Autor Tópico: sobre o espiritismo  (Lida 55437 vezes)

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Offline Vitor Moura

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Re: sobre o espiritismo
« Resposta #375 Online: 24 de Maio de 2007, 22:56:59 »

Estas informações contrariam quaisquer outras teorias científicas referentes a consciência ser produto do cérebro. Ocorre a contradição entre o conhecimento científico atual. Por isso dúvido e penso ser provável este fato ser uma coincidência, ou ter outras possíbilidades de explicação.

Um meio simples de ilustrar a falácia do argumento neurocientífico de que o cérebro = mente é por analogia com compreensão de como um rádio funciona. Digamos que você nada sabe sobre física. Escuta a um talk show num rádio e fica curioso sobre de onde as vozes vêm. Você pega o rádio e logo avisa que há uma correlação um-para-um entre as vozes e as correntes elétricas nos circuitos do rádio. Você logicamente conclui que as vozes obviamente são causadas pelo próprio rádio. Se estraga parte do rádio para provar seu ponto, então as vozes tornar-se-ão degradadas ou desaparecerão todas. Caso encerrado.

O cérebro como um gerador da mente é a explicação predominante nas neurociências, mas o cérebro como um receptor da mente fornece resultados idênticos. Se alguém ignora os dados de psi então o modelo de gerador parece suficiente. Mas se alguém aceita os dados de psi, o modelo de receptor começa a parecer mais atraente.

Recomendo um novo livro, Irreducible Mind: Toward a Psychology for the 21st Century [Mente Irredutível: Em direção a uma Psicologia para o Século 21], para uma revisão acadêmica compreensiva da evidência (mais do que apenas psi) sugerindo que o cérebro como receptor é um melhor modelo da mente do que cérebro como gerador. O primeiro modelo tem conseqüências profundas para revisar nosso entendimento científico de quem e o que nós somos, que é uma das razões da corrente neuroscientífica principal tende a ignorar a evidência contrabalançante.

Não estou ofedendo, estou falando o óbvio, o texto que passou supõe vidas prévias como causa de más formação. Não vejo imparcialidade nenhuma em tais pesquisas a começar pelos pesquisadores.

A idéia do "pesquisador imparcial e isento" a filosofia da ciência já acabou há muito tempo...

E ao inferir que más formações são decorrentes de vidas prévias está induzindo a reencarnação.

Os casos são sugestivos disso. Mas o próprio artigo salienta que a evidência não seria conclusiva, embora aponte nesta direção.


 Caso ocorra não seria estudado por cientístas que acreditam na reencarnação. Seria apenas mais uma fantasia normal de criança. 

Aí vc está sugerindo um tremendo "efeito gaveta". E há cientistas que pesquisam estes casos que não acreditam na reencarnação, preferindo uma explicação por percepção extra-sensorial. E mais ainda: nos casos em que não se descobriu ainda a quem a criança se refere, os pesquisadores desses fenômenos pesquisam tais casos justamente para saber se pode ser uma fantasia ou não.

A consciênciologia e projeciologia.

Ah, Waldo Vieira...minha mãe comprou aqueles tomos todos, acredita?

Mas hoje vejo como pseudo-ciências por terem como pressuposto a reencarnação que chamam de multisseries existenciais.

Não é por ter pressuposto a reencarnação que aquilo é pseudo-ciência, os motivos são outros...fora o jargão extremamente complicado, o método de pesquisa não é válido, ele recomenda que as próprias pessoas vivenciem o fenômeno como se isso fosse uma prova do fenômeno. Por isso é pseudo-ciência. Usuários de drogas vêem as paredes respirarem, não é porque vivenciam isso que é real. Esse é o verdadeiro problema da conscienciologia.

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Offline Vitor Moura

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Re: sobre o espiritismo
« Resposta #376 Online: 24 de Maio de 2007, 23:00:36 »
O fato de as duas personalidades estarem tão próximas na maioria dos casos é evidência de que de alguma forma a criança ficou sabendo da história anterior, provavelmente por comentários dos parentes e acabou "assumindo o papel" do morto.

Bom, então não seria coincidência, certo? Agora, mesmo numa distância curta como a encontrada nestes casos, há fatores que impedem um vazamento sensorial, por exemplo, o sistema de castas na Índia. Esse sistema permite um isolamento entre as famílias envolvidas por vezes maior do que qualquer distância geográfica poderia oferecer.

Um abraço,
Vitor

Offline Luis Dantas

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Re: sobre o espiritismo
« Resposta #377 Online: 24 de Maio de 2007, 23:06:47 »
Decretar que o sistema de castas isola as famílias mais do que "qualquer distância geográfica" pode ser uma frase de certo efeito poético, mas também é forçar muito a mão e desistir de objetividade.

Afinal, o que te garante que pessoas que vivem próximas são tão desinformadas umas sobre as outras?  Espero que não seja apenas o sistema de castas, que por sinal é inclusive ilegal na Índia atual - e em qualquer hipótese não seria essa proteção hermética toda.
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Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Vitor Moura

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Re: sobre o espiritismo
« Resposta #378 Online: 24 de Maio de 2007, 23:11:53 »
Oi, Luís

a religião também é outro fator que permite um forte isolamento entre as famílias.  Veja este artigo: http://br.geocities.com/existem_espiritos/muculmanos_01

Um abraço,
Vitor

PS: vou dormir agora...
« Última modificação: 24 de Maio de 2007, 23:14:18 por Vitor Moura »

Offline Luis Dantas

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Re: sobre o espiritismo
« Resposta #379 Online: 24 de Maio de 2007, 23:22:16 »
Mudou de assunto mesmo, hein...
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Offline Adriano

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Re: sobre o espiritismo
« Resposta #380 Online: 24 de Maio de 2007, 23:44:09 »
Um meio simples de ilustrar a falácia do argumento neurocientífico de que o cérebro = mente é por analogia com compreensão de como um rádio funciona. Digamos que você nada sabe sobre física. Escuta a um talk show num rádio e fica curioso sobre de onde as vozes vêm. Você pega o rádio e logo avisa que há uma correlação um-para-um entre as vozes e as correntes elétricas nos circuitos do rádio. Você logicamente conclui que as vozes obviamente são causadas pelo próprio rádio. Se estraga parte do rádio para provar seu ponto, então as vozes tornar-se-ão degradadas ou desaparecerão todas. Caso encerrado.
Dizer que o cérebro é um receptor da mente não é adequado. E não é por usar uma analogia que se torna verdadeira a sua suposição. Apenas expões o seu ponto de vista.

O cérebro como um gerador da mente é a explicação predominante nas neurociências, mas o cérebro como um receptor da mente fornece resultados idênticos.
O cérebro não é receptor da mente é o gerador. É apenas uma hipótese para se adequar a reencarnação.

Se alguém ignora os dados de psi então o modelo de gerador parece suficiente. Mas se alguém aceita os dados de psi, o modelo de receptor começa a parecer mais atraente.
E eu ignoro os dados psi, aliás o ceticismo procura desmascarar estas farsas. Há muitos bons sites demonstrando as incoerencias de tais suposições. 

Recomendo um novo livro, Irreducible Mind: Toward a Psychology for the 21st Century [Mente Irredutível: Em direção a uma Psicologia para o Século 21], para uma revisão acadêmica compreensiva da evidência (mais do que apenas psi) sugerindo que o cérebro como receptor é um melhor modelo da mente do que cérebro como gerador.

O primeiro modelo tem conseqüências profundas para revisar nosso entendimento científico de quem e o que nós somos, que é uma das razões da corrente neuroscientífica principal tende a ignorar a evidência contrabalançante.
Somos seres humanos, animais biológicos e a ciência juntamente com a filosofia nos responde essas questões com muito detalhamento. O problema das linhas alternativas é querer discordar do que está estabelecido cientificamente através de distorções científicas e filosóficas, muitas vezes se utilizando da religião.

