Autor Tópico: sobre o espiritismo  (Lida 55435 vezes)

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Offline Luis Dantas

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Re: sobre o espiritismo
« Resposta #325 Online: 08 de Maio de 2007, 22:50:44 »
Há trabalhos de pesquisa de qualidade, com critérios e métodos bem definidos na psicologia.  Há muitos que não são, também.  Essa é uma questão interna séria da disciplina e por isso há tanta controvérsia sobre o quanto da psicologia deve ser considerado científico.

No entanto, será que o Espiritismo pode dizer o mesmo?  Em caso positivo, onde estão os trabalhos de qualidade?  Por que não aparecem?
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Offline Nina

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Re: sobre o espiritismo
« Resposta #326 Online: 09 de Maio de 2007, 12:52:44 »
Ah Luis, deve ser a máfia atéia e materialista quem impugna as pesquisas sérias que provam a existência dos espíritos.

:hihi:
"A ciência é mais que um corpo de conhecimento, é uma forma de pensar, uma forma cética de interrogar o universo, com pleno conhecimento da falibilidade humana. Se não estamos aptos a fazer perguntas céticas para interrogar aqueles que nos afirmam que algo é verdade, e sermos céticos com aqueles que são autoridade, então estamos à mercê do próximo charlatão político ou religioso que aparecer." Carl Sagan.

Offline Luis Dantas

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Re: sobre o espiritismo
« Resposta #327 Online: 09 de Maio de 2007, 13:02:18 »
Deve ser.  Nós só fingimos nos desentender sobre outros assuntos para melhor manter o segredo de nossa campanha imperialista materialista hiperista anti-espiritista...
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Offline Nina

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Re: sobre o espiritismo
« Resposta #328 Online: 09 de Maio de 2007, 13:05:10 »
Na verdade é contra qualquer tipo de religião, né? (Não esqueçamos dos ID e outros coitadinhos que não conseguem romper a ditadura darwiniana!)

:P
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Offline Luis Dantas

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Re: sobre o espiritismo
« Resposta #329 Online: 09 de Maio de 2007, 13:07:39 »
Ah, é, eu esqueci.  Tenho faltado a reuniões demais na nossa conspiração mundial.  São os horários de Battlestar Gallactica, sabe?
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Offline Quasar

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Re: sobre o espiritismo
« Resposta #330 Online: 09 de Maio de 2007, 14:12:18 »
Ah, é, eu esqueci.  Tenho faltado a reuniões demais na nossa conspiração mundial.  São os horários de Battlestar Gallactica, sabe?

Melhor ir de leve, do jeito que os crentes não filtram a informação vão acreditar que é isso mesmo.

A propósito em que temporada v/ está de Gallactica?
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Offline Leafar

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Re: sobre o espiritismo
« Resposta #331 Online: 09 de Maio de 2007, 15:46:07 »
Ué? Não era sério esse negócio de Battlestar e conspiração mundial? :hihi: :P
"Ide com a onda que nos arrasta; necessitamos do movimento, que é vida, ao passo que vós nos apresentais a imobilidade, que é a morte.... Queremos lançar-nos à vida, porquanto os séculos vindouros, que divisamos, têm horror à morte." (Obras Póstumas - Allan Kardec).

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Offline zum

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Re: sobre o espiritismo
« Resposta #332 Online: 15 de Maio de 2007, 17:26:41 »
O espíritismo é a religião mais elitista que existe.

Offline Leafar

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Re: sobre o espiritismo
« Resposta #333 Online: 15 de Maio de 2007, 17:53:29 »
E de onde você tirou essa brilhante conclusão, zum?
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Re: sobre o espiritismo
« Resposta #334 Online: 16 de Maio de 2007, 09:39:15 »
E de onde você tirou essa brilhante conclusão, zum?

É generalista, mas talvez ele tenha tirado do livro dos espíritos, onde diz que há classes diferentes e que os mais elevados são os que fazem caridade, etc...

Offline Leafar

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Re: sobre o espiritismo
« Resposta #335 Online: 16 de Maio de 2007, 10:13:46 »
Ah bom!!!

Então ele estaria certo se dissesse que o Espiritismo é composto majoritariamente pela "elite" (os mais elevados), e não que o Espiritismo feche as portas para os menos elevados (o que seria ser elitista). "Não são os sãos que precisam de médicos". Os mais elevados são realmente os que fazem mais caridade.

De qualquer forma, mesmo nos sendo favorável essa informação, é difícil de rastrear para confirmar a sua veracidade.

Obs.: Caridade, sob a ótica espírita, deve ser entendida num sentido mais amplo do que a simples filantropia, que em alguns casos até não representa a verdadeira caridade.

 :wink:

Um abraço.
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Offline Luis Dantas

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Re: sobre o espiritismo
« Resposta #336 Online: 16 de Maio de 2007, 11:08:29 »
Então ele estaria certo se dissesse que o Espiritismo é composto majoritariamente pela "elite" (os mais elevados),

Embora muitos espíritas acreditem nisso com graus diversos de convicção e honestidade, não é verdade.

