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Você é feminista?

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Autor Tópico: Feminismo  (Lida 18506 vezes)

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Offline Geotecton

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Re:Feminismo
« Resposta #250 Online: 26 de Novembro de 2015, 19:53:44 »
O feminismo é usado a muito tempo, por muitas mulheres, como um instrumento ideológico para obtenção de poder.
E que bom, porque para isso mesmo foi criado o movimento. :P
Ele quis dizer para ganho pessoal, não para correção de algo que afeta negativamente a indivíduos (mulheres) de alguma maneira injusta.

Exatamente.
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Offline Rocky Joe

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Re:Feminismo
« Resposta #251 Online: 26 de Novembro de 2015, 19:58:24 »
Mas elas podem ganhar algo pessoalmente com o feminismo. Não estou de brincadeira, não estou entendendo o que vocês querem dizer.

Offline Geotecton

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Re:Feminismo
« Resposta #252 Online: 26 de Novembro de 2015, 20:03:02 »
Mas elas podem ganhar algo pessoalmente com o feminismo. Não estou de brincadeira, não estou entendendo o que vocês querem dizer.

Defender a igualdade de oportunidade e de reconhecimento profissional, por exemplo, é uma faceta ética e moralmente defensável do feminismo.

Mas instrumentalizá-lo para fazer chantagem no meio corporativo, usando-o apenas como um argumento isolado do tipo 'minoria desprezada', com a finalidade de obter alguma vantagem comparativa, é completamente reprovável.
« Última modificação: 26 de Novembro de 2015, 23:17:38 por Geotecton »
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Offline DDV

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Re:Feminismo
« Resposta #253 Online: 26 de Novembro de 2015, 21:40:02 »
"Discutir rótulos sempre gera debates inúteis e sem fim" (Karl Popper).



A frase acima é um ultra-resumo do pensamento dele, não uma citação integral.  :hihi:





Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline Barata Tenno

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Re:Feminismo
« Resposta #254 Online: 27 de Novembro de 2015, 10:05:54 »
Dizer que o termo feminino isto é ruim por causa das radicais é como dizer que o termo ateu é ruim por causa dos ateus radicais e chatos da internet. "Não sou ateu, só não acredito em Deus, não quero ser associado com os malas da Atea."
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Feminismo
« Resposta #255 Online: 27 de Novembro de 2015, 10:50:57 »
Assim como com "ambientalista", isso acontece, também.

Deve levar um bocado de gente a preferir se rotular "agnóstico", além de ter também talvez originado a idéia de alguns se rotularem "não-teístas". Não a ATEA em si, mas a impressão de ateus mais vocais/proselitistas/empolgados.

Se se agravarem sintomas como hipersensibilidade, pseudociência, culto de mentalidade vítima, e populismo político atendendo ao "nicho" ateu, essas tentativa de fugir da associação com o termo também devem se tornar mais comum. Isso não deve ser tão provável de acontecer porque aqueles com essas tendências talvez convenientemente estejam se rotulando de "ateus plus". Então o ateu poderá dizer, "sim, sou ateu, mas só não acredito em deuses, não sou nenhum ateu-plus nem nada".


"Feminismo" talvez seja inerentemente mais propenso a induzir a fugir do termo por carregar uma sugestão mais forte de ativismo (e conseqüentemente ao radicalismo/tosquismo), em vez de ser apenas uma "opinião passiva" da pessoa.








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Offline Luiz F.

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Re:Feminismo
« Resposta #256 Online: 27 de Novembro de 2015, 15:51:36 »
Eu não me declaro ateu exatamente por causa dos radicais e da má impressão que eles causam nos religiosos (que são maioria esmagadora de quem eu conheço). Isso evita muita dor de cabeça. :)
"Você realmente não entende algo se não consegue explicá-lo para sua avó."
Albert Einstein

Offline Brienne of Tarth

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Re:Feminismo
« Resposta #257 Online: 27 de Novembro de 2015, 18:59:11 »
Posso demonstrar o que eu penso de igualdade de gênero?

GNOSE

Offline Geotecton

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Re:Feminismo
« Resposta #258 Online: 27 de Novembro de 2015, 19:06:42 »
Algumas fingindo que dormem e as demais fazendo 'vista grossa'.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Feminismo
« Resposta #259 Online: 27 de Novembro de 2015, 19:42:32 »
Bem, isso é uma foto. A gente não sabe em que momento isso aconteceu, ele pode bem ter acabado de se levantar para descer, e até mesmo uma mulher ter cedido o assento para ele antes.

