendas de tecnologia, de algo que ainda não existe.

Nisso você estabelece uma competição entre quem pode produzir tal coisa e como o Estado pode ajudar. Não é só o governo dizendo como deve ser, mas há uma interação.

De um só programa americano, o Small Business Innovation Research Program, de onde vieram nomes como a Microsoft, centenas de firmas receberam financiamento. Não são somas grandes, poderiam ser US$ 750 mil, por exemplo, para levar a tecnologia da fase da ideia na cabeça ao protótipo.

O programa foi lançado em 1982, quando nos EUA temia-se perder a corrida tecnológica para Japão e Alemanha, e envolve muitas agências governamentais, incluindo o Instituto Nacional de Saúde -que faz encomendas ao setor farmacêutico e de biotecnologia-, a Nasa e a Defesa.


https://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi1409200920.htm


Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #4538 Online: 07 de Maio de 2019, 15:42:48 »
Dentre os países da América Latina, Chile é indiscutivelmente o melhor modelo econômico.

Respondido.
Realmente um modelaço a ser seguido.


 B-)

Quais outros países da América Latina você considera como melhores exemplos que Chile?

Argentina? Cuba? Haiti?


Na  AL  as  histórias  no geral  não são muito boas.  Mas,  felizmente  o mundo não se resume só  a AL.   Eu já dei exemplos de quais países considero  que tem mais coisas interessantes a serem seguidas, e não estão na AL.



Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #4539 Online: 07 de Maio de 2019, 15:58:52 »
Cuba e Venezuela certamente não devem ter toda essa desigualdade Chilena que você tanto expõe.



Com relação à Venezuela  você ainda não viu o monte de posts que eu coloquei favoravelmente a  intervenção internacional para derrubar o Maduro ?  Eu escrevi que  poderia até fazer um bloqueio marítimo e aéreo.   Nesta questão eu acho que apoio mais uma intervenção do que o Trump.  Provavelmente  meu pensamento neste caso concorda bastante com o falcão  Bolton. Embora, eu ache que agora o Irã  está começando a pesar cada vez mais e mais.    Se brincar a Venezuela vai até ser esquecida.


 
« Última modificação: 07 de Maio de 2019, 16:02:01 por JJ »

Offline Gigaview

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #4540 Online: 07 de Maio de 2019, 18:49:01 »
O JJ é um incendiário que adora uma fogueira. Só isso...
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Sergiomgbr

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #4541 Online: 07 de Maio de 2019, 18:53:37 »
Para quem espera algo de mais substancial ao se envolver em discussões com esquerdas, a participação de forista esquerdista segue um padrão mais ou menos rígido de retorica espalhafatosa oca e bordões generalizantes. Instados a argumentar, usam todo tipo de subterfúgio mas nao tendo nada de factual para apresentar sempre se esgueiram pela tangente, o que comeca rimbombante, aparentemente demolidor sempre se mostra um amontoado de desditas, onomatopeias pífias e desconexas se muito, no fim.
« Última modificação: 07 de Maio de 2019, 19:00:03 por Sergiomgbr »
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Sergiomgbr

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #4542 Online: 07 de Maio de 2019, 19:11:23 »
Pensando bem, parece muito com uma,sindrome de Tourette: Fascista! Ele não! Racista! Homofóbico! Neoliberal! Abaixo a ditadura! Golpista!  Golpistas não passarão! Putz grila.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Gigaview

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #4543 Online: 07 de Maio de 2019, 19:37:18 »
"Da boca de Olavo de Carvalho só saem três coisas: merda, palavrão e fumaça!" (by José Simão)
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Cinzu

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #4544 Online: 07 de Maio de 2019, 19:39:36 »
Citar
Depois de polêmicas com Vingadores, ministro assina cota para filmes nacionais
Legislação que regimenta redes de cinema havia sido extinta em 2017

O ministro da Cidadania, Osmar Terra, que tem em suas mãos a Secretaria Especial da Cultura, assinou na última segunda (6) um documento que aprova a cota de telas, ou seja, obriga cinemas brasileiros a exibirem uma porcentagem de produções nacionais anualmente. A medida foi decretada logo após a controvérsia com o filme Vingadores: Ultimato — que ocupou mais de 80% das salas de cinema do Brasil em sua semana de estreia, gerando amplas discussões sobre monopólios e práticas predatórias no mercado cinematográfico.