A consciênciologia e projeciologia.

Ah, Waldo Vieira…minha mãe comprou aqueles tomos todos, acredita?

Eu comprei todos na época também. E gostava muito da leitura e da "pratica energética". Fazia muito sentido pra mim a explicação parapsicológica de uma consciência independente do corpo e que poderia sair e voltar quando quizesse.

Não é por ter pressuposto a reencarnação que aquilo é pseudo-ciência, os motivos são outros…fora o jargão extremamente complicado, o método de pesquisa não é válido, ele recomenda que as próprias pessoas vivenciem o fenômeno como se isso fosse uma prova do fenômeno. Por isso é pseudo-ciência. Usuários de drogas vêem as paredes respirarem, não é porque vivenciam isso que é real. Esse é o verdadeiro problema da conscienciologia.
Eu vejo no pressuposto da reencarnação o erro principal, e os demais princípios que podemos chamar de dogmas. A idéia de neologismo me agradava, e o método de escrita deles me influencia ainda. É bem metódico.
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

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Re: sobre o espiritismo
« Resposta #381 Online: 25 de Maio de 2007, 07:35:44 »
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O cérebro como um gerador da mente é a explicação predominante nas neurociências, mas o cérebro como um receptor da mente fornece resultados idênticos. Se alguém ignora os dados de psi então o modelo de gerador parece suficiente. Mas se alguém aceita os dados de psi, o modelo de receptor começa a parecer mais atraente.

É preciso que seja demonstrado como o cérebro agiria como receptor. A neurociência demonstra que as atividades cerebrais acontecem sempre da mesma forma: despolarização da membrana pela abertura de canais de sódio e potássio, repolarização pela ATPase sódio/potássio, produção de neurotransmissores (via controle genético), mobilização de neurotransmissores, que são moléculas que podem ser medidas e quantificadas, liberação dos neurotransmissores na fenda sináptica, ligação dos neurotransmissores em receptores (também produzidos via controle genético) no neurônio seguinte, despolarização da membrana do neurônio seguinte pela abertura de canais de sódio e potássio, e assim por diante. É pura química, que pode ser quantificada, mensurada.

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A idéia do "pesquisador imparcial e isento" a filosofia da ciência já acabou há muito tempo…

Interessante você ter tocado neste assunto. Existe uma frase interessante que diz que "se você acredita que a chuva é enviada por duendes, toda vez que chove você tem provas da existência de duendes". Existem cientistas não espíritas que aceitam essas teorias de nova física e nova biologia?

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Re: sobre o espiritismo
« Resposta #382 Online: 25 de Maio de 2007, 07:37:45 »
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E o duende vive com seu pote de ouro no fim do arco-íris, mas como o arco-íris não tem fim, a existência de duendes é refutada por isso (entre vários outros problemas, já que eles são seres mágicos, e aí vc introduziria mais um elemento no universo, a mágica…).

Qual a diferença em relação a deuses, espíritos, umbral, outros mundos habitados, ligação de espírito com matéria, reencarnação, etc., etc., etc.?

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Re: sobre o espiritismo
« Resposta #383 Online: 25 de Maio de 2007, 08:00:34 »
Nenhum dos artigos passa por um crivo de ciência de verdade, com método e sem deturpação ou explicações absurdas. Existem revistas peer-reviewed e revistas peer-reviwed. Até a Nature já publicou porcaria, imaginem as Journal of Scientific Exploration da vida… O que você mandar para essa revista você publica, não importa qual o argumento que você utilize. Isso não é ciência, é deturpação da ciência.

Eu já mandei um artigo pro Jornal of Scientific Exploration e não foi aceito. Ainda tenho a resposta deles, segue abaixo:

Isso me chocou, dado o nível dos artigos que estão na revista…

A expressão "fato real" é redundante, se é fato, é real, não há fato inventado. Colocar aspas em cientistas é meramente um esforço desesperado para tentar minar a reputação deles. Dizer que as explicações não são coerentes com a relidade pressupõe que vc conhece toda a realidade, e isso sim é absurdo. Dizer que não há evidências que comprovem espíritos e que os testes foram mal conduzidos pressupõe que vc já leu toda a literatura parapsicológica a respeito, o que também é absurdo. Enfim, vc fala e fala, mas é nítido que sua base para afirmar o que diz é mais fina do que um fio de cabelo

O que eu quis dizer com "realidade" são as evidências das ciências naturais até hoje encontradas, que são sistematicamente ignoradas pela pseudociência da parapsicologia/espiritismo.

Aliás, não entendo porque você critica quando eu digo que os experimentos foram mal conduzidos quando afirma também que um experimento que mostrou que a menina Natasha não tem poder algum foi mal conduzido… Dois pesos e duas medidas?

E nisso vc mesmo acaba deturpando a ciência, impedindo o progresso científico, fazendo afirmações sem base.

A base são os anos de ciência aplicada com método.


Ajudaria aos céticos que proclamam este argumento especificar o que é que eles consideram como prova extraordinária. Doutra forma, permanecendo arbitrariamente, este argumento pode ser utilizado independentemente da prova que é apresentada. A definição de “afirmações extraordinárias” varia, pois é baseada nas crenças e experiências já existentes. Ninguém tem os mesmos critérios para concordar ou não se alguma afirmação é extraordinária ou normal. Suponhamos que somos peixes, por exemplo, que vivendo sempre debaixo de água sem ver ou ouvir terra. A afirmação de que a terra existe acima de água seria extraordinária para nós, mas não para as criaturas que vivem na terra. Obviamente que só porque a afirmação de terra para nós, peixes, é extraordinária, não significa que a terra não exista.

Certamente, mas é necessário uma prova de que exista. O simples fato de podermos imaginar tal coisa não significa possibilidade de existência.


A questão é que uma afirmação extraordinária não é extraordinária para todos. O que é fora do comum para uns é normal e natural para outros, dependendo do seu nível de consciência e experiência. Por exemplo os nossos carros, rádios e telemóveis são extraordinários para as tribos nativas de algumas partes remotas de África, mas normais para nós. A melhor solução, na minha opinião, é todos colocarem as cartas na mesa e honestamente especificar as suas crenças. Tal deveria ser feito para explanar expectativas e levar a uma mútua compreensão de ambas as partes.

Basta testar. Mostrar as evidências. Realizar experimentos. Mostrar as bases para as alegações. Demonstrar por que as explicações naturais não podem ser utilizadas.

A crença materialista é de que a consciência não sobrevive após a morte. Isso é pura crença, isso nunca foi provado.

Nada prova que consciência não seja atividade cerebral. Sobre isso já escrevi. Uma vez que sem vida a atividade cerebral cessa, concluímos o quê?

A Nature já divulgou as pesquisas de reencarnação:

Reincarnation: Karma Revealed, or Nearly (1970)  Nature 227, 1293-1293 (26 Sep 1970) New World

Essa matéria publicada na Nature vc encontra traduzida aqui: http://br.geocities.com/existem_espiritos/reencarnacao_nature

Já comentei: a Nature já errou várias vezes. Houve algum experimento corroborando?

Revistas respeitáveis já publicaram artigos sobre a questão de vida após a morte, por exemplo, a JAMA, o Journal of Nervous and Mental  Disease, a Lancet, a Medical Hypotheses, o Journal of Near dath Studies, o Am J Psychiatry.

É preciso ver de que maneira cada artigo é abordado em determinadas revistas. Quantas são especulações ou estudos de casos? Quantas são experimentos que demonstram os mecanismos, as bases para comprovar as especulações?
 

