Acho que o termo "fantasia" é um tanto carregado/de duplo sentido, e confunde a coisa. "Objetificação" é pior ainda, termo tosco que mal significa qualquer coisa, e dentro desse tema, praticamente só uma "vilanização" de apelo sexual, ou de ser suscetível a este.
O que dá a mensagem tem esse teor mais "político", de uma "opressão" ocorrendo, quando a coisa pode ser explicada de forma menos catastófica.
O entretenimento tem públicos-alvo. Algumas vezes mais específicos, outras mais gerais.
"Ação" historicamente foi um nicho mais masculino, e logo as coisas são criadas para agradar a esse nicho, o que pode incluir mulheres sexy, mais do que homens. E homens atraentes às mulheres que no entanto não serão sempre minuciosamente dirigidos para apelar ao público feminino, daí não havendo equivalência total ao apelo sexual de personagens femininas nos mesmos filmes/obras.
No entanto, uma busca no google images por "romance novel covers" mostra outro lado da moeda. Para começar, não parece ser tão díspar assim o que é atraente às mulheres e cenas como essa do Capitão América, diferentemente do que a tirinha tenta sugerir (ironicamente, essas tirinhas/tiradinhas feministóides me parecem mais comumente incorrer em falsa equivalência).
E também não é exatamente como se não houvesse nada no cinema que não fosse bastante parecido com o resultado dessa busca do google. Brad Pitt, Tom Cruise e outras referências menos datadas talvez devam uns 80% de suas carreiras a isso.
Na medida em que aumenta a demanda em uma mídia para um dado público dentro de um gênero, ela tenderá a ser mais atendida. Mas nunca se terá a situação de tudo agradar a todos igualmente, ainda haverá "afinação" para públicos-alvo específicos, sempre tentando vender mais. E a homogeneidade do que é encontrado no mercado também só viria a existir se "pagarem para ver" homogeneamente, a menos que se determine "cotas" para que todos os gostos sejam atendidos na mesma proporção, independentemente da proporção do público de fato.