Autor Tópico: Governo Bolsonaro  (Lida 112648 vezes)

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Offline Marciano

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6250 Online: 13 de Setembro de 2019, 23:00:20 »
A violência contra professores no Brasil

País é líder em ranking da OCDE sobre violência nas escolas. No município do Rio, um professor é licenciado a cada três horas por doenças ligadas ao estresse. Especialistas defendem plano para convivência escolar.Após 20 anos de magistério, Paulo Rafael Procópio, de 62 anos, irá abandonar a profissão. A decisão foi tomada no fim de fevereiro deste ano, após ele ter sido agredido por um estudante de 14 anos que jogou um caderno em seu rosto e o atingiu com socos. Paulo lecionava em uma escola estadual em Lins - município paulista com menos de 80 mil habitantes, que registrou outros dois casos de agressão física contra professores em menos de uma semana. A sequência de casos na região reabre o debate sobre um grave problema do contexto educacional brasileiro.

12,5% dos professores dizem ser vítimas de agressões verbais ou de intimidação de alunos ao menos uma vez por semana

O país lidera um ranking de violência nas escolas elaborado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), com mais de 100 mil professores e diretores de escola do segundo ciclo do Ensino Fundamental e do Ensino Médio (alunos de 11 a 16 anos). O levantamento considera dados de 2013, quando 12,5% dos professores brasileiros ouvidos relataram ser vítimas de agressões verbais ou de intimidação de alunos ao menos uma vez por semana. A média entre os 34 países pesquisados é de 3,4%. O Brasil é seguido por Estônia (11%) e Austrália (9,7%).

Além das agressões físicas e verbais, as condições de trabalho são muito estressantes em algumas regiões. No caso do Rio de Janeiro, por exemplo, professores convivem com confrontos armados nos arredores das escolas onde trabalham e ameaças recorrentes de estudantes e familiares.

As consequências dessa realidade para os profissionais da educação são graves. Em 2018, a Secretaria Municipal de Educação concedeu 3.055 licenças por doenças como transtorno ou reação ao estresse, depressão e esquizofrenia - o que equivale a uma licença a cada três horas. O número corresponde a 8% do quadro de professores do município.

O quadro é extremamente complexo e envolve causas de diferentes naturezas. Porém, especialistas ouvidas pela DW Brasil apontam uma relação fundamental entre a violência e a ausência de uma política de convivência escolar no Brasil. Sem um plano que oriente as escolas a prevenir e lidar com o problema, fica-se refém de iniciativas pontuais, que dependem da presença de gestores específicos e podem não ter continuidade, apontam.

A pesquisadora Telma Vinha, professora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Moral (GEPEM), alerta para o fato de que os estudos sobre a violência contra professores costumam agrupar casos de agressões verbais e físicas, como é o caso do ranking da OCDE.

"A violência contra professores tem que chocar mesmo, é inadmissível. Mas não é tão frequente como as pessoas colocam. O dado também inclui agressões verbais. Não dá para por as duas coisas no mesmo balaio. Às vezes, o aluno reage com um palavrão a algo dito pelo professor. É claro que não poderia falar desse jeito, mas é bem diferente de agredir fisicamente. Alunos que agem assim são ofensivos, mas, por vezes, levam a linguagem que usam cotidianamente entre os pares para a sala de aula", avalia.

Um estudo realizado pela pesquisadora Maria Díaz-Agudo na Espanha, em 2015, mostrou que havia características comuns entre os alunos que admitiam ter cometido agressões físicas e verbais contra professores, a maioria meninos entre 12 e 14 anos: múltiplas situações de risco e ausência de proteção; problemas acadêmicos e dificuldades na aprendizagem; maiores taxas de repetência; maior número de faltas sem justificativa e o recebimento de punições com maior frequência.

De acordo com a professora da Unicamp, levantamentos realizados no Brasil revelam um perfil bem semelhante dos jovens que cometem esse tipo de ação violenta. Ela cita como exemplo o estudante de 15 anos que, em agosto de 2017, agrediu a professora Marcia Friggi, em Santa Catarina.

Tratava-se de um adolescente com histórico de violência familiar, que via o pai chegar alcoolizado em casa com frequência e havia sido espancado por ele mais de uma vez. Na ocasião, ele já realizava trabalhos comunitários por ter agredido colegas e era medicado contra ataques de raiva. Além disso, o rapaz apresentava histórico de uso de drogas.

"Chama atenção o fato de que esses alunos são bem conhecidos dos educadores. A relação de suas famílias com a escola é menos frequente. Geralmente, os responsáveis não querem mais ouvir que o filho é agressivo, pois já não sabem o que fazer sobre isso. Se a escola sabe desse perfil, é possível atuar de outra forma", afirma Telma.

Medidas para melhorar a convivência escolar

São diversas as ações apontadas pela pesquisadora como possíveis medidas para melhorar a convivência escolar. Ela lembra que ações coercivas mais duras, como a expulsão do jovem, não irão impedir que ele reproduza o comportamento em outros ambientes. As medidas sugeridas incluem organizar assembleias em salas de aula em que os conflitos possam ser permanentemente trabalhados e envolver os estudantes na elaboração e aplicação de regras.

No estudo realizado na Espanha, foi observado que mais da metade dos jovens que agrediram fisicamente seus professores alegam ter sido agredidos por eles, inclusive fisicamente. O dado revela uma percepção distorcida das ações praticadas por esses estudantes e da assimetria na relação de sala de aula.

Essa característica é associada a uma dificuldade de regulação da raiva, que leva a ações mais impulsivas. Por isso, a atitude de confrontação pode ser um dos principais gatilhos para a violência nesses casos — como uma ordem para que o aluno se retire de sala.

Nesse sentido, a ausência do debate sobre convivência escolar na formação dos professores representa um grande desafio. Na Faculdade de Educação da Unicamp, referência na formação de professores, não há uma disciplina sequer que trabalhe o tema das relações interpessoais.

A ausência desse debate também foi observada nas pesquisas conduzidas pela socióloga Miriam Abramovay, coordenadora da Área de Estudos e Políticas sobre a Juventude da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), que há duas décadas estuda o tema da violência no ambiente escolar.