Tudo bem aí vai a lista:

01- Near-Death Experiences: Relevance to the Question of Survival after Death (Jul 1979)  JAMA 1979 Jul 20;242(3):265-7  Dr. Ian Stevenson e Dr. Bruce Greyson

02- A Case of Secondary  Personality with Xenoglossy (1979) American Journal of Psychiatry, 1979, 136, pp. 1591-1592 Stevenson, I., e Parisha, S.
 
03- The Explanatory Value of the Idea of Reincarnation (1977) Journal of Nervous and Mental Disease. 164:305-326 Ian Stevenson

04- American Children Who Claim to Remember Previous Lives (1983) Journal of Nervous and Mental  Disease. 171:742-748 Ian Stevenson
 
05-Three New Cases of the Reincarnation Type in Sri Lanka with Written Records Made before Verification (1988) Journal of Nervous and Mental Disease:  Ian Stevenson e Godwin  Samararatne

06- Past lives of twins(1999 Apr). Lancet 1999 Apr 17; 353 (9161):1359-60 Stevenson I.

07-O fenômeno das alegadas memórias de vidas passadas: interpretações possíveis e importância (2000)
 Medical Hypotheses 54(4), 652-659 Ian Stevenson

08- Cases of the Reincarnation Type with Memories from the Intermission Between Lives (2005)
 Journal of Near-Death Studies 23(2):101-118 Poonam Sharma e Dr. Jim B. Tucker
 
09- Revisão do livro “Casos Europeus do Tipo Reencarnação” (abril de 2005) Am J Psychiatry 162:823-824, April 2005 Remi J. Cadoret

10- A Psicografia à Luz da Grafoscopia (Setembro de 1990)  Revista Semina, Vol. 11, Edição Especial, pgs.59/71, Universidade Estadual de Londrina Carlos Augusto Perandréa
 
11- Anomalous Information Reception by Research Mediums Demonstrated Using a Novel Triple-Blind Protocol Explore The Journal of Science and Healing Volume 3, Issue 1, Pages 23-27 (January 2007)
 Julie Beischel, PhD1, Gary E. Schwartz, PhD1



A maior parte é estudo de caso, onde os pesquisadores abordam alguns temas e colocam a reencarnação como possibilidade, baseado na opinião dos autores. Evidências? Nenhuma. Achei que o último artigo teria algo útil a ser acrescentado, mas vi que não realizaram o experimento teste, usando "não médiuns" para saber qual seria a margem de acerto. Além disso, o experimento não descarta a leitura fria, embora isso não seja citado. Como eu já disse, experimentos mal conduzidos e explicações que estão longe da imparcialidade - ciência patológica.

Offline Vitor Moura

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Re: sobre o espiritismo
« Resposta #384 Online: 25 de Maio de 2007, 10:41:03 »
Dizer que o cérebro é um receptor da mente não é adequado. E não é por usar uma analogia que se torna verdadeira a sua suposição. Apenas expões o seu ponto de vista.
 O cérebro não é receptor da mente é o gerador. É apenas uma hipótese para se adequar a reencarnação.

Não é só reencarnação, mas telepatia, precognição, clarividência, eqm... e vc não pode afirmar que o cérebro é o gerador da mente, vc não tem provas disso. Vc pode considerar esse modelo suficiente, jamais o único possível.

E eu ignoro os dados psi, aliás o ceticismo procura desmascarar estas farsas. Há muitos bons sites demonstrando as incoerencias de tais suposições. 

Conheço vários desses sites, como o Dicionário Cético. Esses sites incorrem em graves deficiências.

Somos seres humanos, animais biológicos e a ciência juntamente com a filosofia nos responde essas questões com muito detalhamento.

Não disse que não responde. Mas é a resposta certa, ou a única possível?

O problema das linhas alternativas é querer discordar do que está estabelecido cientificamente através de distorções científicas e filosóficas, muitas vezes se utilizando da religião.

O problema maior é falar do que se desconhece, talvez por só ter analisado um lado da questão (viés seletivo)...quantos autores parapsicológicos vc já leu, por exemplo?

Eu comprei todos na época também. E gostava muito da leitura e da "pratica energética". Fazia muito sentido pra mim a explicação parapsicológica de uma consciência independente do corpo e que poderia sair e voltar quando quizesse.

Isso não é uma explicação parapsicológica. A própria parapsicologia entende que esses fenômenos não são muito bem controláveis, ninguém tem a capacidade de controlá-los 100%. Ou seja, esse lance de "sair e voltar quando quiser" não é uma explicação parapsicológica.

Eu vejo no pressuposto da reencarnação o erro principal, e os demais princípios que podemos chamar de dogmas. A idéia de neologismo me agradava, e o método de escrita deles me influencia ainda. É bem metódico.

Bom...eu não achei tão metódico assim, mas tudo bem, ambos concordamos que é pseudo-ciência, embora por motivos diferentes.

Abraço,
Vitor

Offline Luis Dantas

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Re: sobre o espiritismo
« Resposta #385 Online: 25 de Maio de 2007, 11:07:31 »
Você quer partir do diagnóstico pronto para encontrar um médico que o valide, Vitor...
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Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Vitor Moura

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Re: sobre o espiritismo
« Resposta #386 Online: 25 de Maio de 2007, 11:11:29 »
É preciso que seja demonstrado como o cérebro agiria como receptor. A neurociência demonstra que as atividades cerebrais acontecem sempre da mesma forma: despolarização da membrana pela abertura de canais de sódio e potássio, repolarização pela ATPase sódio/potássio, produção de neurotransmissores (via controle genético), mobilização de neurotransmissores, que são moléculas que podem ser medidas e quantificadas, liberação dos neurotransmissores na fenda sináptica, ligação dos neurotransmissores em receptores (também produzidos via controle genético) no neurônio seguinte, despolarização da membrana do neurônio seguinte pela abertura de canais de sódio e potássio, e assim por diante. É pura química, que pode ser quantificada, mensurada.

Já discuti isso com um amigo meu, Guilherme, que é médico. Ele disse o seguinte:

Assim como as células musculares, neurônios são células excitáveis. Isso significa que uma determinada descarga elétrica desencadeia algumas alterações na membrana citoplasmática e em seguida toda uma cascata de eventos intracelulares. Além da excitabilidade elétrica, os neurônios são especialmente sensíveis a algumas substâncias específicas, chamadas neurotransmissores, e como exemplo cito principalmente o ácido gama-aminobutírico (GABA) e o Glutamato, o primeiro de características inibitórias e o segundo excitatórias. Tanto atividade elétrica quanto a ação de neurotransmissores desencadeiam sinalizadores intracelulares e desta forma se processa a atividade neuroral.

As células da retina […], especialmente os cones e bastonetes, foram modificadas pela evolução para transformar ondas eletromagnéticas em sinais elétricos capazes de despolarizar membranas e ativar uma sinalização neuroral. Da mesma forma existem os cílios intralabirínticos que transformam energia cinética em descargas elétricas ou os receptores de cutâneos capazes informar ao cérebro sobre pressão, temperatura, nível de distensão muscular, etc…

Você questiona como um Espírito poderia influenciar diretamente o cérebro. Vou hipotetizar. Utilizando a Lâmina de Occam, tendo a acreditar que o espírito deva influenciar diretamente a atividade elétrica cerebral ou o sistema de neurotransmissores. Como o primeiro estabelece uma resposta mais rápida ao estímulo, para uma possível 'comunicação' penso ser sobre a atividade elétrica cerebral o maior enfoque do espírito. O Espírito teria que direcionar a despolarização neuronal do médium para áreas corticais específicas para o resultado pretendido. Ou seja, Cótex occipital para vidência, cótex temporal para clariaudiência, Córtex motor primário para psicografia mecânica e áreas de associação para manifestações mais complexas…

A ciência hoje é capaz de gerar os mais diversos fenômenos com o uso da manipulação da atividade elétrica cerebral, seja com o uso da Eletroconvulsoterapia, da Estimulação Magnética Transcraniana, da Estimulação Cortical Direta, seja com o uso de Marcapassos Intracranianos. Essas técnicas são utilizadas por todo o mundo e seus resultados são interessantes. Consegue-se através delas criar tanto efeitos motores quanto psicológicos.Hipoteticamente, porque os espíritos não poderiam agir de maneira semelhante?


