"comer sorvete de gianduia (ai) é erótico, falar no telefone não é." (obs: retirado o trecho de todo um contexto)
Sim, causa uma sensação de prazer "erótico". Porém, tentando dar um exemplo tosco, é como ouvir uma música que gostamos e apreciamos há um certo tempo. A "idéia musical" (a informação contida) é sempre a mesma; é prazeroso, mas é sempre algo que se repete. Deixamos "nossa alma aberta" para a música, ela entra sem muito questionamento (defesas) em nossa psique.
Bem, se ainda faz algum sentido o que digo
, fazendo analogia ao contato humano...
Uma pessoa não é apenas uma coisa potencializada, mas o próprio potencializador (transforma, cria, reflete, etc.). Quando entregamos "a nossa alma" somos agregados a sua capacidade potencializadora, absorvemos seus sentimentos de forma intensa, estamos sem defesas, e concentrados no erotismo. Seus sentimentos são uma coisa nova que toca nossa psique de uma forma sempre inesperada (mas sem medo desse desconhecido, você entrega parte do seu próprio ser sabendo que só poderá esperar coisas boas)
Sei lá o que estou dizendo... Mas, talvez, tenha dito um pouco sobre o prazer com contato ou ausência de uma pessoa.
Ainda há uma questão para desenvolver uma reflexão: A masturbação.
Pode não existir contato, mas sou um ser potencializador e criativo. A diferença, talvez, fosse que seria o único responsável por toda potencialização... isso consome recursos mentais (o que limitaria minha concentração erótica) e não abre horizontes diferentes (a perspectiva do outro).
Bem... já é outra complicação... =/
O telefone...
Sim, é uma forma de contato e de erotismo!
Prova disso é o conhecido sexo virtual. Mas isso depende da sensibilidade de cada um: você precisa do toque. No entanto, mesmo a comunicação sendo o instrumento mais "poderoso" que existe, ela somente não dará uma carga erótica muito grande. A intensidade erótica é acentuada com o uso de outros sentidos.
Obs: Críticas são desejadas e bem-vindas!