Isso me chocou, dado o nível dos artigos que estão na revista…
Eu vejo maiores problemas referentes a estatística e um tanto de ufologia. Mas estatística é um problema geral, todas as revistas, inclusive a Nature, possuem deficiências neste ponto. Há um artigo sobre isso:
http://www.newscientist.com/article.ns?id=dn5051Lembre-se que essa revista foi feita justamente para se discutir assuntos que não pertencem ao mainstream científico, é uma oportunidade dos autores exporem suas idéias mais abertamente, podendo ir contra a corrente principal. Talvez sua ojeriza venha daí.
O que eu quis dizer com "realidade" são as evidências das ciências naturais até hoje encontradas, que são sistematicamente ignoradas pela pseudociência da parapsicologia/espiritismo.
De forma alguma são ignoradas, o livro de Jim Tucker, Life Before Life, lançado em 2005, trata em um capítulo dele exclusivamente de responder às críticas mais comuns.
Aliás, não entendo porque você critica quando eu digo que os experimentos foram mal conduzidos quando afirma também que um experimento que mostrou que a menina Natasha não tem poder algum foi mal conduzido… Dois pesos e duas medidas?
A diferença é que eu li um experimento específico e pude perceber os problemas. Vc, não sei como, fez uma análise geral - de todos os experimentos?! - de um material que vc simplesmente não leu.
A base são os anos de ciência aplicada com método.
Que simplesmente NÃO descartam as hipóteses levantadas.
Certamente, mas é necessário uma prova de que exista. O simples fato de podermos imaginar tal coisa não significa possibilidade de existência. Basta testar. Mostrar as evidências. Realizar experimentos. Mostrar as bases para as alegações. Demonstrar por que as explicações naturais não podem ser utilizadas.
Infelizmente, não é só isto que basta. Se isso bastasse, a aceitação do radar do morcego teria acontecido mais de cem anos antes do que ocorreu. Quer ler a respeito? Link abaixo:
http://br.geocities.com/existem_espiritos/ceticismo_impede_progressoNada prova que consciência não seja atividade cerebral. Sobre isso já escrevi. Uma vez que sem vida a atividade cerebral cessa, concluímos o quê?
Podemos considerar o exemplo moderno da televisão. Se sua televisão quebra, o fluxo de imagens que fornecia não está mais presente para você desfrutar, mas desde que simplesmente transmitia essas imagens em vez de criá-las, os programas de televisão continuam a existir até que você ache outra televisão para trazer essas imagens a vida em seu lar. Semelhantemente, a consciência que achou expressão no mundo natural por um cérebro particular pode continuar depois que esse cérebro se deteriora ou morre, e então pode associar-se com um novo cérebro, um novo transmissor, numa data posterior.
Embora esta linha de raciocínio não prove que tal fenômeno realmente aconteça, a idéia que o cérebro produz a consciência não é mais simples nem crível em si que qualquer outra teoria, tal como a proposta que é um órgão que transmite consciência. De fato, a ciência fez pouco mais progresso hoje em alvejar uma fonte de consciência no cérebro do que tinha há 100 anos.
Já comentei: a Nature já errou várias vezes. Houve algum experimento corroborando?
Vários. Há as marcas de nascença experimentais e alguns casos em que as crianças foram submetidas a controle experimental. Dois desses casos vc encontra aqui:
http://br.geocities.com/existem_espiritos/reencarnacao_experimental_01http://br.geocities.com/existem_espiritos/reencarnacao_experimental_02Sobre marcas de nascença experimentais, extraio um trecho de um capítulo do livro de Jim Tucker:
"[...]marcas de nascimento experimentais são praticadas em vários países asiáticos. Alguém, normalmente um membro de família ou um amigo íntimo da família, faz uma marca no corpo de uma pessoa moribunda ou morta, freqüentemente com fuligem ou pasta, na crença que quando o indivíduo renascer, o bebê carregará uma marca de nascimento que corresponde à marca feita no corpo. O marcador freqüentemente diz uma oração enquanto faz a marca, pedindo que a pessoa moribunda leve a marca com ela ao novo corpo. Uma criança posteriormente nasce com uma marca de nascimento que é dita combinar com a marcação feita no corpo.