Citar
e não que o Espiritismo feche as portas para os menos elevados (o que seria ser elitista). "Não são os sãos que precisam de médicos". Os mais elevados são realmente os que fazem mais caridade.

Os "mais elevados" seriam aqueles que optam não por caridade - que é uma atitude condescendente e pretensiosa - mas por integrar-se de fato na responsabilidade social que todos temos.  Claro que não é todo mundo que dá conta de fazer isso regularmente e com satisfação genuína, por isso seria uma elite no verdadeiro sentido da palavra.

Mas o Kardecismo é elitista no sentido de que está o tempo todo fazendo comparações e juízos de valor e põe à Doutrina Espírita e àqueles que a aceitam no topo...

Citar
De qualquer forma, mesmo nos sendo favorável essa informação, é difícil de rastrear para confirmar a sua veracidade.

De forma alguma, é muito fácil comprovar que é falsa.  Se os espíritas fossem verdadeiramente uma elite já teriam mudado o Espiritismo a ponto dele ser irreconhecível (claro que mais rápido e prático é simplesmente deixar o Espiritismo, o que acontece com muitos...)  Em vez disso o que vemos são racionalizações e apego constrangedores a trabalhos sem valor científico, apelos sem fim ao emocional e tentativas de tapar o sol com a peneira diante da evidência da falta de valor espiritual da Doutrina Espírita.

Aliás, para você achar que "ser elite" é algo favorável não deve ter pensado muito no assunto.  Ser elite é uma responsabilidade e até mesmo um fardo, não uma vantagem verdadeira.

Citar
Obs.: Caridade, sob a ótica espírita, deve ser entendida num sentido mais amplo do que a simples filantropia, que em alguns casos até não representa a verdadeira caridade.

 :wink:

E no entanto essa palavra tão pouco adequada continua sendo a mais empregada para a postura espírita... E os espíritas não se preocupam em esclarecer que diferença faz esse sentido supostamente mais amplo.

Que curioso.
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Offline Leafar

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Re: sobre o espiritismo
« Resposta #337 Online: 16 de Maio de 2007, 11:47:37 »
Luis,

Diz o velho ditado que devemos ser simples e não simplistas. Vamos ao que escreveu.

Citação de: Luis Dantas
Embora muitos espíritas acreditem nisso com graus diversos de convicção e honestidade, não é verdade.
Deve ser ilusão de ótica então. Vemos ateístas, céticos e religiosos dos mais fanáticos aos mais moderados; parece também haver pessoas bastante honestas e outras bastante desonestas, em diversos graus, etc… Tenho que comprar alguns "óculos de ver", para tentar enxergar a realidade tão bem quanto você a enxerga…

Citação de: Luis Dantas
Os "mais elevados" seriam aqueles que optam não por caridade - que é uma atitude condescendente e pretensiosa - mas por integrar-se de fato na responsabilidade social que todos temos.  Claro que não é todo mundo que dá conta de fazer isso regularmente e com satisfação genuína, por isso seria uma elite no verdadeiro sentido da palavra.
Você confirmou: Caridade!  Mas num entendimento mais amplo (explico abaixo o que se entende por "amplo").

Citação de: Luis Dantas
Mas o Kardecismo é elitista no sentido de que está o tempo todo fazendo comparações e juízos de valor e põe à Doutrina Espírita e àqueles que a aceitam no topo…
Você não está agora fazendo juízos de valor sobre nós, e nos colocando lá embaixo? Como espírita, eu tenho que considerar o Espiritismo no topo da área do conhecimento que ele abrange. Se eu julgasse haver alguma outra doutrina que o ultrapassasse, eu deixaria de me considerar espírita e me mudaria para essa outra doutrina. Você não é budista porque a julga a melhor filosofia (ou religião, sei lá…) que possa seguir? Se disser que, em sua opinião, há outra melhor, e continua no budismo, você é incoerente.

Citação de: Luis Dantas
De forma alguma, é muito fácil comprovar que é falsa.  Se os espíritas fossem verdadeiramente uma elite já teriam mudado o Espiritismo a ponto dele ser irreconhecível (claro que mais rápido e prático é simplesmente deixar o Espiritismo, o que acontece com muitos…)  Em vez disso o que vemos são racionalizações e apego constrangedores a trabalhos sem valor científico, apelos sem fim ao emocional e tentativas de tapar o sol com a peneira diante da evidência da falta de valor espiritual da Doutrina Espírita.
Há muita gente boa que discorda de você. Estranho porque isso acontece, principalmente em uma doutrina cujos adeptos têm, estatisticamente falando, um alto grau de escolaridade.

Citação de: Luis Dantas
Aliás, para você achar que "ser elite" é algo favorável não deve ter pensado muito no assunto.  Ser elite é uma responsabilidade e até mesmo um fardo, não uma vantagem verdadeira.
Eu não disse que era um privilégio. É somente uma condição, e que tráz muitas responsabilidades.

