Cara, como percebo que você está interessado em se instruir vou postar aqui um texto de um autor do meu círculo onde frequento e comungo das mesmas ideias. a fonte é
http://www.saltoquantico.blog.br/2011/07/o-espirito-nas-entranhas-da-%E2%80%9Cmateria%E2%80%9D-a-imanencia-transcendente-%E2%80%93-ensaio-sobre-a-realidade-do-mundo-espiritual-e-o-contrassenso-do-materialismo-a-partir-de-descobertas-da-pro-5/O Espírito nas Entranhas da “Matéria”: a Imanência Transcendente – Ensaio sobre a Realidade do Mundo Espiritual e o Contrassenso do Materialismo, a Partir de Descobertas da Própria Ciência Terrena, Sobretudo no Âmbito da Física Quântica. (1)
“O materialismo morreu de asfixia por falta de matéria.”
Albert Einsten (1879-1955)
por Delano Mothé.
Por detrás do véu ilusório da matéria, que encobre os sentidos físicos, subjaz a realidade imponderável do mundo subatômico ou quântico (do latim: “quantum”, que significa quantidade diminuta e descontínua), em que tudo é energia e consciência – Espírito, em última instância.
O átomo, elemento básico de construção dos corpos “físicos”, constitui-se, segundo entendimento atual, de um núcleo insignificante de “matéria densa” – permitamo-nos assim nos exprimir (2) –, envolto por um campo gigantesco formado de elétrons que, juntamente a este seu centro gravitacional “compacto” (o núcleo atômico), aparecem e desaparecem incessantemente, num piscar insondável para dentro e para fora da existência!… Pura Metafísica no próprio cerne da matéria!…
Imaginemos uma esfera do tamanho aproximado de um estádio de futebol (como o Maracanã) e visualizemo-la no âmago central da Terra, em meio a sua massa mineral pastosa (3), e teremos uma noção de proporções mais clarificada: o núcleo atômico se restringiria às dimensões do minúsculo (em relação ao globo terreno) estádio “esférico”, enquanto que todo o resto do planeta representaria a vacuidade de sua eletrosfera, o universo lacunoso mas prenhe de possibilidades infinitas, consubstanciadas no balé imperscrutável dos elétrons em atividade frenética intermitente, a velocidade infinitesimal!…
Comecemos por entender, portanto, que a “matéria”, em seus alicerces primordiais, é muito mais abstrata do que poderíamos supor, ou difusa, ou paradoxal, ou, a rigor, quase inexistente… O “vazio”, como verificamos na analogia acima, compõe quase que a totalidade (99,97%) da estrutura fundamental de um corpo físico – afirmação esta lastreada nos próprios parâmetros de avaliação que a Ciência terrena já alcançou, nos dias correntes.
Adentrando mais fundo um pouco o território das descobertas científicas relacionadas ao domínio do infinitamente pequeno, asseveram os estudiosos, com fulcro em evidências laboratoriais, que as “partículas” subatômicas (“partículas de matéria”) existem antes como “ondas de possibilidades”, e que somente se revelam “corporificadas”, digamos assim, quando um agente observador consciente lhes dirige a atenção.
Traduzamos esse conceito, metafórica e didaticamente, embora de modo muito precário, cônscios de que as verdades profundas demais são de todo inacessíveis ao intelecto humano… As gotas d’água estão interligadas num oceano, e não podemos localizá-las, individualmente. Nesse estado, elas existem tão só como possibilidades de vir a ser, já que podemos, em tese, retirá-las uma a uma, até esgotar inteiramente o imenso volume líquido. Da mesma forma, os elétrons (conquanto sua carga elétrica os imante em órbitas vibratórias) não têm localidade definida, estão por toda parte, como que interfundidos numa “massa indistinta”, mas podem ser detectados, em determinado tempo e lugar, por meio da ação de uma inteligência que conscientemente foca o olhar em sua direção, o que equivaleria, em nossa pobre analogia, a um conta-gotas que sorvesse um pingo d’água do oceano.