"A forma de ver quem são os adolescentes e jovens que estão nas escolas não foi repensada, tampouco a forma como nós vamos responder aos seus anseios", analisa.

Buscando contribuir para suprir a lacuna detectada na formação dos professores, a Flacso lançou recentemente um curso online de um ano e meio sobre juventude, adolescência, violência nas escolas, sexualidade e drogas, voltado a professores e outros profissionais da área de educação.

Uma experiência recente organizada pela Flacso em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostrou o potencial dessa iniciativa. Em Teresina (Piauí), um formato mais simples do curso foi oferecido de forma presencial a educadores e guardas municipais.

O objetivo, segundo Abramovay, é fazer com que esses profissionais possam olhar para a escola de forma mais científica, saindo do senso comum. "É impressionante como eles descobrem outro mundo, uma escola que não imaginavam", conta.

Abramovay lamenta, ainda, que as políticas públicas não considerem a relação entre o tema da convivência escolar e indicadores de desempenho.

"Quando acontecem casos de violência, não só o professor se prejudica pessoalmente, como também a escola e todos os alunos. Há consequências na aprendizagem, evasão e repetência. O clima escolar é fundamental para termos escolas de melhor qualidade, que é nossa discussão essencial. Tenho a impressão de que só uma política pública de convivência escolar pode melhorar esse problema", opina.

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https://www.terra.com.br/noticias/brasil/a-violencia-contra-professores-no-brasil,fe646b068f66bae69f23f9c52647ecc51mckrw01.html
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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6251 Online: 13 de Setembro de 2019, 23:01:47 »
Brasil lidera índice de violência contra professores. O que podemos fazer?

Os casos de violência contra professores dentro das escolas seguem cada vez mais frequentes no país e apontam para as consequências na saúde física e emocional de profissionais da Educação
POR:
Ana Carolina C D'Agostini
05 de Junho | 2019

Crédito: Getty Images
Somente na última semana, a imprensa e as redes sociais noticiaram diversos casos de agressões físicas contra professores brasileiros. Em uma das ocorrências, sete alunos em uma escola estadual em Carapicuíba arremessaram livros e carteiras em uma professora. Em outro, a mãe de um aluno agrediu fisicamente uma professora na saída da escola.

De acordo com dados de uma pesquisa feita pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sobre violência em escolas com mais de 100 mil professores, o Brasil lidera o ranking de agressões contra docentes. Dentre os professores ouvidos, 12,5% afirmaram ser vítimas de agressões verbais ou intimidações de alunos. Em São Paulo, segundo levantamento feito pela GloboNews, o número de agressões a professores cresceu 73% em 2018 em relação ao ano anterior. Já dados divulgados sobre uma pesquisa feita pelo Sindicato dos Professores de São Paulo apontam que mais da metade dos docentes da rede estadual de ensino afirmam já ter sofrido algum tipo de agressão, sendo a mais comum a agressão verbal (44%), seguida por discriminação (9%), bullying (8%), furto/roubo (6%), e agressão física (5%).

LEIA MAIS   Como promover a cultura de paz nas escolas

Cultura de paz nas escolas
A violência no ambiente escolar ocorre de diversas formas, seja pelo bullying ou por manifestações mais extremas como na tragédia da Raul Brasil, em Suzano. A violência contra professores é mais uma forma de violência que, infelizmente, parece normalizada pela falta de debate ou de propostas práticas para lidar com o problema.

Quando nos deparamos com qualquer tipo de manifestação de violência na escola, surge a pergunta: mas, afinal, de quem é a culpa? Da família ou da escola? É complexo responder a perguntas como essas justamente por não haver uma única resposta. A educação de um indivíduo se dá principalmente de três formas: pela família, responsável pela socialização primária, pela escola, local onde a criança passa a conhecer a vida coletiva, e pela sociedade, com suas múltiplas influências culturais e sociais. Portanto, não se trata de responsabilizar uma ou outra, mas sim de reconhecer os diferentes papéis de cada uma e atuar em parceria para que de forma intencional tenhamos como base o convívio social pacífico, o respeito, o olhar atento para manifestações preocupantes relacionadas à saúde mental, o aprendizado sobre como resolver os nossos conflitos, e a capacidade de reconhecer as nossas emoções para que saibamos reagir a elas sem violência verbal ou física. Além disso, o poder público deve oferecer propostas e subsídio financeiro para o desenvolvimento de projetos voltados à cultura de paz nas escolas e apoiar o diagnóstico sobre a cultura escolar em diferentes insituições para que, assim, medidas preventivas possam ser adotadas.

LEIA MAIS   8 respostas sobre violência e clima escolar

Impactos na saúde física e emocional
As consequências da violência contra professoras e professores brasileiros são preocupantes. Em 2018, a Secretaria Municipal de Educação emitiu 3.055 licenças por doenças relacionadas ao estresse e à depressão. No município do Rio de Janeiro, por exemplo, um professor é licenciado a cada três horas por doenças ligadas ao estresse.

Uma equipe de pesquisadores do Grupo de Estudos Interdisciplinar sobre Violência (Greivi) da Universidade de São Paulo (USP) elaborou uma cartilha gratuita sobre violência escolar que orienta profissionais a lidar com o problema. O material aponta os principais impactos da violência escolar na saúde:

- Sintomas psicossomáticos como dores de cabeça, tontura, náusea, diarreia, enurese, sudorese, taquicardia, dores musculares, alterações no sono (insônia ou sono excessivo)

- Estresse que pode aumentar a vulnerabilidade a doenças diminuindo a resistência imunológica

- Questões de saúde mental como ansiedade, medo, raiva, irritabilidade, inquietação, cansaço, insegurança, isolamento, impotência, rejeição, tristeza, angústia, baixa autoestima, depressão e pensamentos suicidas, entre outros

- Prejuízo na socialização, aumentando o isolamento social, gerando insegurança que pode afetar a confiança no outro, a capacidade de se expressar em público, de resolver conflitos e tomar decisões.

O material cita a implementação de projetos em uma escola de Ribeirão Preto, no interior paulista, para desenvolver autoestima, tolerância e cooperação entre estudantes. A escola foi escolhida devido ao alto índice de violência no local e às dificuldades no processo de ensino-aprendizagem. A cartilha apresenta ainda a importância de adotar medidas preventivas contra a violência, que embora sejam focadas nos alunos, impactam o clima escolar como um todo e promovem de maneira positiva mais saúde mental nas instituições de ensino.

