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Autor Tópico: Feminismo  (Lida 18503 vezes)

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Offline Rocky Joe

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Re:Feminismo
« Resposta #175 Online: 17 de Novembro de 2015, 22:54:19 »
Citar
http://www.comicsbeat.com/market-research-says-46-female-comic-fans/

Esta não parece ser uma pesquisa muito boa, já que é baseada no facebook - um critério melhor para quem está lendo quadrinhos é quem compra quadrinhos. E sem contar que não é claro se a pesquisa diferencia mangá ou coloca tudo junto, e nos EUA mais mulheres leem mangá do que homens (mangás também não são vendidos em lojas de quadrinhos).

Uma pesquisa oficial  da DC, encomendada pela própria, em 2012: (link aqui, incluindo dados sobre quem lê a revista de mangá mais famosa do Japão e quais séries)



Outro dado de 2011, apenas 1% dos criadores da DC são mulheres.

Nos filmes a coisa é melhor; 40% da audiência de Avengers foi feminina, e Guardiões da Galáxia 44%.

No mais, dentre os quadrinhos pode haver uma diferença hoje em dia também, tipo a série da Ms. Marvel.
« Última modificação: 17 de Novembro de 2015, 22:57:43 por Rocky Joe »

Offline Lorentz

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Re:Feminismo
« Resposta #176 Online: 17 de Novembro de 2015, 23:33:10 »
Esses tempos eu li um post do Cardoso mostrando que antigamente existiam brinquedos de super heróis para meninos e meninas. Mas hoje a segregação é tão grande que é inadmissível gastar recurso fazendo um brinquedo que não seja 100% direcionado  a seu público. Nunca as bonecas foram tão rosas e super heróis tão misóginos numa loja de brinquedos.
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Offline Donatello

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Re:Feminismo
« Resposta #177 Online: 17 de Novembro de 2015, 23:47:15 »
Talvez, é um palpite, aquela tal indústria que fabricava super-heróis para meninas e casinhas para meninos simplesmente não tinha dado conta até então, de que aqueles produtos não eram vendáveis, e com a experiência acumulada, ao perceberem que as casinhas de meninos e as super-heroinas sistematicamente encalhavam resolveram concentrar a produção nos brinquedos que vendiam.

Só conjecturas, não sei nem se sua premissa de que no passado os brinquedos eram mais sexualmente neutros procede. :)

Offline André Luiz

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Re:Feminismo
« Resposta #178 Online: 18 de Novembro de 2015, 07:59:33 »
Lembro que esse negócio de azul pra meninos e rosa pra meninas foi uma canetada da indústria, sem nenhum tipo de pesquisa de campo

Offline Lorentz

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Re:Feminismo
« Resposta #179 Online: 18 de Novembro de 2015, 09:14:33 »
Aqui a Anita explica bem esta segregação.

<a href="https://www.youtube.com/v/rZn_lJoN6PI" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/rZn_lJoN6PI</a>

Antigamente era normal um time de super heróis com mulheres no grupo terem bonecos com as mulheres. Hoje eles não colocam as mulheres porque o brinquedo "é para meninos".

Para demonstrar, digite na pesquisa por imagens do google "Captain america movie toy" e "black widow movie toy". As únicas ocorrências da Viúva Negra são de action figures para colecionadores. Não há bonecos de brinquedo. Eles ignoram que meninos podem sim querer brincar com a Viúva Negra e que meninas podem querer comprar a boneca também por se identificarem.

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Offline Johnny Cash

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Re:Feminismo
« Resposta #180 Online: 18 de Novembro de 2015, 09:39:33 »
Aqui a Anita explica bem esta segregação.
[...]

Antigamente era normal um time de super heróis com mulheres no grupo terem bonecos com as mulheres. Hoje eles não colocam as mulheres porque o brinquedo "é para meninos".


Não vi o vídeo, mas como ela pode assegurar que as indústrias fazem esses bonecos nesses padrões porque "são para meninos"?

Acho que as indústrias vão mais se comportar por outros motivos, mesmo entendendo a limitação da capacidade de planejamento de muitos deles.

Talvez exista aqui um dilema de causalidade. Ou é a indústria que define o comportamento de consumo, ditando que esses brinquedos são para meninos e demonstrando que os próprios industriais reprimem a demanda (em nome do conservadorismo e opressão machista). Ou é a sociedade que se comporta dessa forma, dizendo que meninos brincam com esses bonecos e não tem interesse pelas bonecAs, fazendo com que a indústria se ajuste a essa demanda e perpetue o comportamento.