Citação de: Luis Dantas
E no entanto essa palavra tão pouco adequada continua sendo a mais empregada para a postura espírita… E os espíritas não se preocupam em esclarecer que diferença faz esse sentido supostamente mais amplo.
Caridade, conforme nós a entendemos é: Benevolência para com todos, Indulgência para com as imperfeições alheias e Perdão das ofensas. Quem consegue praticar isso amplamente é a verdadeira "elite".

Um abraço.
« Última modificação: 16 de Maio de 2007, 11:52:31 por Leafar »
"Ide com a onda que nos arrasta; necessitamos do movimento, que é vida, ao passo que vós nos apresentais a imobilidade, que é a morte.... Queremos lançar-nos à vida, porquanto os séculos vindouros, que divisamos, têm horror à morte." (Obras Póstumas - Allan Kardec).

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Offline Luis Dantas

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Re: sobre o espiritismo
« Resposta #338 Online: 16 de Maio de 2007, 12:13:38 »
Luis,

Diz o velho ditado que devemos ser simples e não simplistas. Vamos ao que escreveu.

Citação de: Luis Dantas
Embora muitos espíritas acreditem nisso com graus diversos de convicção e honestidade, não é verdade.
Deve ser ilusão de ótica então. Vemos ateístas, céticos e religiosos dos mais fanáticos aos mais moderados; parece também haver pessoas bastante honestas e outras bastante desonestas, em diversos graus, etc… Tenho que comprar alguns "óculos de ver", para tentar enxergar a realidade tão bem quanto você a enxerga…

Quantas palavras redundantes.  Ainda estamos falando sobre minha afirmação de que os espíritas não são uma elite?  Então sim, você faria bem.

E um dos motivos por que essa característica de elite é e tende a continuar sendo uma pretensão em vez de uma realidade para os espíritas é exatamente essa dificuldade que vocês tem em se livrar pelo menos das amarras mais grosseiras da auto-imagem.  O Espiritismo atrai pessoas egocêntricas e com medos até bastante básicos, a começar pelo de perder entes queridos, e encoraja atitudes egocêntricas e inclusive patológicas com seu discurso.  As personalidades dos espíritas tendem a ser bastante materialistas, fundamentalistas e fanáticas - e pior de tudo, desonestas e desrespeitosas.  É de fato impressionante o quão pasteurizadas as personalidades espíritas tendem a ser, sem sequer ter muita criatividade de discurso ou de vocabulário.

Se não acredita em mim, dê um pulo no Portal do Espírito ou em algum outro fórum espírita.  Aliás, se quiser aproveite para perguntar POR QUE o PE limita o tamanho das mensagens com tanto rigor.  Eu não cheguei a perguntar ainda, mas tenho um palpite...

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Citação de: Luis Dantas
Os "mais elevados" seriam aqueles que optam não por caridade - que é uma atitude condescendente e pretensiosa - mas por integrar-se de fato na responsabilidade social que todos temos.  Claro que não é todo mundo que dá conta de fazer isso regularmente e com satisfação genuína, por isso seria uma elite no verdadeiro sentido da palavra.
Você confirmou: Caridade!

Confirmei a mãe!

"Caridade" pode se parecer grosseiramente com participação social e consideração, mas é algo bem diferente, já a partir da motivação.  E embora nem sempre esteja claro, principalmente nos resultados.

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Mas num entendimento mais amplo (explico abaixo o que se entende por "amplo").

Citação de: Luis Dantas
Mas o Kardecismo é elitista no sentido de que está o tempo todo fazendo comparações e juízos de valor e põe à Doutrina Espírita e àqueles que a aceitam no topo…
Você não está agora fazendo juízos de valor sobre nós, e nos colocando lá embaixo?

A vocês espíritas?  Claro que estou[/b].  Eu não sou cego e não tenho tão pouco contato assim com espíritas ou com a Doutrina Espírita a ponto de me negar o direito de formular um julgamento.

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Como espírita, eu tenho que considerar o Espiritismo no topo da área do conhecimento que ele abrange.

Não, não tem.  Você pode questionar.  Você sabe, rejeitar mentiras, conhece aquela frase?

Isso naturalmente não ajudaria a você continuar espírita, mas isso é um mal menor (se é que é um mal).

Citar
Se eu julgasse haver alguma outra doutrina que o ultrapassasse, eu deixaria de me considerar espírita e me mudaria para essa outra doutrina.

E isso acontece frequentemente.  Você está por acaso defendendo que deve ter apego dogmático ao Espiritismo, mais do que à verdade?

Citar
Você não é budista porque a julga a melhor filosofia (ou religião, sei lá…) que possa seguir? Se disser que, em sua opinião, há outra melhor, e continua no budismo, você é incoerente.

É… mas eu questiono, e não me escondo atrás do Budismo, ou de Ken Wilber, ou de Peter Singer, ou do Agnosticismo, ou do Humanismo Secular.  Essas linhas de pensamento são escolhas minhas e não vice-versa.  Você não me vê citando o Manifesto Humanista ou me justificando com Suttas, porque isso não faria sentido algum.