Para que não nos passe despercebido o essencial, voltemos a atenção para o que está implícito neste princípio quântico: o elétron se comporta diferentemente, em experimentos rigorosamente científicos, apenas pelo fato de haver um observador lhe dirigindo o olhar, a consciência!… Destarte, quando um pesquisador observa o evento estudado (ainda que indiretamente, através de uma câmera ou um aparelho mensurador qualquer), os objetos em questão se apresentam efetivamente como habitualmente os compreendemos: “partículas de matéria”; quando não há uma consciência observando-participando do experimento, eles manifestam a sua contraparte de existência latente, assumindo a chamada “função onda”, como que mergulhando numa espécie de dimensão em que todas as possibilidades de expressão no mundo coexistem em potencial, num nível mais profundo da realidade, fora do universo espaço-temporal em que nos achamos imersos.
As “partículas de matéria” seriam, então, o resultado de um “colapso” da “função onda”, ou seja: a concretização de uma possibilidade de existência, a partir da ação de uma inteligência voltada conscientemente para um dado objeto quântico, num determinado momento e local específicos – em outras palavras: o ente observado se “materializa” no mundo do observador, assumindo uma “forma existencial definida”, entre as infinitas que pululam subliminarmente na intimidade indivisa do cosmo subatômico.
Fascinante, incompreensível, instigante, revelador?!… Atentemo-nos para as implicações revolucionárias do fato de o observador interferir objetivamente nos resultados de experimentos laboratoriais, alterando, de modo determinante, as “reações” do objeto observado: a Criação está plena de consciência, em suas entranhas mais basais, e o princípio inteligente reverbera em toda parte deste Universo Oniconsciencial, espelhando, mística e divinamente, as consciências individuais!… E poderíamos acrescer, se bem que não esteja isto diretamente implicado na ilação mais óbvia, já apresentada: tais “respostas” se dão na medida exata do quanto a individualidade consciente é capaz de compreender e bem aproveitar do Inextinguível Repositório Cósmico de Sabedoria e Providência Divinais.
A Inteligência Suprema do Criador se irradia em toda Sua Obra, repercutindo o Bem em Cadeia infinita, mas cada elo-criatura-consciência se encontra sob o impositivo da lei de atração por afinidades, numa perfeita teia unificada de interdependência e cooperação recíproca, em que uns influenciam sobremaneira aqueles cujo padrão vibratório lhes seja receptivo, ao mesmo tempo em que se retroalimentam prevalentemente das energias que lhes assemelham e lhes concernem às necessidades evolutivas emergenciais, interações estas que se entrelaçam, em fluxos e refluxos permanentes, em todas as direções, com vistas ao despertar do Espírito-Centelha-Sagrada que repousa nos recônditos de cada ser, em sua jornada ascensional de alinhamento e comunhão com os Desígnios Superiores da fraternidade universal.
Os avanços de todas as ordens na História da Humanidade, recente ou remota, evidentes a quantos adotem uma perspectiva lúcida, isenta e honesta, muito bem nos respaldam tal assertiva mais espiritualista – não obstante os retrocessos aparentes ou paralisias de longo curso, que sempre consistem em momentos de incubação imprescindível, seguidos de grandes guinadas de maior progresso.