Offline Lorentz

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Re:Feminismo
« Resposta #181 Online: 18 de Novembro de 2015, 10:16:29 »
Aqui a Anita explica bem esta segregação.
[...]

Antigamente era normal um time de super heróis com mulheres no grupo terem bonecos com as mulheres. Hoje eles não colocam as mulheres porque o brinquedo "é para meninos".


Não vi o vídeo, mas como ela pode assegurar que as indústrias fazem esses bonecos nesses padrões porque "são para meninos"?

Acho que as indústrias vão mais se comportar por outros motivos, mesmo entendendo a limitação da capacidade de planejamento de muitos deles.

Talvez exista aqui um dilema de causalidade. Ou é a indústria que define o comportamento de consumo, ditando que esses brinquedos são para meninos e demonstrando que os próprios industriais reprimem a demanda (em nome do conservadorismo e opressão machista). Ou é a sociedade que se comporta dessa forma, dizendo que meninos brincam com esses bonecos e não tem interesse pelas bonecAs, fazendo com que a indústria se ajuste a essa demanda e perpetue o comportamento.

Me parece que é a primeira opção, porque antigamente (uma geração atrás) não era assim e existia menos segregação. Além disso, as meninas não gostam unanimemente de brincar de pentear bonecas pelo que vejo. Elas também brincam de carrinho, de pecinhas, letras e desenhos. Mas entre numa loja de brinquedos moderna (não as baratas)  e veja como a loja é segmentada entre meninos e meninas. Onde está totalmente roxo e rosa é das meninas. Eu não sei exatamente como eles organizam brinquedos educativos e Lego, mas o que noto é que cada vez mais os Lego estão ganhando temáticas masculinas (Lego Marvel, Dinossauros, etc) e sendo colocados no setor dos meninos. Ou seja, uma mãe ou uma filha que quiser brincar de Lego não tantas terá opções "neutras" e provavelmente deixarão de comprar este brinquedo.
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Offline Brienne of Tarth

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Re:Feminismo
« Resposta #182 Online: 18 de Novembro de 2015, 10:28:04 »
Tal segmentação sempre existiu, caberia aos pais explicar o porquê disso existir, e oferecer opções; tive acesso a bonecas e carrinhos, robôs e naves espaciais, brinquei de boneca e soltei pipa e rodei pião, jogava bola com times misturados e nunca tive imposições de gênero por parte da família.

Mas muitos pais fazem questão da segregação, temem o diferente por temerem a rejeição social para com seus filhos, então alimentam as diferenças.

GNOSE

Offline Gaúcho

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Re:Feminismo
« Resposta #183 Online: 18 de Novembro de 2015, 11:13:08 »
Que as empresas coloquem os personagens que quiserem nos games/quadrinhos/etc. Se é o que vende...

Eu que não vou sair pedindo por um Kratos magro e de óculos, porque esses homens musculosos são só para eye candy.

Você já parou para pensar que elas poderiam vender mais se conseguissem atrair o público feminino também? O que não faltam por aí são garotas geeks dispostas a consumir mídia popular. Porém, segundo diversos relatos que já vi*, muitas delas se sentem frustradas por não encontrarem produtos que também se concentrem no que lhes interessa. Imagine se os livros e filmes de Harry Potter só tivessem personagens masculinos, será que eles teriam tantos fãs assim?


*Sei, evidência anedótica, vou ver se encontro alguma pesquisa sobre isso na interwebs.

Quem tem que parar para pensar sobre isso são as empresas. E conhecendo o mundo dos negócios, eu tenho quase certeza que elas já devem ter pensado na opção. A não ser que me digam que as empresas estão deixando de ganhar dinheiro por machismo, essa opção pode não ser essa mina de ouro que você imagina.

Ele diz que há um nicho lucrativo sendo desperdiçado. Poderia vender a idéia para algum investidor, ou ele mesmo investir.



Pois é. Empresas querem ganhar dinheiro. Se tivesse um jeito de atrair o público feminino e ganhar mais dinheiro, seria feito.

Entre ele ser um visionário dos negócios e me afirmar que existe esse nicho, e que as empresas estão deixando de ganhar dinheiro por machismo ou simples falta de visão, ou esse nicho simplesmente não ser assim tão lucrativo quanto ele pensa, eu fico com a opção mais simples. Bom e velho Ockham.