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De forma alguma, é muito fácil comprovar que é falsa.  Se os espíritas fossem verdadeiramente uma elite já teriam mudado o Espiritismo a ponto dele ser irreconhecível (claro que mais rápido e prático é simplesmente deixar o Espiritismo, o que acontece com muitos…)  Em vez disso o que vemos são racionalizações e apego constrangedores a trabalhos sem valor científico, apelos sem fim ao emocional e tentativas de tapar o sol com a peneira diante da evidência da falta de valor espiritual da Doutrina Espírita.
Há muita gente boa que discorda de você.

E muita mais que concorda, inclusive a maioria dos ex-espíritas que conheço.

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Estranho porque isso acontece, principalmente em uma doutrina cujos adeptos têm, estatisticamente falando, um alto grau de escolaridade.

Em muitos casos é apego e não raramente há um também um toque de consciência pesada.  Além do que, há muito exagero nessa história sobre a cultura dos espíritas.  No frigir dos ovos não é suficiente para reconhecer que Ernani Guimarães não entende de Física, por exemplo.

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Citação de: Luis Dantas
Aliás, para você achar que "ser elite" é algo favorável não deve ter pensado muito no assunto.  Ser elite é uma responsabilidade e até mesmo um fardo, não uma vantagem verdadeira.
Eu não disse que era um privilégio.

Disse que é "favorável ao Espiritismo", o que para mim dá no mesmo.

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É somente uma condição, e que traz muitas responsabilidades.

Traria, sim…

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Citação de: Luis Dantas
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Caridade, conforme nós a entendemos é: Benevolência para com todos, Indulgência para com as imperfeições alheias e Perdão das ofensas. Quem consegue praticar isso amplamente é a verdadeira "elite".

Elite do ego inflado? :)

Sinceramente…
« Última modificação: 16 de Maio de 2007, 12:22:39 por Luis Dantas »
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Re: sobre o espiritismo
« Resposta #339 Online: 16 de Maio de 2007, 19:21:28 »
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E um dos motivos por que essa característica de elite é e tende a continuar sendo uma pretensão em vez de uma realidade para os espíritas é exatamente essa dificuldade que vocês tem em se livrar pelo menos das amarras mais grosseiras da auto-imagem.  O Espiritismo atrai pessoas egocêntricas e com medos até bastante básicos, a começar pelo de perder entes queridos, e encoraja atitudes egocêntricas e inclusive patológicas com seu discurso.  As personalidades dos espíritas tendem a ser bastante materialistas, fundamentalistas e fanáticas - e pior de tudo, desonestas e desrespeitosas.  É de fato impressionante o quão pasteurizadas as personalidades espíritas tendem a ser, sem sequer ter muita criatividade de discurso ou de vocabulário.
Essa prática não é tão incomum na religião, e de certa forma, "recompensas" é um meio de impor o dogma na religião. Basicamente, se resume a "recompensa" pela crença...
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Mas o Kardecismo é elitista no sentido de que está o tempo todo fazendo comparações e juízos de valor e põe à Doutrina Espírita e àqueles que a aceitam no topo…
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Não, a diferença é que a crítica dele tem fundamento. Espíritas serem superiores depende só da fé da parte dos espíritas que crê nisso.
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Como espírita, eu tenho que considerar o Espiritismo no topo da área do conhecimento que ele abrange.
Espíritos ainda nem foram comprovados cientificamente. Querer colocar algum tipo de estudo como primário é... qual termo usar? Exagerado? Pré-conceito?
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Há muita gente boa que discorda de você.
Essa linha de pensamento não vai chegar a lugar algum. Chega a ser irritante a colocação.
Há consenso entre as pessoas? Há consenso entre os especialistas? Moral da história: sempre haverá gente "boa" discordando...
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Caridade, conforme nós a entendemos é: Benevolência para com todos, Indulgência para com as imperfeições alheias e Perdão das ofensas. Quem consegue praticar isso amplamente é a verdadeira "elite".
Caridade não incluiria a solidariedade, o ato de não esperar algo em troca?
Quer dizer, se está fazendo isso porque "faz bem pro ego"...

Offline Leafar

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Re: sobre o espiritismo
« Resposta #340 Online: 16 de Maio de 2007, 23:07:30 »
Citação de: Luis Dantas
Se não acredita em mim, dê um pulo no Portal do Espírito ou em algum outro fórum espírita.  Aliás, se quiser aproveite para perguntar POR QUE o PE limita o tamanho das mensagens com tanto rigor.  Eu não cheguei a perguntar ainda, mas tenho um palpite…
Tá bom, eu não estou agüentando... :grito: Qual é o seu palpite? Eu sou freqüentador assíduo do PE e ainda não percebi outro motivo além de se tentar evitar que se publiquem testamentos no fórum.

Citação de: Luis Dantas
E isso acontece frequentemente.  Você está por acaso defendendo que deve ter apego dogmático ao Espiritismo, mais do que à verdade?
Você não conseguiu mesmo captar a idéia do que eu disse?