O tema de violência nas escolas é complexo e multifatorial. Poderíamos estender o debate a respeito das condições de risco e vulnerabilidade em que se encontram inúmeras escolas brasileiras. Analisar a fundo o impacto das condições familiares de alunos que apresentam comportamento violento, e refletir sobre os aspectos psicológicos relacionados à impulsividade e à regulação da raiva em adolescentes. Contudo, embora sejam todos temas relevantes, é inaceitável que a escola seja palco de violência contra o professor. Seja moral, pela intimidação desses profissionais, ou física, como lamentavelmente seguimos liderando rankings internacionais.

 

Ana Carolina C D'Agostini é psicóloga e pedagoga com formação pela PUC-SP, especialização em psicologia pela Universidade Federal de São Paulo e mestre em Psicologia da Educação pela Columbia University. Trabalha como consultora de projetos em competências socioemocionais e é consultora do projeto de Saúde Emocional da Nova Escola.


https://novaescola.org.br/conteudo/17609/brasil-lidera-indice-de-violencia-contra-professores-o-que-podemos-fazer
« Última modificação: 13 de Setembro de 2019, 23:50:05 por Marciano »
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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6252 Online: 13 de Setembro de 2019, 23:02:49 »
Pesquisa Drogas nas Escolas
O livro Drogas nas escolas analisa as representações de alunos, professores, diretores, membros corpo técnico-pedagógico das escolas e pais sobre o envolvimento dos jovens com drogas e suas repercussões no cotidiano escolar.

A pesquisa foi realizada em escolas públicas e privadas de 13 capitais (Manaus, Belém, Fortaleza, Recife, Maceió, Salvador, Vitória, Rio de Janeiro,  São Paulo, Florianópolis, Porto Alegre, Cuiabá e Goiânia) e do Distrito Federal.

Foram entrevistados 50.049 alunos, 3.099 membros do corpo técnico-pedagógico e 10.225 pais de alunos. A amostra de alunos é probabilística, de forma que as inferências podem ser generalizadas para o universo de 4.633.301 alunos das capitais selecionadas.

Analisa-se na pesquisa a concepção do que é droga, quais são mais conhecidas e consumidas entre os jovens, as peculiaridades referentes ao uso e à concepção sobre drogas lícitas e ilícitas.

Com relação à presença de drogas dentro da escola, a comparação dos dados referentes a esses atores mostra que o número de alunos que afirmam ter presenciado o uso de drogas na escola é duas vezes superior ao de membros do corpo técnico-pedagógico: 23,1% (1.070.393) dos alunos dizem existir drogas nas escolas ante a 10,8% (338) dos professores constatam o mesmo. No que toca aos pais, uma média de 3,4% (454) fez tal afirmação.

Considerando diversas variáveis - reprovação, expulsão e transferência escolar -, o estudo mostra que existe uma dissociação entre o consumo de drogas ilícitas e o rendimento escolar.

Os resultados do estudo mostram que a busca de soluções para o problema das drogas não pode ser associada somente à adoção de medidas unívocas e de caráter repressivo - como a instalação de câmaras e detectores de metais nas escolas. Deve-se desenvolver estratégias de prevenção de longo prazo com o apoio da escola, da família e da comunidade, associadas às instituições governamentais.

A criação de "escolas protetoras", o que requer investimento de qualidade na formação e no aperfeiçoamento dos professores em várias áreas (inclusive em temas relativos às drogas), em programas que enfatizem atividades culturais e lúdicas e na ampliação das oportunidades para os jovens em diversos campos.

Esta obra impressa se encontra esgotada na Representação da UNESCO no Brasil. Como a mesma foi largamente distribuída em variadas localidades brasileiras, para universidades federais, bibliotecas públicas e universitárias e várias entidades governamentais federais, estaduais e municipais, sugerimos que se dirija a alguma destas instituições para poder ter acesso a esta publicação. Mas a publicação se encontra disponível em pdf para donwload gratuito:

http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/about-this-office/unesco-resources-in-brazil/studies-and-evaluations/violence/drugs-in-schools/
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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6253 Online: 13 de Setembro de 2019, 23:04:49 »
Drogas nas escolas

Uma ação policial trouxe à tona mais um perigoso problema que a sociedade terá que enfrentar, sem meias verdades, na proteção dos nossos jovens estudantes: as drogas adentraram em algumas escolas e estão sendo vendidas para quem quiser consumir. A preocupação é tamanha que as técnicas pedagógicas não estão dando resultados, a ponto de retrair o consumo, e diretores de colégios pedem que a polícia entre em cena para colocar ordem na situação.

Há notícias que alunos uniformizados da própria escola, oferecem sem o menor pudor drogas aos seus colegas, desrespeitando, e por vezes ameaçando, inspetores e professores que se opõem a ação. De mãos atadas, diretores mais corajosos buscam uma saída tanto para preservar o regular andamento da rotina escolar quanto não contaminar aqueles alunos que só querem aprender.

Nesse contexto, aconteceu esse significativo trabalho policial realizado nas imediações de uma prestigiada escola pública do Rio de Janeiro, onde jovens de 12 a 16 anos foram encontrados na posse de substância entorpecente, tudo exemplarmente acompanhado pelo Conselho Tutelar (órgão público encarregado de zelar pela observância dos direitos das crianças e adolescentes).

Devido ao quase ineditismo da ação, de relevância ímpar pelo contexto social em que vivemos com a expansão da distribuição e a facilidade que as drogas são comercializadas, causou um alvoroço no pedaço, chamando a atenção de quem passava. Alguns curiosos chegaram a acompanhar pelos seus smartphones, alegando transparência e liberdade de ação. Contudo, impende destacar que filmar, fotografar, e divulgar imagens de crianças ou adolescentes envolvidas em ato infracional é proibido por lei.

Vale ressaltar que o uso de substâncias entorpecentes na adolescência é bastante prejudicial à saúde e os danos podem ser irreparáveis. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os efeitos podem gerar problemas coronarianos, deficiência na memória e aprendizado, depressão, bronquites, derrames, paranóias, enfim uma enormidade de consequências nocivas.