Algumas pesquisas interessantes foram colocadas neste tópico.
"— A democracia em uma sociedade livre exige que os governados saibam o que fazem os governantes, mesmo quando estes buscam agir protegidos pelas sombras." Sérgio Moro

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Feminismo
« Resposta #184 Online: 18 de Novembro de 2015, 11:27:47 »
Além disso, as meninas não gostam unanimemente de brincar de pentear bonecas pelo que vejo. Elas também brincam de carrinho, de pecinhas, letras e desenhos.

<a href="https://www.youtube.com/v/-CU040Hqbas" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/-CU040Hqbas</a>



Das recomendações, esse aqui também é algo interessante:

feature=player_embedded

De fato tem mulheres que preferem se depilar com barbeadores masculinos.

Offline Sergiomgbr

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Re:Feminismo
« Resposta #185 Online: 18 de Novembro de 2015, 14:18:31 »
Por que falar em masculino e feminino em termos de segmentação de entretenimento quando é escancaradamente sabido que o típico macho não relativizado não gosta de bonequinhos não importa se de machos ou de fêmeas?

Não estou querendo contar vantagens, nem dizendo  qualquer coisa veladamente mas sempre achei ridículo menino brincar de bonequinho. Eu por exemplo, sempre preferi carrinhos, adorava um monte de areia ou terra onde eu pudesse fazer estradas e garagens e brincar com meus carrinhos ou construir casas e coisas com bloquinhos de encaixar, ou então fazer tratores, guindastes e escavadeiras de madeiras barbantes e latas, ou então carrinhos de rolimã. Lembro que vinham garotos no recreio no tempo do primário na escola com seus bonequinhos do Falcom e outros e nunca queria ficar junto nas rodinhas.
« Última modificação: 18 de Novembro de 2015, 14:26:43 por Sergiomgbr »
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Feminismo
« Resposta #186 Online: 18 de Novembro de 2015, 14:23:30 »
Existe toda uma indústria em cima da venda de bonequinhos para filhotes, tanto fêmeas quanto machos, ainda que talvez os últimos sejam o que você chama de "relativizados". E possivelmente ampliam as vendas quando faz o marketing segmentado, ao menos parecem trabalhar com essa hipótese.

O interesse de ambos os sexos por "bonequinhos" é ainda maior se você considerar bonequinhos virtuais em vídeo-games e bonequinhos não-interativos, em filmes e desenhos animados.

Offline Barata Tenno

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Re:Feminismo
« Resposta #187 Online: 18 de Novembro de 2015, 18:39:32 »
Essa lógica de que indústria não faz porque não dá dinheiro não me desce muito bem. Times de esporte não contratavam negros por décadas, não porque não dava dinheiro ou porque negros jogavam pior, mas por puro preconceito de seus dirigentes e da sociedade. Eu fico pasmo quando vejo homens, hétero e brancos querem dizer o que é o preconceito sem nunca terem sofrido isso na vida. É bizarro alguém que não tem a vivência das minorias querer ditar o que é preconceito e discriminação e o que não é.
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Offline Brienne of Tarth

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Re:Feminismo
« Resposta #188 Online: 18 de Novembro de 2015, 19:00:39 »
Meh. Minha filha de 11 anos joga Minecraft online com meninos, numa ótima; pais transmitem valores, preconceito e intolerância se aprendem.
GNOSE

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Feminismo
« Resposta #189 Online: 18 de Novembro de 2015, 19:43:07 »
Essa lógica de que indústria não faz porque não dá dinheiro não me desce muito bem.

Bem, o segundo vídeo que citei, ao mesmo tempo em que não é a favor da segmentação dos produtos, coloca isso sim como uma estratégia de marketing funcional, e acho que citam alguns números para confirmar. Ou seja, a indústria começou algo mais "politicamente correta", "neutra em gênero"/unissex, mas aprendeu que vendia mais marketeando coisas como másculas ou femininas, mesmo as mesmas coisas. Em alguns casos, mais caras do que a do outro sexo, até.

Me parece mais provável de ser o caso do que os dirigentes estarem sempre "grrrr... mulheres... deve ter um jeito de prejudicá-las que não pensamos ainda... já sei, segmentação dos produtos!", "mas chefe, vamos perder dinheiro", "não importa, o que importa é prejudicarmos as mulheres, grrrr!! Mulheres, como as odeio, grrrr!!!!", "muito bem pensado, chefinho, você é um gê-ni-o!" (a última fala deve ser imaginada como de um puxa-saco meio efeminado).