Interessante você ter tocado neste assunto. Existe uma frase interessante que diz que "se você acredita que a chuva é enviada por duendes, toda vez que chove você tem provas da existência de duendes". Existem cientistas não espíritas que aceitam essas teorias de nova física e nova biologia?

Sim. Jim Tucker, no seu livro Life Before Life, diz:

Recentemente, um número de cientistas respeitados, principalmente físicos, apresentou pareceres em várias áreas que, tomados em conjunto, desafiam esta exoneração materialista da consciência como sendo meramente um subproduto insignificante de um cérebro em funcionamento. Grupos diferentes argumentaram que devemos considerar a consciência separadado cérebro, que a física moderna podem incorporar fenômenos paranormais, e mesmo que a consciência é uma parte essencial do universo. Embora nenhum destes argumentos lide diretamente com reencarnação, veremos como eles podem ser parte de um novo entendimento total do universo em que a consciências é um jogador central antes que somente um insignificante subproduto do cérebro. Tal entendimento eventualmente pode permitir a idéia de uma consciência independentemente funcionante torne-se parte de nosso conhecimento científico.

A idéia que a consciência pode ser considerada separadamente do cérebro é de várias maneiras no ponto crucial da questão da reencarnação, e esteve presente durante séculos. Descartes desenvolveu o conceito de dualismo por volta de 1600 para separar a mente — o mundo de pensamentos — da matéria, incluindo o cérebro. Com isto, ele argumentou que um mundo espiritual, o mundo de pensamentos, existia junto com o mundo material. Se a mente espiritual está separada da matéria cerebral, então isto levanta a pergunta se ela pode existir depois que o cérebro morre.

Muitos cientistas da corrente principal diriam que a idéia que a substância imaterial da mente pode reagir com o material cerebral é absurda, e alguns vão até dizer que o conceito de dualismo transgride leis conhecidas da física. Se a mente afeta o corpo, então deve mudar uma entidade física, a saber as células do cérebro, ainda que não haja nenhuma energia física ou massa associada com isto. Tal mudança exige um gasto de energia. Desde que nenhuma fonte de energia está disponível, o processo transgrediria o princípio da conservação de energia. Como um crítico escreveu, “esta confrontação entre a física absolutamente padrão e o dualismo foi interminavelmente discutida desde a própria época de Descartes, e largamente é considerada como o defeito fatal inevitável do dualismo”.

Em resposta a isto, o físico Henry Stapp escreveu, “Este argumento depende de identificar a ‘física padrão’ com a física do décimo nono século. Mas o argumento colapsa quando um se passa para a física contemporânea,… em que o esforço ciente pode influenciar a atividade cerebral sem transgredir as leis de física. A teoria física contemporânea permite, e em sua forma ortodoxa de von Neumann implica, um dualismo com interação”. Em seu modelo, a consciência pode produzir efeitos, “ainda sendo plenamente compatível com todas as leis conhecidas da física, incluindo a lei de conservação de energia”. Quando diz física contemporânea, ele se refere à mecânica quântica, o entendimento do mundo físico no nível microscópico de moléculas, átomos, e partículas subatômicas. Da mesma forma, John C. Eccles, um Prêmio Nobel — neurocientífico vencedor, apresentou uma solução dualista para o problema. Ele e o físico quântico Friedrich Beck hipotetizaram um mecanismo usando a mecânica quântica de como a mente poderia agir no cérebro sem transgredir as leis de conservação, e esta intenção mental envolveu afetar o cérebro por aumentar as probabilidades para a liberação de produtos químicos, chamados neurotransmissores, nas junções entre as células nervosas.

Na área da física e fenômenos paranormais, alguns físicos desafiaram a idéia que os dois sejam incompatíveis.  Elizabeth Rauscher e Russell Targ argumentaram que as quatro dimensões normais de tempo e espaço não podem incorporar os resultados das pesquisas parapsicológicas, mas que um modelo geométrico de espaço-tempo conhecido como “espaço complexo de Minkowski” pode ser usado com êxito para descrever os resultados principais da parapsicologia. Por outro lado, O. Costa de Beauregard desafiou a idéia que o conceito de tempo-espaço geométrico seja mesmo necessário para explicar os fenômenos psíquicos. Ele escreveu que a ocorrência dos fenômenos paranormais está claramente contida na física teórica e que precognição, telepatia, e psicocinese são permitidas por suas leis. Aliás, escreveu que “longe de ser ‘irracional’, o paranormal é postulado pela física atual.” Brian Josephson , um Prêmio Nobel — ganhador de física, criou controvérsia quando contribuiu um trecho curto para um livreto que acompanhou uma série de selos que o Correio Real emitiu na Grã Bretanha para comemorar o 100º aniversário do Prêmio Nobel. Nele, escreveu que a teoria quântica agora estava sendo combinada com as teorias de informação e computação e que “estes desenvolvimentos podem levar a uma explicação de processos ainda não compreendidos dentro da ciência convencional, tal como telepatia”. Ele escreveu que acha que com o tempo, fenômenos tais como telepatia e interações de mente-matéria, que eu discutirei curtamente, serão aceitos e serão confirmados pela ciência.

Na área da importância da consciência no universo, experiências demonstraram que com partículas subatômicas, várias realidades potenciais podem estar presentes ao mesmo tempo até que observação forçe-as a estarem limitadas a uma possibilidade. Isto pode ser um conceito difícil de compreender, então aqui vai um exemplo. Numa experiência clássica chamada experiência da fenda dupla, partículas de luz, ou fótons, agem como ondas, parecendo se espalhar e passar por duas fendas de uma vez, a menos que físicos montem detetores ao lado das fendas que registram os fótons individuais enquanto passam. Nesse caso, cada fóton vai por um fenda ou outra mas não ambas, dando a impressão que a observação força os fótons a irem por um caminho ou outro.

John Wheeler, um importante físico que, entre muitas outras realizações, deu aos buracos negros seu nome, estendeu este conceito para demonstrar como observadores cientes no presente podem afetar acontecimentos no passado. Desenvolveu uma teórica experiência que mostrava que medidas feitas agora por astrônomos na Terra poderiam afetar o caminho que uma partícula de luz de um quasar muito distante tinha tomado bilhões de anos antes dos astrônomos terem feito suas observações. A experiência mais tarde foi demonstrada em princípio num laboratório.  Wheeler pensa que no nível quântico o universo é um trabalho em progresso em que não só o futuro está ainda indeterminado mas o passado também está, e observadores cientes são um fator que pode ajudar a selecionar um de muitos possíveis passados quânticos para o universo. Andrei Linde, um físico da Universidade de Stanford, vai mais longe ainda e diz que observadores cientes são componentes essenciais do universo. Diz, “eu não posso imaginar uma teoria coerente de tudo [a meta em física de ter uma teoria unificada do universo que explica tanto o universo em larga escala da gravidade e relatividade e o universo de pequena escala da mecânica quântica] que ignore a  consciência”.