Todavia, o que mais espantou a tiragem participante do trabalho foi a posição de alguns pais que estiveram nas dependências policiais. Enquanto a maioria dava um sabão no menor e procurava conscientizar para o mal que estava fazendo a si próprio, o que era admirado de longe, outros aparentavam não estar nem aí para o fato do filho ter sido pego com drogas, deixando a impressão de ser a coisa mais natural do planeta.

Controvérsias à parte, esse momento é difícil, quando muitos pais, professores e diretores se perguntam sobre o que fazer. A resposta não é tão simples. O fato é que devemos sempre buscar a prevenção com a difusão de informações sobre os malefícios das drogas para gerar a conscientização e frisar que a juventude pode ser curtida sem elas.

Na outra ponta, tentar cada vez mais se aproximar, conhecer, conversar, e ser amigo dos jovens para que qualquer mudança de comportamento seja de pronto observada, visando a correção de rumos. Só assim, poderemos salvar nossos filhos, crianças e adolescentes, dessa armadilha maldita.

https://extra.globo.com/casos-de-policia/papo-federal/drogas-nas-escolas-22143702.html
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Offline Marciano

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6254 Online: 13 de Setembro de 2019, 23:07:48 »
Quousque tandem, Sinistris, abutere patientia nostra?
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Offline Sergiomgbr

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6255 Online: 13 de Setembro de 2019, 23:18:03 »
Esses colégios militares são uma fórmula promissora, tem muito potencial.
« Última modificação: 13 de Setembro de 2019, 23:24:07 por Sergiomgbr »
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Marciano

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6256 Online: 13 de Setembro de 2019, 23:31:37 »
Esses colégios militares são uma fórmula promissora, tem muito potencial.

Na pior das hipóteses, são melhores do que a Pátria Educadora do PT.

https://pt.org.br/tag/patria-educadora/


Seria essa "pátria educadora" preconizada pelo PT a tal "juventude de Lula"?
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Offline Marciano

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6257 Online: 13 de Setembro de 2019, 23:34:14 »


Impensável que uma análoga "juventude de Lula" não causasse um escândalo incomparável.

Parece que já foi pensado.

https://pt.org.br/tag/patria-educadora/

Só não tinha nome. Quer dizer, não tem, porque o modelo ainda existe. Alive and kicking.
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Offline Marciano

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6258 Online: 13 de Setembro de 2019, 23:36:14 »
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PT é comprometido em garantir educação de qualidade a todos, diz Rui Falcão
Durante o Ato Nacional pela Educação, o prefeito de São Paulo (SP), Fernando Haddad, afirmou que o PT foi o “partido que governou com mais foco na educação”


https://pt.org.br/pt-e-comprometido-em-garantir-educacao-de-qualidade-a-todos-diz-rui-falcao/

Depende do que se queira dizer com "educação".
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Offline Marciano

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6259 Online: 13 de Setembro de 2019, 23:38:58 »
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A escola e o ensino, segundo os comunistas, devem ser permanentemente controlados para evitar a infiltração de resíduos e concepções burguesas. É esse o objetivo da educação marxista: formar consciências comunistas. E isso, como é obtido?

Para o marxismo, a prática tem prioridade sobre o conhecimento e é o fundamento deste. Essa é uma tese de Marx, que seus epígonos não hesitaram em manter e que é a própria base do marxismo: a primazia da praxis sobre o conhecimento, da ação sobre a doutrina e do fazer sobre o ser.

A conseqüência imediata dessa tese no ensino é a de que, para o marxismo, educar não é pôr em contato com a verdade e sim com a prática. Mao-Tsetung afirmou que uma das características do materialismo dialético "é o seu caráter prático; sublinha a independência da teoria à prática; que a prática é a base da teoria; que o critério da verdade nada mais é que a prática social".

A educação e o ensino, para o marxismo, devem realizar, na prática, a vinculação do homem ao sentido da história. A educação é necessária, seu significado e sua tarefa consistem em provocar a máxima aceleração no processo histórico e em tornar possível a transformação da consciência dos homens.
Para o marxismo, a única forma possível de educar consiste em lograr que, consciente e livremente - falamos da liberdade marxista - a educação se realize, por contradições sucessivas, na natureza e na história; a educação marxista deve ser interpretada como acomodação. A educação é uma atividade acomodadora à situação revolucionária. Educar é socializar.

Para o marxismo, o professor desempenha um papel importante, e é fundamental que o ensino esteja em mãos de mestres ideologicamente doutrinados e capacitados para acender a chispa da consciência comunista em seus alunos e, ademais, além de uma formação adequada deve ter, acima de tudo, uma consciência política. A escola e o ensino, segundo os comunistas, devem ser permanentemente controlados para evitar a infiltração de resíduos e concepções burguesas.
É esse o objetivo da educação marxista: formar consciências comunistas. E isso, como é obtido?

O procedimento varia, segundo as circunstâncias; não é o mesmo quando o partido comunista esteja no poder, ou quando ainda não tenha conseguido a tomada do poder. Quando domina a sociedade todos sabem como opera, e, no outro caso?

Em primeiro lugar devemos ter em mente que o marxismo não trata de melhorar nada, e sim fazer uma transformação total, face ao seu próprio caráter dialético. A crítica do marxismo a toda injustiça real ou a toda situação que se apresente como injusta, ou que se faça passar como tal, não tem por finalidade restabelecer a justiça ou melhorar as coisas em seu real e mais amplo sentido, e sim inserir o homem na dialética, lograr que os homens aceitem sua vinculação ao processo dialético, que é no que consiste o progresso para o marxismo.

O marxismo não se preocupa com o proletariado porque este esteja oprimido ou porque seja débil e sim na medida em que é ou pode tornar-se uma força, e quanto mais proletários existirem maior será sua força como classe revolucionária e mais próximo e possível estará o socialismo.