Nós aderimos às opiniões que melhor explicam determinada realidade aos nossos olhos. Se amanhã julgasse encontrar outra opinião que melhor explicasse essa determinada realidade, eu mudaria do Espiritismo para essa outra opinião. Eu não sou apegado ao Espiritismo. Eu sou apegado à verdade e à sua busca. A minha estada no Espiritismo é simplesmente uma conseqüência disso.

Citação de: Luis Dantas
É… mas eu questiono, e não me escondo atrás do Budismo, ou de Ken Wilber, ou de Peter Singer, ou do Agnosticismo, ou do Humanismo Secular.  Essas linhas de pensamento são escolhas minhas e não vice-versa.  Você não me vê citando o Manifesto Humanista ou me justificando com Suttas, porque isso não faria sentido algum.
É chato ter que ficar repetindo a toda hora que nós também questionamos. Mas deixa pra lá... A diferença é que no Espiritismo temos os nossos questionamentos racionalmente e satisfatoriamente respondidos. E podemos nos basear nele para analisar a realidade e propor soluções de problemas. Por que não? Caso contrário, seria um filosofia morta e sem utilidade alguma.

Citação de: Ilovefoxes
Essa linha de pensamento não vai chegar a lugar algum. Chega a ser irritante a colocação.
Há consenso entre as pessoas? Há consenso entre os especialistas? Moral da história: sempre haverá gente "boa" discordando…
É normal se irritar quando não se consegue refutar. Não se preocupe, pois acontece com quase todo mundo...

Eu só coloquei isso para mostrar que a parte que "concorda" não era melhor que a parte que "discorda", e vice-versa. Então, o que o Dantas havia escrito era só uma opinião (que diga-se de passagem: muito mal embasada) e nada mais além disso. Quem quiser, que a compre...

Um abraço.
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Offline Luis Dantas

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Re: sobre o espiritismo
« Resposta #341 Online: 17 de Maio de 2007, 02:09:42 »
Citação de: Luis Dantas
Se não acredita em mim, dê um pulo no Portal do Espírito ou em algum outro fórum espírita.  Aliás, se quiser aproveite para perguntar POR QUE o PE limita o tamanho das mensagens com tanto rigor.  Eu não cheguei a perguntar ainda, mas tenho um palpite…
Tá bom, eu não estou agüentando… :grito: Qual é o seu palpite? Eu sou freqüentador assíduo do PE e ainda não percebi outro motivo além de se tentar evitar que se publiquem testamentos no fórum.

Não seja preguiçoso, Leafar... vá atrás você mesmo.

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Citação de: Luis Dantas
E isso acontece frequentemente.  Você está por acaso defendendo que deve ter apego dogmático ao Espiritismo, mais do que à verdade?
Você não conseguiu mesmo captar a idéia do que eu disse?

Consegui sim, mas a entendi melhor em seu alcance e consequências do que você.

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Nós aderimos às opiniões que melhor explicam determinada realidade aos nossos olhos. Se amanhã julgasse encontrar outra opinião que melhor explicasse essa determinada realidade, eu mudaria do Espiritismo para essa outra opinião. Eu não sou apegado ao Espiritismo. Eu sou apegado à verdade e à sua busca. A minha estada no Espiritismo é simplesmente uma conseqüência disso.

Contradição séria essa sua.

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Citação de: Luis Dantas
É… mas eu questiono, e não me escondo atrás do Budismo, ou de Ken Wilber, ou de Peter Singer, ou do Agnosticismo, ou do Humanismo Secular.  Essas linhas de pensamento são escolhas minhas e não vice-versa.  Você não me vê citando o Manifesto Humanista ou me justificando com Suttas, porque isso não faria sentido algum.
É chato ter que ficar repetindo a toda hora que nós também questionamos. Mas deixa pra lá… A diferença é que no Espiritismo temos os nossos questionamentos racionalmente e satisfatoriamente respondidos. E podemos nos basear nele para analisar a realidade e propor soluções de problemas. Por que não? Caso contrário, seria um filosofia morta e sem utilidade alguma.

De fato, é exatamente isso o que o Espiritismo é...
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Re: sobre o espiritismo
« Resposta #342 Online: 17 de Maio de 2007, 08:03:34 »
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Caridade não incluiria a solidariedade, o ato de não esperar algo em troca?
Quer dizer, se está fazendo isso porque "faz bem pro ego"…

Ou porque libera dopamina e dá prazer... :D

Offline Leafar

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Re: sobre o espiritismo
« Resposta #343 Online: 17 de Maio de 2007, 10:31:50 »
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Caridade não incluiria a solidariedade, o ato de não esperar algo em troca?
Quer dizer, se está fazendo isso porque "faz bem pro ego"…

Ou porque libera dopamina e dá prazer… :D
Afff....
"Ide com a onda que nos arrasta; necessitamos do movimento, que é vida, ao passo que vós nos apresentais a imobilidade, que é a morte.... Queremos lançar-nos à vida, porquanto os séculos vindouros, que divisamos, têm horror à morte." (Obras Póstumas - Allan Kardec).