Quando combinamos as idéias destes bem respeitados cientistas — que devemos considerar a consciência separada do cérebro, que a física moderna pode ser usada para explicar fenômenos paranormais, e que a consciência é uma parte essencial do universo— obtemos uma visão de consciência que é muito diferente da exoneração materialista dela. A consciência é uma força independente essencial no universo nesta visão, e os efeitos parapsicológicos que poderiam ser esperados produzir são coerentes com entendimentos atuais em física.
« Última modificação: 25 de Maio de 2007, 17:16:19 por Vitor Moura »

Offline Nina

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Re: sobre o espiritismo
« Resposta #387 Online: 25 de Maio de 2007, 12:12:22 »
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O Espírito teria que direcionar a despolarização neuronal do médium para áreas corticais específicas para o resultado pretendido. Hipoteticamente, porque os espíritos não poderiam agir de maneira semelhante?

Vitor,

Esse trecho reforça o argumento dos céticos... Por que você não responde a essa pergunta?

Energia é algo mensurável, não mágico... não é pó de pirilim-pim-pim. Por que os espíritas não apresentam evidências da existência desta energia influenciando exatamente o que alegam influenciar?

Sobre o segundo trecho, gostaria de ver uma fonte neutra que não citasse algo como "muitos cientistas... ", totalmente vago e inconsistente. 

Além disso, falácia ad numerum não valida especulações espíritas.
"A ciência é mais que um corpo de conhecimento, é uma forma de pensar, uma forma cética de interrogar o universo, com pleno conhecimento da falibilidade humana. Se não estamos aptos a fazer perguntas céticas para interrogar aqueles que nos afirmam que algo é verdade, e sermos céticos com aqueles que são autoridade, então estamos à mercê do próximo charlatão político ou religioso que aparecer." Carl Sagan.

Offline Quasar

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Re: sobre o espiritismo
« Resposta #388 Online: 25 de Maio de 2007, 12:25:49 »
Citar
O Espírito teria que direcionar a despolarização neuronal do médium para áreas corticais específicas para o resultado pretendido. Hipoteticamente, porque os espíritos não poderiam agir de maneira semelhante?

Vitor,

Esse trecho reforça o argumento dos céticos… Por que você não responde a essa pergunta?

Energia é algo mensurável, não mágico… não é pó de pirilim-pim-pim. Por que os espíritas não apresentam evidências da existência desta energia influenciando exatamente o que alegam influenciar?

Sobre o segundo trecho, gostaria de ver uma fonte neutra que não citasse algo como "muitos cientistas… ", totalmente vago e inconsistente. 

Além disso, falácia ad numerum não valida especulações espíritas.

Bom, aí teriam que partir para a demonstração e provas de verdade.

É nesse ponto que a coisa toda degringola.
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Offline Vitor Moura

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Re: sobre o espiritismo
« Resposta #389 Online: 25 de Maio de 2007, 18:50:03 »
Isso me chocou, dado o nível dos artigos que estão na revista…

Eu vejo maiores problemas referentes a estatística e um tanto de ufologia. Mas estatística é um problema geral, todas as revistas, inclusive a Nature, possuem deficiências neste ponto. Há um artigo sobre isso: http://www.newscientist.com/article.ns?id=dn5051

Lembre-se que essa revista foi feita justamente para se discutir assuntos que não pertencem ao mainstream científico, é uma oportunidade dos autores exporem suas idéias mais abertamente, podendo ir contra a corrente principal. Talvez sua ojeriza venha daí.

O que eu quis dizer com "realidade" são as evidências das ciências naturais até hoje encontradas, que são sistematicamente ignoradas pela pseudociência da parapsicologia/espiritismo.

De forma alguma são ignoradas, o livro de Jim Tucker, Life Before Life, lançado em 2005, trata em um capítulo dele exclusivamente de responder às críticas mais comuns.

Aliás, não entendo porque você critica quando eu digo que os experimentos foram mal conduzidos quando afirma também que um experimento que mostrou que a menina Natasha não tem poder algum foi mal conduzido… Dois pesos e duas medidas?

A diferença é que eu li um experimento específico e pude perceber os problemas. Vc, não sei como, fez uma análise geral - de todos os experimentos?! - de um material que vc simplesmente não leu.

A base são os anos de ciência aplicada com método.

Que simplesmente NÃO descartam as hipóteses levantadas.

Certamente, mas é necessário uma prova de que exista. O simples fato de podermos imaginar tal coisa não significa possibilidade de existência. Basta testar. Mostrar as evidências. Realizar experimentos. Mostrar as bases para as alegações. Demonstrar por que as explicações naturais não podem ser utilizadas.

Infelizmente, não é só isto que basta. Se isso bastasse, a aceitação do radar do morcego teria acontecido mais de cem anos antes do que ocorreu. Quer ler a respeito? Link abaixo:

http://br.geocities.com/existem_espiritos/ceticismo_impede_progresso

Nada prova que consciência não seja atividade cerebral. Sobre isso já escrevi. Uma vez que sem vida a atividade cerebral cessa, concluímos o quê?

Podemos considerar o exemplo moderno da televisão. Se sua televisão quebra, o fluxo de imagens que fornecia não está mais presente para você desfrutar, mas desde que simplesmente transmitia essas imagens em vez de criá-las, os programas de televisão continuam a existir até que você ache outra televisão para trazer essas imagens a vida em seu lar. Semelhantemente, a consciência que achou expressão no mundo natural por um cérebro particular pode continuar depois que esse cérebro se deteriora ou morre, e então pode associar-se com um novo cérebro, um novo transmissor, numa data posterior.

Embora esta linha de raciocínio não prove que tal fenômeno realmente aconteça, a idéia que o cérebro produz a consciência não é mais simples nem crível em si que qualquer outra teoria, tal como a proposta que é um órgão que transmite consciência. De fato, a ciência fez pouco mais progresso hoje em alvejar uma fonte de consciência no cérebro do que tinha há 100 anos.

Já comentei: a Nature já errou várias vezes. Houve algum experimento corroborando?

Vários. Há as marcas de nascença experimentais e alguns casos em que as crianças foram submetidas a controle experimental. Dois desses casos vc encontra aqui:

http://br.geocities.com/existem_espiritos/reencarnacao_experimental_01

http://br.geocities.com/existem_espiritos/reencarnacao_experimental_02

Sobre marcas de nascença experimentais, extraio um trecho de um capítulo do livro de Jim Tucker:

"[...]marcas de nascimento experimentais são praticadas em vários países asiáticos. Alguém, normalmente um membro de família ou um amigo íntimo da família, faz uma marca no corpo de uma pessoa moribunda ou morta, freqüentemente com fuligem ou pasta, na crença que quando o indivíduo renascer, o bebê carregará uma marca de nascimento que corresponde à marca feita no corpo. O marcador freqüentemente diz uma oração enquanto faz a marca, pedindo que a pessoa moribunda leve a marca com ela ao novo corpo. Uma criança posteriormente nasce com uma marca de nascimento que é dita combinar com a marcação feita no corpo.

O Dr. Stevenson foi a primeira pessoa no Ocidente a plenamente documentar esta prática, mas outro autores a mencionam. Por exemplo, o Dalai Lama escreveu na sua autobiografia sobre um caso que ocorreu na sua família. Seu irmão mais jovem morreu aos dois anos de idade. Uma marca pequena foi feita no corpo do rapaz com gordura de manteiga depois que morreu, e sua mãe subseqüentemente deu à luz outro filho que teve uma marca pálida no seu corpo no mesmo lugar onde o primeiro corpo tinha sido marcado.

Esse caso é claramente típico dos casos que nós achamos. O Dr. Stevenson descreve vinte de tais casos em Reencarnação e Biologia, e Jürgen Keil e eu achamos dezoito mais durante viagens a Tailândia e Myanmar. Nestes casos, a marca normalmente é feita com a expectativa que o indivíduo reencarnado que carrega a marca nascerá na mesma família que a do indivíduo morto, e quinze de nossos dezoito casos eram da mesma família. Isto pareceria diminuir as possibilidades que a marcação e a marca de nascimento combinassem simplesmente por pura coincidência, comparada com uma situação onde qualquer bebê na área poderia ser considerado o renascimento do indivíduo morto.