Em resposta à Folha de S. Paulo, a assessoria do ministério confirmou a assinatura do decreto, mas não informou a quantidade de dias que cada cinema será obrigado a exibir longas nacionais, nem a quantidade de salas que cada filme deve ser disponibilizado. A regra deve ser publicada no Diário Oficial da União ainda nesta semana com detalhes relacionados aos valores. Após a publicação, o documento ainda precisa seguir para aprovação na Casa Civil e, só depois, ser encaminhado para o presidente Jair Bolsonaro assinar.

Durante 16 anos, o Brasil teve uma cota de telas vigente que estabelecia multa de 5% sobre a renda média diária da sala para cada dia que a rede descumprisse a estipulação das cotas. O decreto regulamentado em 2001, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, deixou de ser publicado em 2017, durante a gestão de Michel Temer — fazendo com que não houvessem limitações para exibições de filmes em 2018 e 2019.

A falta de regulamentação no setor fez com que Vingadores: Ultimato ocupasse mais de 80% das salas — retirando o nacional De Pernas Pro Ar 3 de diversos cinemas, mesmo que o longa antes estivesse rendendo bons frutos a sua distribuidora.

A controvérsia fez com que a Agência Nacional do Cinema (ANCINE) convocasse uma reunião na última sexta (3) para tratar do tema. O encontro, porém, não foi nada amigável e terminou em um enorme bate boca entre a cúpula do órgão e o produtor Luiz Carlos Barreto.
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Offline Agnoscetico

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #4545 Online: 07 de Maio de 2019, 19:45:47 »
O principal motivo das universidades públicas gastarem mais na verdade não os supersalários do funcionalismo público. A maior parte desses gastos é com pessoal, incluindo aposentados. E a falta de eficiência com os recursos nas universidades também é decorrência dos superprivilégios e estabilidade de funcionários públicos.

A verdade é que enquanto concursados forem semi-deuses no Brasil, nada público irá funcionar bem, quer seja universidades ou qualquer outro órgão público.

Quando penso em "SUPER"privilégios de funcionários públicos penso logo nos salários MILIONÁRIOS de funcionários como zeladores e professores que não passam nenhum sofrimento com alunos SUPER "comportados' e outras maravilhas.



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Depois de polêmicas com Vingadores, ministro assina cota para filmes nacionais
Legislação que regimenta redes de cinema havia sido extinta em 2017

O ministro da Cidadania, Osmar Terra, que tem em suas mãos a Secretaria Especial da Cultura, assinou na última segunda (6) um documento que aprova a cota de telas, ou seja, obriga cinemas brasileiros a exibirem uma porcentagem de produções nacionais anualmente. A medida foi decretada logo após a controvérsia com o filme Vingadores: Ultimato — que ocupou mais de 80% das salas de cinema do Brasil em sua semana de estreia, gerando amplas discussões sobre monopólios e práticas predatórias no mercado cinematográfico.

Em resposta à Folha de S. Paulo, a assessoria do ministério confirmou a assinatura do decreto, mas não informou a quantidade de dias que cada cinema será obrigado a exibir longas nacionais, nem a quantidade de salas que cada filme deve ser disponibilizado. A regra deve ser publicada no Diário Oficial da União ainda nesta semana com detalhes relacionados aos valores. Após a publicação, o documento ainda precisa seguir para aprovação na Casa Civil e, só depois, ser encaminhado para o presidente Jair Bolsonaro assinar.

Durante 16 anos, o Brasil teve uma cota de telas vigente que estabelecia multa de 5% sobre a renda média diária da sala para cada dia que a rede descumprisse a estipulação das cotas. O decreto regulamentado em 2001, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, deixou de ser publicado em 2017, durante a gestão de Michel Temer — fazendo com que não houvessem limitações para exibições de filmes em 2018 e 2019.

A falta de regulamentação no setor fez com que Vingadores: Ultimato ocupasse mais de 80% das salas — retirando o nacional De Pernas Pro Ar 3 de diversos cinemas, mesmo que o longa antes estivesse rendendo bons frutos a sua distribuidora.