O Dr. Stevenson foi a primeira pessoa no Ocidente a plenamente documentar esta prática, mas outro autores a mencionam. Por exemplo, o Dalai Lama escreveu na sua autobiografia sobre um caso que ocorreu na sua família. Seu irmão mais jovem morreu aos dois anos de idade. Uma marca pequena foi feita no corpo do rapaz com gordura de manteiga depois que morreu, e sua mãe subseqüentemente deu à luz outro filho que teve uma marca pálida no seu corpo no mesmo lugar onde o primeiro corpo tinha sido marcado.
Esse caso é claramente típico dos casos que nós achamos. O Dr. Stevenson descreve vinte de tais casos em Reencarnação e Biologia, e Jürgen Keil e eu achamos dezoito mais durante viagens a Tailândia e Myanmar. Nestes casos, a marca normalmente é feita com a expectativa que o indivíduo reencarnado que carrega a marca nascerá na mesma família que a do indivíduo morto, e quinze de nossos dezoito casos eram da mesma família. Isto pareceria diminuir as possibilidades que a marcação e a marca de nascimento combinassem simplesmente por pura coincidência, comparada com uma situação onde qualquer bebê na área poderia ser considerado o renascimento do indivíduo morto.
Além do mais, em seis de nossos dezoito casos, as crianças também tinham feito declarações que se relacionaram à vida prévia, e algumas outras crianças eram tão jovens quando nós as vimos que elas podem ter mais tarde feito declarações. Alguns casos caracterizam comportamentos assim como declarações que sugerem uma conexão entre o indivíduo e a personalidade prévia, enquanto em outros, a marca de nascimento é o único sinal de uma conexão.
Um caso que o Dr. Keil e eu investigamos pode servir como um bom exemplo. Kloy Matwiset é um rapaz que nasceu na Tailândia em 1990. Onze meses antes dele nascer, sua avó materna morreu de diabete. Antes dela morreu, contou a sua nora que ela gostaria de renascer como homem de modo que pude ter uma amante como seu marido tinha. No dia seguinte que morreu, sua nora usou uma pasta branca para fazer uma marca na parte inferior de tras do seu pescoço de modo que pudesse reconhecer sua sogra quando ela renascesse.
A mãe de Kloy teve um sonho anunciador quando estava grávida de três meses em que a avó disse que queria renascer dela. Sua mãe tinha visto a marca feita no corpo da avó. Quando Kloy nasceu, notou que tinha uma marca de nascimento nas costas do seu pescoço no mesmo lugar onde a marca tinha sido feita. Encontramo-lo e vimos uma empalidecida descoloração vertical muito notável atrás do seu pescoço que tinha uma forma que correspondia a um dedo fazendo uma marca para baixo do seu pescoço. O marcador confirmou que esta marca de nascimento incomum estava no mesmo lugar que ela tinha marcado o corpo da sua avó.
Quando Kloy era bastante jovem, fez várias declarações sobre a vida prévia. Disse que era sua avó e contou a sua mãe que ele era sua mãe. Ele também disse que o campo de arroz da sua avó pertenceu a ele. Além do mais, mostrou um número de comportamentos femininos. Disse que queria ser menina, e quando uma criança jovem, ele geralmente sentava-se para urinar. Ele também se divertia usando roupas de mulheres e usava o batom da sua mãe, brincos, e vestidos muitas vezes. Na escola, se divertia brincando e estudando com as meninas ao invés dos rapazes, e ele não se empenhava em comportamentos masculinos típicos de rapazes nessa área tais como subir em árvores. Ambos dos seus pais se queixavam sobre seus comportamentos femininos, e disseram que eles nunca conversaram a ele sobre ser o renascimento da sua avó."É preciso ver de que maneira cada artigo é abordado em determinadas revistas. Quantas são especulações ou estudos de casos? Quantas são experimentos que demonstram os mecanismos, as bases para comprovar as especulações?