Além do mais, em seis de nossos dezoito casos, as crianças também tinham feito declarações que se relacionaram à vida prévia, e algumas outras crianças eram tão jovens quando nós as vimos que elas podem ter mais tarde feito declarações. Alguns casos caracterizam comportamentos assim como declarações que sugerem uma conexão entre o indivíduo e a personalidade prévia, enquanto em outros, a marca de nascimento é o único sinal de uma conexão.

Um caso que o Dr. Keil e eu investigamos pode servir como um bom exemplo. Kloy Matwiset é um rapaz que nasceu na Tailândia em 1990. Onze meses antes dele nascer, sua avó materna morreu de diabete. Antes dela morreu, contou a sua nora que ela gostaria de renascer como homem de modo que pude ter uma amante como seu marido tinha. No dia seguinte que morreu, sua nora usou uma pasta branca para fazer uma marca na parte inferior de tras do seu pescoço de modo que pudesse reconhecer sua sogra quando ela renascesse.

A mãe de Kloy teve um sonho anunciador quando estava grávida de três meses em que a avó disse que queria renascer dela. Sua mãe tinha visto a marca feita no corpo da avó. Quando Kloy nasceu, notou que tinha uma marca de nascimento nas costas do seu pescoço no mesmo lugar onde a marca tinha sido feita. Encontramo-lo e vimos uma empalidecida descoloração vertical muito notável atrás do seu pescoço que tinha uma forma que correspondia a um dedo fazendo uma marca para baixo do seu pescoço. O marcador confirmou que esta marca de nascimento incomum estava no mesmo lugar que ela tinha marcado o corpo da sua avó.

Quando Kloy era bastante jovem, fez várias declarações sobre a vida prévia. Disse que era sua avó e contou a sua mãe que ele era sua mãe. Ele também disse que o campo de arroz da sua avó pertenceu a ele. Além do mais, mostrou um número de comportamentos femininos. Disse que queria ser menina, e quando uma criança jovem, ele geralmente sentava-se para urinar. Ele também se divertia usando roupas de mulheres e usava o batom da sua mãe, brincos, e vestidos muitas vezes. Na escola, se divertia brincando e estudando com as meninas ao invés dos rapazes, e ele não se empenhava em comportamentos masculinos típicos de rapazes nessa área tais como subir em árvores. Ambos dos seus pais se queixavam sobre seus comportamentos femininos, e disseram que eles nunca conversaram a ele sobre ser o renascimento da sua avó."


É preciso ver de que maneira cada artigo é abordado em determinadas revistas. Quantas são especulações ou estudos de casos? Quantas são experimentos que demonstram os mecanismos, as bases para comprovar as especulações?

Os experimentos sãos os dois últimos,  o artigo da Semina (se vc chamar uma psicografia que passou num exame grafoscópico de experimento) e o experimento triplo cego de 2007.

Os melhores estudos de caso vc encontra em "Three New Cases of the Reincarnation Type in Sri Lanka with Written Records Made before Verification (1988)", nesse artigo é dito:

"Três novos casos no Sri Lanka de crianças que afirmam se lembrar de vidas passadas foram identificados antes das declarações feitas pelas mesmas crianças terem sido verificadas. Os autores fizeram um registro escrito do que foi dito por elas e posteriormente localizaram uma família que correspondia às declarações das crianças.Embora nenhuma destas tenha dito o nome do falecido cuja vida pareciam se lembrar, todas forneceram detalhes que, reunidos, eram suficientemente específicos para identificar uma pessoa em particular como a única pessoa que correspondia às afirmações da criança.Cuidadosas investigações sobre as possibilidades de comunicação normal de informações de uma família para a outra antes do caso se desenvolver não forneceram qualquer sinal de tal comunicação e faz parecer quase impossível que isto possa ter ocorrido. Os dados escritos sobre exatamente aquilo que foi dito pela criança em relação à vida pregressa faz com que seja possível excluir distorções de lembranças das declarações da criança da parte de informantes depois das duas famílias referidas terem se encontrado. As crianças parecem ter demonstrado um conhecimento paranormal a respeito das pessoas falecidas que eram, anteriormente, completamente desconhecidas para suas famílias."
 
A maior parte é estudo de caso, onde os pesquisadores abordam alguns temas e colocam a reencarnação como possibilidade, baseado na opinião dos autores. Evidências? Nenhuma.

Você leu o artigo de 1988? Dizer que não há evidência alguma demonstrada naquele artigo chega a ser absurdo para mim.

Achei que o último artigo teria algo útil a ser acrescentado, mas vi que não realizaram o experimento teste, usando "não médiuns" para saber qual seria a margem de acerto.

Usaram leituras controles, que é para eliminar o efeito Forer. Esse tipo de medida é recomendada até pelo Dicionário Cético:

http://skepdic.com/brazil/forer.html

"… um teste adequado deveria primeiramente obter leituras feitas para um grande número de clientes, e então remover os nomes dos perfis (codificando-os de forma que possam mais tarde ser associados a seus respectivos donos). Após cada um dos clientes ler todos os perfis de personalidade, seria solicitado a cada um que escolhesse aquele que melhor o descrevesse. Se o leitor tiver realmente incluído material unicamente pertinente o bastante, os membros do grupo, em média, devem ser capazes de exceder o esperado pelo acaso ao escolher, do conjunto de perfis, qual o seu."

Além disso, o experimento não descarta a leitura fria, embora isso não seja citado.

Descarta sim:

"O projeto triplo-cego com êxito elimina todas as fontes potenciais conhecidas de dicas sensoriais e convencionais vieses de julgamento: (a) os médiuns não foram fornecidos com qualquer dica sensória dos assistentes ausentes e estavam cegos a informações sobre os assistentes ou desencarnados (além do primeiro nome do desencarnado), (b) o experimentador não pode fornecer sinais já que estava cego à identidade dos assistentes e desencarnados, e (c) os assistentes eram cegos a qual leitura do par era a pretendida para eles durante a pontuação assegurando que seus vieses igualmente influenciariam as avaliações de ambas as leituras. O projeto experimental também elimina a possibilidade de fraude à mesma extensão como qualquer estudo que envolve indivíduos humanos: (a) os médiuns e assistentes nunca interagiram em qualquer meio, (b) os médiuns nunca estiveram no laboratório, (c) os assistentes estavam no laboratório sob supervisão e só durante a pontuação, (d) o experimentador que treinou os assistentes logo antes da pontuação estava cego à origem das leituras. "

Como eu já disse, experimentos mal conduzidos e explicações que estão longe da imparcialidade - ciência patológica.

Como disse, não leitura (ou mal leitura) das pesquisas parapsicológicas.

Abraço,
Vitor

Offline Vitor Moura

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Re: sobre o espiritismo
« Resposta #390 Online: 25 de Maio de 2007, 18:54:08 »
Citar
O Espírito teria que direcionar a despolarização neuronal do médium para áreas corticais específicas para o resultado pretendido. Hipoteticamente, porque os espíritos não poderiam agir de maneira semelhante?

Vitor,

Esse trecho reforça o argumento dos céticos… Por que você não responde a essa pergunta?

Energia é algo mensurável, não mágico… não é pó de pirilim-pim-pim. Por que os espíritas não apresentam evidências da existência desta energia influenciando exatamente o que alegam influenciar?

Sobre o segundo trecho, gostaria de ver uma fonte neutra que não citasse algo como "muitos cientistas… ", totalmente vago e inconsistente. 

Além disso, falácia ad numerum não valida especulações espíritas.