Citar
Times de esporte não contratavam negros por décadas, não porque não dava dinheiro ou porque negros jogavam pior, mas por puro preconceito de seus dirigentes e da sociedade.

E o último talvez implicasse até em não dar dinheiro para eles mais. Numa época de segregação racial tendo alta aprovação popular, seria arriscado perder torcedores assim. Mas, os dirigentes podiam bem ser eles mesmos contra, meio independentemente disso, também.

Não acho que há uma situação análoga hoje, especialmente no que se refere a produtos masculinos e femininos. Provavemlente deve haver um grande número de mulheres trabalhando nessas coisas, inclusive, em vários pontos da hierarquia, sem serem elas motivadas por misoginia, ou mesmo vendo nisso um conflito com seus valores.

Mas, pode sim, haver também muitas instâncias de puro preconceito, e mesmo preconceito que dá prejuízo. Apenas não me parece ser necessário para explicar o cenário geral.

Offline DDV

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Re:Feminismo
« Resposta #190 Online: 18 de Novembro de 2015, 19:43:43 »
Essa lógica de que indústria não faz porque não dá dinheiro não me desce muito bem. Times de esporte não contratavam negros por décadas, não porque não dava dinheiro ou porque negros jogavam pior, mas por puro preconceito de seus dirigentes e da sociedade. Eu fico pasmo quando vejo homens, hétero e brancos querem dizer o que é o preconceito sem nunca terem sofrido isso na vida. É bizarro alguém que não tem a vivência das minorias querer ditar o que é preconceito e discriminação e o que não é.

Se há esse nicho inexplorado, alguém fatalmente irá aproveitá-lo e profit.

O grande Vascão foi o primeiro time brasileiro a admitir negros e se deu bem, pois eram bons jogadores (não aproveitados por outros clubes) e ganharam o carioca de 1923 só com vitórias. Se algo semelhante há na indústria do entretenimento, alguém irá faturar.


Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline O Pistoleiro

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Re:Feminismo
« Resposta #191 Online: 18 de Novembro de 2015, 20:27:26 »
A indústria de entretenimento até que está tentando. Os novos jogos Tomb Raider, a série Supergirl e Star Wars com provavelmente a Rey como heroína principal da nova trilogia. E no universo Marvel, Star wars incluso, estão tentando com a X-23 (wolverine),  Thor (Jane), Jessica Jones e Ms. e Capitã Marvel.  A Ms. principalmente que é um sucesso de vendas. Só que o caminho é longo. Tem um teste chamado Bechdel que tenta mostrar como as mulheres são representadas numa obra de ficção e há também um estudo que a UCLA fez em 2013 sobre diversidade em geral, mas mostra que as mulheres dirigiram pouquíssimos filmes e episódios de séries televisivas entre outras coisas.
PS: Meu inglês é fraco, mas acho que eu entendi os gráficos!  :P

 https://pt.wikipedia.org/wiki/Teste_de_Bechdel
 http://www.bunchecenter.ucla.edu/wp-content/uploads/2015/02/2015-Hollywood-Diversity-Report-2-25-15.pdf
Se Deus é nosso Pai (você que pensa), então Satã deve ser nosso Primo. Por que ninguém entende essas coisas importantes?

Offline Sergiomgbr

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Re:Feminismo
« Resposta #192 Online: 18 de Novembro de 2015, 21:23:57 »
A questão é: A indústria do entretenimento está apenas acompanhando, conservadoramente, como supõem alguns, a evolução cultural das sociedades no que diz respeito a gêneros, ou é ela própria(dentro de uma lógica mercantilista ainda mais ampla) quem a promove?
« Última modificação: 18 de Novembro de 2015, 23:02:50 por Sergiomgbr »
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Fabrício

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Re:Feminismo
« Resposta #193 Online: 18 de Novembro de 2015, 21:44:41 »
A questão é: A indústria do entretenimentoestá apenas acompanhando, consevadoramente, como supõem alguns, a evolução cultural das sociedades no que diz respeito a gêneros, ou é ela própria(dentro de uma lógica mercantilista ainda mais ampla) quem a promove?