O objetivo confesso dos marxistas é a tomada do Poder pela classe trabalhadora. Isso, todavia, não significa que nada se possa fazer antes de o Poder passar às mãos dessa classe. A luta pela educação tem uma importância fundamental, pois sem a dedicação a essa luta não podem tomar forma e desenvolver-se os meios para tornar possível a ofensiva final, nem a ideologia que sustenta essa luta. Qualquer avanço no progresso educativo poderá vir, afinal, auxiliar o desenvolvimento da consciência de classe da classe trabalhadora.

Daí a importância e o perigo do ensino do marxismo nos centros escolares da sociedade em que este ainda não tenha assumido o poder. Perigo mais latente e real hoje, quando os ensinamentos de Gramsci, de tomada não-violenta e indolor do Poder pretende chegar ao final da história - o comunismo - por meio da conquista da sociedade civil, o que tornará possível a subseqüente conquista do Estado. Isto é, a conquista da sociedade civil como prelúdio da conquista da sociedade política. Ou seja, antes de tomar o poder é preciso conquistar a cultura, segundo a terminologia gramscista.
Exemplo clássico de derrota do marxismo por não possuir a hegemonia na sociedade civil foi a sofrida por Allende, no Chile. Daí a tática comunista adaptada à lição recebida. Uma vez conquistada a cultura, o caminho estará livre à implantação do socialismo.

Gramsci, ideólogo marxista-leninista italiano, falecido na década de 30, e seus seguidores, descartam, por esse motivo, a violência revolucionária - que, no entanto, admitem em último extremo - e dão mais importância à educação levada a cabo pelos intelectuais, considerando-a o principal fator revolucionário. Dessa forma, pretende-se evitar que a forte personalidade da sociedade civil nos países ocidentais se rebele contra um governo revolucionário, levando-o a fracassar, como ocorreu no Chile em 1971-1973.

Ainda Gramsci: "É impossível que uma luta política possa culminar em verdadeiros resultados se não vem acompanhada de uma revolução, de uma reforma intelectual e moral, se não se modifica a mentalidade das pessoas e, por conseguinte, a superestrutura da sociedade. Por isso, o problema da revolução é também um problema de educação. (...) É necessário que o fato revolucionário apareça não somente como um fenômeno de Poder, e sim, também, como um fenômeno de costume, como um fato moral, o que implica, necessariamente, numa radical transformação das mentalidades".

Daí a importância da Escola - na qual a política, a cultura e a pedagogia estão indissoluvelmente unidas - que poderá vir a cumprir, com relação aos jovens, o mesmo fim que um partido político.

Por tudo isso, ainda segundo Gramsci, "a difusão, desde um centro hegemônico - a Escola -, de um modo de pensar homogêneo, é a condição principal para a elaboração de uma consciência coletiva".

Direção, organização da cultura, centro hegemônico, modo de pensar homogêneo, consciência coletiva, escola unitária, tudo isso é destinado a impor e a lograr que se assimile a filosofia da práxis, isto é, o marxismo, pela sociedade civil.
No fundo, no fundo, nada mudou. Trata-se da instrumentalização da cultura e do ensino para atingir o objetivo visado pelo marxismo: a submissão do homem mediante a submissão da inteligência.

Volodia Valentin Teitelboim Volosky, advogado, político, escritor e intelectual, Secretário-Geral do Partido Comunista Chileno de 1988 a 1995, referiu-se a esse tema na Revista Internacional nº 1-1982: "A cultura é uma vaga e prestigiosa palavra em razão da qual, a seu juízo, os povos e as nações conservam, continuam e até superam seu passado, Porém, quem controlar a cultura e sua base imprescindível, a educação, poderá não só definir retrospectivamente o acontecido como também controlar o futuro. O amanhã se encontra nas mãos e no cérebro daqueles que estão sendo educados hoje".
 
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6260 Online: 14 de Setembro de 2019, 11:18:22 »


Impensável que uma análoga "juventude de Lula" não causasse um escândalo incomparável.

Parece que já foi pensado.

https://pt.org.br/tag/patria-educadora/

Só não tinha nome. Quer dizer, não tem, porque o modelo ainda existe. Alive and kicking.

Foi o slogan do governo no segundo mandato de Dilma, um pouco antes de cortes nos gastos em educação.

Acho que o mais próximo de juventude Lulista talvez sejam as escolas do MST. No Brasil. Na Venezuela é capaz de haver algo mais próximo, já que há o chavo-madurismo domina o estado completamente.


Citar

...

Segundo a iniciativa, a educação militar passaria a ser implementada em creches, escolas e universidades públicas e privadas.

...

Primeiro, será orientado “a fortalecer a unidade cívico-militar em relação à ética [...] e o conceito de guerra popular prolongada”. Também serão fortalecidos os princípios de patriotismo. Tudo em coordenação com o sistema educacional, e um comitê constituído por três ministros e um comandante militar se encarregarão de velar por sua elaboração e aplicação.

...


No documento do Ministério da Defesa, o aspecto ideológico também é levado em consideração. [...]

https://oglobo.globo.com/mundo/venezuela-estuda-incluir-educacao-militar-no-curriculo-escolar-13540056
























Citação de: de algum site que o forista teve vergonha de identificar
Para o marxismo, o professor desempenha um papel importante, e é fundamental que o ensino esteja em mãos de mestres ideologicamente doutrinados e capacitados para acender a chispa da consciência comunista em seus alunos e, ademais, além de uma formação adequada deve ter, acima de tudo, uma consciência política. A escola e o ensino, segundo os comunistas, devem ser permanentemente controlados para evitar a infiltração de resíduos e concepções burguesas.
É esse o objetivo da educação marxista: formar consciências comunistas. E isso, como é obtido?

Citação de: Karl Marx
Critique of the Gotha Programme [...]

Citar
B. "The German Workers' party demands as the intellectual and ethical basis of the state:
"1. Universal and equal elementary education by the state. Universal compulsory school attendance. Free instruction."

"Equal elementary education"? What idea lies behind these words? Is it believed that in present-day society (and it is only with this one has to deal) education can be equal for all classes? Or is it demanded that the upper classes also shall be compulsorily reduced to the modicum of education — the elementary school — that alone is compatible with the economic conditions not only of the wage-workers but of the peasants as well?