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Offline Nina

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Re: sobre o espiritismo
« Resposta #344 Online: 17 de Maio de 2007, 22:34:32 »
Espíritas podem até não gostar da idéia, mas libera mesmo…

Não podem afirmar que a caridade não aconteça devido a esta sensação de "curtição".

:hihi:
"A ciência é mais que um corpo de conhecimento, é uma forma de pensar, uma forma cética de interrogar o universo, com pleno conhecimento da falibilidade humana. Se não estamos aptos a fazer perguntas céticas para interrogar aqueles que nos afirmam que algo é verdade, e sermos céticos com aqueles que são autoridade, então estamos à mercê do próximo charlatão político ou religioso que aparecer." Carl Sagan.

Atheist

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Re: sobre o espiritismo
« Resposta #345 Online: 18 de Maio de 2007, 07:26:14 »
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Devo concluir também que a questão do livre-arbítrio não existir é igualmente achismo seu, e que essa questão não está resolvida no seu entendimento? Porque essa foi uma das conclusões que você apresentou naquela discussão.

Que fique bem claro. A parte "explicar muita coisa" é minha, mas ela é uma opinião baseada em fatos. A descoberta não diz que não há livre-arbítrio ou escolha. Diz que caridade libera dopamina, e dopamina sabidamente é um neurotransmissor liberado em situações de prazer.

Explica, por exemplo, porque é que o altruísmo pode ser observado em humanos em alguns casos. E explica que, nestes casos, o altruísmo é apenas aparente, pois se você faz algo esperando algo em troca, não é altruísmo. Isso o artigo não diz, mas é o que é possível se levantar através dos dados.


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Eu não vou responder aos outros questionamentos porque eu não quero provar que a psicologia não é uma ciência.

Em muitos aspectos eu concordaria com você. Popper também.


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Se fosse para responder seria para dizer que concordo com a maioria dos argumentos usados para defender o método científico da psicologia.

E quais são?

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O meu objetivo foi só mostrar (a quem quiser enxergar, claro) que se ela é uma ciência, o Espiritismo também o é, pois utiliza-se das mesmas ferramentas de análise e conclusões.

No entanto, muita coisa feita em psicologia não pode ser classificada como ciência moderna, não de acordo com Popper.


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A quantidade de contradições que há para trás já me fez perceber que eu já provei (pelo menos para mim mesmo) o que queria. Se não houver mais nada novo depois deste, eu finalizo a minha participação aqui por hora.

Contradições??? Provou o quê?

Atheist

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Re: sobre o espiritismo
« Resposta #346 Online: 18 de Maio de 2007, 07:38:25 »
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E não venham me dizer que os trabalhos de Sonia Rinaldi, Hernane Guimarães, Ian Stevenson, etc… não são dignos de se auto-denominarem científicos porque isso não passa de uma opinião. Eles seguiram ou seguem toda a metodologia que lhes é possível. Se não fizeram mais é porque não lhes foi possível.

Bom, fiz uma busca no Google Acadêmico, onde podemos encontrar artigos científicos em revistas "peer reviewed" e não encontrei nada de Sonia Rinaldi, apenas livros, e livros não são revisados por pares. Qualquer um pode escrever o que quiser em um livro.

Idem para Hernani Guimarães.

Os trabalhos de Ian Stevenson é preciso analisar com cuidado. Quando estão em revistas de qualidade, em geral são relatos. Outros são publicados na Journal of Scientific Exploration, uma revistinha que publica todo tipo de pseudociência e ciência patológica. Outros estão em revistas de filosofia... Filosofia não é ciência. Os que são sobre experiência "near death" não provam nada. Pessoas podem ter experiência de "retorno da morte" e existem inúmeros motivos cientificamente comprovados para isso, basta não querer que a explicação mais absurda seja a escolhida.

Boa parte da publicação dele não é ciência, não no sentido moderno, por Karl Popper. Relato de casos de supostas reencarnações, não é ciência. Não há método. É só relato. Não há meios de se provar falso ou verdadeiro.

Offline FxF

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Re: sobre o espiritismo
« Resposta #347 Online: 19 de Maio de 2007, 03:18:58 »
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É normal se irritar quando não se consegue refutar. Não se preocupe, pois acontece com quase todo mundo…
Você teve uma ausência epilética ou o que quando escreveu isso??
Usa falácia argumentum ad verecundiam e vem querer se fazer de fodão da discussão...
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A diferença é que no Espiritismo temos os nossos questionamentos racionalmente e satisfatoriamente respondidos.
E é exatamente por isso que você é contrário ao método científico, e como acaba de dizer, estava mentindo para não parecer crédulo ao escrever:

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Nós aderimos às opiniões que melhor explicam determinada realidade aos nossos olhos. Se amanhã julgasse encontrar outra opinião que melhor explicasse essa determinada realidade, eu mudaria do Espiritismo para essa outra opinião. Eu não sou apegado ao Espiritismo. Eu sou apegado à verdade e à sua busca. A minha estada no Espiritismo é simplesmente uma conseqüência disso.
Contradições...
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Caridade não incluiria a solidariedade, o ato de não esperar algo em troca?
Quer dizer, se está fazendo isso porque "faz bem pro ego"…

Ou porque libera dopamina e dá prazer… :D
Afff…
Espíritas podem até não gostar da idéia, mas libera mesmo…

Não podem afirmar que a caridade não aconteça devido a esta sensação de "curtição".

