**** Prólogo ****
Olá pessoal, acabei de me registrar ao FCC depois de cair aqui enquanto pesquisava sociedades secretas, etc. Há alguns anos atrás comecei a participar de fóruns na internet para discutir crenças, religiões, esoterismo, ocultismo, superstições, extra-terrestres, e muitos outros tipos de fardos culturais. Sempre acabo sem muito tempo para discutir com maior profundidade esses temas, mas acabei encontrando este fórum e percebi que as discussões aqui são mais sérias e vale a pena participar.
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Bom , o assunto que tenho a discutir aqui é:
Eu poderia considerar as sociedades secretas como "parasitas sociais" ?. Exemplo: Maçonaria, Rosa-cruz, etc.
(corrijam-me se esta discussão deve pertencer a outro fórum, "Crenças, Religiões e Mitos" talvez?)
Explico: Não sei se já existe esse termo, mas pensei em algo como "
parasitas sociais" por serem pessoas da sociedade que se organizam de forma secreta (sem o resto da sociedade ter clareza das reais atitudes e intenções deste grupo secreto) para construir uma rede de ajuda mútua que se considerem hierarquicamente acima do resto da sociedade.
Exemplificando, sabemos que a Maçonaria é uma sociedade secreta e que prega os princípios de filantropia (doar para aqueles que tem algum mérito), aclassismo, democracia, liberdade, igualdade, fraternidade, entre outros. (
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ma%C3%A7onaria).
Lembrando não confundir
fraternidade com
caridade ou solidariedade, embora alguns maçons atuem neste sentido. Lembramos também que não é difícil um maçon reconhecer outro na sociedade. A maçonaria é cheia de simbolismos e códigos, a exemplo da posição do dedo no aperto de mãos, ou os pontinhos no final de uma assinatura de próprio punho, a posição dos pés ao ficar sentado ou erguido, entre outros.
Pois bem, vamos supor a seguinte história: uma pessoa (maçon) cometeu um crime e foi pega pela polícia. O policial, que também é maçon, reconhece que o culpado é maçon. Diante disso, por decisão própria, ele resolve liberar o criminoso e a vida de todo mundo continua como se nada houvesse acontecido. Se este policial vier a cometer um erro, e for flagrado por um maçon, ele poderia também sair numa boa. Imaginem que esse protecionismo social possa ser expandido para diferentes casos. Um juiz e um réu são maçons. Um concurso público onde um membro da comissão julgadora é maçon. Um pregão de vendas para o governo. Uma empresa que demite um funcionário não-maçon. O próprio sistema eleitoral ("vou votar em Fulano porque sei que ele é maçon"). Casos diplomáticos. Sistemas bancários (!!!!). Etc, etc etc.
Esta sub-sociedade, a maçonaria, cujos membros podem ser escolhidos a dedo por nível de influência, posto de serviço, contatos, ou grau de riqueza, pode viver
parasitando (burlando, se aproveitando) o restante da sociedade ao molde de seus interesses ou dos interesses do grupo. E por ser "secreta" e de certa forma mostrar que prega a fraternidade, ela consegue um grau de sucesso sem transparecer culpa. Um membro desta sub-sociedade sairia na vantagem, no mínimo, numa ocasião de empate ou indiferença. É um sistema que teoricamente se auto-sustenta, desde que a maioria do grupo sigam a idéia.
Concordam? Discordam? Comentem!