"Universal compulsory school attendance. Free instruction." The former exists even in Germany, the second in Switzerland and in the United States in the case of elementary schools. If in some states of the latter country higher education institutions are also "free", that only means in fact defraying the cost of education of the upper classes from the general tax receipts. Incidentally, the same holds good for "free administration of justice" demanded under A, 5. The administration of criminal justice is to be had free everywhere; that of civil justice is concerned almost exclusively with conflicts over property and hence affects almost exclusively the possessing classes. Are they to carry on their litigation at the expense of the national coffers?

This paragraph on the schools should at least have demanded technical schools (theoretical and practical) in combination with the elementary school.

"Elementary education by the state" is altogether objectionable. Defining by a general law the expenditures on the elementary schools, the qualifications of the teaching staff, the branches of instruction, etc., and, as is done in the United States, supervising the fulfillment of these legal specifications by state inspectors, is a very different thing from appointing the state as the educator of the people! Government and church should rather be equally excluded from any influence on the school. Particularly, indeed, in the Prusso-German Empire (and one should not take refuge in the rotten subterfuge that one is speaking of a "state of the future"; we have seen how matters stand in this respect) the state has need, on the contrary, of a very stern education by the people.

But the whole program, for all its democratic clang, is tainted through and through by the Lassallean sect's servile belief in the state, or, what is no better, by a democratic belief in miracles; or rather it is a compromise between these two kinds of belief in miracles, both equally remote from socialism.

[...]

https://www.marxists.org/archive/marx/works/1875/gotha/ch04.htm

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6261 Online: 14 de Setembro de 2019, 11:32:44 »
Eu não sei se essas escolas são uma boa ou má ideia, mas as atuais escolas, em que alunos andam armados, usam drogas, fazem sexo e agridem professores em suas dependências precisam ser mudadas. Esta situação atual é impensável!

E se supõe que isso vá ser mudado criando escolas de elite, excludentes, a um custo mais elevado, e desempenho inferior pelo investimento?

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/novaescola/2019/09/escola-civico-militar-e-apenas-pensamento-magico-do-bolsonarismo.shtml

https://g1.globo.com/educacao/noticia/2019/09/05/escola-civico-militar-veja-perguntas-e-respostas-sobre-o-modelo-defendido-pelo-governo-bolsonaro.ghtml

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6262 Online: 14 de Setembro de 2019, 11:59:29 »
Esses colégios militares são uma fórmula promissora, tem muito potencial.

"Esses colégios militares tem um efeito emocional positivo em mim, e isso dispensa qualquer análise mais aprofundada."

Offline Sergiomgbr

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6263 Online: 14 de Setembro de 2019, 12:07:42 »
Falou e disse, meu chapa.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6264 Online: 14 de Setembro de 2019, 13:50:09 »
Governo quer 216 escolas cívico-militares e Bolsonaro defende imposição do modelo.


Adesão

Mesmo que o programa tenha adesão total, vai atingir apenas 0,15% das 141 mil escolas públicas brasileiras. Em julho, o MEC divulgou a meta de criar 108 escolas cívico-militares em regiões mais carentes, com o lançamento de uma carta de compromissos para a educação básica. Ao destacar que essa meta foi dobrada, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, ressaltou que pretende terminar o mandato com 10% das escolas do País sob essa gestão, sem indicar, porém, o número de estabelecimentos atingidos.


https://educacao.uol.com.br/noticias/agencia-estado/2019/09/06/governo-quer-216-escolas-civico-militares-e-bolsonaro-defende-imposicao-do-modelo.htm



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Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6265 Online: 14 de Setembro de 2019, 13:54:21 »
Estudantes de colégios militares custam três vezes mais ao País


Exército gasta R$ 19 mil ao ano por aluno e rede pública, R$ 6 mil; modelo defendido por Bolsonaro é considerado de alto custo e elitista


Renata Cafardo e Roberta Jansen, O Estado de S.Paulo


Cada aluno de colégio militar custa ao País três vezes mais do que quem estuda em escola pública regular. São R$ 19 mil por estudante, por ano, gastos pelo Exército nas 13 escolas existentes – que têm piscinas, laboratórios de robótica e professores com salários que passam dos R$ 10 mil. O plano de governo do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) fala que, em dois anos, haveria “um colégio militar em todas as capitais de Estado”. A ampliação desse modelo é a ideia mais repetida pelo presidenciável na área de educação.


O setor público investe, em média, R$ 6 mil por estudante do ensino básico anualmente. Se todos os alunos de 11 a 17 anos estivessem matriculados em instituições militares, seriam necessários R$ 320 bilhões por ano, o triplo do orçamento do Ministério da Educação (MEC).




https://politica.estadao.com.br/noticias/eleicoes,estudantes-de-colegio-militar-custam-tres-vezes-mais-ao-pais,70002473230



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« Última modificação: 14 de Setembro de 2019, 14:00:16 por JJ »

Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6266 Online: 14 de Setembro de 2019, 14:01:45 »
15 DE JULHO DE 2019, 06H30


Bolsonaro corta repasses federais para creches, educação básica, alfabetização e ensino técnico



Dados obtidos por meio de Lei de Acesso da Informação pela Folha de S.Paulo revelam que enquanto planeja construir 108 escolas militares, governo Bolsonaro cortou verbas de projetos de educação básica neste primeiro semestre


Enquanto o ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciava na quinta-feira (11) o projeto de criação de 108 escolas cívico-militares até 2023 como parte de um plano estratégico para a educação básica, escolas de educação em tempo integral, ensino técnico e até mesmo creches estão tendo cortes sucessivos no orçamento neste primeiro semestre de governo Jair Bolsonaro (PSL).


Dados obtidos por meio de Lei de Acesso à Informação, divulgados em reportagem de Paulo Saldaña na edição desta segunda-feira (15) da Folha de S.Paulo, mostra que Bolsonaro esvaziou políticas da educação básica, com cortes de recursos em programas e projetos.

Segundo a reportagem, o fomento para o ensino integral por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) neste semestre foi de R$ 343 milhões, 18% do previsto para todo o programa no ano.

Recursos para creches também foram reduzidos. Até abril, foram pagos R$ 10,3 milhões para a continuidade da construção de unidades municipais por meio do programa Proinfância. O valor representa 13% do executado no mesmo período de 2018.


Nenhum repasse foi feito para as escolas dentro do Mais Alfabetização, criado em 2018 para ações como a adoção de professor extra.