Não estou dizendo que "provavelmente foi o que ocorreu", mas só não dá para usar uma foto/meme para qualquer conclusão ou embasamento significativo.



Andando de ônibus até que me parece comum mulheres oferecerem não o lugar, mas para segurarem algo que eu tivesse segurando, de pé. Que, em contrapartida, nunca era um pirralho...



Ainda...





Offline Sergiomgbr

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Re:Feminismo
« Resposta #260 Online: 27 de Novembro de 2015, 19:46:13 »
Se por um lado as pessoas estão cada vez mais sem educação, por outro as empresas de trasporte coletivo promovem uma tremenda brutalização dos usuários apostando em esquemas de densidade de passageiros a 8 ou mais passageiros por m2, em vez de dispor mais ônibus em horários de pico. Uma viagem bairro centro pode as vezes demorar 2 horas para alguém voltando do trabalho ter que viajar de pé.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Feminismo
« Resposta #261 Online: 27 de Novembro de 2015, 20:19:32 »
Eu me recordo que esse lance de mulher salvando homem ao invés do contrário aconteceu primeiro com a Ten.Ripley, não foi?

(ou, "ao contrário do inverso" :P)






https://en.wikipedia.org/wiki/The_Hazards_of_Helen




Citar
http://www.slate.com/articles/arts/culturebox/2012/06/prometheus_why_are_academics_so_obsessed_with_ridley_scott_s_alien_and_its_sequels_.html







[...]

Thornier still is the issue of Warrant Officer Ripley’s underwear, as glimpsed in the final scene, when she climbs into a space suit for her climactic show-down with the alien. For some this undoes all the film’s good work in deconstructing, destabilizing, and generally dissing oppressive male patriarchies. In “Feminism and Anxiety in Alien” (Science Fiction Studies, Vol. 7, No. 3, 1980), Judith Newton determined the alien to be “a potent expression of male terror at female sexuality,” found the third-act survival of the two women and one black character “especially promising,” but found her smile turning to a frown at the sight of Ripley stripped to her bikini bottoms: “not standard gear for space duty,” she noted sternly. “Ripley is not only divested of coalition and reinvested with femininity, she is also reaffirmed as a Company Woman. ... Though in many ways a fine and thrilling hero, [she] is robbed of radical thrust.”

No so fast, countered Kavenagh. “I would disagree with an ideological denunciation of the film as simply another exercise in conventional sexism on the basis of the scene in which Ripley removes her uniform to appear in T-shirt and panties,” he wrote. “Such criticism would be hard-pressed to avoid repressive and self-defeating assumptions about what constitutes sexism, and irrelevant assumption about what constitutes the film and its ideological discourse.” A cunning move: The panties weren’t sexist. The accusation that the panties were sexist was sexist. But maybe a trifle over-defensive, coming from a man?

For a brief moment in the early ‘80s, it looked as if the brave new world of Alien studies was going to splinter irreconcilably on the issue of Officer Ripley’s panties—the anti-panty camp accusing the pro-panty wing of uncritical phallocentrism, the pro-panty caucus accusing the anti-panty wing of repressive and self-defeating assumptions about what constitutes sexism.

[....]


:biglol:


Offline Brienne of Tarth

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Re:Feminismo
« Resposta #262 Online: 27 de Novembro de 2015, 21:02:54 »
Engraçado que não ouço mimimi nem de mulheres e nem de homens por causa de imagens assim:

GNOSE

Offline Dr. Manhattan

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Re:Feminismo
« Resposta #263 Online: 27 de Novembro de 2015, 21:19:23 »
Sobre essa questão de objetificação*, vale lembrar que a situação não é simétrica: sim, o Steve Rogers sem camisa é uma forma de agradar às mulheres, mas os heróis ainda costumam ser representados** como fantasias de poder masculinas. Um exemplo de personagem criado para satisfazer as fantasias femininas é o do vampiro da série Crepúsculo. Agora imagine se quase todos os personagens masculinos de quadrinhos ou filmes fossem representados como o tal vampiro? Nesse caso, haveria sim motivo para reclamação. E, com o risco de parecer repetitivo, vale sempre lembrar disso



*Putz, que palavra horrível. Prefiro "reificação". Mas acho que sou minoria nisso.
**Eu diria que os filmes da Marvel tentam evitar isso, na verdade.
You and I are all as much continuous with the physical universe as a wave is continuous with the ocean.

