Rockeiro,
Você não tem como saber por um ou outro post se eu e o Felipe temos algo ou não contra a desigualdade social.
Eu simplesmente acho que essa questão do direito a ter uma arma não tem qualqeur relação com a desigualdade social. A proibição não diminuirá a desigualdade social, nem a manutenção, é irrelevante.
O que não faz sentido é se alegar que o direito de ter uma arma nem conta como direito, ou que é direito só dos ricos, porque só eles que de fato acabam podendo ter armas, e então deveria ser proibido. O mesmo ocorre com vários ítens de luxo, e no entanto não é razão para proibição deles, porque os pobres "não têm o direito" de comprar.
(por via das dúvidas: não sou a favor da desigualdade social)
Eu talvez não tenha apresentado argumentos nesse post, porque já apresentei em outros. Resumindo, o argumento principal é que é simplesmente ridículo, um absurdo, tirar um direito do cidadão (do cidadão rico, que seja), por culpa dos criminosos. O criminoso é que mata com a arma ilegal, e o cidadão é que é punido, não podendo ter uma arma legal. Não faz sentido.
A idéia por trás disso é que, não tendo praticamente comércio de arma legal, o comércio ilegal perderá uma fonte de abastecimento, e assim acabará salvando vidas.
Mas não dizem o quanto isso será significativo, quantas armas deixarão de entrar no mercado ilegal (sendo roubadas) por ano com a proibição de venda de armas legais.
Nem dizem como têm certeza que o contrabando não vai dar conta desse aumento da demanda - por parte dos bandidos e de alguns cidadões de bem que também provavelmente vão querer ter armas, mesmo ilegais, apenas por proteção.
Ou seja, acho que a proibição, na melhor das hipóteses, deve ser um pouco pior que inócua. O contrabando simplesmente supre a demanda; a piora seria que apenas as poucas pessoas que poderiam ter armas legais para se defender, nào terão mais esse direito (não estou nem supondo que eles vão morrer, por não terem mais armas para se defender). Na pior das hipóteses, o contrabando se fortalece com a demanda do comércio ilegal, que vende irrestritamente, tanto para o cidadão de bem que só quer se defender, apto ou não a ter arma, quanto para as piores classes de bandidos.