O Brasil Alfabetizado, de bolsas para jovens e adultos, parou. Em 2018 foram atendidos 114 municípios. Neste ano, só um —e por decisão judicial.

Outra prioridade do governo, a educação profissional, passou por esvaziamento sem iniciativas de expansão. O total de alunos no Pronatec caiu 58% de 2018 para 2019.




https://revistaforum.com.br/politica/bolsonaro/bolsonaro-corta-repasses-federais-para-creches-educacao-basica-alfabetizacao-e-ensino-tecnico/


https://www1.folha.uol.com.br/educacao/2019/07/governo-corta-repasse-para-educacao-basica-e-esvazia-programas.shtml?loggedpaywall









« Última modificação: 14 de Setembro de 2019, 14:13:21 por JJ »

Offline JJ

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6267 Online: 14 de Setembro de 2019, 14:17:57 »
Esses colégios militares são uma fórmula promissora, tem muito potencial.

"Esses colégios militares tem um efeito emocional positivo em mim, e isso dispensa qualquer análise mais aprofundada."


Falou e disse, meu chapa.



É  só   bolso zoeira  de um  bolso  fanboy .     :hihi:



Offline montalvão

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6268 Online: 14 de Setembro de 2019, 15:06:47 »
Bolsonaro assume seu viés ditatorial e avisa: grande imprensa é sua inimiga

Mesmo internado, Jair Bolsonaro foi ao twitter na noite de ontem e se apresentou como um projeto de ditador para o Brasil. "Nossa inimiga: parte da GRANDE IMPRENSA. Ela não nos deixará em paz. Se acreditarmos nela será o fim de todos", postou

13 de setembro de 2019, 05:28 h Atualizado em 13 de setembro de 2019, 06:05

247 – Cada vez mais impopular, em razão de seu discurso tosco, que desmoraliza o Brasil no mundo, e de sua incapacidade de produzir bons resultados na economia, Jair Bolsonaro se apresentou, na noite de ontem, como um projeto de ditador para o Brasil, ao avisar que a imprensa é sua maior inimiga. Paradoxalmente, Bolsonaro só se tornou presidente em razão da da participação da imprensa brasileira na construção do discurso de ódio contra a esquerda que viabilizou o golpe de 2016 e também das omissões desta mesma imprensa na campanha presidencial de 2018, em que tudo o que já se sabia sobre Bolsonaro foi omitido da população brasileira. Abaixo, o tweet de Bolsonaro:

- Enquanto lutamos entre nós o inimigo se fortalece.

- Não temos como agradar a todos, vasculham minha vida e de minha família desde 1988, quando me elegi vereador.

- Nossa inimiga: parte da GRANDE IMPRENSA. Ela não nos deixará em paz. Se acreditarmos nela será o fim de todos.

— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) September 13, 2019


Seria de admirar se o Brasil247 (2+4+7=13) publicasse coisa diferente...

Essa postagem está um tanto incongruente: ela abre dizendo que Bolsonaro assume seu viés ditatorial e decreta a grande imprensa inimiga!

Entretanto, o próprio post desmente a si mesmo: no parágrafo seguinte se lê:

"Nossa inimiga: parte da GRANDE IMPRENSA. Ela não nos deixará em paz. Se acreditarmos nela será o fim de todos"

“PARTE da grande imprensa” é bem diferente de “TODA a grande imprensa”...

E, não é verdade que parte da grande imprensa está mesmo na “resistência insana”? Aquela resistência imbecil,  que quer tocar fogo no país e jogar gasolina em cima, só para poder dizer: “não falei que o outro seria melhor?”

Para coroar o festival de tolices, lê-se: “CONSTRUÇÃO DO DISCURSO DE ÓDIO CONTRA A ESQUERDA que viabilizou o GOLPE de 2016 e também das OMISSÕES DESTA MESMA IMPRENSA na campanha presidencial de 2018, em que tudo o que já se sabia sobre Bolsonaro foi omitido da população brasileira”.

Chega a dar dó da pobre esquerda: inocente, pura, sem pecados, incorruptível, difamada e perseguida pela grande imprensa (Folha, UOL... que o digam)  o que ocasionou a eleição do Bolsa! Isso é análise para jacu nenhum botar defeito!

Quando é que a esquerda alienada irá reconhecer que foi ela que enterrou a si mesma? E nessa quase enterra o país junto...

Offline Sergiomgbr

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6269 Online: 14 de Setembro de 2019, 15:15:28 »
Estudantes de colégios militares custam três vezes mais ao País


Exército gasta R$ 19 mil ao ano por aluno e rede pública, R$ 6 mil; modelo defendido por Bolsonaro é considerado de alto custo e elitista


Renata Cafardo e Roberta Jansen, O Estado de S.Paulo


Cada aluno de colégio militar custa ao País três vezes mais do que quem estuda em escola pública regular. São R$ 19 mil por estudante, por ano, gastos pelo Exército nas 13 escolas existentes – que têm piscinas, laboratórios de robótica e professores com salários que passam dos R$ 10 mil. O plano de governo do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) fala que, em dois anos, haveria “um colégio militar em todas as capitais de Estado”. A ampliação desse modelo é a ideia mais repetida pelo presidenciável na área de educação.


O setor público investe, em média, R$ 6 mil por estudante do ensino básico anualmente. Se todos os alunos de 11 a 17 anos estivessem matriculados em instituições militares, seriam necessários R$ 320 bilhões por ano, o triplo do orçamento do Ministério da Educação (MEC).




https://politica.estadao.com.br/noticias/eleicoes,estudantes-de-colegio-militar-custam-tres-vezes-mais-ao-pais,70002473230



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Qual é o retorno obtido aí? Qual o índice de evasão escolar? Quantos alunos fumam maconha na sala de aula ou ja vem emaconhados, alcoooolizados de casa? Quantos professores ganham um sophapho ou perdigotadas em discussões rampeiras em sala de aula? Quanto de dinheiro retorna ao contribuinte pagador de impostos? Qual o custo beneficio?
« Última modificação: 14 de Setembro de 2019, 17:12:02 por Sergiomgbr »
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6270 Online: 14 de Setembro de 2019, 17:00:17 »
Se você EXCLUIR os alunos problemáticos, o resultado em termos de disciplina serão obviamente melhores dentro do conjunto selecionado de alunos. Apesar disso, não conseguem desempenho acadêmico superior, e ainda custam mais.