:hihi:
Poxa, assim a gente acaba com a visão de "retribuição espiritual" dele... :histeria:

Offline Nina

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Re: sobre o espiritismo
« Resposta #348 Online: 20 de Maio de 2007, 03:23:35 »
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Espíritas podem até não gostar da idéia, mas libera mesmo…

Não podem afirmar que a caridade não aconteça devido a esta sensação de "curtição".

:hihi:
Poxa, assim a gente acaba com a visão de "retribuição espiritual" dele… :histeria:

Pois é, né? Mas ele pode se conformar que se isso for balela, pelo menos sobra a dopamina, que é real! :P
"A ciência é mais que um corpo de conhecimento, é uma forma de pensar, uma forma cética de interrogar o universo, com pleno conhecimento da falibilidade humana. Se não estamos aptos a fazer perguntas céticas para interrogar aqueles que nos afirmam que algo é verdade, e sermos céticos com aqueles que são autoridade, então estamos à mercê do próximo charlatão político ou religioso que aparecer." Carl Sagan.

Offline Vitor Moura

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Re: sobre o espiritismo
« Resposta #349 Online: 23 de Maio de 2007, 11:53:07 »

Bom, fiz uma busca no Google Acadêmico, onde podemos encontrar artigos científicos em revistas "peer reviewed" e não encontrei nada de Sonia Rinaldi, apenas livros, e livros não são revisados por pares. Qualquer um pode escrever o que quiser em um livro.

Idem para Hernani Guimarães.

Os trabalhos de Ian Stevenson é preciso analisar com cuidado. Quando estão em revistas de qualidade, em geral são relatos. Outros são publicados na Journal of Scientific Exploration, uma revistinha que publica todo tipo de pseudociência e ciência patológica. Outros estão em revistas de filosofia… Filosofia não é ciência. Os que são sobre experiência "near death" não provam nada. Pessoas podem ter experiência de "retorno da morte" e existem inúmeros motivos cientificamente comprovados para isso, basta não querer que a explicação mais absurda seja a escolhida.

Boa parte da publicação dele não é ciência, não no sentido moderno, por Karl Popper. Relato de casos de supostas reencarnações, não é ciência. Não há método. É só relato. Não há meios de se provar falso ou verdadeiro.

Muitos críticos supuseram que a fenomenologia de casos de reencarnação está limitada unicamente a estes relatos de “memórias de renascimento,” fazendo-os pouco mais que anedotas não dignas da construção de um caso. No entanto, este está longe de ser o caso, já que um dos avanços principais no estudo de tais casos foi a descoberta de casos que incluem aspectos de comportamento sociais e mesmo biológicos. Os casos do tipo de comportamento social não só podem incluir memórias de renascimento, mas também exibem pela criança certos comportamentos e características de personalidade que são coerentes com o estilo de vida e/ou personalidade da personalidade prévia.

Aqui estão alguns exemplos ilustrativos: a criança pode mostrar um gosto (ou antipatia) por certos alimentos que a personalidade prévia (des)gostava. Contrária às crenças religiosas tradicionais da família, a criança repentinamente pode rejeitar estas crenças e estritamente seguir as práticas de outra religião coerente com as crenças que a personalidade prévia possuía (p.ex., se a personalidade prévia era Hindu, a criança freqüentemente mostrará uma preferência para crenças Hindu e às vezes estritamente seguir práticas Hindus tal como não comer carne). Uma criança também pode rejeitar seus próprios pais, alegando que seus pais reais vivem na cidade natal da personalidade prévia. Algumas mostraram desejos evidentes de ir a esta cidade natal, seja por exigir que a família o levasse lá, ou por realmente fazer tentativas mal sucedidas para ir lá para encontrar-se com a família da personalidade prévia. Se a criança encontra-se com estes membros da família da personalidade prévia, ela às vezes pode declarar que é relacionada a eles num meio distinto (p.ex., se a criança encontra a filha da personalidade prévia, ela se dirigirá por seu nome específico e/ou declarar que “Você é minha filha.”). Algumas crianças podem mostrar um temor incomum de certos objetos ou lugares, particularmente se parecem estar relacionados em algum modo com a morte da personalidade prévia (p.ex., se a personalidade prévia foi morta por afogamento num lago, a criança mostrará um temor de água e/ou de lagos). Algumas crianças também podem empenhar numa brincadeira que imita a ocupação da personalidade prévia (p.ex., a criança monta uma loja de brincadeira se a personalidade previamente era comerciante, a criança finge esfregar e varrer ruas com vassouras ou galhos se a personalidade era um varredor de ruas, etc.) e/ou brinca com brinquedos que de certa maneira simbolicamente se encaixam com a vida da personalidade prévia (p.ex., a criança pode ter bonecas chamadas à maneira dos próprios filhos da personalidade). E num número raro de casos, a criança pode descrever ser um membro do sexo oposto. Em muitos casos, a criança pode exibir mais que somente um destes aspectos; casos em que dois ou mais mostrados acima parecem particularmente interessantes e algo argumenta contra a possibilidade baseado nas múltiplas correspondências entre o comportamento da personalidade da criança e o da personalidade prévia (para visões gerais interessantes de todos estes e outros aspectos, vide Stevenson, 2000, e Tucker, 2005).

