Montaigne é um de meus autores preferidos. Não li todos os seus ensaios, mas li uma seleção de seus ensaios que gostei muito (está seleção é citada na minha assinatura), não só pelo seu ceticismo manifestado em vários momentos, ou por sua erudição evidenciada pela qualidade e quantidade de citações de eventos históricos e textos clássicos, em seus textos, mas principalmente pela escrita simples e breve, que deixa a leitura leve. Não é a toa que ele é tido como o criador do gênero ensaio, caracterizado pela escrita breve e informal.
Vou dar uma olhada neste tratado que você citou, se eu gostar do que ver talvez o coloque na lista de minhas próximas leituras.
Os Ensaios de Montaigne tratam de temas variados: "medo, a covardia, a preparação para a morte, a educação dos filhos, a embriaguez, a ociosidade" etc.
Nesse tratado - que por sinal tá esgotado, só se encontra em sebos, eu comprei na estante virtual - o assunto é mais restrito. é um tratado moral, laico, sobre as virtudes. Salvo engano ele trata de 18 virtudes: polidez, coragem, generosidade, fidelidade, etc.
A semelhança com o do Montaigne é que ele traz o que filósofos/pensadores disseram sobre o tema, mas de uma forma prosaica, fácil.
Nesse ponto, ele supera Montaigne, pois como o livro é atual (acho que de 1995), a linguagem é ainda mais acessível.