Tudo isso transferindo o problema que teoricamente resolveriam melhor (disciplina) para as escolas normais, que não tem essa falsa reputação de lidar melhor com esse problema, e são obviamente também deficitárias nisso.

Para a população não tem nenhum ganho, só para o corporativismo militar, e para o governo, que usa iso como propaganda. Pura tapeação. Ao mesmo tempo que reduzem ainda mais os investimentos com as escolas e creches tradicionais.

Parece que a merda que os políticos fazem só se torna visível quando tem a sigla do PT, qualquer coisa passa batido sem isso.

Offline Marciano

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6271 Online: 14 de Setembro de 2019, 20:33:14 »




Citação de: de algum site que o forista teve vergonha de identificar
Para o marxismo, o professor desempenha um papel importante, e é fundamental que o ensino esteja em mãos de mestres ideologicamente doutrinados e capacitados para acender a chispa da consciência comunista em seus alunos e, ademais, além de uma formação adequada deve ter, acima de tudo, uma consciência política. A escola e o ensino, segundo os comunistas, devem ser permanentemente controlados para evitar a infiltração de resíduos e concepções burguesas.
É esse o objetivo da educação marxista: formar consciências comunistas. E isso, como é obtido?

De onde tirou essa ideia absurda?!

Foi mero esquecimento.

Aqui está o site: http://www.puggina.org/

A matéria é esta: http://www.puggina.org/artigo/outrosAutores/educacao-comunista---a-praxis-contra-a-verdad/3175

Vergonha eu teria de citar Brasil 247, Poder 360, etc., como uns e outros têm,  não citado, mas deles transcrito matérias inteiras.

E, como AVISEI antes, foi só para contrabalançar, pois se é permitido ficar transcrevendo matérias de sites petistas, acho que o contrário também pode.

Eu disse isto com todas as letras acima.
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Offline Marciano

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6272 Online: 14 de Setembro de 2019, 20:38:45 »
Eu não sei se essas escolas são uma boa ou má ideia, mas as atuais escolas, em que alunos andam armados, usam drogas, fazem sexo e agridem professores em suas dependências precisam ser mudadas. Esta situação atual é impensável!

E se supõe que isso vá ser mudado criando escolas de elite, excludentes, a um custo mais elevado, e desempenho inferior pelo investimento?

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/novaescola/2019/09/escola-civico-militar-e-apenas-pensamento-magico-do-bolsonarismo.shtml

https://g1.globo.com/educacao/noticia/2019/09/05/escola-civico-militar-veja-perguntas-e-respostas-sobre-o-modelo-defendido-pelo-governo-bolsonaro.ghtml

Onde foi que eu disse isso?

Eu disse, e repito,
Escola cívico-militar é igual a "juventude de Bolsonaro"?

Seria Bolsonaro uma espécie de antítese do luladrão?

Eu não sei se essas escolas são uma boa ou má ideia, mas as atuais escolas, em que alunos andam armados, usam drogas, fazem sexo e agridem professores em suas dependências precisam ser mudadas. Esta situação atual é impensável!

Brasil é #1 no ranking da violência contra professores: entenda os dados e o que se sabe sobre o tema

https://g1.globo.com/educacao/noticia/brasil-e-1-no-ranking-da-violencia-contra-professores-entenda-os-dados-e-o-que-se-sabe-sobre-o-tema.ghtml
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Offline Marciano

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6273 Online: 14 de Setembro de 2019, 20:42:37 »
Governo quer 216 escolas cívico-militares e Bolsonaro defende imposição do modelo.


Adesão

Mesmo que o programa tenha adesão total, vai atingir apenas 0,15% das 141 mil escolas públicas brasileiras. Em julho, o MEC divulgou a meta de criar 108 escolas cívico-militares em regiões mais carentes, com o lançamento de uma carta de compromissos para a educação básica. Ao destacar que essa meta foi dobrada, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, ressaltou que pretende terminar o mandato com 10% das escolas do País sob essa gestão, sem indicar, porém, o número de estabelecimentos atingidos.


https://educacao.uol.com.br/noticias/agencia-estado/2019/09/06/governo-quer-216-escolas-civico-militares-e-bolsonaro-defende-imposicao-do-modelo.htm



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Já aqueles em que os estudantes traficam drogas dentro das salas de aula e enchem os professores de porrada atingem praticamente 100%. Que legal!
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Offline Marciano

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Re:Governo Bolsonaro
« Resposta #6274 Online: 14 de Setembro de 2019, 20:44:32 »
Estudantes de colégios militares custam três vezes mais ao País


Exército gasta R$ 19 mil ao ano por aluno e rede pública, R$ 6 mil; modelo defendido por Bolsonaro é considerado de alto custo e elitista


Renata Cafardo e Roberta Jansen, O Estado de S.Paulo


Cada aluno de colégio militar custa ao País três vezes mais do que quem estuda em escola pública regular. São R$ 19 mil por estudante, por ano, gastos pelo Exército nas 13 escolas existentes – que têm piscinas, laboratórios de robótica e professores com salários que passam dos R$ 10 mil. O plano de governo do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) fala que, em dois anos, haveria “um colégio militar em todas as capitais de Estado”. A ampliação desse modelo é a ideia mais repetida pelo presidenciável na área de educação.


O setor público investe, em média, R$ 6 mil por estudante do ensino básico anualmente. Se todos os alunos de 11 a 17 anos estivessem matriculados em instituições militares, seriam necessários R$ 320 bilhões por ano, o triplo do orçamento do Ministério da Educação (MEC).




https://politica.estadao.com.br/noticias/eleicoes,estudantes-de-colegio-militar-custam-tres-vezes-mais-ao-pais,70002473230



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Estou convencido de que é melhor continuar gastando 3 vezes menos e ficar levando porrada de alunos traficantes. Para quem quer a desordem social, é perfeito.  Quando estiver tudo de pernas para o ar, os ditadores comunistas nos salvam. E a história se repete.
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