Uma rápida retrospectiva sobre nossa História bastaria para nos desanuviar a visão e nos clarear a já tão nítida linha ascendente dos acontecimentos e conquistas evolutivas, em termos coletivos: onde estão os confrontos fratricidas generalizados, em sua crueza sanguinária? onde as “oficializadas” fogueiras e guerras “santas”, que exterminaram um sem-número de criaturas perseguidas “em nome de Deus”? onde as execuções em praça pública, fomentadas pela euforia estentórica dos circunstantes tomados de sádico prazer? onde a ignomínia medonha do escravagismo socialmente aceito? onde a indignidade do aviltamento da condição da mulher, que apenas mui recentemente teve garantida sua plena cidadania, com direito a voto ou a frequentar cursos universitários, por exemplo, e que, mais outrora, juntamente aos negros, sequer eram considerados como seres portadores de almas? onde as hediondezas da tortura e todas as demais atrocidades perpetradas pela ausência total de respeito aos direitos humanos, tão consolidados atualmente, na esmagadora maioria das nações do orbe?…
Mas prossigamos com os assombros inesgotáveis da Obra Magnânima, que Se revela Divina por Si Mesma, e de que somos singelíssima partícula! No nível indevassável da realidade subparticular, em que se debatem os filósofos-cientistas da Física Quântica, à procura de balizas muito nebulosas ainda, verificam-se quebras radicais de paradigmas que, até então, se julgavam inquestionáveis, tais como: um mesmo objeto quântico pode estar em dois ou mais lugares, ao mesmo tempo(!), assim como pode deixar de existir aqui e se materializar noutra localização, sem, para tanto, percorrer a distância que separa os dois pontos espaciais em questão – o famigerado “salto quântico”. Pausemos, para reflexões mais prolongadas quanto ao princípio da não localidade!…
Em que pesem tais conjecturas um tanto abstratas para o senso geral, típicas nesta área de estudos deveras espinhosa e ainda principiante – e restringimo-nos tão somente a algumas premissas gerais que nos embasem os propósitos aqui almejados –, passemos a outra propriedade fantástica(!) da “matéria”, descortinada igualmente pela física de subpartículas: a da interconectividade ou, tecnicamente falando, “entrelaçamento quântico”, segundo a qual dois objetos considerados (um par de elétrons criados juntos, por exemplo) podem estar de tal forma “emaranhados quanticamente”, que há entre eles como se fosse uma ligação de unidade absoluta, de modo que um impulso provocado numa partícula é imediatamente – isso mesmo: ins-tan-ta-nea-men-te(!) – repercutido na outra sua partícula-irmã correlata, independentemente da distância que as separe, mesmo as mensuráveis por anos-luz no espaço sideral. Isto é: ainda que os dois elétrons interconectados estejam absurdamente distanciados no espaço (digamos, em regiões opostas do universo), o estímulo que um recebe é simultaneamente(!) “sentido” pelo outro, como se compusessem uma unidade quântica – não se trata de uma “reação” ao estímulo que o primeiro elétron recebeu; o segundo sofreu o mesmo estímulo, a que ambos respondem concomitantemente, inobstante os milhares de anos-luz que os separam. Ponderemos ainda mais detidamente, amigos!… E estamos falando, é bom reiterar frisando, de experimentos absolutamente científicos.
Incontinente, somos levados a lembrar que o universo, conforme teoria dos próprios cientistas da Terra, surgiu num mesmo instante, com o consagrado “Big Bang”: poderíamos, pois, entender, reforçando nossas especulações um tanto espirituais acima, que toda a Criação se encontra interconectada em nível quântico, visto que tudo surgiu de uma grande explosão inicial. Ante tais indícios desvelados pela própria Ciência terrena – e aqui pedimos vênia aos cérebros que eventualmente encontrem maior dificuldade em compreender a natural e progressiva convergência entre Espiritualidade e Ciência –, não há como nos evadirmos de uma reportação direta à profunda (e ainda tida à conta de metafórica ou fantasiosa demais) proposição do Mestre dos Mestres, Nosso Senhor Jesus, a Voz da Sabedoria Perene: “Que todos sejam Um”, a nos insuflar a ideia de que já estamos unidos, numa grande família planetária (e universal), para que sejam derruídas de vez as bases falsas da noção ilusória e diabólica (do grego “diábolos”: o que desune) de separatismo entre os seres.
Dirigindo o olhar, por outro lado, ao extremo oposto de lucubrações da Física no orbe, que busca lançar a luz do entendimento para além das galáxias e todos os fenômenos macrocósmicos, deparar-nos-emos, da mesma sorte, como em qualquer Canto da Natureza, com o Assombroso: um Concerto de forças e vetores mastodônticos, a compor tecidos estelares de rara e indecifrável beleza neste universo sem-bordas de Deus, evidenciando, por todos os ângulos de observação, equilíbrio dinâmico e vida em ebulição, como expressão gloriosa da Inteligência Onisciente do Criador, a Consciência Supraordenadora, que tudo conduz à transcendência, em todos os quadrantes e sentidos existenciais.