Alan Watts

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Feminismo
« Resposta #264 Online: 27 de Novembro de 2015, 22:09:09 »
Acho que o termo "fantasia" é um tanto carregado/de duplo sentido, e confunde a coisa. "Objetificação" é  pior ainda, termo tosco que mal significa qualquer coisa, e dentro desse tema, praticamente só uma "vilanização" de apelo sexual, ou de ser suscetível a este.

O que dá a mensagem tem esse teor mais "político", de uma "opressão" ocorrendo, quando a coisa pode ser explicada de forma menos catastófica.

O entretenimento tem públicos-alvo. Algumas vezes mais específicos, outras mais gerais.

"Ação" historicamente foi um nicho mais masculino, e logo as coisas são criadas para agradar a esse nicho, o que pode incluir mulheres sexy, mais do que homens. E homens atraentes às mulheres que no entanto não serão sempre minuciosamente dirigidos para apelar ao público feminino, daí não havendo equivalência total ao apelo sexual de personagens femininas nos mesmos filmes/obras.

No entanto, uma busca no google images por "romance novel covers" mostra outro lado da moeda. Para começar, não parece ser tão díspar assim o que é atraente às mulheres e cenas como essa do Capitão América, diferentemente do que a tirinha tenta sugerir (ironicamente, essas tirinhas/tiradinhas feministóides me parecem mais comumente incorrer em falsa equivalência).

E também não é exatamente como se não houvesse nada no cinema que não fosse bastante parecido com o resultado dessa busca do google. Brad Pitt, Tom Cruise e outras referências menos datadas talvez devam uns 80% de suas carreiras a isso.

Na medida em que aumenta a demanda em uma mídia para um dado público dentro de um gênero, ela tenderá a ser mais atendida. Mas nunca se terá a situação de tudo agradar a todos igualmente, ainda haverá "afinação" para públicos-alvo específicos, sempre tentando vender mais. E a homogeneidade do que é encontrado no mercado também só viria a existir se "pagarem para ver" homogeneamente, a menos que se determine "cotas" para que todos os gostos sejam atendidos na mesma proporção, independentemente da proporção do público de fato.

Offline Brienne of Tarth

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Re:Feminismo
« Resposta #265 Online: 27 de Novembro de 2015, 22:53:35 »
Sim, e é por isso que tivemos nos últimos anos uma "invasão" de personagens gays e negros no cinema, pois eles existem há séculos nos quadrinhos, como os X-Men Ororo Munroe e Tchalla, o brasileiro Roberto da Costa na X-Force, e ate o Lanterna Verne que agora é rosa, rsrs...
GNOSE

Offline André Luiz

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Re:Feminismo
« Resposta #266 Online: 28 de Novembro de 2015, 09:22:03 »
Não lembro das feministas reclamando do 300  :hihi:

Offline DDV

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Re:Feminismo
« Resposta #267 Online: 28 de Novembro de 2015, 09:48:09 »
Quanta viadagem nessa discussão, hein!   :)
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Offline Lorentz

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Re:Feminismo
« Resposta #268 Online: 28 de Novembro de 2015, 13:24:28 »
Quanta viadagem nessa discussão, hein!   :)

Cuidado com o Viadismo.
"Amy, technology isn't intrinsically good or bad. It's all in how you use it, like the death ray." - Professor Hubert J. Farnsworth

Offline Brienne of Tarth

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Re:Feminismo
« Resposta #269 Online: 28 de Novembro de 2015, 13:35:18 »
E com a viadofobia... ::)
GNOSE

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Feminismo
« Resposta #270 Online: 28 de Novembro de 2015, 15:31:27 »
Sim, e é por isso que tivemos nos últimos anos uma "invasão" de personagens gays e negros no cinema, pois eles existem há séculos nos quadrinhos, como os X-Men Ororo Munroe e Tchalla, o brasileiro Roberto da Costa na X-Force, e ate o Lanterna Verne que agora é rosa, rsrs...

https://en.wikipedia.org/wiki/Romance_comics

https://en.wikipedia.org/wiki/Josei_manga

https://en.wikipedia.org/wiki/Sh%C5%8Djo_manga

https://en.wikipedia.org/wiki/Soap_opera


Offline DDV

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Re:Feminismo
« Resposta #271 Online: 28 de Novembro de 2015, 15:55:44 »
Não entendo de onde foi tirado o silogismo "mulher gostosa = objetificação".