Oi, Nina

há várias coisas na Ciência que não são detectáveis diretamente. Um exemplo são as partículas virtuais, que só seriam detectáveis se vc colocasse seu laboratório dentro de um buraco negro (talvez em uns 10.000 anos tenhamos essa tecnologia...). Tudo o que observamos são seus efeitos, no caso, o efeito casimir.

Há vários motivos porque algo não seria detectável. Leia o artigo do link http://br.geocities.com/existem_espiritos/fisica_moderna_mundos_sutis para saber porquê.

Um abraço,
Vitor

Offline Luis Dantas

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Re: sobre o espiritismo
« Resposta #391 Online: 25 de Maio de 2007, 18:58:05 »
Eu vejo maiores problemas referentes a estatística e um tanto de ufologia. Mas estatística é um problema geral, todas as revistas, inclusive a Nature, possuem deficiências neste ponto. Há um artigo sobre isso: http://www.newscientist.com/article.ns?id=dn5051

As revistas propriamente ditas ou os artigos nelas publicados?  Se um artigo tem deficiências estatísticas deve ser revisto, simples assim.

Citar
Lembre-se que essa revista foi feita justamente para se discutir assuntos que não pertencem ao mainstream científico, é uma oportunidade dos autores exporem suas idéias mais abertamente, podendo ir contra a corrente principal. Talvez sua ojeriza venha daí.

:)

Você pelo visto não entendeu a diferença entre "ir contra o mainstream" e não ter solidez de método e de análise.
Wiki experimental | http://luisdantas.zip.net
The stanza uttered by a teacher is reborn in the scholar who repeats the word

Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Vitor Moura

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Re: sobre o espiritismo
« Resposta #392 Online: 25 de Maio de 2007, 19:23:36 »
As revistas propriamente ditas ou os artigos nelas publicados?  Se um artigo tem deficiências estatísticas deve ser revisto, simples assim.

Quanto á sua pergunta, eu diria ambos.

"Two of the world's top scientific journals, Nature and the British Medical Journal, have been found guilty of routinely publishing figures that do not add up.

The evidence comes from Spanish researchers who found a surprisingly large number of statistical errors in the two journals. They warn that the same may well be true of other mainstream journals."



:)

Você pelo visto não entendeu a diferença entre "ir contra o mainstream" e não ter solidez de método e de análise.

Eu entendi, simplesmente tenho dúvidas quanto a quem está julgando o material como não tendo solidez de método e de análise…

Abraço,
Vitor
« Última modificação: 25 de Maio de 2007, 22:12:18 por Vitor Moura »

Offline Nina

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Re: sobre o espiritismo
« Resposta #393 Online: 25 de Maio de 2007, 22:05:58 »
Oi, Nina

há várias coisas na Ciência que não são detectáveis diretamente. Um exemplo são as partículas virtuais, que só seriam detectáveis se vc colocasse seu laboratório dentro de um buraco negro (talvez em uns 10.000 anos tenhamos essa tecnologia…). Tudo o que observamos são seus efeitos, no caso, o efeito casimir.

Há vários motivos porque algo não seria detectável. Leia o artigo do link http://br.geocities.com/existem_espiritos/fisica_moderna_mundos_sutis para saber porquê.

Um abraço,
Vitor

Sei, Vitor… mas essa energia da qual você está falando é mensurável…

 :umm:
"A ciência é mais que um corpo de conhecimento, é uma forma de pensar, uma forma cética de interrogar o universo, com pleno conhecimento da falibilidade humana. Se não estamos aptos a fazer perguntas céticas para interrogar aqueles que nos afirmam que algo é verdade, e sermos céticos com aqueles que são autoridade, então estamos à mercê do próximo charlatão político ou religioso que aparecer." Carl Sagan.

Offline Vitor Moura

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Re: sobre o espiritismo
« Resposta #394 Online: 25 de Maio de 2007, 22:21:09 »
Sei, Vitor… mas essa energia da qual você está falando é mensurável…

 :umm:

Já discuti com um amigo meu que é físico essa questão. Eis o que ele me disse:

Tudo é uma questão de identificar as *fontes* e os *sumidouros* de energia. Vejamos a seguinte analogia.

No processo de comunicação via rádio, a onda eletromagnética que carrega a informação é muito sutil e possui energia baixa (baixa intensidade). O sistema material (rádio, TV ou telefone celular) retira de baterias ou da tomada a energia necessária para amplificar o sinal e reproduzi-lo de modo que outros possam receber a mensagem.

Vamos analisar em separado a conservação de energia do sistema rádio e do sistema onda eletromagnética.

No rádio, a energia vem da bateria ou da tomada. A energia é externada através do som e da dissipação nos circuitos eletrônicos.

A onda eletromagnética foi produzida em alguma estação emissora. A estação emissora se utiliza de determinados fenômenos físicos para produzir a radiação, usando energia da tomada para produzir
a irradiação.

Ok. As fontes de todas as energias estão presentes e vemos que o total delas é conservado.

No caso da informação que chega ao cérebro (seja do nosso próprio Espírito, seja de outro Espírito no caso da mediunidade) a energia do "sinal" não precisa ter intensidade alta. Assim, a conservação de energia do médium está OK. Ele gasta suas energias para processar e transmitir a mensagem.

Nos resta agora analisar a origem do sinal que carrega a informação do Espírito. A descrição espírita de que o pensamento do Espírito altera o fluido universal (FU) - uma espécie de éter - e este fluido alterado se propaga, resolve parte da questão. A informação chega ao médium através desse FU alterado que,
por algum processo ainda desconhecido para nós, interage com alguma parte que não sabemos ainda do cérebro gerando a idéia no médium.

A origem do sinal vêm do Espírito que, pelo simples ato de pensar ou sentir ou vibrar, altera o FU ao seu redor que, então, se propaga e possui algum tipo de intensidade que depende da intensidade do pensamento ou sentimento originais.

A parte que nos resta analisar é qual a energia que "altera" o FU? Uma analogia com as cargas elétricas não me parece ser perfeita. No caso das cargas elétricas, uma aceleração das mesmas faz com que elas irradiem emitindo energia. A presença de campos elétricos e magnéticos aceleram as partículas carregadas que por sua vez irradiam. O que seria então a causa da alteração do FU?

Sendo o Espírito um princípio inteligente cuja substância é diferente da matéria, nada impede que ele exerça esse tipo de influência no FU naturalmente, assim como cargas exercem influência no campo eletromagnético ao seu redor, também naturalmente.

De onde o Espírito tiraria energia para fazer o FU vibrar? Nada impede que possa existir uma fonte de energia de onde somente o princípio inteligente pode retirar a quantidade que precisa. Existe, inclusive estudos e evidências físicas de que podem existir fontes infinitas de energia no Universo. O problema do vácuo quântico pode ser o caso. O fenômeno de aceleração do Universo mostra que existe energia
entrando no Universo (de onde?). Minha supervisora na USP, tem um trabalho publicado em uma revista de física sobre a possibilidade de explicar a estabilidade da órbita dos elétrons em torno do núcleo em termos do recebimento de energia vinda dessas flutuações do vácuo ou energias de ponto zero. [H M França, H Franco and C. P. Malta, A stochastic electrodynamics interpretation of spontaneous transitions in the hydrogen atom, Eur. J. Phys Vol. 18, pp. 343-349 (1997) Abstract: Seidl and Lipas have calculated the lifetime of the excited states of the hydrogen atom within an entirely classical framework and obtained good agreement with the corresponding quantum results. Here we propose an explanation for this good agreement and show that the agreement can be significantly improved by including in their classical model the effects of the random zero-point electromagnetic fields postulated by the
classical stochastic electrodynamics. Moreover, we show that the zero-point electromagnetic radiation provides a physical mechanism for the atomic stability on classical grounds. ]
(um parênteses aqui: notaram que existe um modelo clássico que explica os estados de energia do átomo de hidrogênio? Pois é, a mec. quantica não é a única teoria que explica isso!)