Os casos do tipo biológico incluem estruturas anatômicas incomuns presentes no corpo da criança (tais como marcas de nascimentos congênitas e defeitos de nascimento) que notavelmente correspondem com a localização de uma injúria, ferida, ou desmembramento ao corpo da personalidade prévia que pode ter contribuído com a sua morte. Em alguns casos bem interessantes, isto não é limitado a somente uma estrutura anatômica coincidente (que pode ocorrer apenas por puro acaso), mas estruturas múltiplas no corpo da criança, e às vezes vir juntas com memórias de renascimento (Pasricha, 1998; Stevenson, 1997; Tucker, 2005). Um avanço interessante com referência a estes casos é que seu número informado aumentou desde o livro de Stevenson (1997) sobre eles. Em um caso recente, Keil e Tucker (2000) descrevem uma longa marca de nascimento através da perna direita de um rapaz burmês que notavelmente correspondeu à localização de uma tira fixa de paraquedas. Isto é notável porque acreditou-se que o rapaz talvez fosse a reencarnação do primeiro marido da sua mãe, que era soldado que morreu num exercício de paraquedismo de noite aproximadamente três anos antes do rapaz nascer. Escoriações menores foram notadas na perna direita do soldado (presumivelmente sofridas enquanto tornava-se apertadamente emaranhado nas tiras do pára-quedas enquanto lutava por libertar-se para evitar de afogar-se depois que tinha aterrissado num lago) que corresponderam a marcas de amarras com corda na perna direita do rapaz, e o rapaz também pareceu mostrar memórias vagas de renascimento da morte trágica do soldado quando tinha 3 anos a 5 anos [p.ex., o rapaz falou sobre “vir do céu” (p. 1069), estar emaranhado em cordas, e morrer numa lagoa]. Semelhantemente, o Dr. Stevenson (2001) informou um caso envolvendo uma criança com marcas de nascimentos como cordas ao longo da coxa superior e tornozelos que pareciam corresponder aos locais onde uma corda foi amarrada no corpo da personalidade prévia dobrando-o após ter sido assassinada de modo que seu corpo pudesse ser liquidado arremessando-o para o fundo de um poço. Neste caso também a criança pareceu ter alguma memória da morte da personalidade e da disposição subseqüente do seu corpo. Mais recentemente, Pasricha et al. (2005) informaram 12 casos do tipo reencarnação em que deformações corpóreas foram achadas corresponderem com feridas ou desmembramentos ao corpo da personalidade prévia (8 casos envolvendo anomalias de pele tal como marcas e áreas enrugadas de pele, e 4 casos envolvendo membros do corpo mal formados ou faltantes). Como mencionado, enquanto o acaso pode desempenhar um papel na formação de marcas e defeitos de nascimento no corpo, múltiplos casos de correspondência parecem menos atribuíveis ao acaso e são assim mais interessantes.

Alguns críticos também argumentaram que casos de reencarnação não são particularmente interessantes por causa da possibilidade que eles podem ter sido embelezados quando a família da criança entra em contato com a família da personalidade prévia antes da documentação das memórias de renascimento da criança ter sido feita, aumentando a possibilidade que o câmbio de informação entre as duas famílias possa ser o responsável para as memórias detalhadas da criança, e não reencarnação. Esta hipótese, embora plausível em alguns casos, foi rejeitada pelo outro avanço principal na pesquisa de reencarnação, o de localizar casos em que documentação é feita antes de tentar achar a família da personalidade prévia. Embora seu número seja pequeno (apenas 33 dos 2.500 na coleção da Universidade de Virginia), tais casos parecem fornecer um argumento mais forte contra vazamento sensorial como uma hipótese alternativa. O Dr. Stevenson (1974) foi um dos primeiros a localizar casos como estes, e outros independentemente foram encontrados por Mills, Haraldsson, e Keil (1994), e mais recentemente por Keil e Tucker (2005).

Avanços como estes puseram o caso para reencarnação em bases muito mais firmes. Embora o caso seja ainda um tanto ambíguo dado que outras interpretações além da reencarnação sejam também possíveis (p.ex,. PES da parte da criança), os casos que foram acumulados em conseqüência do dedicado trabalho começado pelo Dr. Stevenson são não obstante interessantes e são de fato dignos de mais estudo.

 

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