"Ou eu acho que é o que?" Comum querer não ter filhos? Não, não acho, e foi isso que eu te perguntei.
E veja bem que não coloquei exatamente a vasectomia em questionamento, mas o simples desejo de não ter filhos definitivamente.
Pois é... eu cheguei a conclusão que é comum em alguns meios, mas incomum em outros.
Eu questiono não só o método (vasectomia) como a decisão de não querer filhos nunca.
Qual o problema sobre não querer ter filhos nunca?
Considero uma vantagem o fato de não ser reversível.
Eu não.
Ok.
Isso já é outro assunto. É muito menos problemático eticamente alguém decidir definitivamente não gerar filhos do que realizar abortos.
Não querer gerar um filho e acontecer de gerá-lo envolve uma outra vida, por motivos óbvios: ora, um novo ser humano que vai nascer, com todos os problemas relativos à educação, criação, sustento etc do mesmo.
Ser menos ou mais ético um aborto do que uma vasectomia depende unicamente dos valores morais envolvidos. Concordo que a medida mais sensata é evitar, mas eu não acho a privação um caminho ideal.
É claro que depende dos valores morais envolvidos, e como estamos no Brasil (eu pelo menos estou), aqui na nossa sociedade é menos problemático eticamente realizar vasectomia do que abortos, obviamente. Tanto é assim que o aborto ainda é proibido de ser realizado legalmente, talvez salvo uma ou outra exceção. A vasectomia qualquer um maior de idade pode realizar. Se você quer levar isso para uma discussão sobre a subjetividade da moral, sugiro abrir outro tópico. Prefiro ser pragmático, e quando digo ser menos problemático moralmente é lógico que me refiro à nossa sociedade, enfatizo.
Me choco ao ver alguém querer gerar mais uma vida num mundo super povoado por mais de 6 bilhões de seres humanos com trilhões de problemas a serem resolvidos.
Uma coisa é querer ser pai, outra é montar um time de futebol. O bom de esperar tanto é poder planejar e não estrapolar a sustentabilidade do orçamento familiar.
O problema é exceder a sustentabilidade do mundo.
Contudo é um direito seu. Pelo menos vejo muita sensatez em admitir que isso é um "impulso bem egoísta e totalmente dependente dos seus hormônios". 
Não teria por quê não admitir que sou um ser biológico.
Estranho não ter "por que não admitir", pois eu também sou um ser biológico e não tenho esse "impulso bem egoísta e totalmente dependente dos meus hormônios" de desejar procriar.
Não consigo ver qualquer relação entre maternidade e casamento. E a vida envolve determinados riscos: veja no meu próximo parágrafo.
Sim. Realmente algumas coisas podem ser revertidas, e algumas definitivamente não. Se eu quiser não ter filhos o máximo que pode acontecer é eu adotar uma criança posteriormente. Se eu gerar um filho e me arrepender, não há como negar o peso indesejado da paternidade biológica. Colocando os dois na balança, opto por evitar procriar.
Maternidade e casamento, embora normalmente andem juntos, não são interdependentes, com certeza. A questão é que eu não me imaginava casada ou mãe quando tinha 18. Como também não pensava em morar em Sampa. Foi um exemplo.
Eu pensava em ser astronauta com 16 anos. E se eu tivesse me empenhado nisso e depois de 20 anos de todo preparo percebesse que não era isso que eu queria para minha vida? A vida engloba riscos. Decidir não ter filhos não é mais arriscado do que definitivamente decidir tê-los.
Quanto à adoção, a coisa pode ser um pouco mais complicada. Como tendências de personalidade podem ser herdadas geneticamente, nem todos encaram adoção com naturalidade. Eu ainda não sei se adotaria uma criança. O desejo de ter um filho meu é bem maior que o desejo de um filho por si só.
Tudo bem. Eu não questiono seu direito de gerar um filho. Apenas gostaria que a recíproca fosse verdadeira. Talvez esse "impulso bem egoísta e totalmente dependente dos seus hormônios" de gerar um filho seja tão forte a ponto de achar "estranho" quem não deseja o mesmo.
Você disse estar chocada por esse pensamento ser tão comum assim e agora diz que continua achando raro pessoas que não querem ter filhos nunca. Isso é um tanto paradoxo. 
Não pensei que fosse comum neste meio, assim como não é em outros. Infelizmente (ou felizmente) o mundo não é tão homogêneo.
Pressupondo que por "neste meio" você quis dizer este fórum, não considero que seja tão comum.
Qualquer teísta vai concordar que não é tão sério quanto dizer que um determinado deus não existe! 
Depende. Citando o catolicismo romano, que é um número expressivo de fiéis, a castidade voluntária, e sua óbvia conseqüência de se abster de procriar-se, é normalmente uma virtude louvável, sendo que alguns até consideram essa característica como um dom divino. 
Já a alegação de que "Deus não existe" é dogma incontestável, tal como é inconstável "não desejar procriar" por alguns neste fórum.
Agnostic, creio que você esteja deliberadamente exagerando algumas questões. Ninguém mostrou que não querer procriar era um "dogma inconstestável", apenas mostraram sua surpresa com alegações que não são comumente ouvidas, na maioria dos meios. Você está assumindo um incômodo que não existe, ao menos da minha parte. Não se pinte como herege! 
Não fui eu que me pintei, mas sim a impressão que tive de suas mensagens anteriores, entre as de outras pessoas. Inclusive teve quem disse que a pessoa que não deseja ter pelo menos um filho é louca, entre outras afirmações do tipo. A sensação foi até pior do que afirmar que "a bíblia é uma farsa" em um fórum cristão conservador. Isso ilustra que ninguém é livre de dogmas, e que apesar de se ter muitas pessoas aqui que não possuem dogmas religiosos, portam dogmas pessoais inquestionáveis. Mas como disse anteriormente, ninguém está livre de dogmas, e isso por si só não é algo condenável.
Eu ia dizer antes, mas agora que você mesma comentou, realmente achar que quem não deseja ter filhos não teve uma estrutura familiar sólida é uma generalização estúpida.
Pois é... meio redundante isso, visto que toda generalização é estúpida... 
Mas eu ainda sou curiosa em relação aos pontos em comum que levam diferentes pessoas por esta opção. Comumente apelos emotivos tomam o lugar dos argumentos... de qualquer forma, cada pessoa tem sua particulariedade.
Não vejo como
comumente apelos emotivos possam tomar o lugar dos argumentos na decisão de não procriar. Analisando racionalmente vejo muito mais motivos para não procriar do que para o inverso.
Ai, ai, ai. 
Ninguém disse sobre "ser aceitável nem todos serem permitidos se reproduzir". Estou falando o tempo todo do simples direito de não querer procriar.
E eu disse que se fosse algo comum na sociedade este tópico seria idiota.
Não, você não disse isso para essa minha resposta. Você disse:
se estívessemos em outro contexto, talvez se nossa sociedade fosse como a dos chimpanzés, seria totalmente aceitável que nem todos estariam permitidos a reproduzirem-se. Muito depende das normas e costumes sociais.
Agora, uma coisa que você reforçou no tópico todo foi que a vasectomia seria boa justamente por ser praticamente permanente, e que os que optassem por ela deveriam ser aplaudidos. Mas mudar de idéia nem sempre é ruim....
Três regras para continuar debatendo comigo:
1. Não insira advérbios ou adjetivos em minhas mensagens para distorcer a argumentação.
2. Não omita termos da oração com a intenção de distorcer minhas idéias.
3. Se for me citar, siga as duas regras acima, transcrevendo literalmente o que eu disse, em outras palavras: não coloque palavras na minha "boca".