A controvérsia fez com que a Agência Nacional do Cinema (ANCINE) convocasse uma reunião na última sexta (3) para tratar do tema. O encontro, porém, não foi nada amigável e terminou em um enorme bate boca entre a cúpula do órgão e o produtor Luiz Carlos Barreto.

Cotas?

Seria mitação "esquerdista" no ar?



« Última modificação: 07 de Maio de 2019, 19:48:07 por Agnoscetico »

Offline Entropia

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #4546 Online: 07 de Maio de 2019, 19:55:31 »
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Depois de polêmicas com Vingadores, ministro assina cota para filmes nacionais
Legislação que regimenta redes de cinema havia sido extinta em 2017

O ministro da Cidadania, Osmar Terra, que tem em suas mãos a Secretaria Especial da Cultura, assinou na última segunda (6) um documento que aprova a cota de telas, ou seja, obriga cinemas brasileiros a exibirem uma porcentagem de produções nacionais anualmente. A medida foi decretada logo após a controvérsia com o filme Vingadores: Ultimato — que ocupou mais de 80% das salas de cinema do Brasil em sua semana de estreia, gerando amplas discussões sobre monopólios e práticas predatórias no mercado cinematográfico.

Em resposta à Folha de S. Paulo, a assessoria do ministério confirmou a assinatura do decreto, mas não informou a quantidade de dias que cada cinema será obrigado a exibir longas nacionais, nem a quantidade de salas que cada filme deve ser disponibilizado. A regra deve ser publicada no Diário Oficial da União ainda nesta semana com detalhes relacionados aos valores. Após a publicação, o documento ainda precisa seguir para aprovação na Casa Civil e, só depois, ser encaminhado para o presidente Jair Bolsonaro assinar.

Durante 16 anos, o Brasil teve uma cota de telas vigente que estabelecia multa de 5% sobre a renda média diária da sala para cada dia que a rede descumprisse a estipulação das cotas. O decreto regulamentado em 2001, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, deixou de ser publicado em 2017, durante a gestão de Michel Temer — fazendo com que não houvessem limitações para exibições de filmes em 2018 e 2019.

A falta de regulamentação no setor fez com que Vingadores: Ultimato ocupasse mais de 80% das salas — retirando o nacional De Pernas Pro Ar 3 de diversos cinemas, mesmo que o longa antes estivesse rendendo bons frutos a sua distribuidora.

A controvérsia fez com que a Agência Nacional do Cinema (ANCINE) convocasse uma reunião na última sexta (3) para tratar do tema. O encontro, porém, não foi nada amigável e terminou em um enorme bate boca entre a cúpula do órgão e o produtor Luiz Carlos Barreto.

Próximo passo: Cota pra alface em churrascaria.
E também: Cota pra Diesel em postos de gasolina para proteger os caminhoneiros.

Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #4547 Online: 07 de Maio de 2019, 20:03:31 »

A falta de pulso de Bolsonaro


Brasil  07.05.19 07:17

Militares com cargos no primeiro escalão do governo disseram ao Estadão que estão apreensivos com a “falta de pulso” de Jair Bolsonaro para enquadrar seus filhos e Olavo de Carvalho.


Eles disseram também que a situação chegou “no limite” e que só não deixam o governo com receio do que pode acontecer no País.


https://www.oantagonista.com/brasil/a-falta-de-pulso-de-bolsonaro/


Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #4548 Online: 07 de Maio de 2019, 20:07:58 »

A renúncia de Moro


Brasil  03.05.19 08:33


Sergio Moro, como publicamos mais cedo, chegou a falar com assessores sobre a possibilidade de renunciar ao cargo.

Segundo a Crusoé, embora tema as consequências políticas de uma eventual pedido de demissão de Moro, sempre que pode Jair Bolsonaro bate o pé para dizer que ele é quem manda, deixando clara a mensagem de que sombras não são bem-vindas.


https://www.oantagonista.com/brasil/a-renuncia-de-moro/


Offline Geotecton

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #4549 Online: 07 de Maio de 2019, 20:16:15 »
Tomara que o Moro renuncie.
Foto USGS

 

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