Ou que "gostosura" seja impeditivo de outros atributos positivos (ex: inteligência, dominância, etc).

É possível haver mulher gostosa, inteligente e dominante, assim como mulher feia, burra e submissa. E diversas variações dentro disso.

Quanto mais qualidades positivas, melhor. Entre uma muher gostosa e uma feia em produções artísticas, é preferível as gostosas.

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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Feminismo
« Resposta #272 Online: 28 de Novembro de 2015, 16:30:15 »
Não entendo de onde foi tirado o silogismo "mulher gostosa = objetificação".



:/


Quanto mais qualidades positivas, melhor.

Não necessariamente, personagens "perfeitos demais" são receita para chatice.

Offline Skeptikós

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Re:Feminismo
« Resposta #273 Online: 28 de Novembro de 2015, 19:00:28 »
Discutindo ontem com um amigo num buteco, é interessante observar como o Bolsa Família também pode atuar para reforçar os estigmas e “carga social” sobre a mulher. Com elas representando 93% dos titulares, o programa acaba reforçando a noção de que quem tem que cuidar da família é a mulher, bem como garantir as “contrapartidas” exigidas pelo benefício, ou seja, sendo disciplinadas pelo programa.

É como se dissessem: essas mulheres tem que levar os filhos a escola e ao médico, mas só vão fazê-lo caso a gente dê dinheiro pra elas. Isso mesmo em locais para os quais os serviços podem nem mesmo existir.

Ou seja, nem mesmo beneficiárias diretas elas são do programa. São apenas as garantidoras da aplicação do dinheiro para que se melhore, em alguma curta medida, a condição dos filhos, esquecendo aí da conta a figura do pai, bonachão e que não tem dever social qualquer.


Obviamente, só de dar dinheiro já se empodera realmente. Mas o lado sombrio da coisa quase nunca é pensado.

Essa noção foi retirada de um artigo que eu li na Jacobin dia desses.
Eu vejo este tipo de procedimento como uma possibilidade de estigmatizar de maneira negativa, muito mais os homens do que as mulheres. A impressão que passa é a de que homens são irresponsáveis, injustos, não confiáveis e etc. Dar a eles o direito de controlar o recurso seria perigoso para toda a família, mas que mulheres por serem mais responsáveis, justas e dignas de confiança, merecem este direito. Qual estigma é mais negativo, o do homem como uma pessoa indigna de confiança, ou o da mulher como a responsável por cuidar da família?

Além disso não nos esquecemos que ainda hoje, apesar de programinhas como este acima, a expectativa social é a de que o homem sustente a família, e não a mulher. O preconceito de que a mulher deve cuidar da casa tem este contra-ponto, onde espera-se do homem a obrigação de sustento da família.

Abraços!
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Skeptikós

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Re:Feminismo
« Resposta #274 Online: 28 de Novembro de 2015, 19:16:10 »
Se você defende a igualdade de direitos entre homens e mulheres você é feminista...
Não, pois esta definição está incompleta, o feminismo, de maneira geral, é definido como descrito acima, mas partindo da premissa histórica de que vivemos em uma sociedade onde  mulheres foram e são oprimidas e desfavorecidas pelos homens, e estes beneficiados e favorecidos por este suposto sistema criado e perpetuado por eles mesmos.

Eu sou a favor da igualdade de direitos e deveres entre homens e mulheres, mas discordo desta premissa da qual partem as feministas, de que em nossa sociedade, mulheres foram historicamente oprimidas, enquanto homens historicamente favorecidos, por um sistema supostamente machista e patriarcal criado em beneficio deles, e por tanto, não posso ser classificado como feminista.

Além disso, mesmo ignorando a premissa da qual falei acima, eu costumo discordar desta definição que diz que o feminismo de maneira geral lute por igualdade entre homens e mulheres. É muito mais consensual a definição que diz que o feminismo é o movimento que luta pela ampliação dos direitos das mulheres.

Abraços!
« Última modificação: 28 de Novembro de 2015, 19:25:12 por Skeptikós »
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

 

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