Eu disse apenas duas coisas (sim, numeral "2" mesmo, e não no "tópico todo"). Uma delas foi apenas que "considero uma vantagem o fato de não ser reversível". Perceba que é bem diferente de dizer que "a vasectomia é justamente boa por isso". Tu o dizes!

E eu
não disse que os que optassem pela vasectomia deveriam ser aplaudidos!
Leia novamente o que eu disse (a segunda coisa, que
você disse que "reforcei no tópico todo" [sic]): "Eu aplaudo quem toma essa iniciativa
de forma consciente".
Não há nada aí como o que você insinuou que eu disse.
Para constar, eu também aplaudo quem gera um filho de forma consciente e muito mais ainda quem opta por adotar. O problema é que dificilmente me deparo com alguém assim.
Eu, particularmente, acho a idéia de assumir posturas como imutáveis um tanto dogmático.
Dar-se a liberdade de mudar de idéia em todos os aspectos seria o melhor. Para isso, usa-se medidas perenes, não permanentes.
Algumas posturas não são necessariamente melhores por serem mutáveis. Às vezes é necessário termos certezas, mesmo que seja uma certeza técnica, sobre certas decisões que tomamos na vida, e por que não sobre a vontade de procriar? Gerar um filho exige uma certeza ainda maior, por ser irreversível e até mais "imutável" do que uma vasectomia bem sucedida.

Eu não apoiaria vasectomia num jovem que ainda terá a vida toda pela frente....
Eu não apoiaria vasectomia em alguém que não pensasse muito antes de fazê-la, independentemente da idade, sem ter plena consciência das conseqüências desse ato.