Pois é, será que a questão não é que simplesmente meninas gostem mais de brincar de boneca e meninos de carrinho? Óbvio, algumas meninas podem preferir brincar de carrinho e alguns meninos podem gostar de brincar de bonecas, mas será que no geral não existe uma preferência, e a indústria apenas segue a tendência?
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Offline Sergiomgbr

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Re:Feminismo
« Resposta #194 Online: 18 de Novembro de 2015, 21:55:12 »
A minha aposta é na segunda opção... (Ops!) ...Que as empresas criam uma demanda. E elas já fazem isso, criam-se ícones e factóides culturais o tempo todo. E lucra-se muito com isto.

O Establishment... Não duvido nada que o  Establishment se quiser consiga que se use chapéus côco, de novo, massivamente pela população.
« Última modificação: 18 de Novembro de 2015, 22:09:01 por Sergiomgbr »
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Geotecton

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Re:Feminismo
« Resposta #195 Online: 18 de Novembro de 2015, 21:55:58 »
A questão é: A indústria do entretenimentoestá apenas acompanhando, consevadoramente, como supõem alguns, a evolução cultural das sociedades no que diz respeito a gêneros, ou é ela própria(dentro de uma lógica mercantilista ainda mais ampla) quem a promove?
Pois é, será que a questão não é que simplesmente meninas gostem mais de brincar de boneca e meninos de carrinho? Óbvio, algumas meninas podem preferir brincar de carrinho e alguns meninos podem gostar de brincar de bonecas, mas será que no geral não existe uma preferência, e a indústria apenas segue a tendência?

É claro que não.

Lembre-se: As indústrias principais são dos países imperialistas do Ocidente e pertencem (ou são comandadas), via de regra (porquê há algumas exceções) a homens ocidentais, brancos, cultos (ou bem informados), heterossexuais, manipuladores e gananciosos, que nunca sofreram nenhum dissabor nas suas vidas.   ::) :P
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Offline Fabrício

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Re:Feminismo
« Resposta #196 Online: 18 de Novembro de 2015, 22:24:15 »
A questão é: A indústria do entretenimentoestá apenas acompanhando, consevadoramente, como supõem alguns, a evolução cultural das sociedades no que diz respeito a gêneros, ou é ela própria(dentro de uma lógica mercantilista ainda mais ampla) quem a promove?
Pois é, será que a questão não é que simplesmente meninas gostem mais de brincar de boneca e meninos de carrinho? Óbvio, algumas meninas podem preferir brincar de carrinho e alguns meninos podem gostar de brincar de bonecas, mas será que no geral não existe uma preferência, e a indústria apenas segue a tendência?

É claro que não.

Lembre-se: As indústrias principais são dos países imperialistas do Ocidente e pertencem (ou são comandadas), via de regra (porquê há algumas exceções) a homens ocidentais, brancos, cultos (ou bem informados), heterossexuais, manipuladores e gananciosos, que nunca sofreram nenhum dissabor nas suas vidas.   ::) :P

Não tinha pensado nisso, agora faz sentido! Malditos sejam!
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Offline Johnny Cash

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Re:Feminismo
« Resposta #197 Online: 18 de Novembro de 2015, 22:40:28 »
Apesar do aparente dilema da causalidade, ainda há a questão de que empresas/organizações tem limitações e nem sempre podem fazer as melhores escolhas. A segregação em gêneros das linhas de produto pode ser ou não mais lucrativa, mas na hipótese de não ser, pode acontecer das empresas estarem simplesmente não conseguindo enxergar as novas oportunidades. O que eu não acredito muito estar acontecendo, pois trata-se de indústria enorme, competitiva (principalmente por ter entradas cada vez mais facilitadas) e que pra se adaptar a essa "nova realidade" nem seria demandado grande aporte de investimento em novas tecnologias ou coisa do tipo, bastariam algumas configurações novas, apenas.


Tempinho atrás eu li um ótimo e curto livro, que explica parte do problema que existe dentro das empresas, estrategicamente falando, em processar informações e tomar as melhores decisões: https://books.google.com.br/books/about/The_Limits_of_Organization.html?id=55eDQgAACAAJ&redir_esc=y

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In the book, Arrow first shows that the price system is not sufficient in mediating competition and making all things fair. He shows that organizations such as the firm and government serve to make decisions and distribute resources in everyone's best interest. He explains why organizations are more efficient. He explains that authority is necessary for organizations to exercise power and be effective, but responsibility is also necessary to prevent or minimize error. The balance between authority and responsibility being important.