Os experimentos sãos os dois últimos, o artigo da Semina (se vc chamar uma psicografia que passou num exame grafoscópico de experimento) e o experimento triplo cego de 2007.
Os melhores estudos de caso vc encontra em "Three New Cases of the Reincarnation Type in Sri Lanka with Written Records Made before Verification (1988)", nesse artigo é dito:
"Três novos casos no Sri Lanka de crianças que afirmam se lembrar de vidas passadas foram identificados antes das declarações feitas pelas mesmas crianças terem sido verificadas. Os autores fizeram um registro escrito do que foi dito por elas e posteriormente localizaram uma família que correspondia às declarações das crianças.Embora nenhuma destas tenha dito o nome do falecido cuja vida pareciam se lembrar, todas forneceram detalhes que, reunidos, eram suficientemente específicos para identificar uma pessoa em particular como a única pessoa que correspondia às afirmações da criança.Cuidadosas investigações sobre as possibilidades de comunicação normal de informações de uma família para a outra antes do caso se desenvolver não forneceram qualquer sinal de tal comunicação e faz parecer quase impossível que isto possa ter ocorrido. Os dados escritos sobre exatamente aquilo que foi dito pela criança em relação à vida pregressa faz com que seja possível excluir distorções de lembranças das declarações da criança da parte de informantes depois das duas famílias referidas terem se encontrado. As crianças parecem ter demonstrado um conhecimento paranormal a respeito das pessoas falecidas que eram, anteriormente, completamente desconhecidas para suas famílias." A maior parte é estudo de caso, onde os pesquisadores abordam alguns temas e colocam a reencarnação como possibilidade, baseado na opinião dos autores. Evidências? Nenhuma.
Você leu o artigo de 1988? Dizer que não há evidência alguma demonstrada naquele artigo chega a ser absurdo para mim.
Achei que o último artigo teria algo útil a ser acrescentado, mas vi que não realizaram o experimento teste, usando "não médiuns" para saber qual seria a margem de acerto.
Usaram leituras controles, que é para eliminar o efeito Forer. Esse tipo de medida é recomendada até pelo Dicionário Cético:
http://skepdic.com/brazil/forer.html"… um teste adequado deveria primeiramente obter leituras feitas para um grande número de clientes, e então remover os nomes dos perfis (codificando-os de forma que possam mais tarde ser associados a seus respectivos donos). Após cada um dos clientes ler todos os perfis de personalidade, seria solicitado a cada um que escolhesse aquele que melhor o descrevesse. Se o leitor tiver realmente incluído material unicamente pertinente o bastante, os membros do grupo, em média, devem ser capazes de exceder o esperado pelo acaso ao escolher, do conjunto de perfis, qual o seu."Além disso, o experimento não descarta a leitura fria, embora isso não seja citado.
Descarta sim:
"O projeto triplo-cego com êxito elimina todas as fontes potenciais conhecidas de dicas sensoriais e convencionais vieses de julgamento: (a) os médiuns não foram fornecidos com qualquer dica sensória dos assistentes ausentes e estavam cegos a informações sobre os assistentes ou desencarnados (além do primeiro nome do desencarnado), (b) o experimentador não pode fornecer sinais já que estava cego à identidade dos assistentes e desencarnados, e (c) os assistentes eram cegos a qual leitura do par era a pretendida para eles durante a pontuação assegurando que seus vieses igualmente influenciariam as avaliações de ambas as leituras. O projeto experimental também elimina a possibilidade de fraude à mesma extensão como qualquer estudo que envolve indivíduos humanos: (a) os médiuns e assistentes nunca interagiram em qualquer meio, (b) os médiuns nunca estiveram no laboratório, (c) os assistentes estavam no laboratório sob supervisão e só durante a pontuação, (d) o experimentador que treinou os assistentes logo antes da pontuação estava cego à origem das leituras. "Como eu já disse, experimentos mal conduzidos e explicações que estão longe da imparcialidade - ciência patológica.
Como disse, não leitura (ou mal leitura) das pesquisas parapsicológicas.
Abraço,
Vitor