Nada, em princípio, impede que os Espírito não possam, por algum processo desconhecido ainda, retirar energia dessas fontes.

Como o processo de influência do Espírito sobre a matéria ocorre de modo muito sutil, a nossa ciência ainda não foi capaz de perceber com seus instrumentos as variações de energia associados ao fenômeno.
« Última modificação: 25 de Maio de 2007, 22:51:34 por Vitor Moura »

Offline Nina

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Re: sobre o espiritismo
« Resposta #395 Online: 25 de Maio de 2007, 22:39:16 »
Vitor, você já viu a definição de ciência patológica?

Outra coisa... para explicar a sutileza da sua energia, já introduziu outro conceito não provado... FU. Isso não pode ser considerado ciência, já que você não parte de observações, mas de suposições baseadas também em suposições e não em fatos comprovados...

É impossível não ver a precariedade de tal argumento.
"A ciência é mais que um corpo de conhecimento, é uma forma de pensar, uma forma cética de interrogar o universo, com pleno conhecimento da falibilidade humana. Se não estamos aptos a fazer perguntas céticas para interrogar aqueles que nos afirmam que algo é verdade, e sermos céticos com aqueles que são autoridade, então estamos à mercê do próximo charlatão político ou religioso que aparecer." Carl Sagan.

Offline Vitor Moura

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Re: sobre o espiritismo
« Resposta #396 Online: 25 de Maio de 2007, 23:02:33 »
Vitor, você já viu a definição de ciência patológica?

Outra coisa… para explicar a sutileza da sua energia, já introduziu outro conceito não provado… FU. Isso não pode ser considerado ciência, já que você não parte de observações, mas de suposições baseadas também em suposições e não em fatos comprovados…

É impossível não ver a precariedade de tal argumento.

Veja que saímos do "é impossível" para o "não está comprovado". Outra coisa, considerando o FU uma espécie de éter, se não o próprio, há sim evidências de sua existência! Já leu o artigo "Do éter ao vácuo e de volta ao éter", de Roberto de Andrade Martins? lá ele diz:

Como Einstein enfatizou, há uma diferença entre o éter compatível com a  teoria da relatividade e o éter clássico: deve ser impossível associar ao éter relativístico um estado de repouso ou movimento. Ou seja: quando dois observadores se movem, um em relação a outro, ambos devem observar tudo exatamente igual. É muito difícil imaginar alguma coisa real que obedeça a essa regra. No entanto, em 1951, Paul Adrien Dirac (1902-1984) provou ser possível construir um éter obedecendo a essa propriedade. Se tivermos no espaço radiação se movendo para todos os lados, isotropicamente, e se a densidade de fótons de cada tipo for proporcional à terceira potência da freqüência, então esse gás de fótons terá a mesma aparência para todos os observadores. Esse éter quântico é compatível com a teoria da relatividade especial e não permite que se meça a velocidade da Terra em relação a ele.

Os proponentes do vácuo quântico, exceto Dirac, jamais utilizaram a palavra “éter” em seus trabalhos científicos. Pareciam envergonhados de empregar um termo tido como obsoleto, talvez por não saberem que Einstein, desde 1920, reabilitara o éter.

O modelo cosmológico padrão assume que o Universo está se expandindo, e que esse processo se iniciou há mais de 15 bilhões de anos, a partir de um estado de imensa temperatura e densidade. A força gravitacional, que atrai os corpos entre si, se opõe a esse processo expansivo. Por isso, imaginou-se que a velocidade de expansão do Universo diminuiria gradualmente, podendo até mesmo cessar em contração em um futuro remoto. Em 1998, no entanto, novas medidas da velocidade de expansão, utilizando como marcadores estrelas supernovas distantes, levaram a um resultado inesperado: a expansão está se acelerando! A proposta da quintessência é uma tentativa de explicar esse fenômeno.

De forma intuitiva, podemos entender que a aceleração da expansão do Universo só pode acontecer se existir alguma força repulsiva que suplante a atração gravitacional. Na teoria da relatividade geral, que é uma das bases da cosmologia, há duas únicas formas de introduzir essa repulsão: através do ajuste daquilo que se chama “constante cosmológica”; ou por meio de matéria que tenha uma “pressão negativa” – o contrário do que observamos em qualquer gás conhecido. A teoria da quintessência explora a segunda dessas alternativas, introduzindo no universo uma nova matéria, que não tem qualquer semelhança com aquilo que a teoria de partículas elementares já desvendou. Para poder funcionar de forma adequada, é necessário supor que essa matéria seja uma espécie de éter, que mantém densidade constante durante a expansão do Universo, em vez de ficar cada vez mais diluído à medida que ocupa maior espaço.

Matéria escura

Além de poder explicar a aceleração da expansão do universo, a quintessência pode também solucionar outro problema cosmológico: o da “matéria escura”. Há cerca de 20 anos já se sabe que o Universo deve conter cerca de dez vezes mais massa do que tudo o que constitui as galáxias e estrelas que conhecemos. Houve várias propostas para resolver essa dificuldade, e a teoria da quintessência é uma delas. Sua vantagem sobre outras tentativas é que ela mata dois coelhos com uma só cajadada.

Os exemplos apresentados acima mostram que, na física atual, o espaço “vazio” está cheio de entes físicos. O modelo de éter do século XIX foi abandonado, mas o avanço científico exigiu a introdução de novos conceitos, semelhantes ao antigo. Pode-se dizer que o éter está bem vivo e forte, embora o nome “éter” ainda seja um tabu e muitos cientistas, contrariando aquilo que os filósofos já nos ensinaram há dois mil anos, prefiram dizer que estão falando sobre as propriedades do espaço vazio. O éter passou por várias mortes e ressurreições. Em algumas épocas, os pesquisadores tinham certeza de que ele existia, em outros momentos tinham certeza de que não existia. Houve, sim, uma sucessão de erros. Se Einstein esteve certo em 1905, deve estar errado em 1920. E vice-versa.

Podemos dizer que, atualmente, há pelo menos dois tipos de éter bastante confiáveis, o da relatividade geral e o vácuo quântico. Essas teorias, como outras, são provisórias. Sabemos, em particular, que não se encontrou ainda uma unificação total entre a relatividade e a mecânica quântica, e isso sugere que nenhuma delas pode ser definitiva. Não sabemos como será a física no ano 2100 ou nos séculos seguintes. Pode ser que estes ou algum outro éter perdurem por muito tempo. Mas ignoramos se eles não serão futuramente rejeitados por cientistas, que, novamente, terão certeza que o éter não existe.

Offline Vitor Moura

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Re: sobre o espiritismo
« Resposta #397 Online: 25 de Maio de 2007, 23:06:43 »
Ah, Nina...

lembre-se que isso é apenas para explicar o mecanismo de atuação do Espírito sobre o cérebro...se as evidências do mecanismo são precárias, as evidências do Espírito, por sua vez, são bem maiores e mais vastas.

Abraço,
Vitor

Offline Luis Dantas

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Re: sobre o espiritismo
« Resposta #398 Online: 25 de Maio de 2007, 23:09:58 »
E quais seriam tais evidências?
Wiki experimental | http://luisdantas.zip.net
The stanza uttered by a teacher is reborn in the scholar who repeats the word

Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Vitor Moura

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Re: sobre o espiritismo
« Resposta #399 Online: 25 de Maio de 2007, 23:25:03 »
E quais seriam tais evidências?

Da mediunidade, os testes com Piper e Gladys Osborne Leonard.

Da reencarnação, os casos com registros escritos antes das verificações, os com experimentos controlados, os que envolvem marcas ou defeitos ne nascimento raros.

Das EQMs, os casos Pam Reynolds e Al Sullivan.

 

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