He says, "There is no simple argument, and there are few economists, though perhaps many laymen, who would defend the proposition that there is a simple argument which states that the resulting distribution of income has any special claim to be called just. The price system then does not provide within itself any defensible income distribution and this is a key drawback." This is similar to the point that Mimi and I have been discussing regarding the salaries of CEO's. The price mechanism is not enough and many things are hard to value. He goes on to talk about trust by saying, "Now trust has a very important pragmatic value, if noting else. Trust is an important lubricant of a social system. It is extremely efficient; it saves a lot of trouble to have a fair degree of reliance on other people's word. Unfortunately this is not a commodity which can be bought very easily." Authority and belief in organizations is a way of increasing the efficiency of a system by building trust.

This trust is similar to what the BoJ guys were calling common knowledge which in turn was the collateral for their currency. Since organizations can manage this trust and the balance between authority and responsibility is a significant factor in the effectiveness of organizations, it may be said that the balance between authority and responsibility can account for the level of trust in society which in turns become the collateral behind money.

 Arrow talks about the "codes" within organizations as a way for people to exchange information which in turn allows decisions to be made. Since organization can optimize the way information is dealt with, organizations can have more "channels" and make better decisions. People within organizations exchange information using these codes and have channels within and with the outside. Arrow talks about the method in which these channels develop, are maintained and are used for collecting information used to make decisions. He also says, "this definition of information is qualitative," and also says that, "the value of knowing whether or not A is true may be vastly greater than the value of knowing B's truth-value."

So, it would seem that a robust organization requires authority, responsibility and also a method of making good decisions, which requires maximization information, which is qualitative in nature. How does an organization attract higher value information and allow them to exchange this information effectively within the organization. Arrow talks about the capital investment and the tendency to stick to channels. This means that individuals and organization tend to fixate on specific channels. If the environment requires rapid change, some method in necessary to restructure these channels, value the information, yet retain authority.


http://joi.ito.com/weblog/1998/08/29/comments-on-the.html

Offline Rocky Joe

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« Resposta #198 Online: 18 de Novembro de 2015, 22:44:10 »
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Se há esse nicho inexplorado, alguém fatalmente irá aproveitá-lo e profit.

Enquanto isso, qual o problema dos consumidores pedirem tal nicho, com bandeiras "melhor representação feminina" e etc?

Aproveitando o gancho, uma das graças de entretenimento é a interação público-criadores. Às vezes conservadores parecem querer que esta relação seja de troca de dinheiro, e apenas essa.

No mais boa a discussão sobre brinquedos.

Offline Johnny Cash

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Re:Feminismo
« Resposta #199 Online: 18 de Novembro de 2015, 22:50:40 »
Sobre meninos preferirem carrinhos ou brinquedos de montar, enquanto meninas preferem artefatos mais "humanos", bem como as cores de preferência de cada gênero, me parece ser questão que envolve o desenvolvimento hormonal somado/interferido pelo ambiente de modo geral.

Me parece que num estudo feito na Noruega, um médico foi capaz de identificar que bebês, instantes logo após nascer, que tinham mais testosterona, olhavam mais tempo relativamente falando para figuras com teor abstrato do que para figuras humanas, isso vale pra meninos e meninas. Vários desses garotos foram acompanhados até alguma idade da infância e os que tinham mais testosterona demoraram mais pra aprender a falar e se comunicavam mais "friamente" do que os que tinham menos.

Se não me engano isso aparecia numa espécie de documentário que alguém postou por aqui.

Portanto a indústria deve apenas fazer parte do cenário "ambiental" podendo fazer parte das transformações dele, mas nem sempre tomando as melhores decisões ou sendo capaz brutalmente de conduzir mudança e consequente adesão aos variados tipos de novos produtos mais "inclusivos". Se não me engano, vira e mexe, quando existem novas mercadorias mais "focadas nas mulheres" em diferenciação ao que existe pra todo mundo ou considerado mais orientado aos homens, é encarado também com críticas do tipo: "cês tão achando que mulher não pode usar as mesmas coisas que homem? Que tem que ter o especialzinho?" e por aí vai.

A questão é delicada e muito melindrosa. Com o dinheiro na mão das pessoas, principalmente nos mercados de primeiro mundo, as mulheres já deveriam ser capazes de demandar e comprar o que lhes convêm. Essa luta por representação em video-games... sinceramente...

 

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